sábado, 30 de junho de 2012

SEJA RESPONSÁVEL. SEU VOTO PODE MUDAR.

No Brasil, a cada dia fica mais claro para população, que em política os “princípios éticos” sempre correspondem a necessidade da classe política em se locupletar, e que tudo é realizado contrariando todas as normas morais e legais. Os políticos jamais demonstram preocupação em promover o bem comum da população, ao contrário, utilizam ou lançam mão de qualquer meio e subterfúgios para alcançar os seus objetivos. 
 De há muito deixaram de ser éticos, já que sempre se utilizam da mentira para convencer ou ganhar o eleitor, iludindo-os com promessas que sabem jamais cumprirá ou sequer pensam em um dia cumprir, já que o objetivo traçado é unicamente o de obter um mandato que lhes permita legislar em seu próprio benefício ou daqueles que os financiaram. Outros almejam administrar os bens públicos, não com a meta de gestar políticas visando o bem comum, pelo contrário, tem como meta fazer uso e proveito, retirando deles o máximo que puderem para si e aliados. 
Qualquer que seja o caso, parte da população tem a clareza, que o político brasileiro não tem e nem adota a ética como fim, dela se desviando, fazendo da política o meio encontrado de favorecimento para si e para uma minoria. Isto quando não estão envolvidos com criminosos. 
Tem sido comum, principalmente entre aqueles que defendem a forma de fazer política nos dias atuais, afirmar em defesa dos seus argumentos, que a falta de ética é uma prática utilizada por uma minoria e que há uma grande quantidade de bons políticos. Ora, se esta afirmativa fosse verdadeira, não assistiríamos tantos escândalos que estouram diariamente, envolvendo a tudo e a todos. Com raríssimas exceções. 
O que temos visto na prática e as nossas observações nos levam a concluir, que há bem poucos políticos bem intencionados e estes poucos ao conviverem neste meio podre, logo se decepcionam e em sua grande maioria chegam a abandonar a carreira por não concordarem em se chafurdar no lamaçal e na podridão em que vivem a maioria. Outros também bem intencionados são obrigados a se afastarem por não suportarem a pressão que lhes fazem para que se aliem ou apoiem às suas falcatruas. Esta é a verdade. E esta podridão a gente assiste a partir das Câmaras Municipais. 
Não sei se tivemos anteriormente, um ambiente político tão imundo como nos dias atuais. São homens públicos envolvidos em todo tipo de falcatruas e maracutaias, sem que nada lhes ocorra. A situação está a tal ponto, que parece que no Brasil só se dá bem quem se envolve com este ambiente, fazendo com que as pessoas honestas e éticas sintam vergonha de alardear esta virtude. 
Vivemos hoje em uma sociedade em que a maioria se vê sem motivação para esboçar qualquer reação, pois se sentem marionetes nas mãos dominadas por interesses minoritários e escusos. São homens públicos que envergonham a história deste País, vivendo em uma sociedade apodrecida, envolvidos em elevados níveis de corrupção, onde diariamente a sociedade assiste um relacionamento promíscuo daqueles que se dizem seus representantes, associados a grupos criminosos, organizados e até armados, e se fazendo passar como seus protetores e benfeitores. 
O que se vê hoje nas Casas Parlamentares, nas práticas do Executivo e de parte do Judiciário, já seria suficiente para que a população se enchesse de indignação, em uma Nação onde 25% da sua população, resistem vivendo abaixo da linha da miséria, sendo que cerca de 9 milhões deles passam fome literalmente, ocasionado por um modelo econômico concentrador de renda e de pouca absorção da mão de obra, fruto de uma política educacional pública sucateada que não oferece perspectiva de futuro digno daqueles que dela necessita. 
Enquanto assiste este quadro desalentador, os homens públicos estão a se preocupar em atender os seus próprios interesses, sem nenhum compromisso em criar políticas públicas eficazes visando buscar resolver os nossos graves e estruturais problemas. Não se vê no semblante dos nossos políticos a mínima preocupação. 
Talvez, este ano, por estarmos em ano eleitoral, demagogicamente se apresentem a população com projetos e promessas para a solução dos problemas. Cada um terá uma solução milagrosa. Passadas as eleições os miseráveis continuarão mais miseráveis, o pobre continuará mais pobre e assim caminhará a passos largos a política nacional. 
