domingo, 25 de dezembro de 2011

É CHEGADO O MOMENTO DE DA UM BASTA


Acredito ter chegado o momento da população brasileira da início a um processo de manifestações em apoio a faxina ética na administração pública e não só apoiar a presidente neste processo, mas passar a exigir que os cargos de confiança, seja de confiança do executivo, para tal foi eleito, e não loteados pelos partidos políticos, onde já chegamos ao extremo do partido x afirmar que o ministro y, mesmo sendo seu partido, mas que lá estava por ser da COTA da presidente, não por indicação partidária.
Ora, quem se elegeu para se responsabilizar pela administração e gerenciamento do País foi a presidente. Os deputados e senadores ao que se saiba se candidataram para legislar e fiscalizar o executivo. Logo aprovar e ou rejeitar matérias do executivo é uma das suas funções. A partir do momento que, por interesses fisiológicos, se vendem ao executivo em troca de cargos públicos, perdem a credibilidade e a moral de exercerem com eficiência o mandato para os quais foram eleitos.
O executivo deve ficar livre para escolher aqueles que irão assessorá-los e o legislativo desta forma ficará atento as suas ações e o judiciário de julgá-los à luz da constituição. Este deveria ser o roteiro a ser seguido.
Portanto está na hora da população ordeiramente retornar as ruas para que se dê um basta nesta corrupção que nos envergonha. Está na hora de expurgar todos os corruptos que movidos pela ambição de dinheiro agem de forma a prejudicar o erário público.
Vivemos em um País, que possui leis para punir, que tem um sistema judiciário que mesmo com suas deficiências ainda funciona. Temos uma polícia federal competente, preparada e atuante. Uma mídia, onde parte dela ainda tem no sistema investigativo como forma de fazer jornalismo, portanto, atenta às coisas erradas. Desta forma, não se admite tanta corrupção no Brasil e que prevaleça a impunidade.
Está na hora de todos irem para as ruas, para as portas dos parlamentos e do judiciário, exigir cadeia para este bando de ladrões de colarinho branco.
Está na hora da população mostrar a estes corruptos que eles não são mais espertos do que ninguém. Que eles não passam de ladrões e que muitas vezes criam dificuldades para obterem facilidades.<
Está na hora de nas ruas a população exporem estes homens que agem movidos pela ambição do dinheiro, estes requintados chantagistas, ao ridículo.
Está na hora de se dá um basta nesta situação, onde os nossos “homens públicos” se acham no direito de extorquir sem que haja punidade. De acharem que a comissão por uma obra pública é um direito; que o desvio do dinheiro público para suas contas bancárias seria mais uma forma de apropriar-se do que não lhe pertence.
E o pior, ainda tacha de idiotas aqueles que procuram agir honestamente sem o uso do tráfico de influência ou de tirarem proveitos, pela função que assumem.
Acredito estarmos no momento ideal de começarmos não só denunciar, mas exigir punição exemplar para aqueles agentes públicos e políticos que se valem da função por indicação ou para tal foi eleito ao extrair vantagens para si, familiares e amigos e "laranjas".
Basta dessas “ortoridades” viverem desfilando em carros com placas trocadas ou frias. Chega de esposas, amantes parentes e aderentes viverem viajando para cima e para baixo com as passagens custeadas com o nosso dinheiro. Já estamos cansados de assistir e ouvir denúncias de uso de cartão de crédito debitável na conta do Estado.Este mesmo Estado que nunca tem recursos para os serviços basicos para população. Eles gastam, esnobam e nos obrigam a pagar. Logo eles que tem um rendimento bem acima de qualquer cidadão mediano brasileiro.
Precisamos sair deste estado de letargia em que nos encontramos e deixar de considerar natural o superfaturamento de obras, a ausência de licitação para contratar empresas amigas, o atraso de obras para justificar o aumento dos seus custos.
Está na hora de todos sairmos às ruas e acabar com a lógica do corrupto, que é: “Se não aproveito, outro aparece e vai ganhar em meu lugar”. O corrupto e o corruptor são farinha do mesmo saco, ambos não têm escrúpulos.
A coisa chegou a tal ponto, que hoje não mais temem serem apanhados em flagrante. Já não se envergonham das suas ações que passam a servir de exemplos e modelos para os seus familiares. É o exemplo daqueles que se deram bem. Não se envergonham nem sequer de se olharem no espelho. Só o povo nas ruas, unidos, poderá amedrontá-los e fazer com que medidas sérias saneadoras sejam tomadas.
