segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

MEIO AMBIENTE: respeite para ser respeitado


O ser humano ao ser colocado para habitar o Planeta Terra, lhes foi dada a condição dela apossar-se, para fazer uso que lhes proporcionasse sua sobrevivência. Deveria nesta concessão, no entanto, ter sido estabelecida como princípio, uma relação harmoniosa, onde um não ofendesse o outro.
Porém o homem, deslumbrado com a prerrogativa que lhe foi concedida, de “Ser mais inteligente” dos mortais e o “único” animal “racional”, em lugar de utilizar deste poder no sentido de proteger o seu bem maior que é MEIO AMBIENTE, resolveu meter os pés pelas mãos e passou a submeter a terra às maiores agressões, intervindo de forma insensata, destruindo-a.
Não entendeu ainda o ser humano o quanto a natureza é inteligente e sensível, da mesma forma que nosso corpo sente quando sofre uma agressão, ela também sente e reage quando a ofendemos, nas mínimas coisas, por menor que seja, até o simples pisar no mato ao entrar em uma área de floresta, ou irresponsavelmente ao atearmos fogo em um roçado. È necessário que todos respeitem o meio ambiente se querem por ele ser respeitado.
Sem que imaginemos, estas agressões geram na natureza uma reação na mesma proporção do ato agressor cometido.
Diante dos malefícios praticados contra a natureza, tornou-se necessário a intervenção do Estado, em razão das conseqüências, sendo obrigado estabelecer princípios e normas objetivando intermediar uma convivência harmoniosa entre os cidadãos e o Meio Ambiente.
É claro, não fossem os atos irresponsáveis e insanos praticados pelo homem de agressão ao meio ambiente, não haveria necessidade da existência de leis impositivas às quais todos devem se submeter consciente ou inconscientemente.
E diante desta necessidade de proteger o Meio Ambiente, tornou-se imperiosa que leis fossem estabelecidas, expressando desta forma a preocupação de alguns com a preservação da natureza e na busca de disciplinar a convivência menos agressiva entre o homem animal predador e a terra, a água e no espaço e contexto em que vive.
Porém, o que se tem observado é que mesmo diante de diversos preceitos legais constituídos, não há por parte das Nações, Estados e ou Municípios um enfoque de ações integradas e devidamente coordenados, principalmente no que concerne ao planejamento do seu desenvolvimento, de modo que possa compatibilizar a sua necessidade de desenvolver com a proteção ao Meio Ambiente, melhorando esta relação.
O Brasil, seus Estados e Municípios, são pródigos em criar leis que defendem o Meio Ambiente e a nossa Constituição não fugiu a regra estabelecendo um capítulo específico, onde no seu art. 125 dispõe: "todos tem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e a coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações”.
Desta forma, e diante do que prescreve a nossa Constituição no Capítulo em que trata do Meio Ambiente, obriga o Poder Público a assegurar que sejam garantidos os direitos de preservação e restauração dos processos ecológicos essenciais e o seu manejo, bem como oferecer as ferramentas necessárias para que sejam garantida a preservação e integridade da nossa diversidade e do patrimônio genético existente.
Impõe ainda ao Poder Público, a fiscalização de entidades dedicadas à pesquisa e manipulação de material genético, definindo o papel de cada entidade Federada, seus espaços e seus componentes a serem especialmente protegidos.
No entanto, devemos reconhecer que mesmo cercado de um manancial de leis, o Poder Público tem sido omisso no que se refere aos seu papel e na execução dos dispositivos legais de proteção ao Meio Ambiente, quando não é conivente ou até mesmo co-participe das ações de degradação ambiental, onde muitas destas ações tem comprometido a integridade da natureza, e direta ou indiretamente, causando risco para todos, e reduzido a qualidade de vida ao cada vez mais agredido meio ambiente.
Assim, torna-se necessário o engajamento de toda sociedade nesta luta, que deve ser de todos, independente da matiz religiosa ou partidária, cor raça e sexo, promovendo a Educação Ambiental em todos os níveis, a partir do nosso dia a dia, seja em casa e ou no trabalho e, principalmente nas escolas, de forma que contribuamos para a conscientização de todos da importância da preservação do meio ambiente; da necessidade da proteção à fauna e a flora; da coleta seletiva do lixo, enfim, promover a conscientização pública das práticas rotineiras que colocam em risco a natureza e sua função ecológica.
Não podemos deixar de ressaltar, que muitos já estão absolutamente conscientes desta necessidade e com as poucas armas que possuem tem lutado bravamente em defesa do meio ambiente, mas, estes, ainda são significativamente em número insuficientes diante de uma grande maioria insensível à causa ecológica e que em suas ações só tem feito agredir a natureza, cujo patrimônio que tem construído é o de um futuro cada vez mais incerto para os nossos descendentes.
Diante desta insensibilidade de grande parte da população, torna-se importante o engajamento e a união de todos àqueles que se dedicam à causa ambiental e que mais pessoas a eles se unam, não deixando apenas para os gestores públicos a (in)responsabilidade que a eles devariam serem inerentes.
O Problema é de todos, e há a necessidade de que, não só os Poderes constituídos, mas que todos se compenetrem da importância da defesa da natureza, e que cada um contribua através de programas e ações em defesa do Meio Ambiente, que vão desde o ensinamento da educação ecológica às nossas crianças e as preparem desde já a defenderem o meio ambiente, como forma de se auto defenderem e defenderem a sua própria vida, até o desenvolvimento da conscientização ecológica em nossas casas, na nossa rua, no bairro, no ambiente de trabalho e assim por diante. Se todos se conscientizarem da importância da preservação do Meio Ambiente, estaremos dando significativa contribuição para um futuro menos sombrio, não só para as futuras gerações, mas, principalmente, para a Natureza.
Chega de sermos responsáveis por catástrofes, como as ocorridas na área serrana do Rio de Janeiro, e querermos colocar a culpa na Natureza pelos problemas que foram criados por nós. Chega de sermos omissos. É muito cômodo culpar a natureza que não pode se defender, daquilo que fomos nós os causadores.

