O povo brasileiro de forma soberana exerceu plenamente a democracia e, enfim, pela primeira vez elegeu uma mulher para comandar os seus destinos. Ao optar por Dilma Roussef, o povo achou por bem dá continuidade ao modelo implantado pelo governo Lula, que se não é o ideal, mas pelo menos projeta um Brasil menos injusto e menos desigual.
Mesmo tendo sido oferecido aos candidatos o segundo turno, porém devemos reconhecer que faltou ao longo da campanha eleitoral, maior debate no campo das idéias, maior clareza das opiniões em torno das propostas e projetos, sobrando intrigas, calúnias e fofocas de ambos os lados, principalmente de parte de aliados, que não estabeleceram limites no que se refere a criar fatos e factóides, buscando com esta tática, denegrir imagens, principalmente da candidata vencedora.
Diante deste cenário criado, onde se buscou usar de artifícios, mentiras e manipulações, com total apoio de setores conservadores religiosos, de facções oriundas da direita neoliberal e das ainda viúvas do antigo regime militar, cujos interesses mostravam claramente a tendência pró José Serra, que apesar do seu passado de luta, aliado que foi da esquerda. Porém, em política tudo acontece.
Hoje, o candidato, não digo derrotado porque em política esta palavra não existe no vocabulário, vencido, é talvez o representante maior dos segmentos de direita ainda existente no Brasil, cujo feudo se encontra ainda enraizado no eixo São Paulo/Minas Gerais, estados onde o conservadorismo político resiste e a tradição comanda, independente dos resultados catastróficos da suas administrações, buscou retomar o comando do País, com propostas que todos sabiam que não sairiam do papel, contando como aliado de grande parte da imprensa nacional, principalmente daqueles setores que dominam grande fatia do mercado jornalístico brasileiro.
O importante é que se encontrava em jogo dois modelos políticos bastante próximos em sua teoria e conteúdo, porém, com práticas diferenciadas. A candidatura PSDB/DEM/PPS representava em síntese o Poder voltado unicamente em benefício das elites; do retorno das privatizações do que ainda resta do patrimônio nacional; do arrocho salarial, aliás política esta praticada pelos estados em que os partidos a ele coligado tão bem praticam; a volta do desemprego por falta de políticas de inclusão e investimentos; da repressão aos movimentos sociais. Aliado a estas ameaças estava em jogo a soberania nacional e os avanços conquistados na política externa, com a diversificação dos mercados e fortalecimento da America Latina e do cone sul, trazendo de volta a subserviência e a velha e nefasta política externa de alinhamento unilateral aos interesses dos Estados Unidos em detrimento dos nossos interesses.
Do outro lado, a candidatura Dilma Roussef acenava para a continuidade do modelo implantado pelo Governo Lula, que mesmo sendo um governo que também aplica os fundamentos neoliberais, porém, sinaliza com a possibilidade de avanços para as mudanças estruturais, através, principalmente, de políticas públicas voltadas para os pobres e para os trabalhadores, utilizando-se da máxima que é possível crescer com divisão do bolo, mesmo que as fatias distribuídas ainda sejam pequenas.
Portanto, diante desta encruzilhada, o eleitor brasileiro optou pelo modelo atual e soberanamente falou e elegeu Dilma Roussef, a primeira mulher presidente do Brasil. E ao elegê-la a sociedade brasileira não deixou de dá um claro sinal de alerta que o nosso povo espera mais e que ainda está longe de alcançar os avanços que ele anseia. Assim, ao rejeitar o modelo que sinalizava pela volta ao passado, o eleitor optou pela esperança que com Dilma o País inicie um processo de desconcentração da riqueza, da renda e da propriedade da terra; que tenhamos uma reforma agrária efetiva e que o estado de forma corajosa limite o tamanho da propriedade rural; que extermine co a desigualdade social; que seja resolvido definitivamente o problema da falta de moradia; que efetivamente seja oferecida uma educação pública de qualidade em todos os seus níveis, com professores bem remunerados, qualificados e motivados para exercer a nobre arte de educar. Que o dinheiro retido através da escorcha praticada pela elevada carga tributária, retorne em forma de serviços de qualidade para o contribuinte, com serviço de saúde digno; que não faltem escolas e universidades para o filho do pobre e para nossos jovens; que seja garantida segurança para todos. Enfim, que opte pela busca de um Brasil mais digno para o seu povo.
