domingo, 5 de fevereiro de 2012

QUE A GREVE SIRVA DE LIÇÃO

Qualquer movimento grevista, independente da categoria que a faça, demonstra que há uma insatisfação no seu meio.
Há muito tempo venho dizendo que na Bahia a insatisfação no seio do servidor público estava abafada e que a qualquer momento explodiria, fruto de promessas não cumpridas pelo atual governo, entre elas a total falta de condições de trabalho, salário aviltantes, o prometido pagamento da URV que nunca saiu dos palanques, o modelo impositivo de comandar, a falta de diálogo e negociação com as diversas categorias e por ai vai.
É preciso que se entenda que as portas de negociação e do diálogo com os servidores públicos, não devem ser abertas apenas quando a crise se instala através da demonstração de insatisfação com a greve, o último e único instrumento que a categoria dispõe para dá conhecimento a sociedade, da forma como está sendo tratada. Elas devem está permanentemente aberta ao diálogo, pois esta é a essência da democracia, não fechadas como hoje se encontra. Infelizmente na Bahia assim o foi durante os 16 anos de Carlismo e assim está sendo nos 05 anos do PT.
Foi acreditando nas promessas de dias melhores, quando inclusive na campanha eleitoral de 2006 o atual governador mostrava em praça pública e nos programas eleitorais os contracheques dos servidores públicos como um sinônimo de humilhação, dando a entender que em seu governo isto não ocorreria em termos salariais (será que ele teria coragem de ir para atelevisão mostrar os contracheques hoje?), que o funcionalismo se uniu à população para dar um basta no carlismo, que já estava há 16 anos no Poder.
Passado 05 anos de eleito e reeleito, o que se observa em relação ao servidor público é que nada ou quase nada mudou. As práticas continuam as mesmas.
Hoje, a Bahia enfrenta a greve da Polícia Militar, esta mesma Polícia Militar que em 2001 fez o mesmo movimento, cuja pauta de reivindicação coincidentemente é a mesma de hoje.
Na época, a Bahia estava sob o domínio do Carlismo, hoje, está sob a administração do PT, cujo governador Jaques Wagner se apresenta como uma das alternativas para suceder a presidenta Dilma.
Hoje a greve é vista como algo ilegal, criminoso e responsável pela insegurança que o Estado está vivendo. Em 2001, os baianos viveram a mesma situação, mas naquela época como havia um projeto de Poder em jogo, ao contrário de se solidarizar com o governo da época, como hoje o fazem o PT, PSB, PCdoB e demais partidos coligados, o que se viu foi exatamente o inverso, ou seja, estes que hoje repudiam o movimento grevista da PM estavam lá na linha de frente, apoiando e financiando o movimento, conforma nota transcrita abaixo.
Porque a PM entrou em greve, alguém já se preocupou em perguntar? Ao que se sabe o movimento não é político, pois não se conhece nenhum partido político de oposição ao atual governo por trás, dando apoio ou subsidiando como ocorreu em 2001, muito pelo contrário, os opositores de hoje até estão sendo solidários ao atual governo e repudiando o movimento. Então o que será que ocorreu para que a PM mostrasse a sua insatisfação?
O que se pode presumir, é que diante de uma politica salarial perversa imposta aos servidores públicos no geral, o governo Jaques Wagner comete a mesma atrocidade que a dinastia do DEM comandada pelo Carlismo praticou, e assim começam a colher os frutos plantados em 2001.
E faço um alerta: as demais categorias estão prestes também a explodir. Mais dias menos dias, a Bahia poderá ser sacudida por demonstração de insatisfação dos servidores públicos, que já não suportam a situação em que se encontram. E que o Governador não venha dizer depois que foi surpreendido.
2012 na Bahia começou quente. A busca por melhores condições de trabalho e por salários dignos que tem sido exigido pelos Policiais Militares, tende a se estender para as demais classes de trabalhadores públicos, cansado das promessas de palanque e esquecido após passadas as eleições.
O Governador da Bahia, que diz ser defensor de melhores salários, é o mesmo que pratica o mesmo arrocho salarial praticado pelo carlismo.
O mesmo Governador que diz ser a segurança pública na atual gestão um dos seus calcanhares de aquiles e uma questão delicada, é o mesmo gestor que tem lutado incessantemente e utilizado de todos os meios, para não ser aprovada a PEC 300, que daria maiores condições aos Policiais Militares e, onde se vê um verdadeiro conluio entre o governo federal e alguns governadores estaduais para impedir a aprovação de um piso nacional para policiais militares.
Tudo isto, somado com as condições materiais, traz um elevado grau de insatisfação, que deveria servir de exemplo para o atual gestor.
Lembrar ainda que, a derrocada do carlismo começou a partir da greve da PM em 2001.
Que o momento atual sirva de lição e que o atual governo reveja os seus conceitos em relação aos seus servidores, busque honrar as promessas feitas em 2006 e comece a tirar do papel e pô-la em prática, para que não venha a colher dias mais amargos no amanhã. Cujo amanhã começará com as eleições municipais.
Como cidadão, não sou contra a greve, principalmente sabendo que há anos os servidores públicos, aí incluso os policiais militares, vêm tentando sem sucesso, abrir caminhos de negociações com o executivo estadual, visando sensibilizá-lo para a situação de penúria porque passa o funcionalismo público baiano.
Porém, estes mesmos servidores tem enfrentado barreiras intransponíveis, estabelecidas a partir da Secretaria de Administração que tem um titular insensível e despreparado para o diálogo, dando a entender para as categorias que o modelo de governar do PT, infelizmente, não é muito diferente do modelo carlista.
Acreditam que cooptando os “lideres” das entidades sindicais com cargos na máquina pública estariam atendendo aos demais. Apenas se enganaram ou conseguiram abafar por pouco tempo. Este é o resultado, insatisfação geral.
Entendemos como qualquer outra categoria, a Polícia Militar tem o direito e pode fazer greve, apesar de compreender ser uma categoria que exerce uma atividade essencial e ainda mais, por serem policiais tem o direito de andarem armados. Aí é onde mora o perigo. Pois, alguns podem não está devidamente preparado e fazerem do ato reivindicatório em ato de vandalismo, jogando por terra toda a essência do movimento.
A PM como qualquer outra categoria do serviço público só deveria ser impedida de fazer greve, se tiverem um salário essencial e digno. Assim deveria ser feito julgamento pela justiça.
E afinal, quem será o culpado pela greve da PM e de porventura outras greves, caso outras categorias só tenham este caminho a trilhar? Claro que é do Governador do Estado, que poderia ter aberto as portas do diálogo e da negociação, cuja negociação não seja um monólogo como o era as tais Mesas de Negociação criada no início de seu governo, onde se falava e discutia de tudo, mas a palavra final era a vontade governamental.
Sabe-se que hoje, há um clima de total falta de credibilidade da atual equipe de governo, sendo, pois necessário a sua oxigenação, não com apenas a troca de cadeiras, mas a sua substituição se faz necessário.
Quem conhece, anda ou precisa dos serviços públicos na Bahia, vê e ouve o quanto o servidor está desmotivado, por não acreditarem em qualquer ato ou ação em seu favor ou que acenem por dias melhores, fruto de uma equipe fraca, com diversos titulares bastantes conhecidos pela sua ineficiência e incompetência, mas que para o governador, estes mesmos nomes são um exemplo de eficácia e eficiência.
Portanto, é preciso que se entenda que o baiano estava insatisfeito com o modelo carlista de governar, para tanto optou pela mudança, cuja mudança a população está a espera de acontecer, pois diante do modelo de gestão atual nada mudou e mais insatisfações virão por aí. Quem quiser pague para ver.

