A questão da saúde pública está a exigir medidas efetivas que tragam solução, e estas com certeza passam longe da propaganda enganosa que nos empurram goela a dentro, mostrando uma a realidade quando a situação é bem diferente. Na verdade são mentiras oficiais, para justificar a inoperância no setor.
Segundo a Teoria Nazista, a qual tem sido bem utilizada por nossos gestores públicos, uma mentira quando repetida várias vezes, pode se tornar uma verdade e ou levar a população a acreditar. O que deveriam nossos governantes fazer, se é que estão preocupados com o bem estar da população, era aplicar os recursos desta propaganda enganosa, que não são poucos, e utilizá-los a fim de melhorar a gestão e a qualidade dos serviços prestados.
Na Bahia, cujo slogan oficial é “a Bahia de Todos”, porém, o que se vê na saúde é uma “Bahia Excludente”, onde ao pobre não é oferecido um atendimento que no mínimo respeite a dignidade humana. O que existe é um serviço que humilha e que enxovalha aquele que dela precisa.
Para quem conhece a realidade, dá a entender que na Bahia o atual governo vive no mundo da lua ou administra outro Estado, já que não consegue enxergar o caos hoje reinante neste e em outros setores.
Claro, o que hoje ocorre não é fruto ou de responsabilidade exclusiva do atual governo. Temos a convicção que tudo faz parte de um somatório de (dês)governos seguidos que a Bahia viveu, principalmente no 16 anos de desmandos do carlismo, onde imperou a lei da chibata e do servilismo ao coronel de plantão. Porém, não se admite, que ações e medidas não sejam tomadas visando reverter o quadro. Não se admite que não sejam executadas políticas que venham a reduzir o problema e que, por omissão, se dê continuidade ao caos recebido. Será que foi este o discurso para ser eleito e re-eleito?
Com dados divulgados pela imprensa, em uma pequena viagem pela Bahia, podemos ver a realidade do estado terminal da saúde publica baiana, que, para quem não a conhece e acredita na propaganda oficial, irá se chocar com a situação, bem diferente daquelas que com certeza são passadas pelos assessores puxa sacos e políticos próximos ao “Chefe”, os quais querem apenas agradá-lo com o objetivo de obter benefícios próprios.
Não vamos aqui discutir a situação do Hospital Geral do Estado e da rede pública de Salvador, até porque é uma realidade próxima do “Chefe” e aí não tem como eles dourarem a pílula, ainda mais que a esposa foi enfermeira do serviço público e conhece a realidade.
E que não venham culpar os heróis que trabalham na saúde pública baiana, o que espero que os nossos dirigentes também assim pensem, pois com os salários que o servidor público baiano percebe, principalmente aqueles que cuidam da vida humana, e com as condições materiais que lhes são dadas, eles tem tirado leite de pedra.
Mostraremos a realidade do interior da Bahia, que é tão feia ou até pior da que ocorre na capital, até por que a imprensa é menos ativa e domesticada pelos gestores municipais, através do erário público, a maior fonte de receita dessas empresas, e, portanto, não muito preocupada em denunciar o descalabro que ocorre no setor.
Em Eunápolis, o Hospital Regional inaugurado em 2010, portanto novinho em folha, tem sido alvo de todo tipo de crítica da população daquela micro-região. É um equipamento novo e bonito. Apesar de uma maciça propaganda oficial, muito bem elaborada, mas com o único objetivo de afagar o ego do “Chefe”, pois as imagens não tem a ousadia de entrar na Unidade Hospitalar e mostrar o que realmente ocorre lá dentro e como está funcionando, o que demonstra o desserviço para a sociedade e serve apenas para enganar aos desavisados.
Diferente da propaganda, apesar da bela e imponência das suas instalações, é um hospital superlotado, tal como ocorre nos demais hospitais públicos do Estado, em razão de serem unidades subdimensionadas e já nascem sem condições de atender a demanda regional. Lá, há um número insuficiente de médicos, para-médicos e de leitos, além de diversas especialidades sem especialistas para oferecer o atendimento, levando os seus corredores a ficar abarrotada de doentes a espera de um socorro.
Já em Barreiras, outra região em franco desenvolvimento, maior pólo nordestino de produção de soja, mais uma vez, para não fugir do lugar comum, a população se depara com o descaso com que a saúde pública é tratada. O chamado Hospital do Oeste convive com o eterno e vicioso crime da superlotação, com pacientes sendo atendidos nos corredores, ocasionado por falta de médicos e leitos. E este não é um problema recente, vem se arrastando a longos anos e a única solução apontada pela Secretaria de Saúde do Estado, quando a situação chega ao extremo, é enviar equipe de técnicos para elaborar um diagnóstico, que acredito se o Sr. Secretário tivesse o cuidado de lê-los veria que todos apresentam o mesmo problemas e as mesmas soluções. Mas isto não geraria um efeito político e deixaria de “passar para a população a preocupação do dirigente com os seus cidadãos”, cuja solução nunca sai do papel. Não passa de fogos de artifícios. Pronto, diagnóstico feito, diárias pagas, as soluções estão colocadas e aí, o que será feito? Nada, como sempre, jogaram para a torcida.