E para que estes sonhos venham a se concretizar e seus objetivos possam ser alcançados, torna-se necessário e urgente que mudanças estruturais no atual modelo econômico sejam tomadas, de forma que os atuais problemas possam ser equacionados. Problemas como as altas taxas de juros e a política de superávit primário, este com o único objetivo de pagar os juros do endividamento público, beneficiando unicamente o sistema financeiro precisam e devem ser revistos, de forma que, os recursos provenientes do superávit sejam direcionados para investir na solução dos problemas da educação, saúde, segurança e tantos outros que a administração pública tem se omitido, pela falta de recursos.
Deve o novo governo avançar ainda mais nas conquistas sociais e estimular as lutas e organizações sociais que tenham como objetivos a defesa dos interesses da coletividade e do seu povo, e em especial dos mais pobres e ou excluídos, mobilizando-se na busca de soluços pela sua inclusão e integração na sociedade.
Foi este modelo que o povo brasileiro escolheu e apostou as suas fichas no futuro governo Dilma, rejeitando em sua grande maioria o modelo apresentado pelo PSDB/DEM/PPS, que trazia em seu bojo um conteúdo e uma marca que sinalizava para um governo que não representaria os interesses dos mais pobres e que pela sua prática, seria uma catástrofe para a classe trabalhadora, além da perda da nossa soberania, com a entrega de nosso País aos investidores estrangeiros e esmagando a economia nacional.
Mesmo tendo sido oferecido aos candidatos o segundo turno, porém devemos reconhecer que faltou ao longo da campanha eleitoral, maior debate no campo das idéias, maior clareza das opiniões em torno das propostas e projetos, sobrando intrigas, calúnias e fofocas de ambos os lados, principalmente de parte de aliados, que não estabeleceram limites no que se refere a criar fatos e factóides, buscando com esta tática, denegrir imagens, principalmente da candidata vencedora.
Diante deste cenário criado, onde se buscou usar de artifícios, mentiras e manipulações, com total apoio de setores conservadores religiosos, de facções oriundas da direita neoliberal e das ainda viúvas do antigo regime militar, cujos interesses mostravam claramente a tendência pró José Serra, que apesar do seu passado de luta, aliado que foi da esquerda. Porém, em política tudo acontece.
Hoje, o candidato, não digo derrotado porque em política esta palavra não existe no vocabulário, vencido, é talvez o representante maior dos segmentos de direita ainda existente no Brasil, cujo feudo se encontra ainda enraizado no eixo São Paulo/Minas Gerais, estados onde o conservadorismo político resiste e a tradição comanda, independente dos resultados catastróficos da suas administrações, buscou retomar o comando do País, com propostas que todos sabiam que não sairiam do papel, contando como aliado de grande parte da imprensa nacional, principalmente daqueles setores que dominam grande fatia do mercado jornalístico brasileiro.
O importante é que se encontrava em jogo dois modelos políticos bastante próximos em sua teoria e conteúdo, porém, com práticas diferenciadas. A candidatura PSDB/DEM/PPS representava em síntese o Poder voltado unicamente em benefício das elites; do retorno das privatizações do que ainda resta do patrimônio nacional; do arrocho salarial, aliás política esta praticada pelos estados em que os partidos a ele coligado tão bem praticam; a volta do desemprego por falta de políticas de inclusão e investimentos; da repressão aos movimentos sociais. Aliado a estas ameaças estava em jogo a soberania nacional e os avanços conquistados na política externa, com a diversificação dos mercados e fortalecimento da America Latina e do cone sul, trazendo de volta a subserviência e a velha e nefasta política externa de alinhamento unilateral aos interesses dos Estados Unidos em detrimento dos nossos interesses.
