Confesso a você, caro
leitor do Blog Visão Panorâmica, que muitas vezes me sinto impelido a não
escrever nada sobre o governo federal e a desastrosa administração petista.
Quer para fugir da formação de uma ideia errada de antagonismo partidário (que
infelizmente os petistas adoram insuflar), quer para não acabar me tornando
repetitivo e cansativo ao leitor, já que as mazelas petralhas se multiplicam
como um vírus agressivo e fora de controle.
Contudo, certas
coisas são difíceis de ignorar. Ainda mais quando são vendidas pela falta de
competência administrativa e magistralmente pensadas pelos serviços de
propaganda de um governo corrupto e mal intencionado.
Numa entrevista a
rádios de Minas Gerais nesta segunda-feira (20/01), Dilma afirmou que o governo
petista não está imóvel diante das alarmantes taxas de violência nos estados
brasileiros e que isso era a tônica das “administrações anteriores”.
Ora, caro leitor, por
mais sectário e partidarista que você possa ser (e, em especial, por mais
petista roxo que seja); aceitar a ideia de “administrações anteriores” serem as
culpadas pela falência no combate a violência atual, diante de uma
administração realizada (de forma contínua) por uma coalizão partidária dona do
poder há mais de dez anos é algo surreal.
Guardadas as devidas
proporções, Dilma e o PT repetem o discurso venezuelano que agora culpa as
novelas pela violência descontrolada naquele país (o “paraíso” bolivariano e
das esquerdas saudosistas brasileiras). Isso depois de já ter culpado os
inimigos de sempre: os “satânicos americanos” e a “imprensa burguesa”.
Sem citar a
desastrosa administração de seu principal dono – a Oligarquia Sarney – Dilma
comenta de forma aleatória que os estados detêm o dever principal de lutar
contra a violência e que o governo federal nunca “lavou as mãos” em relação a
isso. Mas, ao mesmo tempo, se contradiz ao dizer que “pela constituição depende
de um pedido dos estados” para implementar qualquer ação federal de combate à
violência.
Mais uma vez, caro
leitor, neste ponto me vem à mente aquele famoso e premiadíssimo comercial da
Folha em que as conquistas do Regime Nazista eram apregoadas como grandes
realizações para o povo alemão, enquanto uma imagem pontilhada de Hitler
recuava na tela e, ao preenchê-la, o comercial terminava com a frase
“matadora”: “É possível dizer um monte de mentiras, falando apenas a verdade”.
Essa é a máxima de
todos os responsáveis pela propaganda em regimes autoritários ou com aspirações
nesse sentido. E, com o PT, não deixa de ter a mesma diretriz.
Ao afirmar que a
constituição lhe proíbe agir à revelia dos poderes estaduais, Dilma diz uma
verdade. Pois, salvo por uma situação de calamidade, um pedido direto ou a
aprovação do Congresso; a União não pode intervir com tropas no combate a
criminalidade “de rua” nos estados da federação.
Mas, o que Dilma e o
PT omitem criminosamente é que a União pode muito bem, com o auxílio dos
serviços de informação e da Polícia Federal, realizar suas obrigações de
segurança pública de forma autônoma. Sem pedir qualquer autorização ou dar
conhecimento aos estados. Bastaria fazer coisas como: intensificação no
patrulhamento de fronteiras, visando diminuir a entrada de armas de grosso
calibre e drogas; atuar na linha costeira com o mesmo objetivo e para impedir a
fuga e o refúgio de criminosos “além-mar”; operar com a inteligência das Forças
Armadas e da Polícia Federal para “limpar” as polícias e o sistema carcerário
de agentes corruptos ou prevenir ações de grande impacto das organizações
criminosas; ordenar que os mesmos equipamentos de inteligência foquem no poder
econômico das quadrilhas, descobrindo e confiscando bens e contas correntes
obtidos e usados pela atividade criminosa. Além disso, muitas outras ações que
um governo sério e realmente preocupado com seu povo, podem ser realizadas sem
dar qualquer satisfação aos governos estaduais ou mesmo pedir autorização a
seus aliados.
Mas, para isso,
seriam necessárias competência, vontade, seriedade e vontade de trabalhar.
Contudo, sabemos que
trabalho é coisa que petista odeia, competência eles têm apenas para sugar os
cofres públicos, vontade é algo restrito apenas a sua sede de poder e
seriedade… bem… isso eles nunca tiveram mesmo.
E você, o que pensa
disso?
Enviado por
Fernandes Fernandes
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