Aquiles Lins:
Enquanto Bolsonaro foragia, o Brasil avançou 4 anos em políticas sociais
Jair
Bolsonaro retornou ao Brasil nesta quinta-feira (30), depois de três meses se
comportando como um fugitivo da Justiça em Orlando, nos Estados Unidos. De lá
para cá, o país tomou conhecimento de mais crimes da ficha corrida do
ex-presidente de extrema-direita. Entre eles estão a incitação e promoção dos
atos terroristas de 8 de janeiro contra os Três Poderes, e o contrabando e
apropriação indébita de jóias milionárias que pertencem ao patrimônio do Estado
brasileiro.
Enquanto
Bolsonaro deu a graça de sua ausência do país, sob a presidência de Luiz Inácio
Lula da Silva, o Brasil avançou em várias políticas sociais que haviam sido
esvaziadas ou destruídas pelos governos Michel Temer-Jair Bolsonaro. Enquanto
Bolsonaro fugia do país, Lula reajustou o salário mínimo para R$ 1.320, com um
ganho real pela primeira vez depois de quatro anos.
Nos
90 dias de fuga de Jair Bolsonaro, Lula retomou o programa Mais Médicos, com 15
mil vagas ao todo, apenas em 2023. O foco maior será para profissionais
brasileiros, mas não haverá restrições. Além disso, o governo vai oferecer
incentivo para revalidação de brasileiros formados no exterior. Serão
investidos R$ 750 milhões no programa.
Utilizado
por Bolsonaro de maneira eleitoreira para tentar se reeleger, o Bolsa Família
foi resgatado pelo presidente Lula, reformulado e fortalecido. Atualmente paga
um benefício médio de R$ 670, atendendo cerca de 21 milhões de famílias
brasileiras em situação de extrema pobreza. O governo investiu R$ 14 bilhões no
programa apenas neste ano.
Outro
programa social de reconhecido sucesso nos governos Lula e Dilma Rousseff, o
Minha Casa Minha Vida também foi retomado. E com uma diferença primordial: o
retorno da Faixa 1, que agora é voltada para famílias com renda bruta de até R$
2.640. Nos últimos quatro anos, a população com essa faixa de renda foi
excluída do programa pelo governo neoliberal bolsonarista.
O
Brasil também protagonizou avanços civilizatórios na área da Ciência, com o
reajuste imediato nas bolsas de iniciação científica, mestrado, doutorado e
pós-doutorado, com aumentos que variaram entre 25% e 200%. Serão ofertadas 53,6
mil bolsas de pesquisa científica neste ano.
Durante
o governo de Jair Bolsonaro, 33 milhões de brasileiros foram submetidos à
insegurança alimentar grave, além de mais 115 milhões de pessoas com algum grau
de insuficiência na alimentação. Com a retomada do PAA, o governo Lula está
atuando no combate à fome e movimentando a economia, pois faz aquisição de
alimentos saudáveis, produzidos pelos agricultores familiares, e repassa-os
para famílias em situação de vulnerabilidade social e abastece escolas,
hospitais, restaurantes populares e cozinhas solidárias.
Enquanto
Jair Bolsonaro se escondia da Justiça brasileira na Flórida, que se tornou
antro da extrema-direita latina, o presidente Lula retomava os laços do Brasil
com o mundo, empreendendo uma série de viagens internacionais, reatando
relações, reivindicando o protagonismo que sempre fez parte da diplomacia
brasileira. Em 90 dias de governo Lula, o Brasil deixou de ser o pária
internacional que foi nos últimos quatro anos.
O
governo do presidente Lula interrompeu o genocídio em curso do povo indígena
Yanomami. Numa força-tarefa que envolveu diversos ministérios e instituições do
governo, foi realizada uma operação contra o garimpo ilegal nas terras do povo
indígena, além de ações emergenciais de combate à fome e a doenças decorrentes
da desnutrição. Não é possível esquecer que, durante a pandemia, Bolsonaro
negou até água potável aos povos indígenas.
Portanto,
mesmo com a sabotagem do Banco Central, mantendo os juros na estratosfera; da
mídia corporativa, que já encerrou a “lua de mel” com o governo; e da oposição
bolsonarista no Congresso, os 90 dias de exílio de Bolsonaro foram marcados por
avanços sociais não registrados no mínimo em quatro anos. Bolsonaro não pode
ser mais empecilho ao desenvolvimento do país e deve prestar contas à Justiça
de sua lista imensa de crimes. Enquanto isso, que o Brasil siga avançando na
retomada das conquistas que beneficiem especialmente os menos favorecidos.
Depois do regime militar, entramos na
Ditadura da Corrupção, que é muito mais nefasta. Por Celso Serra
A
palavra “corrupção” deriva do latim “corruptio” e significa o “ato de quebrar
aos pedaços”, ou seja, corroer, decompor e deteriorar algo. Em 1964, apesar de
a capital da República já ter sido transferida para Brasília em 1960 por JK, o
centro de decisões políticas do país ainda era na cidade do Rio de Janeiro.
Atualmente
com cerca de 82 anos de idade, vivi os anos da sempre censurada denominada
“ditadura militar”. Estava na Central do Brasil no dia 13 de março de 1964 e
assisti a todos os inflamados discursos.
Durante
o mês de março ouvi entusiásticos discursos de líderes sindicais nas rádios
Roquete Pinto e Nacional, ameaçando seus opositores com o fuzilamento no
paredão, a exemplo do que Fidel Castro fizera e ainda fazia em Cuba (no chamado
“paredón”).
No
dia 31, assisti às tropas do Exército virem em direção ao Rio de Janeiro o
ainda centro político do Brasil e também ao avião levantando vôo com Jango
Goulart fugindo para o Sul.
E
logo em seguida, assisti também quando aqueles que ameaçavam os opositores com
o “paredão” passaram a pular os muros das embaixadas – que ainda funcionavam no
Rio de Janeiro – para pedir asilo político.
Hoje,
56 depois, uma dolorosa constatação – após o efetivo “funcionamento” da capital
do país em Brasília, nos livramos do regime militar, mas e passamos viver a
pior e mais nefasta ditadura: a Era da Corrupção impune.
O
fato concreto é que, lá no distante planalto central brasileiro, bem longe do
povo, foram corrompidos os três Poderes de nossa infeliz República.
E
hoje todos sentimos a deterioração moral do Brasil. Alguém tem alguma dúvida?
Tereza Cruvinel: é miopia ou má-fé da
Folha, pretender que o bolsonarismo seja oposição democrática
A
jornalista Tereza Cruvinel criticou o editorial bolsonarista da Folha de
S.Paulo, que afirmou que Jair Bolsonaro (PL) “mantém potencial de líder da oposição”
e diz ainda que “o bolsonarismo pode dar vigor à política brasileira”. Segundo
Tereza, “a Folha mostra que está desesperada para fazer oposição ao Lula, e que
ela vai fazer a dela”.
“Nenhum
democrata pode desejar ou pretender que o bolsonarismo cumpra um papel
construtivo na democracia, porque já sabemos que não haverá isso. É uma
contradição com a própria natureza do bolsonarismo, que é anti-democrático”,
declarou.
Ela
lembrou os ataques de Jair Bolsonaro à imprensa, ao sistema eleitoral e a
tentativa de realizar um golpe de Estado no dia 8 de janeiro, na invasão das
sedes dos Três Poderes em Brasília. “Pretender que do bolsonarismo surja uma
oposição democrática é miopia ou má intenção”, declarou.
• Erika Kokay critica editorial da Folha
pró-Bolsonaro: "contorcionismo para defender o indefensável"
Via
redes sociais, a deputada federal Erika Kokay (PT-DF) classificou como
"contorcionismo para defender o indefensável" o editorial publicado
pela Folha de S. Paulo nesta sexta-feira (31), que defende Jair Bolsonaro (PL)
como líder de um movimento "que pode dar vigor à política
brasileira".
"O
editorial da Folha se superou. Para ele, o bolsonarismo faria bem ao país caso
abandonasse a violência, a irracionalidade e a postura antidemocrática.
Acontece que o bolsonarismo é EXATAMENTE isso. Não sobra nada além disso. Haja
contorcionismo para defender o indefensável", afirmou a deputada.
Erika
ressaltou que o bolsonarismo é essencialmente constituído pela irracionalidade,
violência e desprezo à democracia, não restando nada além disso: "o
editorial da Folha disse que o bolsonarismo pode contribuir com o Brasil, mas
precisa deixar de lado a: 1-
"Irracionalidade" 2-"Violência" 3-"Postura antidemocrática" A pergunta que fica é: Se tirar tudo isso,
sobra ALGUMA COISA do bolsonarismo?"
Fonte:
Brasil 247/Tribuna da Internet
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