Na bela Vitória da Conquista, terceira maior cidade da Bahia e outro pólo econômico significativo e que atende uma vasta macro-região, terra onde nasceu politicamente o atual Secretário de Saúde da Bahia, esperava-se encontrar um serviço de referência. Mas o que se vê ocorrer no hospital geral é o mesmo descalabro que ocorre nos demais, uma unidade superlotada e com número insuficiente de pessoal para atender a demanda.
Por fim Feira de Santana, a trigésima primeira cidade do Brasil e entre as 70 maiores economia do País, sofre os mesmos dramas que as demais cidades do interior baiano. Tem um Hospital Regional que oferece para a sociedade uma impressão de descalabro. Em lugar de serviço, presta muito mais um desserviço para quem dele necessita. São corredores abarrotados de pacientes, muitos inclusive no chão, sem a devida atenção e recebendo um tratamento que sequer é dispensado a animais irracionais, quanto mais a seres humanos. A situação é de tal proporção, que as macas da SAMU chegam a ficar retidas por mais de 08 horas, porque o hospital não possui macas para receber os pacientes transportados por aquele serviço, que tem sido fundamental para salvar vidas.
Esta é a realidade da saúde pública da Bahia, a qual com certeza são bem diferentes daquela propagada pelo governo pelo rádio e televisão. E olha que já estamos no quinto ano do atual governo e nada, mas nada mesmo mudou em relação ao passado, exceto empanturrar a mídia com propaganda enganosa.
Está na hora de se tomar medidas realmente que tragam soluções, tais como, estudos técnicos para redimensionar a necessidade de capacidade, ampliando as Unidades visando o pleno atendimento da população da região; acabar com a ingerência política, que chega ao extremo de tirar a única UTI móvel do Hospital Regional de Feira de Santana, para ficar de plantão em uma festa particular distante mais de 100 kms.; contratar através de concursos público médico e paramédicos, pagando salários dignos e na quantidade necessária; não permitir que a estrutura da Secretaria de Saúde seja colocada a dispor para eleger deputado, como ocorreu recentemente.
Enfim oferecer condições para que a cada visita do governador ou do secretário a direção ter que se virar para esconder os pacientes, chegando a transferir para outras unidades particulares ou conveniadas com o SUS como forma de maquiar a realidade vivida pela população.
Segundo a Teoria Nazista, a qual tem sido bem utilizada por nossos gestores públicos, uma mentira quando repetida várias vezes, pode se tornar uma verdade e ou levar a população a acreditar. O que deveriam nossos governantes fazer, se é que estão preocupados com o bem estar da população, era aplicar os recursos desta propaganda enganosa, que não são poucos, e utilizá-los a fim de melhorar a gestão e a qualidade dos serviços prestados.
Na Bahia, cujo slogan oficial é “a Bahia de Todos”, porém, o que se vê na saúde é uma “Bahia Excludente”, onde ao pobre não é oferecido um atendimento que no mínimo respeite a dignidade humana. O que existe é um serviço que humilha e que enxovalha aquele que dela precisa.
Para quem conhece a realidade, dá a entender que na Bahia o atual governo vive no mundo da lua ou administra outro Estado, já que não consegue enxergar o caos hoje reinante neste e em outros setores.
Claro, o que hoje ocorre não é fruto ou de responsabilidade exclusiva do atual governo. Temos a convicção que tudo faz parte de um somatório de (dês)governos seguidos que a Bahia viveu, principalmente no 16 anos de desmandos do carlismo, onde imperou a lei da chibata e do servilismo ao coronel de plantão. Porém, não se admite, que ações e medidas não sejam tomadas visando reverter o quadro. Não se admite que não sejam executadas políticas que venham a reduzir o problema e que, por omissão, se dê continuidade ao caos recebido. Será que foi este o discurso para ser eleito e re-eleito?
Com dados divulgados pela imprensa, em uma pequena viagem pela Bahia, podemos ver a realidade do estado terminal da saúde publica baiana, que, para quem não a conhece e acredita na propaganda oficial, irá se chocar com a situação, bem diferente daquelas que com certeza são passadas pelos assessores puxa sacos e políticos próximos ao “Chefe”, os quais querem apenas agradá-lo com o objetivo de obter benefícios próprios.
Não vamos aqui discutir a situação do Hospital Geral do Estado e da rede pública de Salvador, até porque é uma realidade próxima do “Chefe” e aí não tem como eles dourarem a pílula, ainda mais que a esposa foi enfermeira do serviço público e conhece a realidade.
E que não venham culpar os heróis que trabalham na saúde pública baiana, o que espero que os nossos dirigentes também assim pensem, pois com os salários que o servidor público baiano percebe, principalmente aqueles que cuidam da vida humana, e com as condições materiais que lhes são dadas, eles tem tirado leite de pedra.