Sabemos que ainda temos os nossos Robin Hoods da moralidade, tais como a Corregedora do CNJ, que corajosamente colocou a mão no vespeiro da Justiça; alguns políticos que ainda zelam pelo nome e pela ética, como o senador Pedro Simon; a maioria dos servidores públicos de carreira, que mesmo ganhando salários de miséria, ainda sentem orgulhos dos serviços que prestam. Mas como diz o ditado “uma andorinha só não faz verão”. O povo tem que se unir a estes heróis e lado a lado não só apoia-los, mas se darem as mãos e unidos iniciarem uma campanha de moralização dos três poderes, e lutar para que possamos ver todos os corruptos e corruptores na cadeia, que é lugar onde eles deveriam estar.
Portanto, lembre-se, 2012 novamente teremos eleições, assista ao filme que passa por sua cabeça, daqueles que sem querer, nunca deixa de citar as quantias recebidas ou pagas, e que deixa claro nas suas entrelinhas que se utilizou da corrupção para obter alguma vantagem. Lembre-se daquele que tem como lema: “quem não chora, não mama”; "é dando que se recebe” ou "rouba mas faz".
Rebobine a sua fita e veja como em pouco tempo ele enriqueceu, construindo mansões, cheio de fazendas. Compare o antes e o depois. Observe se por acaso ele(a) não apareceu em alguma cena embolsando propina escusa ou se não foi acusado de envolvimento em algum ato desabonador.
Portanto, antes de ir às urnas assista a este filme para que amanhã não vir também a ser acusado de ter absolvido este tipo de bandido, que finge ser (h)onesto e julga-se ou se faz parecer o mais íntegro dos seres humanos. Não espere pela justiça, faça você memsmo o julgamento e o puna.
Assim, enquanto o judiciário não cumprir o seu papel e colocar os corruptos brasileiros na cadeia, que ao menos nós, eleitores, os impeçamos de continuarem agindo, não os elegendo ou reelegendo e que de alto e bom som digamos a eles que não o queremos vê-los exercendo nenhum tipo de função pública, pois são elementos de alta periculosidade.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

OS CONCEITOS DEVEM SER MUDADOS COM URGÊNCIA

Uma Nação cujo povo encontra-se culturalmente avançado, certamente que homens públicos envolvidos em atos indecorosos, falcatruas e, quando gestor público esteve envolvido em denúncias de má aplicação do dinheiro público ou com processos judiciais, transitado em julgado ou não, certamente não poderiam se ousar a ser candidato a qualquer cargo eletivo e teriam sua inscrição indeferida à bem da moralidade. E iria mais longe. Também não permitiria que estas mesmas pessoas ou aquelas indicadas para assumir cargos na administração pública caso estivessem envolvidas em qualquer ato que desabonasse a sua conduta, não poderia e nem deveria assumir o cargo pleiteado em nome da preservação e do respeito a moral pública.
Isto em um País sério. Mas no Brasil a gente sabe que a coisa ocorre diferente, ou seja, são exatamente estas pessoas que tem acesso ao Poder. Há sempre uma forma de escamotear a verdade e existe sempre uma desculpa, mesmo que esfarrapada, para justificar os seus atos.
Nos dias atuais, nada mais me surpreende. Vivemos em um País que roubar ou tramar falcatruas visando desviar o dinheiro público nas antessalas de ministérios deixou de ser roubo, virou malfeitos. Como esperar dias melhores?
Que podemos esperar dos partidos políticos, que em lugar de fazer política, para isto foram constituídos, se transformaram em formadores de quadrilhas para assaltar o erário público, pouco se importando se com estes desvios, milhares de pessoas têm morrido nas filas dos hospitais, por falta de recursos, os mesmos desviados para as suas contas bancárias ou de laranjas, escolhidos neste laranjal chamado Brasil?
Enfim, que futuro irá construir se por falta de uma educação pública de qualidade, deixaremos como legado para a nossa juventude o analfabetismo funcional e a falta de perspectiva de dias melhores?
Este é o Brasil que está sendo construído. Infelizmente.
Diante desta herança, somos obrigados a conviver lado a lado com a violência e assistir os nossos jovens se entregarem à droga ou arrebanhado pelo tráfico, como forma de ganhar dinheiro fácil.
O povo, em alguns momentos de lucidez, tem procurado fazer a sua parte, como exemplo, a mobilização nacional para aprovação do Projeto Ficha Limpa, que o nosso Supremo tem literalmente jogado no lixo, andando na contramão do anseio popular.
Aliás, o Judiciário andar na contramão do anseio popular não é surpresa alguma. Este papel eles sabem interpretar bem, ou seja, defender os “interesses” daqueles com quem convivem diariamente nas rodas sociais que frequentam. Diferente seriam eles descerem do alto dos seus sapatos e passassem a sentir e defender os interesses da maioria e dos mais pobres. Talvez tenham urticária só em pensar.
