terça-feira, 14 de dezembro de 2010

FAMÍLIA: a grande prova


A relação familiar é uma situação complexa e deve ser entendida pela ótica que ao constituí-la, foi formada uma sociedade com objetivos e interesses, idênticas a uma sociedade empresarial, quando pessoas se unem com objetivos e finalidades a fim de alcançarem uma meta pré-determinada.
Como toda sociedade, a longa convivência e diante de problemas e dificuldades do dia a dia, por certo trará desgastes em sua relação e este desgaste e a rotina a que estão submetidos, por conseqüência trará discussões, desencontros e desentendimentos. Normal em qualquer relação duradoura. Aliado a isto, por mais que leve tempo namorando e noivando, as pessoas só se conhecem realmente quando passam a viver sobre o mesmo teto, enfrentando os problemas e as dificuldades do dia-a-dia,
Sobre a ótica da doutrina espírita, no que se refere ao laço familiar, esta união são provas passadas que deve ser enfrentado neste presente com o objetivo de obter avanço espiritual futuro. Portanto, dizer que tem ou vive em família, é relativo.
Para que possa melhor se situar, seria importante que fizesse uma análise em relação ao seu passado e seu relacionamento e comportamento com as pessoas que espiritualmente se encarnaram naquele clã familiar. Que observe o nível de relacionamento daqueles que se sacrificaram para criá-lo e com qual responsabilidade os seus pais procuraram transmitir valores, difíceis de ser absorvido.
Diante dos postulados espírita, conclui-se que o núcleo família para aquele que ali se reencarnou, servirá como o termômetro para avaliar o quanto como indivíduo evoluiu ou deixou de evoluir. Portanto, independente da “família” em que se encontra, é preciso saber que foi você que escolheu ali aportar e cabe a você se utilizar deste ambiente para evoluir, procurando transformar o convívio familiar o mais aconchegante, transformando esta experiência em aprendizado. Portanto, é necessário que haja um mínimo de relação interpessoal entre os membros do ciclo familiar, independente da relação de parentesco, entendo ser esta relação a base da sustentação moral e psicológica do ser humano.
Assim sendo, devemos entender ser na família o início, o meio e o fim da construção de pilares da trajetória do ser humano, fornecendo-o uma experiência ímpar, os quais são representados por momento de alegrias, tristezas, dores, sofrimentos e dissabores.
Tudo isto são provas que todos temos que passar, por isto, não existe um modelo padrão de família. Cada uma traz as provas pelas quais os seus membros terão que passar.
Lembremos que, na união das pessoas para formação do núcleo familiar, está em jogo o que há de mais nobre no ser humano: O SENTIMENTO. Apesar de sua nobreza, muitas vezes não o levamos em consideração, e com palavras e atos o atingimos, levados que somos pelas imperfeições que trazemos ou construímos ao longo da vida, tais como o orgulho, egoísmo, inveja, ciúme, mágoa, prepotência e ganância, entre outras, que são permanentemente testados. Lógico que sentimentos nobres também trazemos ou adquirimos ao longo da caminhada, como a CAPACIDADE DE AMAR, o que nos traz algum alento e ajuda aos atingidos, para que possam enfrentar a situação sem que apresente uma reação na proporção da dor sofrida.
É triste chegarmos à velhice e ao avaliar o fim da caminhada, ver que não atingimos a meta projetada, observarmos que não conseguimos contribuir para que o desempenho das relações familiares se tornasse a mais perfeita possível. Mais triste ainda é pensar ou ouvir de outros que você nada contribuiu para harmonia familiar. Dói você ouvir das pessoas que não vivem ou seu lar não é uma família. Mesmo entendendo que uma família é constituída por uma variedade de espíritos que nela se encarnaram e que somos seres imperfeitos portanto passível de cometer erros, porém, ouvir que você pouco ou nada contribuiu para uma boa relação, crescimento, boa convivência e ajuda mútuo e fraterno na ambiente familiar, é triste.
Portanto, é importante que cada um de nós comece a analisar a família que queremos construir para o futuro e como nos comportamos e agimos na família em que vivemos. Nunca será tarde dar-mos importância à relação familiar dentro da dinâmica da vida. Lembre-se: nunca será tarde para recomeçar e mesmo diante da uma auto-avaliação negativa, é preciso que analise o seu desempenho e a sua contribuição naquela “desintegração” e observe qual o seu papel na estrutura familiar e reflita sobre os erros cometidos.
Importante estar consciente que é errando que se chega à perfeição, e que gradualmente a cada erro corrigido acrescido aos acertos alcançados, alcançaremos a evolução e degrau a degrau alcançaremos níveis mais altos da nossa consciência. E, queiramos ou não, o primeiro degrau desta escalada evolutiva está na família, célula mater e início da caminhada e da auto-responsabilidade assumida.
Portanto, colocar a família em primeiro lugar deve ser uma proposição óbvia. Contribuir para conciliar a relação familiar é papel a ser exercido por todos que nela encarnaram, não espere ou jogue a culpa nos outros.
Importante que todos entendam: ao colocar a família em primeiro lugar também traz um custo, cujo peso nem todos podem assumir. Traz sacrifícios, uma vez que ao priorizar a família isto implicará em menos dinheiro, fama ou até projeção social. Você com certeza irá ver muitos amigos e colegas alcançar patamares sociais inatingíveis por você, porém, o que lhe trará o consolo é saber e está consciente, que mesmo com todos os erros cometidos, você priorizou a sua família e tudo fez para mantê-la viva. Que alegria você olhar para os seus filhos e ver todos formados. Todos respeitados pelo caráter e pelo comportamento dentro da sociedade.
Enquanto isto aqueles que muitas vezes optaram pelo sucesso gratuito e pela fama, poderia se perguntar se seria verdadeiro o seu sucesso ao ver um filho drogado muitas vezes levados ao vicio por falta de atenção, carinho e tempo para ouvi-lo no dia a dia. Ou até mesmo, saber que seu filho é taxado pela sociedade que o admira como marginal? Enfim que adianta ser bem sucedido se a família esta desintegrada e distribuídas entre viciados e marginais.
Portanto, reflita bem a importância da família e não queira que a sua siga o modelo de outras ideadas por sua imaginação. Cada uma tem sua característica e traz na sua formação o papel a ser desempenhado. Por isto é tão difícil se ter uma família.

A TODOS (AS) DESEJO UM FELIZ NATAL E PRÓSPERO ANO NOVO

Um comentário:

Antônio Carlos disse...

Já que ocê falou em famia: Feliz Natá pra ocês todos e famia.