P.S. Para que fique registrado em nossos arquivos e chegue ao conhecimento de todos, transcrevo abaixo, o que disse a imprensa Marcos Prisco, Presidente da Associação de Policiais, Bombeiros e seus Familiares da Bahia (ASPRA):“O governador Jacques Wagner, quando ainda era deputado federal, participou com outros parlamentares do PT e de partidos da base do esquema de financiamento da paralisação dos policiais militares do estado em 2001. Ele acrescentou que o Sindicato dos Químicos e Petroleiros da Bahia, que tinha na direção o atual presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, alugou e cedeu, na época, seis carros para garantir a greve na Bahia”, onde diz que foi perseguido e ameaçado de prisão pelo então governador carlista Cesar Borges. Continua: “O motorista que me levou para Brasília era um funcionário do sindicato, Nelson Souto. Na capital, foi recebido pelo então senador petista Cristóvam Buarque”, disse.
Prisco disse que, além de Jacques Wagner, teriam apoiado e contribuído para a greve de 2001 os parlamentares Nelson Pellegrino (PT), Moema Gramacho (PT), Lídice da Mata (PSB), Alceu Portugal (PCdoB), Daniel Almeida (PCdoB) e Eliel Santana (PSC). Segundo ele, a ajuda garantiu a estrutura necessária ao movimento, incluindo o fornecimento de alimentação para os grevistas.