Como continuar acreditando em um País em que seus partidos jogam todas as suas fichas em candidatos ficha sujas, por se acharem donos de um significado numero de eleitores, comprado através do clientelismo ou com o dinheiro público roubado?
Que esperar do futuro, quando nas nossas Casas Legislativas os eleitos e reeleitos em sua maioria são exatamente os que menos frequentam o trabalho, enquanto aqueles que não faltam, o político nota dez, são sempre rejeitados pela maioria dos nossos eleitores? Isto só vem comprovar que somos um País em que se valorizam os políticos preguiçosos e que não honram os seus compromissos para os quais foram eleitos. Basta uma palmadinha nas costas e pagar uma pinga que o voto está garantido.
Engana-se quem pensa que os faltosos estão nas bases dando duro. Eles estão nos gabinetes de empresários maquinando como desviar recursos públicos, através de obras superfaturadas ou de compra de bens que jamais serão entregues, para depois com o dinheiro roubado sair distribuindo esmolas em anos eleitorais.
Diante de tudo isto, torna-se urgente uma reforma política. Uma reforma política séria, que conte com a participação da sociedade organizada, na sua elaboração.
Uma reforma que em seu bojo seja incluído a autonomia popular, dando poderes ao povo que elegeu, para que possa cassar aqueles cujo comportamento não se enquadre dentro da ética e da moralidade. Que seja concedido ao eleitor o direito de cassar aqueles que após eleitos esqueceram os compromissos assumidos em palanque. E que este poder não lhe fosse dado apenas para os eleitos para cargos executivos, mas também legislativo.
A cada dois anos, o povo iria às urnas para dizer sim ou não aos candidatos eleitos ou votados em seus municípios. Aí sim, estaria o povo fiscalizando o seu eleito.
Que fosse incluída a proibição de nomeação de cargos públicos por indicação de membros ou de partidos políticos. Afinal, o vereador, deputado e senador foram eleitos para legislar e fiscalizar o executivo. No momento em que ocorre esta promiscuidade, o político perde sua autonomia e passa a não ser mais respeitado pelo executivo.
Chega desta história de financiamento de campanha com dinheiro público. O povo já está cansado de pagar as contas e ainda ter que financiar campanhas eleitorais é demais. Já são alocadas verbas públicas destinadas a cada partido político. O que deveria ocorrer era a proibição de qualquer tipo de financiamento de campanha por terceiros. O candidato que se autofinanciasse ou saísse por aí catando votos, através do argumento e de sua coerência ideológica. Ninguém dá dinheiro a ninguém sem que por trás não haja o objetivo de obter um retorno e com juros. Aí está uma das células da corrupção.
As nossas Casas Legislativas principalmente o Congresso Nacional, com algumas exceções, é hoje formado em sua grande maioria por políticos aéticos, indecorosos, corruptos carreiristas, que sobrevivem pendurados nos cabides de emprego e pouco ou quase nada de bom produzem para a nossa sociedade. A grande maioria só está com os olhos voltados para as benesses que poderão obter, principalmente quando envolve dinheiro público. Poucos se preocupam em defender os verdadeiros anseios populares e sociais. São parlamentares, que depois de eleitos esquecem completamente as promessas feitas durante a campanha e passam a praticar atos que ferem o mínimo direito das pessoas e ao decoro parlamentar. Deixam de lado a defesa dos interesses sociais e só se preocupam em pagar os compromissos com seus financiadores de campanha.
São Casas Legislativas distanciada da sociedade, daquilo que o povo pensa e precisa.
Aí onde entraria o direito do eleitor de cassá-lo, diferente de hoje onde a lei permite e acoberta a prática de atos condenáveis e de uma conduta nada ética.
Assim, torna-se urgente a moralização política em nosso País. Mas não adiantará a reforma política se com ela não vier acompanhada de uma reforma tributária com redução dos impostos e em conjunto uma profunda reforma no judiciário, acabando com a ingerência do Executivo sobre este Poder, através da execrável indicação e nomeação para preenchimento de vagas nos tribunais superiores, tribunais de contas, etc..
Que o judiciário passe a ter um comportamento e sejam vistos como humanos e não como o modelo atual, em que se consideram como seres superiores. Ninguém, nenhum ser humano pode modificar uma decisão judicial. Mesmo a mais estapafúrdia decisão. Não são julgadores, são deuses. Que seja criada uma Comissão Revisora, onde ali estejam representados não só juristas mais outros segmentos sociais e profissionais, pois uma decisão errônea, mal intencionada ou para atender a interesses pessoais, move com muitos valores, não só jurídicos.
