quarta-feira, 13 de junho de 2012

MÁGOA: sentimento que adoece

Começo citando uma frase de Augusto Cury: “As coisas mais importantes da vida não se resolvem rapidamente. Um pai pode saber todos os conflitos e necessidades dos filhos, mas ainda precisa que o filho se abra, se comunique, revele seus sentimentos. Não basta saber, é preciso cruzar os mundos”. 
O ser humano é um conjunto complexo, constituído de diferentes formas, com suas qualidades, imperfeições e limitações. 
É normal o ser humano se indignar ou se revoltar se por algum motivo sente que foi vítima de injustiças. São reações normais. O preocupante é quando esse sentimento se transforma em mágoa e amargura. 
Segundo estudos científicos, quando a raiva se transforma em mágoa, o cérebro se sente sobrecarregado e reage como se estivesse em perigo, produzindo substâncias químicas e hormônios ligados ao estresse. A parte pensante do cérebro fica limitada e, diante da “ameaça” age sem pensar, tentando fugir da sensação de perigo. 
Escolher bem o sentimento que iremos transportar ao cérebro é fundamental, para que a mente esteja sempre bem preparada. 
Pense no que seria melhor: guardar no “peito” a mágoa, perpetuando o sofrimento, sobrecarregando a mente com algo ruim, ou optar por enviar mensagens do quanto fomos fortes diante do fato acontecido e a ele conseguimos sobreviver, saindo da experiência “negativa” tomando-a como lição para o futuro? 
Repisar o fato sempre que possível é demonstrar fraqueza e uma sensação de que jamais será esquecido. 
É querer ser vítima de um ato que não tenha ocorrido como queremos que os outros acreditem. 
Lembre-se: muitas vezes o acusado sequer tem noção do mal que causou, já que a ação praticada pode não ter sido intencional e, quem vai está sofrendo será você, ao manter a mágoa dentro de si. 
É preciso ter dignidade e o altruísmo. E isto só acontece quando a pessoa colocando-se no lugar do “acusado”, conhece as causas e pratica o perdão. 
Nada é mais dignificante que admitir que o acusado é inocente por ter agido com ignorância ou movidos por falta de opção. Mas, cabe a quem guarda mágoa entender se o ato foi ou não premeditado, se agiu ou não de má fé, ou se não houve opção e, talvez, se tivesse escolha teria agido de forma diferente. 
Não entendo. Guardamos mágoas de familiares ou amigos muito próximos pela mínima coisa, porém, não temos o mesmo sentimento com aqueles que não estão no mesmo círculo de intimidade que nos ferem muito mais, e até de forma intencional, mesmo sabendo que foram dadas as opções e ela optou pela pior, por causa de seu caráter. Porque não se utiliza o mesmo peso e medida para os mais íntimos? 
Perdoamos o erro intencional e maldoso daqueles que não tem o nosso sangue e, facilmente guardamos mágoas de familiares e amigos que, de forma impensada ou sem intenção nos machucou, causou algum mal? É fundamental que as pessoas saibam o quanto é bonito perdoar. 
E se queremos ser perdoados temos que praticar a ação de também saber absolver aqueles que muitas vezes no nosso imaginário tenha nos“causado” algum mal. 
Não sabem as pessoas que priorizam a mágoa, o quanto é belo perdoar, porque nós não estamos aqui para julgar. Estamos aqui para pagar os erros cometidos no passado e se optamos por levar a mágoa para o túmulo, continuaremos errando. 
PERDOE e verá como seus pensamentos se tornarão leves e os sentimentos se tornarão aprazíveis. Coloque na cabeça que a vida pede para ser saboreada minuto a minuto, e para a saborearmos, devemos ter pensamentos elevados e tirar do peito todo e qualquer sentimento que o conduza à MÁGOA. LEMBRE-SE: viver amargurado é um mal que mata pouco a pouco, nos envolvendo de tal forma, que não conseguimos raciocinar com clareza, impedindo um bem viver, um sorriso abundante e feliz. 
A amargura impede que você tenha confiança no outro. 
A pessoa magoada não consegue ter um melhor raciocínio. É um sentimento gerado a partir do seu entendimento do que é errado. 
Mas será que a atitude do outro não lhe trouxe uma nova realidade inesperada e que você desconhecia, por isso não aceita? E o que fazer quando a realidade nua e crua se apresentar e você ver o quanto estava errado? Porque não aproveita o pensar ou o fazer diferente do que você estabeleceu e dele extrair o máximo proveito, de forma que venha a servir de aprendizado? 
Agindo assim será mais fácil para lidar com a realidade. 
Ao construir um relacionamento, o faça sem conceitos preconcebidos e que tire deste relacionamento um aprendizado, identificando os limites de cada um. Que não magoemos e que não sejamos magoados. 
Não sejamos juiz, pois não temos o conhecimento suficiente para julgar. 
Remoer a MÁGOAS é trazer sofrimento para si e fazer mal para a saúde, principalmente para o coração. Se não consegue acabar com este sentimento, busque ajuda. 
Procure os recursos que possa ajudá-lo a superar este sentimento. Trabalhe sua autoestima, olhe para si mesmo, em vez de culpar o outro pela mágoa que traz no peito seu sofrimento. Se ajude. Perdoe. 
Lembra os psicólogos que “perdoar não é esquecer o que te fez mal e sim superar, se libertar do sentimento ruim”. E você só obterá a cura se permitir virar a página da sua vida e, para que isso possa ocorrer, é preciso ter disposição e muita paciência. 
Por fim deixo uma mensagem: LEMBRE-SE: GUARDAR MÁGOAS É COMO TOMAR VENENO E FICAR ESPERANDO QUE O OUTRO MORRA...

Um comentário:

Anônimo disse...

CONCORDO COM ALGUNS PONTOS QUE DE FATO SÃO MUITO IMPORTANTES REFLETIR SOBRE....