O
mais comum e recorrente é assistirmos denúncias quase que diárias na mídia a
respeito dos diversos escândalos políticos, ocorridos principalmente tendo como
origem o governo federal e o Congresso Nacional.
Pouco
se comenta dos escândalos ocorridos nos governos estaduais, como se lá nada
ocorresse e que sirva de modelo de lisura administrativa. Estamos todos
enganados. Se tivermos a curiosidade de vasculharmos as notinhas de rodapé dos
jornais, veremos milhares de escândalos ocorrendo quase que diariamente.
Na
corrida pela liderança Rio e São Paulo disputam cabeça a cabeça.
E
não pensem que na Bahia é uma exceção. Pelo contrário, o governo Wagner é um
poço sem fundo de escândalos mal ou nunca esclarecidos.
Para
que não caia no total esquecimento, relembraremos alguns, até hoje sem ter sido
dada qualquer satisfação à sociedade, cujo governo jamais se dignou a dar
qualquer justificativa, deixando entrar no esquecimento, como se nada tivesse
ocorrido.
Relataremos
os fatos não pela ordem cronológica ou
pela gravidade, mas pela ordem dos levantamentos obtidos e ou enviados.
ESCANDALO Nº 01: GOVERNO WAGNER CONTRATA ONG DE ALIADO
PARA FORNECER MÃO DE OBRA À SAÚDE
- governo da Bahia firmou
contratos sem licitação na área da saúde no valor de R$272 milhões com ONG
ligada a aliado político de Wagner. Segundo o TCE, R$39 milhões desse montante foram
superfaturados. Os contratos são para fornecimento de mão de obra médica,
assinados após dispensa de licitação entre a Secretaria Estadual da Saúde e a
Fundação José Silveira, no período de 2007 a 2011. A fundação teve como
superintendente, de 1997 a 2008, o deputado federal Antônio Brito
(PTB). Hoje, a mulher dele, Leila, ocupa o cargo. O PTB apoiou Wagner em
sua eleição para governador, em 2006.
Na Secretaria de Saúde, o pagamento
tinha o aval do diretor-geral Amauri Teixeira (PT), hoje também deputado.
Dos R$272 milhões de 2007 a 2011, o relatório aponta que o governo da Bahia
pagou indevidamente R$ 39,2 milhões, que correspondem aos encargos ao INSS que
a fundação não precisa pagar.
ESCANDALO
Nº 02: GOVERNADOR WAGNER ENVOLVIDO NO LOBBY PARA TROCAR O SISTEMA BRT PELO VLT - os
governadores Wagner (PT-BA) e Silval Barbosa (PMDB-MT) capitanearam o lobby
para que nas cidades de Salvador (BA) e Cuiabá (MT) pudesse ser trocado o
BRT (ônibus em corredores exclusivos) por sistemas mais caros e demorados, como
metrô e VLT, o Veículo Leve sobre Trilhos.
A assessoria do governador Jaques Wagner (BA) defendeu as
mudanças, dizendo que eram tecnicamente adequadas e informou que um técnico
entraria em contato com a imprensa para explicar as mudanças. Todavia o técnico
jamais apareceu.
Essa mudança foi o que originou o escândalo envolvendo o
ministro das Cidades, Mário Negromonte.
O círculo do peculato e da corrupção fecha-se
quando se sabe que Negromonte seria afilhado político de Jacques Wagner,
responsável por sua escolha.
ESCÂNDALO
Nº 03: GOVERNO WAGNER CONTRATA ONG POR 13 MILHÕES PARA DÁ PALESTRA SOBRE O PRÉ-SAL - O governo de Jaques
Wagner é um dos mais envolvidos com gastos escandalosos e obscuros. Só como
exemplo, o governo chegou a gastar R$ 13 milhões para que uma ONG ministrasse
palestras sobre o pré-sal no interior do Estado, sem que se conheça em quais
locais foram ministradas tais palestras.
ESCÂNDALO
Nª 04: SEDUR FAZ CONVENIO COM ONG PARA CONSTRUIR UNIDADES HABITACIONAIS NUNCA
ENTREGUES - a ONG Instituto Brasil, firmou com a Sedur um convênio no
valor de R$ 17,9 milhões para a construção de 1.120 unidades habitacionais em
18 municípios. O coordenador do Movimento Sem Teto da Bahia, João da Hora,
pediu à Assembleia para investigar a não construção de 400 casas na região de
Irecê.
Foram descobertas pelo Ministério Público da Bahia, por
exemplo, a existência de 39 notas frias, num valor total de R$ 3,7 milhões,
usadas para justificar serviços, compra de produtos e obras não realizadas.
ESCANDALO
Nº 05: SISTEMA DE LICITAÇÃO NA BAHIA, SÓ
GANHA ODEBRECHT, OAS E CAMARGO COREIA
- o curioso ’sistema de licitação’ da Bahia em
que sempre Odebrecht, OAS e Camargo Corrêa ganham. É mais uma do famoso
Wagnerduto! E todos os projetos acabam (se acabam) com atrasos, erros técnicos
e aumentos astronômicos no orçamento final, sem punições.
ESCANDALO
Nº 06: ESPOSA DE WAGNER É FUNCIONÁRIA FANTASMA DO TJ-BA, COM SALARIO DE QUASE
14 MIL - Além de MARIA DE FÁTIMA
CARNEIRO DE MENDONÇA, a primeira-dama do estado da Bahia, também aparece o nome
de Maria das Mercês Carneiro de Mendonça. Diante do alto salário de Maria das
Mercês, que tem o mesmo sobrenome da esposa do governador Jaques Wagner, a
pergunta que precisa ser respondida pelo chefe do Executivo Estadual é se elas
são irmãs ou não. Ou se existe algum grau de parentesco.
1. Maria de Fátima Carneiro de Mendonça ( Esposa de
Jaques Wagner):
Locação: Coordenação de Assistência Médica - Salvador.
Cargo: Assessora de Supervisão Geral.
Salário: R$ 14.632,88 (Bruto).
2. Maria das Mercês Carneiro de Mendonça
Locação: Coordenadoria da Infância e da Juventude -
Salvador.
Cargo: Técnico nível superior
Salário R$23.702,72 (Bruto). Salário de um Desembargador
R$ 23.995,40
ESCANDALO
Nº 07: NOME DE WAGNER É CITADO NA OPERAÇÃO PORTO SEGURO - Alvo
da ação, a chefe de gabinete da presidência, Rosemary Noronha, fez a ponte para
uma reunião entre Wagner e o empresário Alípio Gusmão, conselheiro da Bracelpa,
entidade que reúne os produtores de papel e celulose. Gusmão está preso.
ESCANDALO Nº 08: INTERESSES DE WAGNER EM CRIAR PEDÁGIOS -Quando
o PT assumiu o governo da Bahia pela primeira vez (2007), existia apenas uma
praça de pedágio no estado. Quando o governo anterior anunciou a construção da
praça, o então deputado federal Jaques Wagner fez um discurso na Câmara (10 de
maio de 2001) com duras críticas à decisão. Dez anos depois, o governador mudou
de opinião e, incentivado pelo prefeito Luiz Caetano, resolveu instalar mais 12
pedágios em nosso estado. Somente no sistema da BA-093, são cinco novas praças.
É importante ressaltar que este sistema faz a ligação entre os principais polos
industriais do estado
ESCANDALO
Nº 09: WAGNER CRIA CARTÃO CORPORATIVO - A
criação do Cartão Governo, o cartão corporativo do estado, para substituir às
contas de suprimentos e para o pagamentos de pequenas despesas, cujo convênio
foi firmado pelo governador Jaques Wagner com o Banco do Brasil, é mais uma
fonte de desvio de recursos nunca explicados, a começar pela falta de
transparência no uso destes cartões.
Sob o argumento de "segredo de Estado", o
governo Wagner utiliza os mesmos métodos do governo federal governo que se diz
republicano, democrático e transparente, usa um método pouco confiável e nada
transparente para efetuar pagamentos do governo e cujos gastos não podem ser
acompanhados pelo Legislativo. Além do pagamento de contas nada ortodoxas, os
cartões corporativos ainda permitem saques em dinheiro, que não deixam rastro
dos gastos. É isso que esse governo está fazendo na Bahia.
ESCÂNDALO Nº 10: ACESSO AO SERVIÇO PÚBLICO APENAS PELO REGIME
DO REDA – apesar de ter sido um dos temas de campanha a
crítica que o PT e seu candidato faziam ao acesso ao serviço público pelo
regime conhecido por REDA nos governos carlistas, após a ascensão de Wagner ao
governo, ninguém ouve falar em concurso público. Só se entra no Estado pelo
REDA. Interessante que inovaram, criaram uma seleção, fajuta, onde os indicados
por bilhetes políticos não conseguem ser reprovados. E além do REDA ainda
criaram os tais PST’s, contratos temporários utilizados em larga escala nos
períodos eleitorais.. Todos dois regimes criados, precarizam as relações
trabalhistas e servem com muro para as reivindicações dos
servidores efetivos.
ESCANDALO
Nº 11: ENTREGA DA SAÚDE PÚBLICA A EXPLORAÇÃO DE ONG’S – este é
outro escândalo que precisa ser averiguado, quais interesses estão escondidos
por trás deste jogo. Não se entende o Estado investir na construção de
hospitais, equipá-los e depois num jogo de carta marcada entregar a sua
“exploração” a ONG’s ou Instituições amigas, repassando fortunas a estas
organizações que se bem administrada
pelo Estado teria muito melhor resultado.
ESCÂNDALO
Nº 12: O JOGO DE ABAFA DO ROMBO DA EBAL – quando assumiu o governo do
Estado, os novos dirigentes descobriram um rombo escandaloso na Ebal, que à
época acusaram ser comandada pelo então conselheiro do Tribunal de Contas, o
ex-deputado e vice-governador Otto Alencar. Na Assembleia foi criada uma CPI
que apurou os desmandos e chegou a conclusão de comprovação dos fatos.Mas, só
foi Otto Alencar aderir ao governo Wagner, que tudo foi jogado pra debaixo do
tapete dos escândalos sem satisfação à sociedade pelo PT. Ninguém foi punido,
pelo contrário, alguns dos envolvidos hoje fazem parte do governo Wagner,
inclusive Otto Alencar que novamente é vice-governador.
ESCÂNDALO
Nº 13: CASO DAS COMISSÕES DA AGERBA – ainda tendo o PMDB como aliado,
surgiu na Agerba, órgão responsável pela concessão das linhas de transporte
intermunicipal e pela sua fiscalização, o escândalo das propinas. Fizeram um
drama, afirmaram que tudo seria apurado e que a sociedade seria informada das
medidas tomadas. Passado alguns meses, mais um escândalo do governo Wagner foi
para a lata do lixo. Alguém foi punido? Alguém sabe o que aconteceu com as
apurações.
E assim,
de escândalo em escândalo, de malfeitos em malfeitos, vai chegando ao fim de um
dos mais desastrados governos que já passou pela Bahia. Esta Bahia que dizem
ser abençoada por Senhor do Bonfim, mas parece que pelo lado político o nosso
santo milagroso esqueceu dela há muito
tempo