Tudo isto aliado a um combate sem tréguas da corrupção, com punições severas para que sirvam de exemplos, onde os servidores públicos, agentes políticos e demais envolvidos conheçam claramente as regras do jogo, tornando desta forma fácil distinguir entre as ações legais e as ilegais. Não pode é continuar como está, onde vivemos atualmente neste estado de corrupção política desenfreada, mais parecendo que vivemos em uma CLEPTOCRACIA, ou seja, que o povo está sendo "governado por ladrões".
Está correta a advogada Edna Lagnado, uma das organizadoras do movimento Faxina Brasil, quando afirma; "O corrupto nasce quando o indivíduo entra na política, mas se comporta como um despachante, como alguém que está lá para vender facilidades", e continua: "Além disso, muitos já entram em um ambiente contaminado, se o cidadão não entra no esquema, não participa de negociatas, ele é frito por seus pares". Na mesma linha segue o cientista político Humberto Dantas, quando diz: “o problema está na cultura política do brasileiro. Para muitos, o que é público não é de ninguém".
De acordo com pesquisa realizada em 2008, encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, conclui que 80% dos brasileiros acreditam ser uma obrigação dos políticos a prestação de favores, tais como, "arrumar um emprego" ou "pagar uma conta". Para Humberto Dantas, essa confusão entre "direito" e "gentileza" está no nascedouro do corrupto. "Quando o político aproveita para exercer seu poder com pequenos favores, isso termina em corrupção”. Isto sem contar o corporativismo que reina em nossas Casas Legislativas, principalmente no Congresso Nacional, onde os políticos se protegem, se ajudam em razão de cada um ter seu rabo de palha e seu telhado de vidro.
Tudo isto somado a morosidade da Justiça, lhes dar a sensação de impunidade e de poder, achando que a eles tudo pode tudo é permitido.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

TODOS DEVEM TER O MESMO TRATAMENTO


O povo brasileiro tem uma característica inata: a solidariedade. E ela sempre se faz presente principalmente nos momentos mais difíceis, quando as pessoas e familiares são acometidas de doenças graves ou alguma fatalidade.
Independente da cor, origem e ou condições financeiras, exercitando o espírito de solidariedade do nosso povo, todos deveriam ter um tratamento não apenas rápido e imediato, mas principalmente ser tratado como seres humanos.
Infelizmente, este tipo de tratamento a gente não vê ocorrer quem precisa recorrer ao SUS, onde normalmente e exatamente por falta de solidariedade, a população não obtém um atendimento imediato e sequenciado, com isto, todos os dias temos visto muita gente morrer. E exatamente a tal solidariedade tão decantada é o que mais falta neste serviço tão essecial que somado ao excesso de burocracia, ainda veremos muitos brasileiros morrerem em filas de espera.
Em razão deste péssimo serviço que o SUS presta à sociedade, até entendemos a indignação de alguns, quando pelas redes sociais teceram críticas ao ex-presidente Lula que recorreu a um tratamento cinco estrelas, em lugar de um hospital público, já que ele quando presidente fazia questão de dizer que este serviço funcionava tão bem que devia servir de modelo a outros países.
Ora, todos que utilizam os serviços públicos de saúde sabem que não é bem assim, que o seu funcionamento e seu atendimento chegam a ser humilhante. O SUS até que atende mesmo precariamente, mas quando o caso é grave, reze para DEUS, pois as perspectivas não são nada boas.
Vejamos então: o câncer de Lula foi diagnosticado numa sexta feira e já na segunda estava realizando a quimioterapia.
Será que se o diagnostico tivesse ocorrido em uma unidade do SUS seria assim? Ao que se sabe, um câncer quando diagnosticado, o tratamento quimioterápico, no mínimo levará três meses para ter início. Isto se tiver sorte, pois há aqueles que morrem e a quimioterapia nem sequer teve início.
Apesar de entender a indignação daqueles que criticaram a opção de Lula, mas entendo não se justificar, pois se a ele foi dada as condições financeiras, que ele por opção procure os caminhos que achar melhor para si e para sua recuperação. Pois a ninguém é dado o direito de desejar o mal a ninguém.
E a população brasileira tem reações incompreensivas.
Vou citar dois fatos que justificam o que afirmo acima. Lembro-me que certo dia, o Sen. Valter Pinheiro participava de algumas atividades políticas no Município de Feira de Santana, e em determinado momento passou mal, tendo sido levado com urgência para ser atendido no Hospital Regional. No outro dia choveram críticas ao comportamento do senador, entre as quais, que o mesmo tinha condições financeiras e não deveria ter procurado uma unidade pública e sim privada. Ninguém se preocupou em criticar a administração daquela unidade hospitalar que se mobilizou parou para atendê-lo imediatamente - coisa que não faz com os demais -, mas apenas porque ele foi ao hospital ocupando o lugar de um pobre.