Do outro lado, a candidatura Dilma Roussef acenava para a continuidade do modelo implantado pelo Governo Lula, que mesmo sendo um governo que também aplica os fundamentos neoliberais, porém, sinaliza com a possibilidade de avanços para as mudanças estruturais, através, principalmente, de políticas públicas voltadas para os pobres e para os trabalhadores, utilizando-se da máxima que é possível crescer com divisão do bolo, mesmo que as fatias distribuídas ainda sejam pequenas.
Portanto, diante desta encruzilhada, o eleitor brasileiro optou pelo modelo atual e soberanamente falou e elegeu Dilma Roussef, a primeira mulher presidente do Brasil. E ao elegê-la a sociedade brasileira não deixou de dá um claro sinal de alerta que o nosso povo espera mais e que ainda está longe de alcançar os avanços que ele anseia. Assim, ao rejeitar o modelo que sinalizava pela volta ao passado, o eleitor optou pela esperança que com Dilma o País inicie um processo de desconcentração da riqueza, da renda e da propriedade da terra; que tenhamos uma reforma agrária efetiva e que o estado de forma corajosa limite o tamanho da propriedade rural; que extermine co a desigualdade social; que seja resolvido definitivamente o problema da falta de moradia; que efetivamente seja oferecida uma educação pública de qualidade em todos os seus níveis, com professores bem remunerados, qualificados e motivados para exercer a nobre arte de educar. Que o dinheiro retido através da escorcha praticada pela elevada carga tributária, retorne em forma de serviços de qualidade para o contribuinte, com serviço de saúde digno; que não faltem escolas e universidades para o filho do pobre e para nossos jovens; que seja garantida segurança para todos. Enfim, que opte pela busca de um Brasil mais digno para o seu povo.
E para que estes sonhos venham a se concretizar e seus objetivos possam ser alcançados, torna-se necessário e urgente que mudanças estruturais no atual modelo econômico sejam tomadas, de forma que os atuais problemas possam ser equacionados. Problemas como as altas taxas de juros e a política de superávit primário, este com o único objetivo de pagar os juros do endividamento público, beneficiando unicamente o sistema financeiro precisam e devem ser revistos, de forma que, os recursos provenientes do superávit sejam direcionados para investir na solução dos problemas da educação, saúde, segurança e tantos outros que a administração pública tem se omitido, pela falta de recursos.
Deve o novo governo avançar ainda mais nas conquistas sociais e estimular as lutas e organizações sociais que tenham como objetivos a defesa dos interesses da coletividade e do seu povo, e em especial dos mais pobres e ou excluídos, mobilizando-se na busca de soluços pela sua inclusão e integração na sociedade.
Foi este modelo que o povo brasileiro escolheu e apostou as suas fichas no futuro governo Dilma, rejeitando em sua grande maioria o modelo apresentado pelo PSDB/DEM/PPS, que trazia em seu bojo um conteúdo e uma marca que sinalizava para um governo que não representaria os interesses dos mais pobres e que pela sua prática, seria uma catástrofe para a classe trabalhadora, além da perda da nossa soberania, com a entrega de nosso País aos investidores estrangeiros e esmagando a economia nacional.
Um comentário:
Francklin, não discordando de seu ponto de vista, creio que mais e interessantes pontos de vista deverão ser analisados nesta eleição. Não foi apenas o fato de ser mulher a surpreender. Surpreende também o fato de não ter um histórico de pleitos. Acrescente-se a isso, o fato de que a grande mídia e os maiores "especialistas políticos" terem afirmado que Lula não transporia sua popularidade para um candidato.
Creio que todos aqueles que vêem a política como uma necessidade diária deverão se debruçar sobre este resultado, pois ele nas entre linhas dá um recado expresso aos políticos brasileiros. O povo a cada dia se ocupa mais daquilo que lhe diz respeito, e experiências ruins ficaram no inconsciente coletivo, negando a máxima de que o brasileiro não tem memória. Deveríamos lutar para que o voto deixe de ser obrigatório, pois assim, possivelmente, teríamos mais pessoas que acompanham o dia a dia da política brasileira escolhendo o futuro do país sem tantos sobressaltos.
Grande abraço;
Rogério Abreu
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