28 comentários:

José Lopes disse...

Qualquer tribunal trabalhista condenaria esta greve intempestiva.
Prova que os cabeças do movimento paredista não se preocuparam sequer com a questão legal. Para seu conhecimento, o princípio do Estado Democrático de Direito deve ser respeitado.
É nisso que dá lideranças negativas que agem com paixão e não com a razão. Tomara que cabeças rolem. Vidas e patrimônios públicos e privados sofreram prejuízos. Agora, que assumam suas responsabilidades. No movimento sindical aprendi que, às vezes temos que recuar para depois avançar e a negociação é imprescindível em toda reivindicação. Oportunisticamente aproveitaram que o governador estava fora do estado para criar este clima de desordem e bandidagem o que não se pode conceber de pessoas que vestem fardas possuem um regulamento e estão aí para proteger o povo segundo o compromisso assumido quando do juramento feito ao entrarem para os quadros da gloriosa corporação. Ao invés de angariar o apoio da população como foi o caso dos PMs Bombeiros do Rio de Janeiro, angariaram antipatia.

No Rio de Janeiro os bombeiros entram em greve mas. depois de insistentes negociações. Só que tem um detalhe: os Bombeiros Militares do RJ fizeram por merecer por anos e anos de trabalho em prol da população.

"Terra Magazine - A pergunta é: por que o governo não negociou com os grevistas?
Jaques Wagner - Como é de conhecimento de todos, no início da semana eu estava numa viagem ao exterior a convite da presidente Dilma. Enquanto eu estava fora, se dá um fato que demonstra a má intenção embutida: uma parcela minoritária da PM faz uma assembleia, na véspera da greve, e no mesmo dia protocola uma pauta de reivindicações sem ter negociação alguma... "

José Lopes

Toninho disse...

Esta greve pode parecer um tiro no pé.Enquanto se fizer greve punindo e impondo medo a população o fracasso é imaginado.Vejo falta de responsabilidade e como em toda greve pode ter mais do que salario atras das intenções.Um pais de faz de conta é assim.
Um abraço.

Fendel disse...

É o troca-troca de favores.... e quem entra com a rôsca, é o povo...
Fendel

Escarlate disse...

Homens do Exército, Força Nacional, Polícia Federal e das Companhias Independentes de Policiamento Especializado da Polícia Militar cercaram a Assembleia Legislativa da Bahia, em Salvador, na manhã desta segunda-feira (6), por volta de 5h50. Mais de 90 pessoas já morreram desde o início da greve.
Tendo em vista que o PT foi o maior fomentador de grves durante décadas na oposição, pelo próprio Lula da Silva, é uma beleza ver o PT provar de seu proprio veneno, sugere-se que militares tambem façam greve, alias que todas as AForças Armadas a façam.
O que será que a corja (ouça-se PT) teem agora a dizer sobre o direito de greve!!!
Escarllate, the Red.

Geraldo disse...

O governador Jaques Wagner cometeu um equívoco ao chamar policiais em greve de bandidos, além de esquecer-se que o recurso às greves foi um dos principais instrumentos utilizado pelo mais sórdido político de nossa história para tomar o poder e impor à sociedade um poder público tomado pela corrupção.
Antigamente os grevistas com a liderança do ex-presidente Lula eram classificados como cidadãos lutando pela democracia e agora são classificados de bandidos pelo governador. É bom para essa sociedade idiota e imbecil que o elegeu, que se tivesse um mínimo de vergonha na cara boicotaria o carnaval em seu estado.
Vamos lembrar ao governador, mesmo considerando que sempre existem em qualquer classe os bandidos, que na sua classe, a de políticos, quase a totalidade tem se comportado como verdadeiros bandidos, enquanto nas forças policiais isso é cada vez mais uma minoria.
Geraldo

Luiz F. Sarttori disse...