A situação chegou a tal ponto, que segmentos da população consideram como normal o manancial de escândalos de corrupção em que nos encontramos; aceita passivamente a má aplicação dos recursos o públicos pela grande maioria dos nossos gestores, e até concordam com os desvios éticos e morais de nossos políticos e juristas. 
Quando os escândalos explodem, a mídia que está sempre omissa, passa a explorar de forma exagerada os fatos, parecendo inclusive e em muitos casos está a serviço de grupos de oposição. Passado o período de audiência, esta mesma mídia se encarrega de levar estes mesmos fatos para o baú do esquecimento, como se nada tivesse ocorrido, de forma que este esquecimento leve a IMPUNIDADE. 
E este esquecimento parece ser feito de forma proposital, de forma que esses mesmos políticos envolvidos nos mais variados escândalos de corrupção, que em sua grande maioria poderiam ser enquadrados em crimes hediondos e que enojam a maioria dos brasileiros, acabam levando-os a serem reeleitos, pois são homens que como ninguém aprenderam a arte de manipular as massas, seja com discursos bonitos ou mesmo utilizando dos recursos apropriados ilegalmente. São reeleitos provavelmente por grande parte da população, mantida na miséria e com baixa escolaridade, pois é exatamente com esse propósito, que eles perpetuam a situação que hoje se encontra. 
Não se vê qualquer interesse de alguém em punir alguém, o que faz crer que nos três níveis de governo - Executivo, Legislativo e Judiciário - todos têm algum tipo de culpa no cartório, e que existe um pacto entre eles onde ninguém mexe com ninguém, e que cada um siga o seu caminho sem incomodar ao outro, desde que todos continuem se dando bem. 
E mesmo com tanto roubo e desvios éticos, podemos afirmar sem medo de errar que vivemos em um país abençoado. Apesar de todos os desmandos e desvios de conduta, de recursos e de práticas imorais dos políticos e das nossas instituições, onde o legislativo vive a aprovar leis baseadas em princípios aéticos, obscuros e imorais, o Brasil é um País grandioso que, com tantos maus tratos ainda é fantasticamente belo, próspero e grandioso, com uma economia forte e pujante, e um povo valente, dotado de talentos mil, capaz de superar e passar por cima de todas as dificuldades e continuar crescendo, chegando a incomodar as maiores economias, aquelas chamadas de desenvolvidas. Apesar de tudo e de nossos políticos ainda chegaremos lá. 
Pela grandeza do seu povo é que é esta Nação sobrevive. E está chegando a hora de darmos os primeiros passos para modificar este quadro que aí está. Temos o dever moral de nos unir, àqueles que já não suportam tantos desmandos, e dá o grito de alerta. Começar a se opor a esses desmandos, orientar aqueles que ainda não acordaram, para que de forma pacífica, busquem priorizar os interesses da coletividade, dando um basta aqueles políticos e homens públicos que apenas utilizam do bem público em benefício próprio. Pense bem. 
O Brasil e sua cidade necessitam e merecem que todos se unam em benefício da coletividade, com uma sociedade feliz, e com sua população sem ter que passar pelo dissabor da miséria física e moral a que hoje estão submetidos, pela falta de ética na política. E tenha cuidado, pois este será o ano em que os lobos se apresentarão em vestes de cordeiro. Em que os ladrões do dinheiro público, se apresentarão como os homens mais honestos deste País ou da sua cidade. Mais caberá a você decidir. Uma dica apenas: pesquise a vida daqueles que se apresentarem pedindo votos. Quem era, onde trabalhou, que cargo exerceu, como chegou ao patamar ou ao status financeiro que demonstra hoje. O que fez como político, agiu honestamente? O que obteve o foi com honestidade ou no cargo que exerceu fez todo tipo de falcatrua? Estaria ele se utilizando de órgãos públicos para alavancar a sua candidatura? Se estiver enquadrado em algum dos itens que o desabone, negue o seu voto. Ele não merece ser votado. Ele não é digno em ser seu representante. 
Lembre-se que é você quem decide os destinos da sua cidade. Ela está em suas mãos. Depois não se arrependa, pois um voto errado a cidade é punida por quatro anos.

sábado, 23 de junho de 2012

COMO VENCER A VIOLENCIA

Devemos reconhecer que se instalou em nossa sociedade a cultura da esperteza, da violência, da imoralidade e da falta de amor. 