O outro fato ocorreu ainda na administração do netão governador Paulo Souto, quando um médico denunciou através da imprensa que no Hospital Geral de Salvador ocorria roleta russa para rifar qual paciente iria morrer, por falta de condições estruturais daquele Hospital. À época, os deputados ligados ao governo fizeram discursos homéricos em defesa da qualidade da Unidade, chegando ao extremo de uma deputada, hoje na base do Governo Wagner afirmar em alto e bom som que se algo ocorresse a ela ou familiares, pediria que a levassem para o Hospital Geral diante da qualidade do seu atendimento.
Por uma fatalidade do destino, menos de trinta dias, ao se deslocar de Salvador para Feira de Santana ocorreu um acidente grave com a deputada. No momento em que estava sendo socorrida, a deputada solicitou que a levassem para o Hospital São Rafael (Hospital privado 05 estrelas)”. Ninguém criticou a deputada e nem uma linha a imprensa escreveu a respeito, quando trinta dias atrás tinham carregado nas tintas contra o médico denunciante.
Vejam como a sociedade tem comportamento muitas vezes incompreensível.
Mas voltando ao SUS. Se este serviço não funciona, a culpa não é unicamente de Lula, e sim de uma sucessão de erros e de má gestão, continuada e sequenciada por diversos governos, que fazem a da saúde pública, mais um serviço público que é utilizado como moeda de troca política.
O grande erro e a grande culpa de Lula foi, no arroubo dos seus discursos demagógicos, sair por aí alardeando que o SUS era tão bom que deveria servir de modelo. E que péssimo modelo.
Portanto, àqueles que no afã de tecer críticas pela opção do ex-presidente para o seu tratamento, alguns chegaram a desejar o pior ao ex-presidente, considero que os que assim procederam foram infelizes. Isto não é normal em nosso povo. Mais é um direito de cada um se posicionar. Se estiverem certos ou errados só o futuro irá julgá-los.
Mas uma coisa tem que ser reconhecida, as redes sociais se uniram, milhares de críticas choveram, como também devemos reconhecer que também ocorreram muitas defesas, talvez em minoria. Os defensores da decisão de Lula foram tímidos ou não se sentiram suficientemente estimulados para sairem em sua defesa, certos das precariedaes do Sistema SUS.
Espero que os mesmos que se uniram para criticar, também se unam através das redes sociais e saindo às ruas, para assim como Lula, todo brasileiro que tiver uma doença grave diagnosticada, tenha garantido o direito de até no máximo 48 horas, o tratamento iniciado, utilizando as drogas mais modernas e avançadas, sob pena do mal diagnosticado vir a se agravar a cada dia de atraso do seu inicio.
Que nos unamos sim, para que os milhões de pacientes que necessitam do SUS, não tenham que levar meses de espera por um diagnóstico patológico e levar ainda mais alguns meses nas na fila esperando cirurgias ou para ter o tratamento iniciado.
A população deve se unir sim, para exigir o fim da absurda burocracia que impera. Que o SUS remunere melhor, pois não é admissível que os médicos sejam obrigados a se sujeitarem a receber entre R$ 10 e R$ 17 reais mensais por cada paciente de quimioterapia. Isto é injustificável, pois são vidas humanas que estão em jogo. É uma vergonha um médico receber pouco mais de R$ 1.200 para trabalhar vinte horas semanais e ser obrigado a atender 18 pacientes ou mais em quatro horas diárias.
É sobre isto que devemos nos unir e lutar para a situação mudar. Não devemos aceitar e não podemos admitir que milhares de pessoas morram nas filas de atendimento ou esperando por um medicamento específico, isto sem contar àqueles que poderia ser salvo por uma cirurgia e que deixou de ocorrer, por falta de estrutura ou pelo excesso de burocracia.
Sabemos que dinheiro não falta, senão não víamos diariamente estourar escândalos de desvios de milhões de reais em quase todos os municípios brasileiros.
A culpa do péssimo funcionamento do SUS sempre foi de gestão e não da falta de recursos. E falo com a experiência de quem já administrou uma unidade hospitalar, à época conveniada com o antigo INSS.
A falta de eficiência do sistema é gritante e revoltante, quando todos sabem que os cargos de gestão são utilizados como moeda de troca na barganha política. E já estamos cansados de saber e ver que os políticos não primam pela qualidade nas indicações. A única preocupação que os nossos homens públicos tem é o de indicar aquele que melhor lhe servem. E capachos não lhes faltam.