Surpreendente de tudo isto foi a gente ouvir o Dep. é Neto, dizer que em Feira não ocorreu nenhum problema. Acorda deputado, também estava em uba.
E o pior é ouvir que ele através de sua assessoria havia recomendado a imprensa de Feira a não tratar dos problemas que estavam ocorrendo em Feira de Santana, ocasionados pela greve da P.M.. iMAGINE QUE ELE QUER SER PREFEITO DA SEGUNDA MAIOR CIDADE DA BAHIA. Espero que isto não venha a ocorrer, depois desta.

Luiz Felipe Sarttori

Reinaldo Azevedo disse...

Em julho de 2001, houve uma greve da P. M. na Bahia. Critiquei severamente o movimento dos policiais nos termos: "Gente armada não pode parar; quando um policial deixa de trabalhar, o bandido agradece, e o homem comum sofre". Eu pensava isso sobre a greve da PM baiana em 2001 e penso o mesmo sobre a greve de 2012.
Mas e Lula? E Jaques Wagner?
"A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salário mixo, esse cidadão tem direito a fazer greve."
Quem fala aí é Luiz Inácio da Silva, então candidato à Presidência pelo PT. Naquela greve, sem o morticínio de agora, também houve arrastões, saques etc.
Lula, dotado daquela mesma moral e responsabilidades maiúsculas de Eduardo Suplicy tinha o diagnóstico sobre o que estava em curso no Estado. Leiam:
"Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade".
Veja, o que o governo tentou vender?
Quanta irresponsabilidade!
ISSO É O PETISMO, ESSE LIXO MORAL! Os petistas estavam financiando a greve por intermédio de um sindicato - que nada tinha a ver com a polícia, diga-se - e de seus parlamentares.
Hoje, o governador Wagner vai à TV demonizar aqueles a quem deu suporte material quando estava na oposição.
Vejam lá que graça: até Sérgio Gabrielli, que depois se tornou o todo-poderoso da Petrobras e que vai fazer parte da equipe de Wagner, apoiava a greve dos policiais. Ora, se era para lutar contra o governo, que mal havia em deixar a população à mercê da bandidagem?
A esmagadora maioria dos petistas é socialista de araque. Essa gente gosta mesmo é do capitalismo, especialmente à moda brasileira, com esse estado gigantesco, que permite ao governo manter na rédea curta boa parte do empresariado.
Os "socialistas" do PT já renunciaram, e faz tempo!, à dimensão utópica do socialismo - não que ela seja grande coisa: também é criminosa. Mas é evidente que houve socialistas, e ainda os há, bem poucos, que realmente acreditavam estar lutando pelo reino da justiça e da igualdade e coisa e tal... Daquele socialismo, os petistas de agora conservam apenas a concepção autoritária de sociedade, gerida pelo partido. Em nome de sua construção e de seu fortalecimento, tudo é possível - muito especialmente o crime.
Em 2001, o PT queria "o quanto pior, melhor" na Bahia porque isso fazia parte de seu projeto de poder.

votonulo@ymail.com disse...

O que será que a corja (ouça-se PT) tem agora a dizer sobre o direito de greve!!!
O que seria ser socialista de verdade? Viver vc em palácios e pinga pura para o povo?

Veja ops, Singapura .

Abs

Voto Nulo

Mara Montezuma Assaf disse...

Geralmente só avaliamos o quanto vale um prestador de serviço quando ele nos falta... nos apercebemos da importância do que ele sempre faz quando , de repente, deixou de ser feito...A segurança que a PM dá aos cidadãos baianos pode ser sopesada agora, em meio ao caos desta mortandade (que no momento em que escrevo já chegou a 93 óbitos em apenas 6 dia). Agora é a hora em que o governador Jaques Wagner tem que repensar se agiu bem com a PM...se os policiais militares realmente pediram-lhe um despropósito...ou se sua reivindicação procede. Aliás, as PMs de outros Estados já estão de olho nos acontecimentos...e garanto que , para bem ou para mal, não ficarão inertes.

Geraldo Pires disse...

