Ex-assessor da CIA:
EUA são piores inimigos de si mesmos e destroem o dólar com políticas erradas
Os
Estados Unidos se tornaram o pior inimigo de si próprios por causa da política
de sanções, afirma o ex-assessor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos
EUA James Rickards em um artigo para o Daily Reckoning.
Em
sua opinião, a guerra financeira de Washington contra seus rivais políticos
transformou o dólar em uma arma, o que convenceu muitos países a não fazer
acordos na moeda norte-americana.
"As
sanções econômicas dos EUA não terão um impacto significativo na Rússia, a
Rússia não mudará seu comportamento na Ucrânia devido às sanções. Os EUA
sofrerão mais com as suas próprias sanções do que a Rússia, porque países
opositores e neutros criarão plataformas de pagamento alternativas que não usam
o dólar", disse Rickards.
O
autor do artigo ressalta que a responsabilidade pelos problemas econômicos dos
EUA não cabe à Rússia.
"Não
acho que outros países possam destruir o dólar, mas nós mesmos podemos fazê-lo.
Nós somos nossos piores inimigos. Destruímos o dólar com sanções e outras
políticas erradas. Os EUA fazem mais para destruir o dólar do que nossos
inimigos", ressaltou o ex-assessor da CIA.
Rickards
destacou a alta preparação da Rússia para o confronto econômico com o Ocidente,
observando a importância de aumentar as reservas de ouro. Segundo ele, de 2009
a 2022 a reserva de ouro da Rússia aumentou de 600 toneladas para três mil
toneladas.
Em
conclusão, Rickards acrescentou que Washington tem cada vez menos tempo e menos
maneiras de parar a desdolarização da economia mundial, uma vez que a
introdução de novas moedas de negociação e plataformas de pagamento reduzirá os
incentivos para retornar ao sistema do dólar, no qual os EUA podem ameaçar a
economia.
·
Tesouro
adverte que o risco de inadimplência da dívida dos EUA pode gerar ampla
fraqueza econômica
Janet
Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, indicou que a economia do país está em
risco de provocar desemprego em massa, falhas de pagamento, ampla fraqueza
econômica e taxas de juros subindo "para uma perpetuidade" se o
governo não pagar sua dívida no final deste ano.
Falando
em uma conferência em Washington, a secretária do Tesouro dos EUA alertou que
as consequências seriam devastadoras e amplas se o governo não pagar suas
dívidas nos próximos meses.
Yellen
previu que as consequências negativas provavelmente fariam com que o governo
dos EUA falhasse em pagamentos militares e previdenciários críticos, bem como
passasse por uma demissão em massa de funcionários públicos no pior cenário. O
contratempo devastador faria também com que milhares de famílias falhassem nos
pagamentos de suas casas, carros e cartões de crédito, causando um colapso do
mercado de crédito dos EUA.
Com
a perspectiva terrível em mente, Yellen pediu aos legisladores dos EUA para
aumentar rapidamente o teto da dívida.
"Essa
catástrofe econômica é evitável e a solução é simples", disse Yellen.
"O Congresso deve votar para aumentar ou suspender o limite da dívida e
deve fazê-lo sem condições, e não deve esperar até o último minuto."
O
governo dos EUA atingiu seu teto de dívida no início deste ano em janeiro.
Desde então, o Departamento do Tesouro tem tomado "medidas
extraordinárias" para evitar um incumprimento da dívida.
Na
semana passada, Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes, propôs
um projeto de lei que elevaria o teto da dívida em mais US$ 1,5 trilhão (R$ 7,5
trilhões), mas requerendo um corte de US$ 4,5 trilhões (R$ 22,7 trilhões) nos
gastos do governo. O presidente Biden apelou ao Congresso para aumentar o teto
da dívida sem condições prévias e ameaçou vetar o projeto de lei de McCarthy.
Ø
Desejo
de esmagar economia da Rússia levará Ocidente ao suicídio, aponta jornal chinês
O
desejo de esmagar a economia russa levará o Ocidente ao "suicídio",
escreve o jornal chinês Global Times.
Anteriormente,
a agência Kyodo, citando fontes do governo japonês, informou que os países do
Grupo dos Sete (G7) estão considerando proibir quase todas as exportações para
a Rússia. O jornal britânico Financial Times, citando fontes, informou mais
tarde que a União Europeia (UE) e o Japão se opuseram à iniciativa proposta
pelos EUA.
"O
Ocidente parece estar no seu limite em relação às sanções contra a Rússia. Ele
agora busca [impor] até uma proibição kamikaze à Rússia para aumentar a
supressão, privando o mundo de um possível fim mais rápido às crises e à
guerra", aponta o jornal.
De
acordo com o artigo, os países do G7 sentem que esgotaram todas as suas
possibilidades, e a proibição quase completa das exportações para a Rússia será
destrutiva, inclusive para o próprio Ocidente.