Para que os problemas do SUS possam ser resolvidos rapidamente, bastaria que fosse criada uma lei federal que obrigasse a todos agentes públicos, sejam funcionários públicos ou agentes políticos, aí incluído os governadores, deputados, senadores, ministros e presidente e todos os familiares, quando fossem acometidos de qualquer mal, obrigatoriamente deveriam ser tratados em seus Estados de origem e pelo SUS. Caso opte pelo tratamento em instituições fora do SUS, se funcionário de carreira sofreria punições que poderia chegar à demissão. Quando ocorressem com os entes políticos e ou seus familiares, teriam seus mandatos imediatamente cassados.
Vou mais além, esta lei deveria se estender também a todos os serviços públicos, principalmente a educação.
Se isto viesse a ocorrer, ou seja, uma Lei fosse criada com este fim, pode apostar que em menos de um ano teríamos padrões de excelência de atendimento no serviço público brasileiro, tanto no SUS como na educação pública, principalmente.
Aí sim, o governo estaria fazendo cumprir a Constituição federal no que se refere ao SUS e principalmente naquele artigo que afirma que: “somos iguais e temos todos os mesmos direitos”.
Mas enquanto, nossos figurões políticos tiverem todos os privilégios e se acharem seres superiores aos demais, não sofrendo na carne os malefícios praticados por eles mesmos, quando indicam gestores aventureiros e incompetentes; quando desviam dinheiro público; quando superfaturam obras ou quando deixam de realizar as obras necessárias nas suas comunidades; quando remuneram mal médicos e professores; quando deixam faltar médicamentos básicos nos postos de saúde, não teremos a felicidade de ver os serviços públicos essenciais serem oferecidos com qualidade.
Observe, normalmente quando um govenador ou até mesmo seu secretário de saúde adoecem, correm logo para São Paulo em busca dos hospitais 05 estrelas que só existem lá. Este é o atestado de que o sistema de saúde do seu Estado não funciona. E não funciona justamente em razão de uma gestão equivocada ou pela incompetência e negligência daqueles que estão na responsabilidade da sua gestão.
Remuneram mal, não equipam os hospitais, a manutenção é falha ou inexistentes. É claro, eles estão conscientes que só passarão pela porta para efetuar visitas ou inaugurações. Nestas horas, os hospitais públicos estão tão maquiados, que até os 05 estrelas teriam inveja.
Neste curto espaço de tempo, você encontra médicos circulando nos corredores, aparecem os psicólogos e assistentes sociais, as enfermeiras dão aulas de civilidade, o almoxarifado está superequipado, os corredores estão vazios. Acabou a visita, tudo volta à normalidade: somem os médicos, psicólogos e assistentes sociais; as enfermeiras voltam ao normal, não matam o paciente porque sabem ser crime; os medicamentos desaparecem; os corredores como num passe de mágica se enchem de pacientes deitados em macas quando não estão estendidos no chão.
Esta é a realidade e é contra esta realidade que devemos nos unir e sermos solidários, ou seja, TODOS DEVEMOS TER O MESMO TRATAMENTO.

domingo, 4 de dezembro de 2011

O HOMEM CORRUPTO(R) TEM ALGUM VALOR?

O problema da corrupção no Brasil chegou a tal gravidade, que a preocupação hoje, não é saber quem é honesto, mas sim quem e quanto vão levar.
Afinal, o corrupto(r) vale alguma coisa?
Há quem diga que tudo depende de algumas variáveis, para se medir o valor do corrupto: a importância do cargo; a vontade e disponibilidade política, o (falta) de caráter e o tempo ou a obra que será executada. Estas quatro variáveis somada ao dinheiro a ser disponibilizado, está aí fórmula da equação para se achar o valor do corrupto.
Tem quem procure justificar o problema da corrupção no País, hoje com contornos insuportáveis e revoltantes, à questão educacional, ou seja, a falta de um nível de escolaridade da nossa população. Aí está o grande engano desta avaliação. Senão vejamos: quem está normalmente envolvido em atos corruptos no Brasil? Seriam pessoas de baixa escolaridade, analfabeto? A prática tem nos mostrado exatamente o inverso. Quanto maior o nível de escolaridade, maior e melhor são elaborados os planos que levam ao suborno e a corrupção. Tanto corruptor como os corrompidos todos tem anel de doutor no dedo, com raríssimas exceções. Ser pobre e analfabeto neste País ainda é sinônimo de honestidade.
A situação está tão escandalosa, que até parece que já existem faculdades para formar técnicos em corrupção.