MEU CARO REINALDO AZEVEDO ,VOCÊ DISSE TUDO E NÃO TIRO UMA VÍRGULA DE SEU COMENTÁRIO ,QUANDO ESSA GENTE ESTAVA GALGANDO PODERES ,FAZIAM E AGITAVAM PARA QUE OS EMPREGADOS ADERISSEM AS GREVES , HOJE SÃO GOVERNOS E MUDARAM SUAS IDEOLOGIAS ,O QUE PODEMOS DIZER DESTAS PESSOAS? TODOS QUE ESTÃO CONTRAS SÃO TODOS SEM VERGONHA, MANIPULADORES DE CARTEIRINHA,IMBECIL É O POVO QUE AINDA VOTAM NESTES INDIVÍDUOS.

Eliana França Leme disse...

Contra fatos, não há argumentos:
Bahia: 60 assassinatos por 100.000 habitantes, aumento de 2.630% desde 2003.
Cito a reportagem de O Estado de São Paulo, caderno Metrópole, de 4 de fevereiro: "
O Estado (da Bahia) é ainda o que tem a menor proporção de presos entre as 27 unidades da federação, empatando (com quem mais???) com o Maranhão na última posição, com 92 detentos por 100.000 habitantes. São Paulo - o Estado que mais reduziu os assassinatos na última década - tem 538 presos por 100 mil."
Na Bahia, 55 pessoas assassinadas, saques, arrastões, comércio fechado.
A onda de violência foi causada pela greve da Polícia Militar.
Onde está o governador Jacques Wagner?
Onde está a turma dos direitos humanos? Parece que nunca se preocupam com os direitos humanos dos cidadãos comuns e de ir, vir e trabalhar e de não correr risco de vida.
E por que, com assassinatos, saques, arrastões, comércio fechado, problemas para os hotéis e restaurantes com os turistas cancelando viagens para a Bahia, é sempre São Paulo o vilão da fita?

Morales disse...

O idiota tenta confundir alhos com bugalhos como sempre e quer que acreditemos que o PT manda a polícia fazer greve. E a barbárie que é cometida nas ruas não é responsabilidade dos policiais mas no Governo.
E esse papo que quer separar pobreza e crime é pura tolice. Claro que não só a pobreza produz o crime, mas é um fator importante. Mas isso não interessa para esse oportunista direitista. O que interessa é responsabilizar o Governo porque é do PT. E a violência é em grande parte gerada pela diferença de renda e da distribuição de renda gerada pelo mesmo: o capitalismo selvagem, desde sempre. Nenhuma palavra sobre isso, não é?

Almendra disse...

O governador Jaques Wagner cometeu um equívoco ao chamar policiais em greve de bandidos, além de esquecer-se que o recurso às greves foi um dos principais instrumentos utilizado pelo mais sórdido político de nossa história para tomar o poder e impor à sociedade um poder público tomado pela corrupção.

Antigamente os grevistas com a liderança do ex-presidente Lula eram classificados como cidadãos lutando pela democracia e agora são classificados de bandidos pelo governador. É bom para essa sociedade idiota e imbecil que o elegeu, que se tivesse um mínimo de vergonha na cara boicotaria o carnaval em seu estado.

Luiza disse...

Não tenha tanta fé no Governo Wagner como uma nova era para a velha Bahia, não enquanto se reprisarem os números de mortos afrobaianos no cotidiano.

Sergio São Bernardo disse...