Entretanto,
como observa o jornal chinês, parece impossível para os países ocidentais
abandonar sua obsessão doentia com o esmagamento total da economia russa, mesmo
se tal estratégia signifique uma perda para todos.
"Os
países do G7 nunca relaxarão suas sanções contra a Rússia, mesmo marginalmente.
Em vez disso, eles vão aumentar a pressão sobre a Rússia por vários meios. Mas,
como o declínio da hegemonia americana é inevitável, o colapso dos EUA e seus
principais aliados no Ocidente também será inevitável", ressalta o artigo.
No
início desta semana, o ministro das Finanças da Rússia Anton Siluanov disse que
o Ocidente está ficando sem opções para atacar Moscou depois que várias rodadas
de sanções saíram pela culatra em vez de paralisar a economia russa como era
pretendido.
·
Promotores
poloneses apreenderam dinheiro das contas da Embaixada da Rússia, diz
embaixador russo
Nesta
quarta-feira (26), o embaixador da Rússia na Polônia, Sergei Andreev, disse que
promotores do país apreenderam dinheiro das contas da embaixada russa.
O
Ministério Público polonês confiscou dinheiro das contas da embaixada russa e
da missão comercial, disse o diplomata Sergei Andreev à Sputnik hoje (26).
De
acordo com o embaixador, os promotores apreenderam dinheiro por suspeita de que
ele poderia ser usado para lavagem de dinheiro ou terrorismo.
"Recebemos
uma mensagem do Ministério Público de que os fundos das contas da embaixada e
da missão comercial no banco Santander foram transferidos para as contas do
Ministério Público polonês", disse Andreev, acrescentando que sendo assim,
o banco encerrou a cooperação com a missão diplomática.
Segundo
o embaixador, foi apreendida "uma quantidade significativa" de
dinheiro em dólares e zloty, a moeda polonesa. O diplomata chamou a decisão de
Varsóvia de "uma flagrante violação da Convenção de Viena sobre relações
diplomáticas".
·
Putin
assina decreto de resposta à retaliação ao confisco de ativos russos no
exterior
O
presidente russo, Vladimir Putin, assinou na terça-feira (25) um decreto de
resposta à retaliação à apreensão de bens russos no exterior.
De
acordo com o documento, em caso de privação ou restrição à propriedade russa no
exterior, a gestão externa é introduzida para ativos conectados a países hostis
e localizados no território da Rússia.
A
gestão temporária pode incluir bens móveis e imóveis, valores mobiliários,
ações em capital autorizado, bem como direitos de propriedade.
"As
despesas da administração provisória serão financiadas a partir do produto de
seu uso", afirma o decreto.
A
lista de ativos estrangeiros que passaram para a gestão temporal da Agência
Federal de Gestão do Patrimônio do Estado da Rússia devido à apreensão de
ativos russos no exterior inclui as ações de acionistas de duas empresas:
Fortum (mais de 98%) e Unipro (mais de 83%).
A
administração temporária dos bens será extinta por decisão do chefe de Estado.
O decreto entra em vigor na data da publicação oficial.
Ø
Enviado
da Rússia na ONU diz que Moscou nunca limitou exportação de grãos ucranianos
via mar Negro
A
Rússia não limitou artificialmente a exportação de grãos ucranianos sob a
Iniciativa de Grãos do Mar Negro, ao contrário das alegações atuais, disse o
representante permanente da Rússia no escritório da ONU e outras organizações
internacionais em Genebra, Gennady Gatilov, nesta quarta-feira (26).
Os
dados de exportação mostram que Moscou nunca restringiu artificialmente a
exportação de grãos ucranianos através do mar Negro, disse Gatilov em uma
reunião com a Associação de Correspondentes Credenciados nas Nações Unidas
(ACANU, na sigla em inglês).
A
Iniciativa de Grãos do Mar Negro, assinada entre Rússia, Turquia, Ucrânia e as
Nações Unidas em meio ao conflito ucraniano em julho de 2022, prevê a
exportação de grãos, alimentos e fertilizantes ucranianos pelo mar Negro a
partir de três portos, incluindo Odessa.
O
pacote do acordo também inclui um memorando de entendimento entre a Rússia e a
ONU para desbloquear as exportações russas de grãos e fertilizantes via mar
Negro, o que, segundo Moscou, não foi implementado em meio às sanções
ocidentais. Em março, a Rússia estendeu o acordo por 60 dos 120 dias possíveis.
A
Rússia solicitou que, para estender ainda mais o acordo de grãos após sua
expiração no dia 18 de maio, a normalização das exportações agrícolas de
Moscou, incluindo pagamentos bancários, logística de transporte, seguro,
descongelamento de atividades financeiras e fornecimento de amônia através do
oleoduto Tolyatti-Odessa, deve ser assegurada.
