terça-feira, 1 de janeiro de 2013

2013, ANO DE NOVOS GESTORES. HAVERÁ MUDANÇAS?




Iniciamos 2013 com os municípios brasileiros recebendo os seus novos administradores eleitos em outubro passado. 
Alguns releitos, outros retornando e alguns neófitos em administração pública.
Em nosso país já se tornou lugar comum no ambiente político a cooptação ou adesão, utilizando como pano de fundo, a necessidade de se criar condições para a governabilidade.
Porém o argumento da sustentabilidade cai por terra, quando assistimos a troca de favores e o inchaço da máquina pública, com parentes, aderentes, amigos e cabos eleitorais, daqueles que aderiram.
E este quadro já se desenha durante a campanha, quando os candidatos ao executivo se veem obrigados a fazer alianças com outros partidos políticos aliados ou não, visando alguns segundos a mais no horário eleitoral, com isto passa a assumir compromissos cuja fatura será apresentada a posteriori.
O eterno argumento da sustentabilidade para a governabilidade, não passa de acordos espúrios firmados anda no período pré-eleitoral, colocando em jogo e a serviço dos aliados e ou cooptados a máquina pública. Não se faz alianças com base em programa de governo. Faz-se aliança em busca de acomodar os amigos em cargos públicos
Ao fazer as alianças, o futuro gestor  deve ter a certeza que durante todo seu mandato estará andando sobre  fio da navalha, uma vez que ao formalizar a aliança, o candidato após eleito, mesmo que não queira, inicia um processo de traição. Não só aos seus princípios, mas e principalmente, naqueles que o escolheram nas urnas.
É do conhecimento de todos que vivem no ambiente político, que toda adesão traz no seu bojo, a troca de favores, entre eles o loteamento da máquina pública, uma vez que o recém-aliado passa a exigir e cobrar cargos e que seus programas passem a compor o programa do eleito, adaptando-o, mesmo que as ideias não tenham nenhuma relação com os apresentados durante a campanha eleitoral, pelo candidato vitorioso.
E este desafio, nenhum candidato tem coragem de enfrentar, como não tem coragem de montar a sua equipe, sem que os cargos sejam rateados entre os partidos que o apoiaram. Fica sem a independência política. Com isto, aquele desafio de se fazer uma política decente, voltada para o bem estar da população passa a segundo plano, uma vez que, diante das  circunstâncias, o mais comum é ocorrer após o resultado eleitoral final, no outro dia já se iniciar o processo de traição, esquecendo às promessas de campanha e dos seus princípios.
Sabemos não existir político santo, como também não há homem público que nunca tenha cometido erros. Seria uma infantilidade de quem acreditasse desse milagre, até porque errar faz parte da natureza humana. O que seria importante era que nossos políticos fizessem de cada erro, um aprendizado, que o erro lhe servisse de lição e ensinamento, e que não se deixassem levar pela repetição dos mesmos erros, muito comum no meio político nacional.
É a partir daí, dos acordos pré e pós-eleitoral, das adesões interesseiras, da cooptação que o político começa a andar pelo fio da navalha, tendo que se equilibrar sob pena de ser decepado, pois passará a viver e conviver com a máxima que é dando que se recebe.
Passada as eleições, tudo volta a realidade nua e crua. A festa acabou. É hora de refletir sobre as promessas feitas e como cumpri-las, dentro de um sistema em que os políticos querem apenas manter as suas benesses e defender unicamente seus interesses, mesmo que esse interesse vão de encontro das necessidades da maioria.
Como então conviver neste ambiente sem se prostituir ou até mesmo destruir a imagem que cultivou por longos anos?
O que eleitor espera dele? Apenas ver atendido nas suas necessidades básicas e o mínimo que exige é que as promessas de campanha se tornem realidade, jamais que seja traído. Mas infelizmente, é o primeiro que ocorre, a traição e o esquecimento das promessas, fazendo com que os sonhos da população venham abaixo, sem dó nem piedade.
Já faz parte do caráter de nossos homens públicos, a mentira e a traição. Esse é um processo para eles,  natural. E não irá desaparecer como um passe de mágica, nem de uma hora para outra.
Pois fazem promessas mirabolantes, impossíveis de serem cumpridas, mudanças que sabem jamais irão realizar, uma vez que as elites como sempre, irão se apoderar do Poder e de lá de dentro irão lutar para manter o seu status quo, não permitindo que alterações significativas que favoreçam a maioria possam ocorrer.
Apenas para servir de exemplo, desde que o PT chegou ao Poder, já fazem 10 anos, que o povo espera pelas mudanças prometidas, quando ainda era oposição. Assumiu o Poder e as mudanças tão  esperadas quando irá acontecer ninguém sabe, se é que um dia irá acontecer.
A única mudança visível, foi a de um  partido que antes pregava moralidade e um novo modelo  na forma de fazer política, hoje se transformou, se prostituiu, encontra-se envolvido em todo tipo de escândalos e de desvios de recursos, aparelhando o Estado com quadro incompetente tecnicamente, mas competentes na arte da falcatrua. Nada  diferencia o PT dos demais partidos que já passaram pelo Poder.
E o que é pior, apesar de toda decepção causada à população e das justas criticas que tem recebido, o partido não demonstra para a sociedade sinais de que pretende mudar, pelo menos voltar as origens, pelo contrário, vergonhosamente .tem defendido  alianças espúrias e os desvios éticos, inclusive dos recursos público.
O que se vê é um modelo de governar falido, onde  sua prática tem sido o oposto daquilo que ele sempre criticou.
Mais escandaloso ainda é os seus principais dirigentes virem a público para criticar o STF, por ter condenado os quadrilheiros do mensalão. Interessante são os argumentos da defesa: que o erro foi de Caixa 2, como se Caixa 2 não fosse crime. Porém, já no caso de Minas Gerias, esse  sim foi mensalão, mesmo com a maioria dos envolvidos e a prática ter sido a mesma das realizadas pelos marginais do PT.