2 comentários:

Anônimo disse...

O texto acima cabe muito bem ao momento em que estamos vivendo, onde existe a necessidade de uma tomada de consciência para "ontem". Se não percebemos que somos todos responsáveis e que temos que mudar em pequenas e grandes atitudes, talvez não teremos tempo de evitar o pior. Parabéns!!! Amei o texto!!!
Angélica

Francklin Sá disse...

Parabéns pelos dois artigos sobre " meio ambiente e crack".
Moro no Rio de janeiro e perdoe-me meio ambiente por aqui é piada, e porque:
Nas décadas de 60/70/80 participava de um grupo de pessoas que escalavam montanhas e faziam caminhadas por várias partes do Brasil ( Clube Excursionista Light) e naquela época era do Instituto de Conservação, onde participávamos efetivamente de manutenção do meio ambiente e hoje vejo as políticas montadas para o país e fico muito triste com o que vejo, vários emissários submarinos despejam "esgoto in natura no mar" e várias "praias ficam lindas, mas muito lindas mesmo" e quando "fede muito, colocam aromas".
Moro em um bairro que em dia de sol a pino sai um cheiro de "m......." maravilhoso das galerias de águas pluviais, que são jogados "in natura " na Baia de Guanabara; em vários ralos observo que estão todos ensebados de gorduras de frangueiras; jogam dejetos de anodização de alumínio; restos de comidas, ......, e dizem que a estão despoluindo.
Já reclamei com fotos ilustrativas para Prefeitura; Nova Cedae, Meio Ambiente e ........, nada fazem, mas continuo reclamando.
E o crack ?
Continua de vento em popa sendo vendido em várias partes e na área do "Jacarezinho" ( Av. D. Helder Câmara / Av. Democráticos) o que se vê de pessoas chapadas, dormindo pelo chão, muitas no lixo......., é triste, e o que já mandei de emails a respeito,........, é realmente uma vergonha, mas falta no meu entender é vontade política.
É muito triste mesmo a situação que vivenciamos.
Abraços.
Lucio Cavadas
Professor e Aposentado
RJ