sábado, 29 de setembro de 2012

CONTINUISMO OU MUDANÇA, EIS A GRANDE QUESTÃO.

Nada é mais nefasto para um Estado, à perpetuação no Poder de apenas uma única corrente política ou de um único partido no seu comando. 
Os exemplos estão aí para mostrar que a longevidade só tem causado males para as Nações que optaram por este modelo, independente se o sistema é socialista ou capitalista. Sua transformação só se dá após verdadeiros banhos de sangue e depois de dizimar grande parte da população. 
A alternância do Poder pela eleição é sempre mais salutar e esta é uma característica dos regimes democráticos. 
Estamos nos aproximando de mais um período eleitoral, estas municipais e, lembramos-nos do Parágrafo Único da Constituição Brasileira que diz: “Todo poder emana do povo e em seu nome deve ser exercido”, pelo menos assim deveria, direta ou indiretamente, através dos representantes eleitos livre e soberanamente, nos termos constitucionais, pois esta é a verdadeira essência da soberania popular. 
No entanto, observando a realidade da maioria dos municípios brasileiros, da para sentir claramente o quanto estamos carentes de novas lideranças, cujos líderes estejam comprometidos com os princípios básicos da gestão pública, homens éticos e com competência técnica, além da sinceridade de propósitos. 
Não se tem visto esta renovação nem nos municípios e muito menos nos partidos políticos. 
O que se vê é a repetição de velhas “lideranças oligarcas”, se apresentando como salvadores da pátria - coisa que não o fizeram quando estavam com o Poder -, em sua grande maioria ultrapassada, com os mesmos vícios na forma de pensar e de fazer política. Infelizmente, esta é a nossa realidade. 
São os mesmos que procuram se alternar no Poder, infelizmente, através de articulações que envolvem sempre as mesmas pessoas, com uma única preocupação, a continuidade do domínio ou a retomada do tesouro, tesouro este que se chama o Poder Municipal. 
Somado a este “sonho” une-se alguns aliados candidatos ao legislativo, cujo interesse maior é se apossar dos cargos do executivo, através de familiares e cabos eleitorais, além da eterna e renhida disputa de quem melhor irá servir de capacho aos interesses do prefeito de plantão. 
Dificilmente assiste a discussão e a formulação de políticas públicas voltadas ao bem estar da população carente, exceto promessas vãs com o único objetivo de angariar votos. 
São candidatos ao legislativo, mais preocupados em obscuras coligações, que tem como meta aplainar os caminhos que os levarão obter a vitória ou o de conseguir o maior número possível de cadeiras para o partido, com isto, aumentar o poder de barganha junto ao executivo na conquista dos cargos públicos. 
Estão muito mais preocupados com os cargos e como servirão ao “senhor feudal” de plantão, do que servir realmente ao povo, conforme foram eleitos e como se apresentavam na hora de pedir os votos. Portanto, estamos em 2012, ano das eleições municipais e nada melhor que aproveitarmos deste momento para que todos juntos façam uma profunda reflexão sobre o que temos e que queremos, e comecemos a trabalhar em busca de mudanças reais. 
E nada melhor do que com o nosso voto possamos iniciar um processo para oxigenar a administração pública, dando uma demonstração de alternância de Poder. 
Não devemos aceitar ou até mesmo pactuar com a continuidade ou o continuísmo, principalmente quando sabemos que este continuísmo está buscando a perpetuação das elites políticas, subvertendo do exercício da cidadania e, ferindo completamente as bases dos princípios democráticos. 
E exemplos não faltam e testemunhados dos males que o continuísmo ocasionam. 
Observem os escândalos que tem ocorrido a nível do governo federal, agora imaginem os males que a continuidade ocasiona, principalmente a nível municipal, local onde florescem os problemas sociais os quais alcançam dimensões imagináveis. 
É no município onde problemas com atendimentos em hospitais públicos, postos de saúdes e hospitais conveniados com o SUS mais se refletem, onde há o império do bilhetinho político. É lá onde a especulação imobiliária impera e os gestores fazem vista grossa. 
É no município onde a população enfrenta os problemas com o trânsito e se depara com um serviço de transporte coletivo caótico, sem a mínima qualidade, em função de um modelo arcaico. 
É lá onde os moradores recebe uma educação pública colocada sua disposição em petição de miséria e onde os problemas sociais se acumulam dia após dia, sem que administração pública acene com uma solução, exceto obras faraônicas que tem um único objetivo: privilegiar a grupos e segmentos dos interesses políticos daqueles que estão com O PODER. 
E a CONTINUIDADE é a grande responsável pelo descalabro que tem ocorrido naqueles municípios em que seus moradores optaram por este modelo. 
Ao escolher pela continuidade, a sociedade está referendando as ações daqueles que no Poder, permitiram que a incompetência trouxesse uma solução para resolver os problemas do trânsito caótico e a falta de infraestrutura no transporte público, sem contar os outros inúmeros problemas, entre eles o péssimo atendimento dos serviços de saúde; da educação de baixa qualidade ofertada, dos problemas sociais que se acumulam, da oferta de submoradias e obras superfluas que privilegiam apenas determinados grupos e segmentos e seus interesses políticos, para que se mantenha no comando do Poder. 
Ao votar lembre-se que o seu município é entre tantos outros, uma cidade privilegiada e abençoada, por possuir uma localização estratégica e cheio de riquezas naturais, que só os nossos dirigentes políticos não enxergam. 
Que você reside em uma localidade que possui um patrimônio histórico a ser preservado e com enorme vocação para o empreendedorismo. 
Portanto reeleger ou retroceder ao passado seria o melhor, ou devemos buscar algo novo e que se identifique com seus ideais seria melhor? 
Pense, a arma está em suas mãos.