3 comentários:

Antonio Moreira disse...

AQUI NO BRASIL, NÃO QUEBRAMOS AINDA PORQUE SOMOS UM PAIS ÁVIDO POR CONSUMO (MAIS DE 50 MILHÕES AINDA VIVEM NA MISÉRIA SEM PODER AQUISITIVO) COM UMA CARGA TRIBUTARIA ACIMA DE 50% DO PIBÃO...POREM, CONTUDO, TODAVIA...A COISA NÃO TÁ TÃO BOA ASSIM...DEIXA A COISA BALANÇAR PRA VER SE NÃO VAMOS PARA O BURACO...ESTAMOS FECHANDO FÁBRICAS E MAIS FABRICAS, DIMINUINDO O EMPREGO NAS INDUSTRIAS...DONOS DE INDUSTRIAS ESTÃO TORNANDO-SE “REPRESENTANTES COMERCIAIS” (AQUELES QUE O SILVINHO LAND ROVER ODEIA) DOS SEUS CONCORRENTE NA CHINA, TRAZENDO TUDO DE LÁ E SÓ VENDENDO AQUI...O RESULTADO VAMOS VER LÁ ADIANTE...OS SINAIS JÁ ESTÃO SENDO DADOS...

Henrique Oliveira disse...

EM OUTROS PAÍSES O POLÍTICO QUANDO COMETE UM ATO ILÍCITO QUE SE TORNA PÚBLICO COSTUMA PEDIR DESCULPAS AOS CIDADÃOS E, NA MAIORIA DOS CASOS, DESISTE DO SEU MANDATO, POIS FICA COM VERGONHA DE OLHAR PARA AS PESSOAS NA RUA E PERCEBER QUE ESTÁ SENDO MENTALMENTE, QUANDO NÃO VERBALMENTE, CHAMADO DE BANDIDO, LADRÃO OU DE CANALHA.

Manoel Carvalho disse...

Todo o estado impregnado por corrupção, possui a insolência de demandar dos seus indivíduos auto-sacrifício ao invés de liberdade, servilismo ao invés de inovação e aceitação ao invés de desenvolvimento. Tal estado é um parasita social que, com base no esforço, na bravura e diligência de muitos cidadãos, alimenta descaradas, perniciosas e perigosas bactérias. É imperativo a instituição de uma revolução antibacteriana para livrar a sociedade destas putridas chagas. (Tadany – 18 12 11)