Se a sociedade se aperceber verá que todos os envolvidos são exatamente aqueles que transitam na nata da sociedade, tiveram oportunidade de estudar nas melhores instituições de ensino; são homens bem sucedidos empresarialmente; alguns magistrados; e a grande maioria dos políticos. Esta é a realidade nua e crua. Todo mundo querendo roubar um pouco.
O bem que a educação traria para o povo, seria a oportunidade para que o País passasse a ter uma população com um maior nível de escolaridade e em consequência, os cidadãos estariam mais conscientes dos seus direitos e deveres; aí teríamos uma sociedade melhor qualificada a qual “saberia” exigir respeito à sua cidadania e fazer valer os seus direitos. Seria uma população mais respeitada. A educação mais qualificada traria no seu bojo, as condições de oferecer uma formação intelectual para melhor escolher os representantes políticos, assim, iria optar por produzir legisladores e políticos mais virtuosos. É exatamente isto que eles não querem, por isto não se investe na educação.
E você pagaria para ter um corrupto? Este elemento nocivo espalhado pelos quatro cantos do Brasil, incrustado principalmente no setor público e no meio político, fruto da utilização dos cargos como moeda de troca e onde as indicações atendem apenas a satisfazer os interesses do político a ser comprado, sem exigir nenhuma qualificação, a não ser que seja apenas mais um serviçal daquele que o indicou. Isto já se transformou em consenso no meio político.
Em razão desta forma de pensar e agir daqueles que “deveriam” ter a responsabilidade por cuidar e aplicar bem os recursos públicos, a corrupção passou a fazer morada no Brasil e, principalmente em Brasília. E ao que parece está se dando bem, São milhões e milhões de reais roubados descaradamente, sem que a população veja alguém ser punido, ou no mínimo que o dinheiro retorne aos cofres públicos.
Seriam recursos que se bem aplicados proporcionaria uma educação pública de qualidade, um serviço de saúde pública digna, e não este que está aí que humilha e deprecia qualquer cidadão.
O mal que a corrupção faz para o conjunto da sociedade é tão significativo, que estudos divulgados pela ONG Transparência Internacional estima que 01 ponto percentual em índices de corrupção, traz como repercussão financeira a elevação de 7,5 % pontos percentuais da carga tributária. Outros estudos avaliam que a perda anual do País fruto da corrupção chegue a 5% do PIB, em torno de 124 bilhões. Esta é a roubalheira. Veja o crime que estas pessoas praticam. E estão aí impunes. Claro, e frequentam as mesmas rodas sociais e os mesmos ambientes da maioria dos nossos magistrados, homens que no futuro irão julgá-los. Logo se entende o porquê de tanta impunidade.
É uma situação que chega a assustar. Para que se possa fazer um comparativo, o programa considerado a menina dos olhos da presidente Dilma, o Combate a Miséria, o orçamento do Ministério responsável pelo Programa é de pouco mais de 13 bilhões, valor quase idêntico destinado para o Ministério da Educação. Já para o Ministério da Saúde temos R$ 40,6 bilhões, enquanto para a corrupção são reservados 124 bilhões de reais. Já mereceria um Ministério.
Por estes números da para imaginar o mal que estas quadrilhas praticam contra o povo. E ainda vem o Governador da Bahia dizer que é impossível controlar os recursos públicos, quando se sabe que no mundo da tecnologia, existem programas que consegue descobrir um alfinete em um monte de palheiro. E o pior, é ainda ter que ouvir o sr. José Dirceu, de braços dados com outros dirigentes políticos e partidários, sair por aí dizendo que é hipocrisia se falar em combate a corrupção. Que há coisas mais importantes para ser tratado. Claro eles continuam soltos. Até em Cuba já estariam na cadeia, senão enfrentando o paredão, que era o mais justo.
Aí, fico imaginando, estes homens são sérios? Estamos em um País sério? Que futuro deixaremos para os nossos jovens, quando assistimos pessoas que se intitulam “lideranças” de Movimentos de Juventude, já começar a trilhar pelos mesmos caminhos abertos pelos nossos políticos de hoje, procurando se realizarem financeiramente através de recursos oriundos do erário público, aproveitando-se dos jovens e seus movimentos.
Que Brasil é este que a cada dia surgem denúncias envolvendo tramoias engendradas nos gabinetes luxuosos dos ministérios. Anteontem foi o Turismo. No mesmo dia os Esportes. Ontem foi o Ministério do Trabalho, hoje é o das Cidades. Qual será o de amanhã?
E em Brasília tudo parece normal. Até que um novo escândalo abale os seus sólidos alicerces.
