Estamos
a quase um ano de novas eleições, desta feita para presidente, governador,
senador e deputados e uma pergunta me veio a mente. A que veio o governador da Bahia fora as
viagens oficiais pagas, quase que diárias, com recursos públicos?
Administrativamente
deixou a desejar. Muita conversa, muito papo, muito lero - lero, mas execução e
cumprimento das promessas, estas passaram longe da população baiana. Não é a
toa seu elevado índice de rejeição, em todas as classes sociais, e em todas as
regiões do Estado, levando a crer que o ciclo do PT se esgotou nele mesmo.
Como
tocador de obras foi outra decepção e como gestor financeiro uma lástima.
Portanto, só restou a Wagner viajar.
Como
se sabe, levantamento feito, apontam para Jaques Wagner (PT - BA), como o
recordista em viagens internacionais no atual mandato. Desde janeiro de 2011,
início da sua segunda gestão, o baiano já passou mais de 100 dias no exterior, segunda
sua assessoria de comunicação em missões
oficiais - quase uma viagem por mês, em média.
E
o que tem trazido ele de bom para o
Estado? Nada ou quase nada, pois se assim não fosse, a Bahia não estaria na
situação financeira em que se encontra.
Tá
certo que a grande culpa foi do ex – secretario da Fazenda, Sr. Carlos Martins,
profissional completamente despreparado para o cargo e que por birra de Wagner
foi mantido até chegar a situação que se encontra.
Porém,
missões internacionais são instrumentos utilizados pelos governos
para a captação de investimentos.
Mas
se fizermos uma análise dos roteiros
mais utilizados veremos que o principal destino das missões wagnerianas foi
exatamente a Europa, sabido por todos em grave crise econômica. Portanto, dos
europeus pouco se espera em termos de investimentos, já que estão preocupados
em resolver os seus problemas. Portugal e Espanha tem sido os mais visitados e,
exatamente os dois que atravessam grave crise financeira.
Conforme
dados obtidos, as tais viagens, incluía
reuniões com multinacionais e órgãos governamentais a palestras,
seminários, feiras de negócios e participação em eventos esportivos e
inauguração de linha aérea.
A
primeira viagem de Wagner em 2011 foi para o Grand Slam do Judô, na França.
Segundo justificam, foi acertada na viagem a realização na Bahia do campeonato
mundial do esporte neste ano. No mesmo ano Wagner retornou ao país para
divulgar o potencial do cacau baiano na 16ª Edição do Salon du Chocolate, em
Paris. Ele foi à China para reuniões com uma montadora de veículos, que,
segundo se comentou à época, estaria confirmado a instalação de uma fábrica no
estado e que até hoje ninguém viu nada.
Apesar
da Lei de Acesso à Informação está em vigor, pouca coisa mudou na postura dos nossos
governantes em relação à transparência da gestão, no que se refere à dados e o
acesso pelo cidadão, quando procura saber sobre destinos, datas das viagens,
resultados, gastos e tamanho das comitivas. Aí se transforma em segredo de
Estado.
Assim
cabe torcer para que alguma coisa de boa consiga chegar até nós.
Interessante
é você observar o comportamento daqueles que hoje estão em cargos de confiança,
como passaram a falar uma linguagem, onde tudo é permitido mesmo àqueles atos
tão criticados nos adversários.
2014 estão
se aproximando e com ele virá a campanha eleitoral visando suceder aquele que
tem sido para os baianos, um dos piores governantes que a Bahia já teve. Tudo
que ele pregou, discursou, criticou nos adversários, ele fez e executou as
mesmas maldades em dobro. Foi e tem sido um governante que a todos decepcionou,
só não àqueles que estão mamando nas tetas do erário público.
No
próximo ano voltaremos a ouvir dele e daquele que for tirado do seu colete as
mesmas promessas e as mesmas críticas ao passado e também veremos nos
palanques, os mesmos que outrora sofreram críticas, isto se não pularem do
barco antes.
Os
baianos verão sem o mínimo constrangimento e sem pudor os mesmos carlistas tão
criticados no passado, como viram nos palanques de Pellegrino na última
eleição, desde o mais simples ex –
carlista aos grandes cardeais, como Otto Alencar e César Borges e o grande
financiador, a empreiteira OAS (Obrigado Amigo Sogro).
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