Mostraremos a realidade do interior da Bahia, que é tão feia ou até pior da que ocorre na capital, até por que a imprensa é menos ativa e domesticada pelos gestores municipais, através do erário público, a maior fonte de receita dessas empresas, e, portanto, não muito preocupada em denunciar o descalabro que ocorre no setor.
Em Eunápolis, o Hospital Regional inaugurado em 2010, portanto novinho em folha, tem sido alvo de todo tipo de crítica da população daquela micro-região. É um equipamento novo e bonito. Apesar de uma maciça propaganda oficial, muito bem elaborada, mas com o único objetivo de afagar o ego do “Chefe”, pois as imagens não tem a ousadia de entrar na Unidade Hospitalar e mostrar o que realmente ocorre lá dentro e como está funcionando, o que demonstra o desserviço para a sociedade e serve apenas para enganar aos desavisados.
Diferente da propaganda, apesar da bela e imponência das suas instalações, é um hospital superlotado, tal como ocorre nos demais hospitais públicos do Estado, em razão de serem unidades subdimensionadas e já nascem sem condições de atender a demanda regional. Lá, há um número insuficiente de médicos, para-médicos e de leitos, além de diversas especialidades sem especialistas para oferecer o atendimento, levando os seus corredores a ficar abarrotada de doentes a espera de um socorro.
Já em Barreiras, outra região em franco desenvolvimento, maior pólo nordestino de produção de soja, mais uma vez, para não fugir do lugar comum, a população se depara com o descaso com que a saúde pública é tratada. O chamado Hospital do Oeste convive com o eterno e vicioso crime da superlotação, com pacientes sendo atendidos nos corredores, ocasionado por falta de médicos e leitos. E este não é um problema recente, vem se arrastando a longos anos e a única solução apontada pela Secretaria de Saúde do Estado, quando a situação chega ao extremo, é enviar equipe de técnicos para elaborar um diagnóstico, que acredito se o Sr. Secretário tivesse o cuidado de lê-los veria que todos apresentam o mesmo problemas e as mesmas soluções. Mas isto não geraria um efeito político e deixaria de “passar para a população a preocupação do dirigente com os seus cidadãos”, cuja solução nunca sai do papel. Não passa de fogos de artifícios. Pronto, diagnóstico feito, diárias pagas, as soluções estão colocadas e aí, o que será feito? Nada, como sempre, jogaram para a torcida.
Na bela Vitória da Conquista, terceira maior cidade da Bahia e outro pólo econômico significativo e que atende uma vasta macro-região, terra onde nasceu politicamente o atual Secretário de Saúde da Bahia, esperava-se encontrar um serviço de referência. Mas o que se vê ocorrer no hospital geral é o mesmo descalabro que ocorre nos demais, uma unidade superlotada e com número insuficiente de pessoal para atender a demanda.
Por fim Feira de Santana, a trigésima primeira cidade do Brasil e entre as 70 maiores economia do País, sofre os mesmos dramas que as demais cidades do interior baiano. Tem um Hospital Regional que oferece para a sociedade uma impressão de descalabro. Em lugar de serviço, presta muito mais um desserviço para quem dele necessita. São corredores abarrotados de pacientes, muitos inclusive no chão, sem a devida atenção e recebendo um tratamento que sequer é dispensado a animais irracionais, quanto mais a seres humanos. A situação é de tal proporção, que as macas da SAMU chegam a ficar retidas por mais de 08 horas, porque o hospital não possui macas para receber os pacientes transportados por aquele serviço, que tem sido fundamental para salvar vidas.
Esta é a realidade da saúde pública da Bahia, a qual com certeza são bem diferentes daquela propagada pelo governo pelo rádio e televisão. E olha que já estamos no quinto ano do atual governo e nada, mas nada mesmo mudou em relação ao passado, exceto empanturrar a mídia com propaganda enganosa.
Está na hora de se tomar medidas realmente que tragam soluções, tais como, estudos técnicos para redimensionar a necessidade de capacidade, ampliando as Unidades visando o pleno atendimento da população da região; acabar com a ingerência política, que chega ao extremo de tirar a única UTI móvel do Hospital Regional de Feira de Santana, para ficar de plantão em uma festa particular distante mais de 100 kms.; contratar através de concursos público médico e paramédicos, pagando salários dignos e na quantidade necessária; não permitir que a estrutura da Secretaria de Saúde seja colocada a dispor para eleger deputado, como ocorreu recentemente.
Enfim oferecer condições para que a cada visita do governador ou do secretário a direção ter que se virar para esconder os pacientes, chegando a transferir para outras unidades particulares ou conveniadas com o SUS como forma de maquiar a realidade vivida pela população.
Um comentário:
Ótimo e verdadeiro artigo, como sempre. Apenas faço uma ressalva no final do artigo. Não creio que os diretores dos hospitais escondam pacientes. Creio que a grande verdade, é que os governadores sabem, a "presidenta" sabe, todos sabem e, estão pouco se lixando, contanto que ELES continuem tendo dinheiro para desviar em cuecas e mensalões. O povo que se exploda.
Esta é a triste realidade.
Siegmar
Postar um comentário