Todos sabem que a corrupção e o neocapitalismo estão intrinsecamente ligados. São verdadeiros irmãos siameses. Quando se combate um problema, eles renascem com modelos mais modernos e sofisticados. E nisto tudo, só quem tem levado vantagem é o corruptor, pois deste ninguém está preocupado em investigar. Ao corrompido só lhes sobra às migalhas e a desmoralização perante a sociedade, quando pego com a mão na cumbuca.
Mas como vivemos em uma sociedade imediatista, amanhã estará tudo esquecido e todos posando de sério e honesto, quem sabe ganhando um novo cargo público. Até que novos atos voltem a praticar.
Interessante são alguns arautos da moralidade, fazendo discursos veementes e inflamados contra a corrupção, chegando a utilizar o tema até como bandeira política, e quando procura a sua ficha corrida, a maioria deles não aguentaria um minuto de investigação em relação a sua vida. São tão corruptos quanto os que eles denunciam: sonegam impostos, costumam subornar fiscais, comumente para não passar por situações constrangedoras dão a famosa “carteirada”, divulgam mentiras e falsos dados de suas vidas, entre outros modelos. Mas para estes arautos isto não é corrupção.
A nossa mídia é outra, normalmente ligada a conglomerados e a grupos empresariais, não só sob forma de patrocínio, mas como membros societários, doutores em coisas erradas, desde sonegação ao suborno, ou seja, roubam em silêncio mas acusam em voz alta.
Os números da corrupção são incalculáveis. E o pior é que nos preocupamos com que ocorre a nível federal e nos esquecemos da roubalheira nos Estados e nos Municípios. Se somarmos aos 124 bilhões aí a sociedade teria uma visão do tamanho do crime que esta gente vem praticando contra o povo brasileiro. A coisa chegou a tal nível de falta de vergonha, que as tramoias que antes era feita as escondidas, hoje é as claras, nos gabinetes ministeriais, nas ante-salas dos secretários estaduais e nas sedes das nossas prefeituras sem a menor desfaçatez, à vista de todos, por já se encontrar difundida nacionalmente, em todos Estados e partidos políticos, certos da impunidade, por se encontrarem sob o véu de proteção dp Judiciário. Ser honesto hoje é motivo de chacota neste meio.
São malandragens conhecidas por diversas nomenclaturas e vários dutos, tais como: Valeriodutos, corruptodutos, mensaleiros, Cuequeiros, propinodutos, banheirodutos, licitadutos, etc., etc., etc.
O que nos surpreende, se é que algo no Brasil e do Judiciário ainda causa surpresa, é que diante de tanta roubalheira, não se vê ninguém punido, diante das facilidade com que encontram brechas jurídicas para não ficarem presos. Enquanto o pobre, que rouba uma margarina pode passar anos e anos na cadeia. Para ele não existem as mesmas brechas. E olha que as provas da corrupção são robustas.
Continuam escudados pela impunidade, fruto de um judiciário arcaico, omisso e conivente. O pior é ter que ver, muito dos envolvidos, na maior cara de pau, circulando pelo Brasil afora, dando palestras e caras, pois ainda tem que vá assistir, demonstrando para a maioria que o crime compensa.
Aliás, estão aí imunes e impunes, e se fazendo passar por honestos já que se consideram e realmente estão protegidos pela "justiça" de nosso País.
Portanto, chega de estufar o peito e sair por aí arrotando que odeia política. Deixe de ser imbecil. Pois é por causa das escolhas do tipo como assistimos hoje, que nasce a prostituta, o menor abandonado e temos milhões de pessoas passando fome. É por culpa do seu voto, quando apoia e elege políticos com esses predicados, que deixamos de ver ser dada prioridade a educação pública, a uma saúde de qualidade, e a segurança pública para todos e não para uma minoria como temos hoje.
É por sua culpa que temos políticos vigaristas, pilantras, corrupto e que pensa em só se dar bem. É por culpa do seu voto que temos uma maioria de políticos insensatos, sem coração e que não estão nem aí para os problemas sociais.
Entenda, a corrupção traz em sua essência, prejuízos de toda ordem para a população. A corrupção é um câncer que destrói e aniquila os sonhos de uma sociedade, que já está sofrida por falta de políticas públicas voltadas para a maioria.
A corrupção destrói as pretensões daqueles que ainda têm ideais e faz do seu trabalho um exemplo de honestidade, e é obrigado a viver e ou conviver com funcionários do governo utilizando do erário público para fins privados ilegítimos ou benefício daqueles que tem na corrupção o meio de uso do dinheiro público para se locupletar.
Chega de omissão. Está passada da hora de se dar um basta na corrupção.