A ERA POLÍTICA WAGNER E O ESPETÁCULO DA GREVE

A policia baiana é um poema indecifrável. ACM não decifrava. Utilizava seus métodos pessoais despóticos e atendia as crises reivindicatórias da Policia ao seu alvedrio. Muita coisa ficou debaixo do tapete. Formaram-se comandos paralelos e relações com o crime organizado.
A greve de 2001 teve um perfil político e ideológico. Esta também tem. Muitos estão postando apelos na rede social, esperando que a mão forte do governador e do poder judiciário decidam sobre a justeza ou não da greve. Visão simplista do caso.
Alguns já demonizam e outros martirizam o presidente de umas das Associações de Policiais, soldado Prisco. Ora, todos sabem que não se trata de Prisco. Parte expressiva das reivindicações da categoria policial é justa e defensável.
Sou de uma época que por muito menos faríamos greve por melhores condições de vida e de trabalho. Não podemos esconder as lacunas e as fragilidades que a policia baiana tem há décadas.
Tem muita coisa a ser aproveitada em relação a este episódio, inclusive de natureza política e trabalhista.
As ações dos policiais que usam do medo e do terror para realizarem suas reivindicações de classe não podem encontrar apoio público. O policial precisa dar uma lição para a população e, mostrar, que até mesmo, quando paralisa suas atividades, inspira segurança para a população.
É bem verdade que algo precisa ser ajustado no Programa Pacto pela Vida que prevê recursos a serem utilizados em melhores condições de vida e de trabalho dos policiais. Baboseiras como aquela em que se aplicou dinheiro público com artistas e personalidades em outdoors deveriam ser evitadas.
O que incomoda é a surpresa da greve. Todos estão atônitos e sem saber o que fazer. A chegada repentina de forças federais, a necessária decretação da ilegalidade da greve. Até parece um caso fortuito.
Vale acentuar que, nos últimos anos, houve um esvaziamento e perda de lideranças na categoria policial de inclinação governista. Ora, Prisco é produto dessa nova realidade, onde as questões de segurança pública viraram palco de disputa politica.
O pano de fundo é a crescente ascensão da era Wagner na Bahia. A eleição de prefeitos e vereadores, nisso a oposição tem interesse. A greve é apenas um espetáculo, trágico espetáculo!

Reinaldo disse...

Eu acho que o governo federal tem de restaurar a ordem na Bahia, já que o governador Jaques Wagner é incompetente para fazê-lo. E defendo que se deixe claro, ainda mais claro, de uma vez por todas, que gente armada não faz greve nem se amotina, sob pena de expulsão sumária da corporação e processo. Pronto! É isso o que eu acho. QUEM GOSTA DE INVESTIR NO “QUANTO PIOR, MELHOR” É PETISTA. Quem usa o caos para atingir os adversários é Lula, é Jaques Wagner. Adiante.
Imaginem se o caos baiano estivesse instalado em São Paulo. A essa altura, haveria canalhas falando na necessidade de intervenção federal — não esta informal, branca; refiro-me a intervenção pra valer mesmo.
Em 2008, na greve decretada por uma extrema minoria da Polícia Civil em São Paulo, parlamentares petistas foram às ruas se solidarizar com os… grevistas — como Lula e Jaques Wagner fizeram em 2001…
Agora, com o caos instalado em terras baianas e com uma centena de mortos — MORREU GENTE COMO MOSCA NA BAHIA, NÃO DO PINHEIRINHO!!! —, os petistas estão mudos! Vai ver ainda buscam um jeito de culpar o PSDB, FHC e, claro!, José Serra!!!

Pesky Bee disse...

O pedido dos policiais é legítimo. A inflação muda o pacto primitivo a todo instante, o qual, além disto, é composto de certas cláusulas usualmente desrespeitadas pelos governos, sem falar nas promessas de campanha. Governo que cumpre promessas de campanha e respeita a lei não enfrenta greve nenhuma.
Então eu estou do lado da PM e contra o uso do exército?
Greve militar é insubordinação, agrupamento militar com o intuito claro de desobedecer ordens e enfrentar o comando é motim, chumbo neles e fim de papo.
Por outro lado, não vejo porque impedir a entrada de ninguém na Assembléia Legislativa, já que esta é a casa do povo, incluindo os militares. Se os policiais entrarem e badernarem, chumbo neles. Mas impedir alguém de entrar na casa legislativa é algo muito estranho do ponto de vista político.
Enfim, chumbo nos policiais, prisão para todos os envolvidos e novo concurso para suprir as milhares de vagas decorrentes deste último ato. Alguém acha que haverá tantas prisões assim e novo concurso

arcelo Santiago disse...

Amigos,

Eu lembro como se fosse hoje.
Na época da eleição um amigo me dizia sobre Wagner: Não vou votar num cara que queimava pneus na rua liderando a greve na usina de mataripe. Está provando o próprio veneno.

Nivaldo Cordeiro disse...

Realmente esse episódio colocou a putada petista no
lugar que antes era "alvo" deles mesmo. Em outras
(mais coloridas) palavras, a brasa que eles usavam
antes está hoje fritando o cuzinho deles mesmos.