Ø
Pentágono
usa lições da Ucrânia para possível conflito com China
A
vice-secretária de Defesa dos EUA, Kathleen Hicks, declarou que o Pentágono
está aprendendo lições valiosas na Ucrânia e que estas podem ser usadas em um possível
conflito com a China. Entre essas lições, ela mencionou a necessidade de
produção e entrega regular de armas, bem como a inovação no espaço.
"Há
muitas vantagens que ganhamos com o conflito na Ucrânia para um potencial
desafio do Pacífico ", disse a vice-secretária em entrevista.
"Estamos aprendendo agora a aumentar nossa base industrial e a estudar
essa base industrial, que tem estado nos últimos 60 anos em um ciclo de festa e
fome".
Além
disso, o Pentágono acelerou o mecanismo de fornecimento de armas para Taiwan. A
ideia é usar o sistema utilizado até agora para entregar armas a Kiev
(designada Autoridade Presidencial de Retirada para Assistência Militar à
Ucrânia), sistema que permite enviar estoques existentes de armas e depois os
substituir mais tarde.
"Estamos
pensando em como usamos essa autoridade agora para gerar uma entrega mais
rápida e de maior capacidade de munições a fim de fazer chegar nossas forças no
Pacífico", disse Hicks.
Outra
lição é a importância da esfera espacial, pois o conflito ucraniano destacou o
"incrível ecossistema de inovação espacial comercial dos EUA", disse
a vice-secretária de Defesa.
Além
disso, foi enfatizada a capacidade dos EUA de cooperarem com os aliados para
"exercer pressão econômica" e compartilhar inteligência.
Ela
ressaltou que, apesar das entregas de armas para a Ucrânia, os EUA estão
focados na competição com a China no Pacífico.
"Não
estamos tentando escolher entre dois palcos. Temos uma estratégia clara focada
na China", disse Hicks, e reiterou avaliações passadas dos EUA de que a
China não está planejando um ataque iminente a Taiwan.
"Nosso
foco é garantir que a liderança da República Popular da China [RPC] acorde
todos os dias e diga que hoje não é o dia para realizar agressões que ameaçam
os interesses dos EUA [...] Esse é o nosso foco hoje, em 2027, e em 2035 e
2045", enfatizou.
·
Marinha
dos EUA sofre novo revés e planos para conter 'ameaça' chinesa vão 'por água
abaixo'
O
jornal The Washington Times relatou que os planos da Marinha para a construção naval
de longo alcance para conter a "ameaça" chinesa sofreu um novo revés.
A
mídia norte-americana, acreditando em uma potencial ameaça da China, repudiou o
comportamento do presidente norte-americano, Joe Biden, que, segundo o jornal,
novamente subestimou o potencial da China, e decidiu ignorar os planos da
Marinha.
Isso
porque os planos da Marinha americana falharam mais uma vez no Senado, ficando
sem o seu tão sonhado "plano viável para defender os interesses
americanos".
O
jornal destaca que, além de ficar sem planos, a Marinha está retirando
rapidamente seus navios de guerra de serviço devido ao fim de vida útil das
embarcações.
Além
disso, o país conta com uma situação precária, com capacidade inadequada para
construção naval e manutenção de navios.
A
mídia também enfatiza que as recusas da administração Biden em fortalecer a
Marinha custarão caro ao país em caso de conflito com a China, visto que o
gigante asiático está superando os americanos em diversas áreas.
·
Exercícios
militares EUA-Filipinas são suspensos devido a intruso no espaço aéreo, diz
mídia
Um
objeto desconhecido violou o espaço aéreo durante os maiores exercícios
militares conjuntos EUA-Filipinas, forçando sua interrupção temporária,
informou a mídia filipina nesta quarta-feira (26).
Durante
os exercícios, um intruso aéreo apareceu logo acima da cidade de San Antonio,
onde foi flagrado por um radar. Até agora, as Filipinas não identificaram o que
era, e os exercícios foram imediatamente suspensos após o incidente, informou o
jornal Inquirer.
"A
segurança é a principal consideração na condução do exercício, qualquer intruso
e intrusão no exercício que coloque em risco a vida das pessoas — seja
intencional ou acidental — essas são considerações gerais", disse o
porta-voz do coronel das Filipinas, Michael Logico.
O
presidente filipino, Ferdinand Marcos, estava observando como as marinhas dos
dois países estavam afundando um navio de um inimigo hipotético — uma corveta
filipina desativada — perto de San Antonio, informou o Manila Times. Marcos espera
que o país "se beneficie da cooperação reforçada com os Estados
Unidos", disse o porta-voz presidencial, segundo a agência de notícias.
Cerca
de 12.200 soldados norte-americanos e 5.400 militares das Forças Armadas
filipinas participam dos exercícios, que começaram no dia 11 de abril e vão até
o próximo dia 28.
Fonte:
Sputnik Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário