É incrível como os bur(r)ocratas brasileiros são criativos, principalmente quando estes profissionais estão a serviço do governo e este governo tem como meta não acabar a miséria, mas estabelecer critérios “técnicos” que visa enganar ou iludir a população para uma “realidade” que não existe.
E porque estamos a dizer isto.
Não é que o governo brasileiro, sobre a administração petista, anda a se vangloriar que durante a sua gestão, de pouco mais de 11 anos, tirou mais de 50 milhões de famílias da pobreza colocando-as na classe média?
Claro que este fato mereceria aplausos se não fosse irreal.
E porque estamos a dizer que este fato é irreal!
Ora, não dá para acreditar que o governo possa se vangloriar de tal fato, quando para chegar a este número, este mesmo governo, através dos seus institutos técnicos, define como renda mínima familiar para está na nova classe média valores entre R$ 291 e R$ 1.091 per capita/mês, conforme estabeleceu uma comissão de "especialistas" formada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE) da Presidência da República.
Esta renda estabelecida posso afirmar sem medo de errar, não é praticada em nenhum país do mundo, principalmente naqueles que se diz em desenvolvimento.
Fica uma pergunta: em que país em desenvolvimento ou desenvolvido uma pessoa que percebe até 02 salários mínimos é considerado como classe média?
Apenas para citar como exemplo, nos EUA, a renda da classe C é de até US$ 123 mil. Aqui não chega a R$ 30 mil. Dá pra comemorar então?
Pelo que se observa, a realidade é bem diferente.
Na verdade, a nova classe média brasileira está bem distante de ser chamada de média de fato, porque o governo ao considerar a renda familiar de R$ 2 mil com sendo classe média, nos EUA ou na França ou Alemanha, seria considerada miserável, mesmo com toda a crise que se defrontam essas nações.
Diante do fato comemorado pelos governistas, poderíamos considerar como um fenômeno inédito e impressionante.
Reconhecemos que nos últimos anos ocorreu um aumento da renda de uma grande parte da população situada na a área de risco, melhorando o seu padrão de vida e oferecendo acessibilidade à segurança alimentar, recursos tecnológicos e conforto.
Devemos reconhecer ainda, que a ascensão desse contingente populacional está diretamente ligada às mudanças econômicas ocorridas desde a implantação do Plano Real, que teve como meta o controle da inflação, a valorização do salário mínimo, aliado aos programas de transferência de renda e ao crescimento econômico dos últimos anos que possibilitou um impulso na renda para os trabalhadores.
Entretanto a classificação dessa nova classe média brasileira é ilusória frágil e perigosa, pois nada a diferencia da população de baixa renda dos demais países da América Latina.
Ao estabelecer os critérios de renda mínima, cujo valor sequer permite uma sobrevivência digna, esquecem os seus idealizadores de outros fatores essenciais para a evolução social.
Itens como educação, saneamento, saúde pública, energia, transportes e segurança, entre outros, que compõem o Colchão Social são bem mais eficazes e duradouros que, somente, a renda.
Seria importante lembrar que os itens acima especificados inevitavelmente levam ao aumento da renda, evitando gastos desnecessários, qualificando a mão-de-obra e melhorando a saúde pública.
É obrigação de qualquer governo estabelecer políticas públicas que visem a elevação e ou manutenção da renda e do consumo, entretanto é necessário que paralelo a esse processo, seja fortalecido o Colchão Social e que os recursos sociais sejam universalizados e colocados como prioridades pelos governantes, setor produtivo e pela própria classe em ascensão.
E neste critério, o Brasil está bem distante.
Ora, se levarmos em consideração que país para ser considerado desenvolvido, segundo os padrões das sociedades consumistas deve ter um PIB per capita superior e possuir um índice de desenvolvimento humano (IDH) elevado, logo veremos que os países da nossa América Latina não preenche ainda estes critérios, assim, levando em conta alguns deles como Brasil, Chile, Argentina e México possuem um elevado IDH e um PIB grande, logo são considerados como países em processo de desenvolvimento ou emergentes, mesmo enfrentando diversos problemas sociais, como a desigualdade, grandes bolsões de pobreza e alta concentração de renda.
Analisando por este ângulo, entende-se o interesse governamental de sair por aí bradando feitos e ascensões sociais fora da realidade, estabelecendo novos conceitos sociais, com isso estabelece novas linhas de consumo, a tentativa de incorporação de novos hábitos, de forma a levar a acreditar que o Brasil possui um mercado consumidor robusto, atraente, mais sofisticado e urbanizado, demandando não só quantidade, mas também qualidade no consumo.
Aí fica sub-entendido o conceito dado a nova classe média.
São por estes feitos, pelas previsões em sua grande maioria furadas, sem que tenham a paciência e o cuidado de se munirem de dados técnicos consistentes e pelas alquimias laboratoriais, que a classe dos economistas anda tão desacreditada e desprestigiada pela sociedade.
4 comentários:
Quanta diferença. Mas, mesmo com tantas evidencias, ainda há aqueles que, por fidelidade à sua ideologia, não reconhecendo o que para a maioria está suficientemente claro, ainda se mantêm firmes a um partido que luta paa não morrer depois de esgotar todas as suas energias em um projeto de poder que evoluiu paa um saque desmedido e inédito nas finanças brasileiras legando à sua gente um mar de lama nunca visto na 'história deste país'!!!.
É uma pena o desconhecimento e a ignorancia política do brasileiro, que ainda se acha esclarecido. Quando o Pelé disse que 'o brasileiro não sabe votar", queriam crucificar o negão, mas ele tinha toda razão, e ainda tem. Veja aqui o que o apedeuta pretende para São Paulo, importante e até essencial para a sua volta 'triunfante' ao comando do Lulopetralhismo' em Brasilia. O paulista sim, não sabe votar ou, por outro lado, é masoquista mesmo! Ou os dois?
Coisas do Brasil!!!! o paulista não sabe votar agora e sabia até ontem, o PSDB está no poder do Estado de São Paulo já faz 16 anos e só agora não está sabendo votar!!!!!
Por que será que as autoridades brasileiras
resistem à idéia de serem autoridades?
Por que não agem como autoridades?
Então, por que continuam como autoridades?
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