NIVALDO disse...

greve da Polícia Militar na Bahia mostra a olho nu as contradições do Partido dos Trabalhadores, ora no poder. Este partido construiu sua história e chegou ao poder apostando no grevismo e na tática do confronto. No poder, agora teve que se dobrar ao realismo político. Do Estado espera-se a ordem, quebrada na Bahia com a greve. Pela primeira vez o discurso de autoridades petistas, como o ministro da Justiça e o governador do próprio Estado, alinhou-se com essa necessidade de ordem, em nada diferindo daquele que era usado pelos militares quando no poder. Ver o Exército nas ruas de Salvador foi um grande conforto para os amantes da paz. Outro fato que vimos com a greve é a tentativa de estabelecer piso da categoria policial, promessa desde sempre do PT que foi abandonada porque não há recursos e porque é irracional. O Brasil é uma unidade política, mas não econômica. Tentar homogeneizar tudo desde Brasília não passa de atentado contra o federalismo.

Mente Estratégica disse...

ONDE ESTÁ A INSEGURANÇA E SEGURANÇA DO BRASIL.
DE: Leonardo Boff
Mas não há segurança para aqueles que são responsáveis pela segurança pública: os policiais militares. Pelo fato de não terem a segurança de um salário decente, de condições de trabalho adequadas e de trato digno por parte do poder público, se rebelam como aconteceu neste ano no Ceará e agora na Bahia. Com os humilhantes salários que recebem, pouco mais de dois mínimos, que segurança podem dar a suas famílias que tem que pagar aluguel, escola, transporte, luz, água e alimentação?
A responsabilidade maior pela insegurança pública que se instalou em razão da greve dos policiais militares, com assassinatos e depredações, deve ser tributada principalmente ao poder público, que não soube ouvir e dialogar de verdade e não retoricamente, antecipando-se aos fatos lamentáveis.
Que diálogo e negociação são possíveis e críveis quando se responde com a arma da violência, pondo militares contra militares? É uma estratégia da ignorância política e da prepotência, totalmente ineficaz porque agrava ainda mais o problema em vez de encaminhar uma solução. Por que não se aprova a PEC 300? Os governos federal e os estaduais se uniram para protelá-la e esvaziá-la.
Usem os 60 bilhões de reais, subtraídos do orçamento, para aumentar os salários deles, ao invés de dar segurança aos credores. O que conta mais, as pessoas ou os dinheiros ricos epulões? Esse dinheiro do povo é para servir ao povo, garantindo-lhe segurança confiável e respeitosa. Seguindo esta indicação do bom-senso, se acabam as rebeliões e os policiais terão a paz e o sossego necessários para desempenhar com sentido público e com honradez a sua alta e arriscada missão.
POSTADO POR VILEMARC

licia kawase disse...

A julgar pelo que se declara sobre a atuação do JW no passado, e o que lhe acontece hoje em que ocupa o cargo de Governador, cumpra-se a sentença hoje: " beba de seu próprio veneno" Porém se Ele tem autoridade de fato, deveria demitir toda cúpula desta POLÍCIA desmoralizada, indisciplinada e INVASORA DE PRÓPRIOS NACIONAIS, tal como são as instituições públicas, botar todo mundo na Rua, PRENDER os cabeças e passado um tempo, recompor a Policia nos termos de que deve ser uma força deste jaez e não mais este bando de moleques. Como poderá o povo baiano confiar neste tipo de Instituição tão desmoralizada?

Victor Molina disse...

Se a Assembléia ta invadida até hoje e ninguém sentiu falta, talvez os deputados não trabalhem tanto assim...

Blogger disse...

Atenção, cidadãos baianos de bem, a esmagadora maioria! Não permitam que o governador Jaques Wagner apenas recobre a “normalidade” de seu governo porque se trata de uma normalidade anormal. É preciso começar a operar na anormalidade do padrão Wagner, com seus 37,7 mortos por 100 mil habitantes — muito acima da média naciona, já assombrosa.
Uma greve de polícia é sempre um evento desgastante, sim, que traz grandes riscos para a sociedade. Mas a onda de homicídios que se seguiu à paralisação dos policiais indica que a política de segurança pública do governo petista é um desastre.

Robinson Oliveira disse...

Ajustiça pede prisão ds lideranças do movimento grevista da PM. algo inédito que nem no período mais negro da ditadura assistimos.
O Governador e o seu secretário de comunicação diz que é um movimento orquestrado para generalizar a greve para aprovarem a PEC 300, que as próprais lideranças da PM considera inconstitucional.
Agora ninguem fala que o culpado de tudo isto é o próprio governador, que não cumpre a Lei Estadual nº 7145/97, encaminhada pelo executivo e parovada pelos deputados. Aí ninguem pede a prisão. Aliás nãocumprir o prometido e o que foi acordado já virou uma marca do governo Jaques Wagner.

Anônimo disse...

DESABAFANDO
Sou um Policial Militar com o orgulho ferido, mas ao mesmo tempo orgulhoso pela demonstração de coragem dos nossos Bravos Colegas. Não àqueles que foram flagrados em atos de vandalismo, mas aos Bravos Policiais que até agora entendem e buscam seus direitos que há muito são desrespeitados pelos governos que os comandam. Confesso que fico triste em ver a sociedade pagar um preço que não lhes compete sofrer. O atual Governo sabia que a qualquer momento essa bomba poderia estourar em suas mãos e nada fez para evitar. Preferiu pagar pra ver e está vendo, pois se comenta que nos bastidores da política até seus correligionários estão contra esta atitude de ditador tomada pelo Exº Sr Governador Jacques Wagner. Para quem não sabe e só ver ou ouve a nota pública que o Governo colocou na mídia do acordo com a classe sobre as GAPs 4 e 5 pagas de uma forma escalonada é um absurdo, é chamar a Tropa da PMBA de burra e subserviente a sua palavra final. Entenda quem ler este comentário: o Governo que pagar a GAP 4 a partir de novembro/2012 divididas em 24 parcelas, ou seja, só teríamos um aumento real de aproximadamente 17% em novembro de 2014. Já que a GAP 5 só começaria a ser paga em 2015 em outro Governo. Seria com certeza mais uma luta que a Tropa iria encarar e se desgastar, ainda mais, perante a sociedade baiana. O Governo tem a Polícia que precisa e a população tem o Governo dos sonhos. Pergunte, quem quiser, a qualquer Policial Militar se ele não gostaria de está em sala de aula aprendendo seus direitos e os direitos dos cidadãos. Mas além de não ter políticas públicas de segurança sobre este tema, ainda nos falta união por parte dos nossos superiores hierárquicos (Oficiais PMs) em busca desta conquista. Garanto-lhes uma coisa: se o governo nos valoriza-se financeiramente e nos colocasse em salas de aula para aprendermos conhecimentos técnicos e jurídicos, para que pudéssemos empregar em nossa rotina de serviço ao cidadão nas ruas e nas ocorrências diversas. Com certeza a nossa Briosa Policia Militar da Bahia seria muito mais respeitada e valorizada por toda população e sociedade que tanto almeja bons serviços prestados por ela. Feliz carnaval a todos!

Cynara Menezes disse...

Gente,

Ai vai mais uma pérola sobre as recentes greves, no caso especialmente a da Bahia:
"A paralisação na Bahia expôs completamente como as promessas de
campanha não cumpridas podem se tornar perigosas. Durante a ocupação da Assembleia, os manifestantes reproduziam a todo instante, no carro de som um discurso onde o então deputado Jacques Wagner, na oposiçãom
dizia
achar "um absurdo" os salários dos oliciais e prestava apoio à greve de 2001. Cinco anos depois, ao se candidatar ao governo. Wagner
mostraria no programa eleitoral da TV o contracheque de um soldado da PM para criticar a miseria dos seus soldos. O dono do contra cheque era ninguem menos que
Marco Prisco, o lider grevista enviado ao presidio de Salvador, Wagner embalou o ovo da serpente.
Desde o ano passado, no Rio Grande do Sul, o tambem petista Tarso
Genro, enfrenta dificuldades semelhantes com os policiais militares por causa do não cumprmiento de uma promessa de campanha: pagar um piso de 3,2 mil reais até 2014. "Quando a gente é candidato tem de tomar cuidado, senão promete o céu, as estrelas, a lua, tudo. Ai, quando assume, vê que tem a Lei de Responsabilidade Fiscal e que não é bem assim", avaliava o deputado estadual Sargento Isidoro, da base do
governo Wagner, que se lançou à política após liderar a greve de 2001 e ser preso".

Celso Borges disse...

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