9 comentários:

João Guerra disse...

A MÚSICA É SEMELHANTE A UMA MARCHA MILITAR.

QUISERA DEUS QUE FOSSE UMA INICIATIVA DELES,PARA UMA FAXINA GERAL NESSA IMUNDICE.

Saul Almeida disse...

Chapa-branca é um termo coloquial que designa um veículo de comunicação
privado que seja cúmplice do governo (ou de outro grupo poderoso).
Geralmente este veículo de comunicação só divulga notícias favoráveis ao
governo em troca de dinheiro ou favores.

Lauro Jardim disse...

Lá no início do projeto, há três anos, o governo previu que a usina de Belo Monte custaria 16 bilhões de reais. O tempo passou. No ano passado, eram assumidos 26 bilhões de reais. Hoje, ninguém ainda fala, mas já alcança 35 bilhões de reais. A propósito, a conta do trem-bala, que o governo estima em 45 bilhões de reais (antes eram 30 bilhões), sairá pelo dobro, de acordo com cálculos das grandes empreiteiras.

Marcos Medeiros disse...

A CAUSA DE TODOS OS MALES:

"NÃO EXISTE OPOSIÇÃO PARTIDÁRIA NO BRASIL, O QUE EXISTE SÃO CONFLITOS DE INTERESSES NEGOCIÁVEIS."

Por isso não temos DEMOCRACIA no BRASIL

Almendra disse...

O Brasil não foi subvertido somente pelo poder corrupto e pelo carisma sub-reptício do mais sórdido político de nossa história, mas muito mais pela Fraude da Abertura Democrática, que nas mãos de desgovernos civis traidores do país, provocaram e continuam provocando, intencionalmente, para manter o poder das oligarquias e burguesias prostituídas pela política, a falência da cultura e da educação para mais de 70 % de nossa sociedade e, também, a corrupção e o suborno da maioria do resto, especialmente de analfabetos funcionais de nível superior e milhares de esclarecidos canalhas.

Edilson Vieira disse...

Se eu escolhesse este ou aquele político, talvez elegesse um ovo sadio para
colocar na cesta de ovos podres. E todos sabem o que acontece...O problema
não é que alguns políticos são podres. O problema é que a maioria está com
costumes apodrecidos. Basta ver como votam e se protegem uns aos outros.
Como conservam seus privilégios e suas impunidades até por crimes comuns.
Por isso, voto nulo: quero dizer com meu voto que sou contra a podridão e
não contra este ou aquele político podre.

Evaristo Junior disse...

Realmente muitas bandalheiras da política nacional se tornaram práticas aceitaveis até mesmo pela população. É visto como normal, por exemplo, um deputado federal ou partido exisgir alguma vantagem para poder votar favorável ou contra determinado projeto, deixando o itneresse nacional em ultimo plano. Porém, não vejo o voto nulo como uma solução. Vejo na participação política uma forma racional de mudar estes costumes apodrecidos.

Eduardo Silva disse...

O chamado mensalão, em julgamento no STF, é apenas uma pequena parcela de
todo um processo fraudulento de desvios de recursos públicos, usados para
compra de apoios políticos e para enriquecimento ilícito, ocorrido de formas
diversas nos níveis federal, estadual e municipal, nunca antes ocorrido, em
proporção tamanha, na História deste País, tendo à frente o Partido dos
Trabalhadores e comandado por Lula e seus asseclas, segundo, até mesmo,
ex-assessores.

Manoel Oliveira disse...

GOVERNO CONCEDE ANISTIAS FISCAIS, RENUNCIA DAS CONTRIBUIÇÕES PREVIDENCIÁRIAS, SEM CONSULTAR AS ENTIDADES LIGADAS AOS APOSENTADOS E PENSIONISTAS, CAUSANDO UM ROMBO NAS CONTAS DA PREVIDÊNCIA E AGORA ESTÁ COBRANDO A CONTA DOS APOSENTADOS, MEDIANTE REDUÇÃO DOS VALORES DAS APOSENTADORIAS E

AMPLIAÇÃO DO PRAZO DAS CONTRIBUIÇÕES. TUDO ISSO FEITO NA CALADA DA NOITE, SEM NENHUMA TRANSPARÊNCIA, TÃO PROPALADA PELOS GOVERNANTES.