quinta-feira, 27 de abril de 2023

Ex-assessor da CIA: EUA são piores inimigos de si mesmos e destroem o dólar com políticas erradas

Os Estados Unidos se tornaram o pior inimigo de si próprios por causa da política de sanções, afirma o ex-assessor da Agência Central de Inteligência (CIA) dos EUA James Rickards em um artigo para o Daily Reckoning.

Em sua opinião, a guerra financeira de Washington contra seus rivais políticos transformou o dólar em uma arma, o que convenceu muitos países a não fazer acordos na moeda norte-americana.

"As sanções econômicas dos EUA não terão um impacto significativo na Rússia, a Rússia não mudará seu comportamento na Ucrânia devido às sanções. Os EUA sofrerão mais com as suas próprias sanções do que a Rússia, porque países opositores e neutros criarão plataformas de pagamento alternativas que não usam o dólar", disse Rickards.

O autor do artigo ressalta que a responsabilidade pelos problemas econômicos dos EUA não cabe à Rússia.

"Não acho que outros países possam destruir o dólar, mas nós mesmos podemos fazê-lo. Nós somos nossos piores inimigos. Destruímos o dólar com sanções e outras políticas erradas. Os EUA fazem mais para destruir o dólar do que nossos inimigos", ressaltou o ex-assessor da CIA.

Rickards destacou a alta preparação da Rússia para o confronto econômico com o Ocidente, observando a importância de aumentar as reservas de ouro. Segundo ele, de 2009 a 2022 a reserva de ouro da Rússia aumentou de 600 toneladas para três mil toneladas.

Em conclusão, Rickards acrescentou que Washington tem cada vez menos tempo e menos maneiras de parar a desdolarização da economia mundial, uma vez que a introdução de novas moedas de negociação e plataformas de pagamento reduzirá os incentivos para retornar ao sistema do dólar, no qual os EUA podem ameaçar a economia.

·         Tesouro adverte que o risco de inadimplência da dívida dos EUA pode gerar ampla fraqueza econômica

Janet Yellen, secretária do Tesouro dos EUA, indicou que a economia do país está em risco de provocar desemprego em massa, falhas de pagamento, ampla fraqueza econômica e taxas de juros subindo "para uma perpetuidade" se o governo não pagar sua dívida no final deste ano.

Falando em uma conferência em Washington, a secretária do Tesouro dos EUA alertou que as consequências seriam devastadoras e amplas se o governo não pagar suas dívidas nos próximos meses.

Yellen previu que as consequências negativas provavelmente fariam com que o governo dos EUA falhasse em pagamentos militares e previdenciários críticos, bem como passasse por uma demissão em massa de funcionários públicos no pior cenário. O contratempo devastador faria também com que milhares de famílias falhassem nos pagamentos de suas casas, carros e cartões de crédito, causando um colapso do mercado de crédito dos EUA.

Com a perspectiva terrível em mente, Yellen pediu aos legisladores dos EUA para aumentar rapidamente o teto da dívida.

"Essa catástrofe econômica é evitável e a solução é simples", disse Yellen. "O Congresso deve votar para aumentar ou suspender o limite da dívida e deve fazê-lo sem condições, e não deve esperar até o último minuto."

O governo dos EUA atingiu seu teto de dívida no início deste ano em janeiro. Desde então, o Departamento do Tesouro tem tomado "medidas extraordinárias" para evitar um incumprimento da dívida.

Na semana passada, Kevin McCarthy, presidente da Câmara dos Representantes, propôs um projeto de lei que elevaria o teto da dívida em mais US$ 1,5 trilhão (R$ 7,5 trilhões), mas requerendo um corte de US$ 4,5 trilhões (R$ 22,7 trilhões) nos gastos do governo. O presidente Biden apelou ao Congresso para aumentar o teto da dívida sem condições prévias e ameaçou vetar o projeto de lei de McCarthy.

 

Ø  Desejo de esmagar economia da Rússia levará Ocidente ao suicídio, aponta jornal chinês

 

O desejo de esmagar a economia russa levará o Ocidente ao "suicídio", escreve o jornal chinês Global Times.

Anteriormente, a agência Kyodo, citando fontes do governo japonês, informou que os países do Grupo dos Sete (G7) estão considerando proibir quase todas as exportações para a Rússia. O jornal britânico Financial Times, citando fontes, informou mais tarde que a União Europeia (UE) e o Japão se opuseram à iniciativa proposta pelos EUA.

"O Ocidente parece estar no seu limite em relação às sanções contra a Rússia. Ele agora busca [impor] até uma proibição kamikaze à Rússia para aumentar a supressão, privando o mundo de um possível fim mais rápido às crises e à guerra", aponta o jornal.

De acordo com o artigo, os países do G7 sentem que esgotaram todas as suas possibilidades, e a proibição quase completa das exportações para a Rússia será destrutiva, inclusive para o próprio Ocidente.

Entretanto, como observa o jornal chinês, parece impossível para os países ocidentais abandonar sua obsessão doentia com o esmagamento total da economia russa, mesmo se tal estratégia signifique uma perda para todos.

"Os países do G7 nunca relaxarão suas sanções contra a Rússia, mesmo marginalmente. Em vez disso, eles vão aumentar a pressão sobre a Rússia por vários meios. Mas, como o declínio da hegemonia americana é inevitável, o colapso dos EUA e seus principais aliados no Ocidente também será inevitável", ressalta o artigo.

No início desta semana, o ministro das Finanças da Rússia Anton Siluanov disse que o Ocidente está ficando sem opções para atacar Moscou depois que várias rodadas de sanções saíram pela culatra em vez de paralisar a economia russa como era pretendido.

·         Promotores poloneses apreenderam dinheiro das contas da Embaixada da Rússia, diz embaixador russo

Nesta quarta-feira (26), o embaixador da Rússia na Polônia, Sergei Andreev, disse que promotores do país apreenderam dinheiro das contas da embaixada russa.

O Ministério Público polonês confiscou dinheiro das contas da embaixada russa e da missão comercial, disse o diplomata Sergei Andreev à Sputnik hoje (26).

De acordo com o embaixador, os promotores apreenderam dinheiro por suspeita de que ele poderia ser usado para lavagem de dinheiro ou terrorismo.

"Recebemos uma mensagem do Ministério Público de que os fundos das contas da embaixada e da missão comercial no banco Santander foram transferidos para as contas do Ministério Público polonês", disse Andreev, acrescentando que sendo assim, o banco encerrou a cooperação com a missão diplomática.

Segundo o embaixador, foi apreendida "uma quantidade significativa" de dinheiro em dólares e zloty, a moeda polonesa. O diplomata chamou a decisão de Varsóvia de "uma flagrante violação da Convenção de Viena sobre relações diplomáticas".

·         Putin assina decreto de resposta à retaliação ao confisco de ativos russos no exterior

O presidente russo, Vladimir Putin, assinou na terça-feira (25) um decreto de resposta à retaliação à apreensão de bens russos no exterior.

De acordo com o documento, em caso de privação ou restrição à propriedade russa no exterior, a gestão externa é introduzida para ativos conectados a países hostis e localizados no território da Rússia.

A gestão temporária pode incluir bens móveis e imóveis, valores mobiliários, ações em capital autorizado, bem como direitos de propriedade.

"As despesas da administração provisória serão financiadas a partir do produto de seu uso", afirma o decreto.

A lista de ativos estrangeiros que passaram para a gestão temporal da Agência Federal de Gestão do Patrimônio do Estado da Rússia devido à apreensão de ativos russos no exterior inclui as ações de acionistas de duas empresas: Fortum (mais de 98%) e Unipro (mais de 83%).

A administração temporária dos bens será extinta por decisão do chefe de Estado. O decreto entra em vigor na data da publicação oficial.

 

Ø  Enviado da Rússia na ONU diz que Moscou nunca limitou exportação de grãos ucranianos via mar Negro

 

A Rússia não limitou artificialmente a exportação de grãos ucranianos sob a Iniciativa de Grãos do Mar Negro, ao contrário das alegações atuais, disse o representante permanente da Rússia no escritório da ONU e outras organizações internacionais em Genebra, Gennady Gatilov, nesta quarta-feira (26).

Os dados de exportação mostram que Moscou nunca restringiu artificialmente a exportação de grãos ucranianos através do mar Negro, disse Gatilov em uma reunião com a Associação de Correspondentes Credenciados nas Nações Unidas (ACANU, na sigla em inglês).

A Iniciativa de Grãos do Mar Negro, assinada entre Rússia, Turquia, Ucrânia e as Nações Unidas em meio ao conflito ucraniano em julho de 2022, prevê a exportação de grãos, alimentos e fertilizantes ucranianos pelo mar Negro a partir de três portos, incluindo Odessa.

O pacote do acordo também inclui um memorando de entendimento entre a Rússia e a ONU para desbloquear as exportações russas de grãos e fertilizantes via mar Negro, o que, segundo Moscou, não foi implementado em meio às sanções ocidentais. Em março, a Rússia estendeu o acordo por 60 dos 120 dias possíveis.

A Rússia solicitou que, para estender ainda mais o acordo de grãos após sua expiração no dia 18 de maio, a normalização das exportações agrícolas de Moscou, incluindo pagamentos bancários, logística de transporte, seguro, descongelamento de atividades financeiras e fornecimento de amônia através do oleoduto Tolyatti-Odessa, deve ser assegurada.

 

Ø  Pentágono usa lições da Ucrânia para possível conflito com China

 

A vice-secretária de Defesa dos EUA, Kathleen Hicks, declarou que o Pentágono está aprendendo lições valiosas na Ucrânia e que estas podem ser usadas em um possível conflito com a China. Entre essas lições, ela mencionou a necessidade de produção e entrega regular de armas, bem como a inovação no espaço.

"Há muitas vantagens que ganhamos com o conflito na Ucrânia para um potencial desafio do Pacífico ", disse a vice-secretária em entrevista. "Estamos aprendendo agora a aumentar nossa base industrial e a estudar essa base industrial, que tem estado nos últimos 60 anos em um ciclo de festa e fome".

Além disso, o Pentágono acelerou o mecanismo de fornecimento de armas para Taiwan. A ideia é usar o sistema utilizado até agora para entregar armas a Kiev (designada Autoridade Presidencial de Retirada para Assistência Militar à Ucrânia), sistema que permite enviar estoques existentes de armas e depois os substituir mais tarde.

"Estamos pensando em como usamos essa autoridade agora para gerar uma entrega mais rápida e de maior capacidade de munições a fim de fazer chegar nossas forças no Pacífico", disse Hicks.

Outra lição é a importância da esfera espacial, pois o conflito ucraniano destacou o "incrível ecossistema de inovação espacial comercial dos EUA", disse a vice-secretária de Defesa.

Além disso, foi enfatizada a capacidade dos EUA de cooperarem com os aliados para "exercer pressão econômica" e compartilhar inteligência.

Ela ressaltou que, apesar das entregas de armas para a Ucrânia, os EUA estão focados na competição com a China no Pacífico.

"Não estamos tentando escolher entre dois palcos. Temos uma estratégia clara focada na China", disse Hicks, e reiterou avaliações passadas dos EUA de que a China não está planejando um ataque iminente a Taiwan.

"Nosso foco é garantir que a liderança da República Popular da China [RPC] acorde todos os dias e diga que hoje não é o dia para realizar agressões que ameaçam os interesses dos EUA [...] Esse é o nosso foco hoje, em 2027, e em 2035 e 2045", enfatizou.

·         Marinha dos EUA sofre novo revés e planos para conter 'ameaça' chinesa vão 'por água abaixo'

O jornal The Washington Times relatou que os planos da Marinha para a construção naval de longo alcance para conter a "ameaça" chinesa sofreu um novo revés.

A mídia norte-americana, acreditando em uma potencial ameaça da China, repudiou o comportamento do presidente norte-americano, Joe Biden, que, segundo o jornal, novamente subestimou o potencial da China, e decidiu ignorar os planos da Marinha.

Isso porque os planos da Marinha americana falharam mais uma vez no Senado, ficando sem o seu tão sonhado "plano viável para defender os interesses americanos".

O jornal destaca que, além de ficar sem planos, a Marinha está retirando rapidamente seus navios de guerra de serviço devido ao fim de vida útil das embarcações.

Além disso, o país conta com uma situação precária, com capacidade inadequada para construção naval e manutenção de navios.

A mídia também enfatiza que as recusas da administração Biden em fortalecer a Marinha custarão caro ao país em caso de conflito com a China, visto que o gigante asiático está superando os americanos em diversas áreas.

·         Exercícios militares EUA-Filipinas são suspensos devido a intruso no espaço aéreo, diz mídia

Um objeto desconhecido violou o espaço aéreo durante os maiores exercícios militares conjuntos EUA-Filipinas, forçando sua interrupção temporária, informou a mídia filipina nesta quarta-feira (26).

Durante os exercícios, um intruso aéreo apareceu logo acima da cidade de San Antonio, onde foi flagrado por um radar. Até agora, as Filipinas não identificaram o que era, e os exercícios foram imediatamente suspensos após o incidente, informou o jornal Inquirer.

"A segurança é a principal consideração na condução do exercício, qualquer intruso e intrusão no exercício que coloque em risco a vida das pessoas — seja intencional ou acidental — essas são considerações gerais", disse o porta-voz do coronel das Filipinas, Michael Logico.

O presidente filipino, Ferdinand Marcos, estava observando como as marinhas dos dois países estavam afundando um navio de um inimigo hipotético — uma corveta filipina desativada — perto de San Antonio, informou o Manila Times. Marcos espera que o país "se beneficie da cooperação reforçada com os Estados Unidos", disse o porta-voz presidencial, segundo a agência de notícias.

Cerca de 12.200 soldados norte-americanos e 5.400 militares das Forças Armadas filipinas participam dos exercícios, que começaram no dia 11 de abril e vão até o próximo dia 28.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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