Este procedimento aceito por setores da sociedade tem deixado aqueles que não admitem este modo de viver confusos, alguns acuados, outros adoecidos, diante da banalização do mal e da inversão de valores. 
Vivemos hoje num contexto de violência, grosserias, falta de educação e respeito. 
Isso em todos os lugares e ambienteS, seja dentro de casa, no trabalho, nas escolas, nos lugares públicos, enfim há uma falta de paciência que está generalizada. 
A coisa chegou a tal ponto que ninguém consegue compartilhar nada com ninguém. É um mundo cão, onde cada qual se acha dono do espaço que ocupa. 
Chegamos a um estágio que ninguém é capaz de ceder o lugar para um idoso, uma mulher com criança ou grávida, um deficiente físico sequer no coletivo, imagine em outros lugares. 
Olhe em sua volta e veja em quantas famílias os irmãos não conversam entre eles; quantos filhos se recusam a falar com os pais, vivem mudos como se estes fossem seus inimigos, quando não os agridem fisicamente ou por palavras. 
Veja nas ruas como anda o clima. 
As pessoas se agridem, se xingam; no trânsito é cada um por si, procuram não dá espaço; brigam e matam por qualquer bobagem; não respeitam os pedestres, jogando o carro em cima das pessoas, quando não enchem a cara e saem por aí matando inocentes. Este é o tipo de relacionamento dos dias atuais. Falta solidariedade. 
Infelizmente, tudo é motivo para agressão e violência. 
No Brasil de hoje, ser socialmente "correto" é sinônimo de desonestidade e de esperteza,em razão do  desrespeito às leis, onde o império da corrupção deslavada predomina, levada por uma justiça cada vez mais condescendente com os criminosos. 
Diante disso, assiste-se o domínio da impunidade e da intolerância. 
Este quadro tem colaborado para o aumento da violência urbana, levando todos a viverem em permanente tensão, acarretando um crescente nível de estresse. Adoecendo a todos. 
Infelizmente, temos que reconhecer que o medo excessivo em razão desta violência que a cada dia tem aumentado, está muito perto de nós, batendo nas nossas portas, sem que vejamos uma luz no final do túnel. 
É visível e notório que as pessoas em razão deste estado de coisas, estão mudando seus hábitos, tentando se protegerem desta violência. 
São casas com muros que mais parece um presídio, portas e janelas trancadas e gradeadas, carros blindados e o medo de saírem às ruas têm levado a sociedade para o isolamento, acabando com a antiga solidariedade entre as famílias, trazendo a todos a triste sensação de inutilidade. 
Hoje o que mais se escuta são notícias de espancamentos, estupros, desrespeito a idosos, às mulheres, às crianças e a deficientes. Isto tem levado as pessoas a ter medo de sair de casa, de deixar seus filhos brincar livremente como antigamente. 
Diante disto, as pessoas estão se privando do direito à liberdade. 
Nada justifica a violência que hoje impera, exceto a omissão dos Poderes constituídos em buscarem alternativas e soluções. De buscar o diálogo e junto com a comunidade se tornar aliados para dar um fim este atual estágio de barbárie que vivemos. 
A situação chegou a tal estágio, que hoje todos estão sendo atingidos. Não mais escolhem a condição social, religião e idade, para praticá-las. 
Somado a violência física, temos a violência verbal que se junta ao preconceito presente em nossa sociedade, diante da exclusão social, sendo este último uma excrescência nos dias atuais e que não tem levado a lugar algum. 
Enquanto nossos governantes não descerem do palanque e darem o devido valor a Educação, não poderemos sonhar com dias melhores. 
É sabido por todos, que só através da educação poderíamos proporcionar uma vida mais digna para todos os cidadãos. 
Se muitos atos violentos são cometidos, muitos deles devido ao desespero de não conseguir sustentar a família, por exemplo, só através do conhecimento estas pessoas seriam induzidas a procederem mudanças de comportamento, pois estariam conscientizadas da responsabilidade dos seus atos e pelo que fazem. 
Ora, o homem sabendo da punição que poderá receber da sociedade, o levará ao caminho do respeito pelo próximo, que é à base do bom relacionamento e da convivência entre as pessoas e passará, a saber lidar com cada situação sem a necessidade de utilizar a força, como forma de obter o desejado. Com certeza, isto ocorrendo deixaremos de conviver com tantos índices de violência. 
Não imaginamos um mundo onde todos pensem de uma mesma maneira. Muito pelo contrário, até pelas diversas formações culturais sempre haverá divergências, porque cada ser humano tem a sua forma de pensar. 
Lógico que somos diferentes, não só fisicamente, mas também intelectualmente e educacionalmente, mas não existe um método melhor de resolver as divergências que não seja pelo diálogo. 
A força e a violência é o caminho encontrado pelos fracos, que acreditam que assim agindo estarão demonstrando todo seu poderio. Como estão enganados. 
É, portanto, pelo diálogo que aprendemos a perdoar. 
E  os homens, infelizmente, ainda não aprenderam a perdoar, exatamente porque ainda não estão educados para dialogar, e o único caminho para que os homens aprendam o que é perdoar, seria através do conhecimento e, se bem educados, talvez, aprendessem o sentido do que seria a compaixão. Este seria o caminho. 
O País em que vivemos, não é mesmo que vemos, mas ele é fruto do que construímos. 
Se como diz os diversos segmentos religiosos “que o homem é a imagem e semelhança de Deus”, então que busquemos dentro de nós esta semelhança e ao alcançá-la passemos todos a viver em paz, e que tenhamos a consciência de que todos somos iguais. A partir deste instante, com certeza, a violência irá se dissipar e será vencida pelo amor e pelo saber. 
Quando cada um obtiver o conhecimento e a educação que ofereça oportunidades iguais a todos e o homem passar a colocar o amor ao próximo em primeiro lugar, nada o levará a violência. 
Não serão as desigualdades sociais, o medo, a vergonha, a humilhação, a pobreza, as drogas, que irá ditar as regras, ou que irá convencer a entrar no caminho errado. 
Não serão os outros que irão ditar as regras ou dizer e pensar por você. 
Não, você estará suficientemente preparado para enfrentar cada situação e tirar de letra. 
No dia em que a humanidade colocar o amor em primeiro lugar, as pessoas procurarão levar alegria e esperança àquelas que talvez nunca tenha visto antes, que não sabe como se chama ou mesmo onde mora, mas terá a sensação de felicidade por ter feito alguém feliz e que teve como pagamento um sorriso. 
Aí sim você terá a certeza de que vale a pena colocar o amor em primeiro lugar. 
Para isto precisamos nos auto-avaliar, e começar a nos conscientizar que colhemos o que plantamos. Se plantarmos amor, receberemos amor, se plantamos raiva e ódio colherá o mesmo. 
Portanto, usemos da liberdade que possuímos para amar e levar amor às pessoas por mais difíceis que aparentem ser ou por mais insuportáveis que se apresentem, mesmo que não recebamos o mesmo em troca. 
Amar a quem nos amam é beleza não há dificuldades, porém amar os difíceis  é aí que está o nosso maior desafio. E só com o amor e levando amor para estes complicados é que venceremos a violência e o medo.

domingo, 17 de junho de 2012

SONHOS QUE O PT NEGOU

O ideário neoliberal traz no seu bojo graves ameaças as conquistas sociais historicamente obtidas, pelo fato de privilegiar o mercado ao pleitear um desenvolvimento econômico com um único viés,  através da desregulamentação da economia, cujos fundamentos representam grande possibilidade de liquidar as conquistas sociais duramente conquistada, acarretaando em aumento ainda em maior nível e de forma alarmante as desigualdades sociais. 
As propostas daqueles que são contra esse modelo, a  nova esquerda brasileira, tem como ponto de partida a manutenção, ampliação e defesa dos direitos sociais, aliado a obtenção de novas conquistas e de novos progressos em termos de justiça social, de forma que se possa construir uma nova economia mais humana, menos desigual, menos injusta socialmente e com uma melhor distribuição de renda. 
Que fique claro, o sonho das esquerdas é o de apontar para um novo modelo econômico, independente do ideal socialista, este um sonho a ser alcançado em longo prazo. É um modelo que  aponta alternativas à modernização, como caminho alternativo ao modelo neoliberal, seja no âmbito de partidos políticos ou dos movimentos sociais. Pena que o PT, partido que lidera uma coligação que vai da direita a esquerda, não tenha entendido o recado e passe para a história, como o partido que acuou as esquerdas, ao dar uma guinada de 180º graus para a direita, jogando no lixo tudo que plantou no passado. 
Caberia ao PT coordenar ações que levasse a convergência entre as múltiplas forças políticas que está ao seu redor e apontasse para um caminho onde imperasse a justiça social em lugar da imposição do mercado como atualmente, desconsiderando totalmente os ideais de justiça social. 
Pelo simples fato do PT ter emergido através de uma coligação a qual historicamente tinha os partidos de esquerda como primeiro e fortes aliados, esperava-se ao assumir o Poder a apresentação de uma inovadora conjuntura sociopolítica, a qual expressasse um novo modelo, onde a política econômica ganhasse um novo contorno e priorizasse os ideais de justiça social, acarretando em um novo um processo de reformulação e revisão do pensamento e do discurso político da direita de um novo colonialismo implantado através da política neoliberal. 
A ascensão do PT ao Poder se deu fundamentada nos princípios dos ideais de justiça social, que sempre orientou o pensamento da esquerda brasileira e que população assimilou. 
Porém, o que se vê, é uma administração não tem expressado esses ideais, dando a essa luta um novo formato, através da continuidade a uma política econômica estabelecida pelas elites desde que o País foi colonizado, acrescido de alguns programas sociais, aceitos pelos neoliberais, sem permitir, no entanto, que se ampliem as conquistas e a justiça social, de forma que a desigualdade continue e que a injustiça social campeie em nossa sociedade. 
Hoje, o que se busca, é a redução do fosso das desigualdades. Um caminho onde seja implantada uma sociedade mais humana e menos desigual, bastante diferente do modelo defendido pelos atuais ideólogos petistas. Pena que o PT não entenda ou não queira participar deste sonho. 
Na realidade, o mais importante no momento é garantir a manutenção das garantias e dos benefícios sociais e trabalhistas já conquistados, hoje bastante ameaçados pela política neoliberal implantada, para num segundo momento lutar para obter, conquistar e ampliar os direitos e progressos em termos de justiça social para as camadas mais baixas da sociedade. 
Caberia ao PT liderar essa nova esquerda brasileira, atuando ativamente no cenário político e social com o objetivo de mobilizar a sociedade, principalmente as camadas populares. Infelizmente o PT abriu mão deste sonho e caiu nos braços neoliberais, deixando as esquerdas acuadas, sem maiores argumentos, para se contrapor aqueles que consideram o neoliberalismo como o sistema ideal e “socialmente mais justo”. 
O PT, desta forma, pode ser considerado o responsável pela derrocada dos sonhos e ideais da esquerda, uma vez que não implementou as transformações estruturais impostas pelo sistema capitalista, de forma que pudesse superar e que permitisse o País respirar uma nova ordem social e política. 
Essas foram bandeiras e lutas relegadas após a ascensão do PT ao Poder, que tem se mantido na defensiva, em lugar de ser mais ofensivo, de forma que pudesse se contrapor ao ideário neoliberal. 
O sonho de construir uma sociedade menos desigual deixou de serem prioridade, e o que se observa é a cada dia uma maior aproximação da manutenção da política econômica encontrada e implantada, relegando os ideais de justiça social. 
O que está claro para a sociedade é a derrocada dos ideais pregados no passado e que, as transformações estruturais do sistema econômico capitalista, junto com a criação de um Estado de justiça social já não são prioridades, estando superados, apesar de alguns entenderem que os sonhos da esquerda ainda estão adormecidos, mesmo que essas transformações para serem alcançadas e operacionalizadas o sejam de forma gradual, sem o radicalismo apregoado no passado. 
É preciso que saibamos, que em pleno sec. XXI, a direita continua aí e  um dos motivos e o incentivo obtido tem vindo do deslocamento do PT da esquerda para o centro – direita e ao optar por se aliar ao que há de mais podre no cenário político nacional, convivendo lado a lado com políticos que fizeram e fazem da administração pública o seu trampolim para ilícitos e enriquecimento, encurralou a esquerda, deixando-a momentaneamente sem discursos ou argumentos. 
Mesmo vendo seu eleitorado minguando, a direita continua viva, e buscando sobreviver. Para enganar a população muitas vezes utilizam do discurso do centro - esquerda, chegando a defenderem investimentos no social. Hoje defendem uma máquina governamental menos inchada, logo eles que fizeram do serviço público o seu cabedal de empreguismo, de enriquecimento ilícito e de manutenção do Poder. 
Portanto, torna-se necessário que as reformas tragam no seu conteúdo um conjunto de medidas e políticas econômicas que busquem não apenas o Estado ideal e possível de justiça social, mas que procurem instaurar um modelo de desenvolvimento global, fundamentado e alicerçado num amplo programa de distribuição de renda e, em uma efetiva e eficiente reforma agrária, de forma o desenvolvimento proposto seja um agente estimulador e de incentivo, não apenas para o crescimento econômico, mas que efetivamente, ocorra uma valorização e crescimento dos salários e que estimule a participação dos salários na renda nacional, acarretando, como isso, o aumento do poder aquisitivo dos trabalhadores.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

MÁGOA: sentimento que adoece

Começo citando uma frase de Augusto Cury: “As coisas mais importantes da vida não se resolvem rapidamente. Um pai pode saber todos os conflitos e necessidades dos filhos, mas ainda precisa que o filho se abra, se comunique, revele seus sentimentos. Não basta saber, é preciso cruzar os mundos”. 
O ser humano é um conjunto complexo, constituído de diferentes formas, com suas qualidades, imperfeições e limitações. 
É normal o ser humano se indignar ou se revoltar se por algum motivo sente que foi vítima de injustiças. São reações normais. O preocupante é quando esse sentimento se transforma em mágoa e amargura. 
Segundo estudos científicos, quando a raiva se transforma em mágoa, o cérebro se sente sobrecarregado e reage como se estivesse em perigo, produzindo substâncias químicas e hormônios ligados ao estresse. A parte pensante do cérebro fica limitada e, diante da “ameaça” age sem pensar, tentando fugir da sensação de perigo. 
Escolher bem o sentimento que iremos transportar ao cérebro é fundamental, para que a mente esteja sempre bem preparada. 
Pense no que seria melhor: guardar no “peito” a mágoa, perpetuando o sofrimento, sobrecarregando a mente com algo ruim, ou optar por enviar mensagens do quanto fomos fortes diante do fato acontecido e a ele conseguimos sobreviver, saindo da experiência “negativa” tomando-a como lição para o futuro? 
Repisar o fato sempre que possível é demonstrar fraqueza e uma sensação de que jamais será esquecido. 
É querer ser vítima de um ato que não tenha ocorrido como queremos que os outros acreditem. 
Lembre-se: muitas vezes o acusado sequer tem noção do mal que causou, já que a ação praticada pode não ter sido intencional e, quem vai está sofrendo será você, ao manter a mágoa dentro de si. 
É preciso ter dignidade e o altruísmo. E isto só acontece quando a pessoa colocando-se no lugar do “acusado”, conhece as causas e pratica o perdão. 
Nada é mais dignificante que admitir que o acusado é inocente por ter agido com ignorância ou movidos por falta de opção. Mas, cabe a quem guarda mágoa entender se o ato foi ou não premeditado, se agiu ou não de má fé, ou se não houve opção e, talvez, se tivesse escolha teria agido de forma diferente. 
Não entendo. Guardamos mágoas de familiares ou amigos muito próximos pela mínima coisa, porém, não temos o mesmo sentimento com aqueles que não estão no mesmo círculo de intimidade que nos ferem muito mais, e até de forma intencional, mesmo sabendo que foram dadas as opções e ela optou pela pior, por causa de seu caráter. Porque não se utiliza o mesmo peso e medida para os mais íntimos? 
Perdoamos o erro intencional e maldoso daqueles que não tem o nosso sangue e, facilmente guardamos mágoas de familiares e amigos que, de forma impensada ou sem intenção nos machucou, causou algum mal? É fundamental que as pessoas saibam o quanto é bonito perdoar. 
E se queremos ser perdoados temos que praticar a ação de também saber absolver aqueles que muitas vezes no nosso imaginário tenha nos“causado” algum mal. 
Não sabem as pessoas que priorizam a mágoa, o quanto é belo perdoar, porque nós não estamos aqui para julgar. Estamos aqui para pagar os erros cometidos no passado e se optamos por levar a mágoa para o túmulo, continuaremos errando. 
PERDOE e verá como seus pensamentos se tornarão leves e os sentimentos se tornarão aprazíveis. Coloque na cabeça que a vida pede para ser saboreada minuto a minuto, e para a saborearmos, devemos ter pensamentos elevados e tirar do peito todo e qualquer sentimento que o conduza à MÁGOA. LEMBRE-SE: viver amargurado é um mal que mata pouco a pouco, nos envolvendo de tal forma, que não conseguimos raciocinar com clareza, impedindo um bem viver, um sorriso abundante e feliz. 
A amargura impede que você tenha confiança no outro. 
A pessoa magoada não consegue ter um melhor raciocínio. É um sentimento gerado a partir do seu entendimento do que é errado. 
Mas será que a atitude do outro não lhe trouxe uma nova realidade inesperada e que você desconhecia, por isso não aceita? E o que fazer quando a realidade nua e crua se apresentar e você ver o quanto estava errado? Porque não aproveita o pensar ou o fazer diferente do que você estabeleceu e dele extrair o máximo proveito, de forma que venha a servir de aprendizado? 
Agindo assim será mais fácil para lidar com a realidade. 
Ao construir um relacionamento, o faça sem conceitos preconcebidos e que tire deste relacionamento um aprendizado, identificando os limites de cada um. Que não magoemos e que não sejamos magoados. 
Não sejamos juiz, pois não temos o conhecimento suficiente para julgar. 
Remoer a MÁGOAS é trazer sofrimento para si e fazer mal para a saúde, principalmente para o coração. Se não consegue acabar com este sentimento, busque ajuda. 
Procure os recursos que possa ajudá-lo a superar este sentimento. Trabalhe sua autoestima, olhe para si mesmo, em vez de culpar o outro pela mágoa que traz no peito seu sofrimento. Se ajude. Perdoe. 
Lembra os psicólogos que “perdoar não é esquecer o que te fez mal e sim superar, se libertar do sentimento ruim”. E você só obterá a cura se permitir virar a página da sua vida e, para que isso possa ocorrer, é preciso ter disposição e muita paciência. 
Por fim deixo uma mensagem: LEMBRE-SE: GUARDAR MÁGOAS É COMO TOMAR VENENO E FICAR ESPERANDO QUE O OUTRO MORRA...

quinta-feira, 7 de junho de 2012

GOVERNO WAGNER: DA ESPERANÇA À DECEPÇÃO

“Nada acontece por acaso”. Esta é uma frase que resume toda a realidade da vida e explica a situação de descrédito que hoje atravessa o governo da Bahia.
Coincidência ou não, acredito que esta frase no momento não sai da cabeça daqueles que compõem a atual equipe de governo, onde grande parte está esperando se aproximar 2014 para saltar do bonde, diante dos fatos que está acontecendo na administração estadual, principalmente neste ano de 2012. 
Vive o governo da Bahia um inferno astral, colhido por ele, pelo que plantou. Já diz o ditado popular: “a gente colhe hoje o que plantou ontem”. 
Enfrenta no momento, uma das piores secas, e os malefícios causados é fruto da incompetencia, omissões e de falta de projetos estruturantes que preparasse o semiárido para as estiagens cíclicas que se abatem sobre a região. Deitou e dormiu no berço esplêndido de um período de regularidades das chuvas e esqueceu que deveria aproveitar o bom tempo, para com calma implantar projetos práticos e viáveis para o enfrentamento das estiagens. Optou por gastar rios de dinheiro para propagar um programa, que na primeira longa estiagem se viu ter sido um fracasso. 
Nem bem o ano começou, e voltou a colher o fruto das promessas não cumpridas, com greves da Polícia Militar e agora dos professores público estadual, e ainda sofre a ameaça da área de saúde e das universiddes estaduais. 
A primeira durou 12 dias e a segunda já está se aproximando de dois meses. 
Quanto a primeira, o governo, aliado a grande mídia, conseguiu jogar a população contra o movimento, através de flashes e montagens de diálogos gravados. Já para a segunda se encontra sem argumentos, uma vez que foi ELE próprio que não cumpriu um acordo assinado. Aí não dá para envolver a grande mídia. 
Voltemos ao passado, quando se começou a plantar o que colhe hoje. 
Lembra-se dos belos discursos do então candidato e hoje governador? Quantas promessas, quantas soluções mágicas, quantos sonhos transmitiu para a sociedade prometendo mudanças, não apenas nos métodos, mas também na forma governar e com a participação daqueles que com ele comeram sal e poeira. 
Analise agora, quanta diferença do discurso e dos métodos utilizados hoje pelo atual governador da Bahia e as suas táticas e estratégias utilizadas há aproximadamente 08 anos atrás quando o então candidato ao cargo máximo do poder executivo baiano, brandia indignado os contracheques de servidores públicos. 
Lembre-se daquele galego que incentivava movimentos reivindicatórios e que apoiava incondicionalmente as greves como um direito do trabalhador. Tudo em nome da conquista do Poder. Hoje, nada é permitido, tudo é ilegal. Só não é ilegal o governo deixar de pagar os professores. Só não é ilegal, rasgar compromissos assumidos e assinados. 
Naquela época, quando ainda candidato, aproveitou da ingenuidade dos servidores públicos e os iludiu com promessas as quais seriam rapidamente transformadas em mentiras, os quais jamais acreditariam que suas reivindicações seriam transformadas em censura ou castigos. 
Foi sonhando em melhores dias, que as diversas categorias dos servidores públicos – policiais, professores, área da saúde e demais setores -, se uniram às demais entidades organizadas da sociedade, e como fogo em monturo, minaram a reeleição do então imbatível candidato carlista, e conscientemente, ludibriaram os institutos de pesquisas, que não captaram a insatisfação popular e a tendência clara de mudança. 
Mas, da mesma forma que enganaram os institutos de pesquisas, infelizmente também foram ludibriados. 
Não tiveram sensibilidade em perceber o quanto estavam sendo enganados e, de como estava calçado de mentira o candidato em que estavam depositando a sua confiança. 
A falta de esperança era tanta que só as promessas já os satisfaziam, acreditando que assumindo o Poder, elas seriam cumpridas. 
Ledo engano, tem sido um governo que nada cumpriu do prometido. 
E utilizando da lógica da mentira, foi eleito e reeleito. A segunda vez até se entende, não havia muitas boas opções oferecidas à população. 
Assim só restou a continuidade como forma de se dá mais um credito de confiança, já que admitiam que 04 anos foram insuficientes para organizar o Estado e cumprir as promessas feitas, esperando que, com mais tempo abria-se a oportunidade de cumprir o prometido. 
Mais uma vez a sociedade se enganou e o uso da mentira, cooptação daqueles que por décadas serviram ao carlismo e se serviram do Estado para se locupletar, passou a ser o mecanismo de conveniência, tornando-se a ferramenta de trabalho e “estratégia” de sucesso, transformando o governo a ser movido dessa lógica, que faz uso dela da forma mais natural, utilizando-a sem limites, varrendo qualquer resquício de pudor, escrúpulo ou reserva de verdade. 
Esta tem sido a realidade do governo Wagner, transformado em engodo devido as promessas não cumpridas, das falácias engendradas e da veiculação de uma propaganda enganosa, sempre proferidas em nome do Estado e de obras que sequer saíram do papel, tem levado o conjunto da sociedade a mais uma vez se decepcionar de um governo cheio de mentiras travestido de verdades ditas por seus dirigentes, procurando apenas esconder com justificativas no mínimo suspeitas, os interesses da sobrevivência do seu grupo, mesmo que para isto tenha que vender a alma ao diabo. Esquecem eles que a história será seu juiz, e sua nódoa ficará para sempre. 
Lembremo-nos das palavras de Jaques Wagner, “nas sociedades democráticas, as liberdades de palavra e reunião são concedidas mesmo aos inimigos mais irredutíveis”. São palavras ditas cujos efeitos só soam da boca para fora, como o diz o ditado popular “Quem tem boca que diga o que quiser” como quem tem dinheiro ou administre o erário público, com talento ou uma boa assessoria escreva e publique onde puder. 
Hoje, vendo os métodos implantados no governo da Bahia, passa a ter sentido e soar como atual, a famosa frase do chanceler alemão Otto von Bismarck: “as pessoas nunca mentem tanto quanto após uma caçada, durante uma guerra e antes de uma eleição”. 
Utiliza a administração Wagner/PT do argumento que a mentira já faz parte do comportamento político rotineiro, e que estes senhores compõem a categoria de pessoas que têm mais razões para mentir, sair-se com evasivas ou omitir dados. Desta forma, o problema não estaria no fato da mentira por si só, mas o de saber até quando a sociedade estará disposta em continuar acreditando em nossos políticos. 
Enquanto isso a população já começa a sonhar e pedir que esse dois últimos anos passem o mais rápido posível, para se ver livre de um governo que foi o maior engôdo da recente história política baiana. 
E esse desgoverno, trará como resultado a derrota que o seu partido obterá nos principais centros econômicos e políticos do Estado, nas próximas eleições. Quem viver, verá.