quarta-feira, 26 de abril de 2023

Kremlin: OTAN é um instrumento de guerra e sempre se aproximou das fronteiras da Rússia

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) não é um instrumento de paz, mas um instrumento de guerra, a aliança já se expandiu em seis ocasiões e se aproximou das fronteiras da Rússia, disse Dmitry Peskov, o porta-voz do presidente russo.

"A OTAN não é um instrumento de paz, é um instrumento de confronto. A OTAN foi assim concebida, projetada e implementada como um instrumento de confronto. Esta é uma máquina de guerra e ela tem sempre se aproximado de nossas fronteiras", disse o porta-voz do Kremlin em um evento educacional.

De acordo com Peskov, no Ocidente raramente referem que a OTAN, mesmo após o colapso da União Soviética, se expandiu seis vezes em direção às fronteiras da Rússia com o seu potencial militar.

·         Zona do euro está passando por um pico histórico de inflação

Relativamente às sanções impostas pelo Ocidente contra a Rússia, Peskov observou que a zona do euro está passando por um pico histórico de inflação, pois as sanções atingiram também os europeus.

"Em geral, toda a zona do euro está passando por uma alta histórica da inflação [...] As sanções que aplicaram contra nós são uma arma de dois gumes, elas atingiram os próprios europeus", disse o porta-voz.

Ele ressaltou que "cada europeu, cada alemão – agora gasta quase 10% mais dinheiro todos os dias na loja [...] E que os governos expliquem por que eles devem pagar os dez euros extra em cada cem euros", concluiu Peskov.

Desde o final de fevereiro do ano passado, a UE já aprovou dez pacotes de sanções contra a Rússia, que incluem restrições financeiras, comerciais, assim como sanções individuais, devido à operação especial da Rússia na Ucrânia.

Ex-oficial de inteligência dos EUA prevê quando Ucrânia lançará sua contraofensiva

A contraofensiva da Ucrânia não ocorrerá antes de meados de julho devido à falta de equipamento militar necessário para isso, disse Scott Ritter, ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, em entrevista ao canal U.S. Tour of Duty no YouTube.

"Os ucranianos não conseguirão iniciar qualquer ofensiva até meados de julho. O próprio governo ucraniano sugeriu isso dizendo que provavelmente será necessário esperar até a cúpula da OTAN em julho para convencer a aliança a fornecer armas novas e mais modernas", explicou o especialista.

De acordo com Ritter, isso dará à Rússia mais tempo para quebrar as unidades das Forças Armadas da Ucrânia que estavam se preparando para atacar as posições defensivas russas. O ex-oficial de inteligência acrescentou também que o conflito ucraniano terminará no final do verão europeu, já que, até lá, o Exército ucraniano terá perdido a capacidade de opor resistência séria.

As autoridades de Kiev estão constantemente falando sobre a eventual contraofensiva das Forças Armadas de seu país. Segundo o premiê ucraniano Denis Shmygal o contra-ataque pode começar na primavera ou no verão (Hemisfério Norte). A região de Zaporozhie é indicada como sendo uma das direções do ataque com o objetivo de conseguir acesso à costa do mar de Azov.

O porta-voz do presidente russo, Dmitry Peskov, observou que todas as declarações sobre a planejada contraofensiva dos militares ucranianos são cuidadosamente monitoradas e levadas em conta no planejamento da operação militar especial.

Ø  UE e Japão refutam plano dos EUA para veto total das exportações à Rússia, diz mídia

As diplomacias do Japão e da UE são contrárias a uma proposta norte-americana para que os países-membros do G7 imponham uma proibição total das exportações à Rússia, informa o Financial Times, citando fontes ligadas ao assunto.

O plano norte-americano para a cúpula do G7, que deverá ocorrer no próximo mês em Hiroshima, sugere substituir o atual regime de sanções a setores específicos por uma proibição completa das exportações à Rússia, com exceção aos produtos agrícolas e medicinais.

O projeto teria como objetivo acabar com as brechas que possibilitam a Rússia seguir importando tecnologias ocidentais.

Em uma reunião preparatória, realizada recentemente, os representantes do Japão e da União Europeia afirmaram que o veto total não seria viável, segundo fontes citadas pelo jornal.

"Do nosso ponto de vista, isso simplesmente não é viável", comentou um dos funcionários, que não quis ser identificado.

Os líderes do G7, composto por EUA, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, Canadá e Itália, mais a UE, devem se reunir de 19 a 21 de maio para discutir os efeitos do conflito na Ucrânia, bem como a segurança econômica, investimento verde e a região do Indo-Pacífico.

 

Ø  Lavrov: EUA especulam sobre tema do conflito ucraniano, tentando desviar atenção do Oriente Médio

 

Os Estados Unidos e Europa especulam grosseiramente sobre o tema do conflito ucraniano, tentando com ameaças atrair para seu lado os países em desenvolvimento e desviar sua atenção do Oriente Médio, disse o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, nesta terça-feira (25) durante uma reunião do Conselho de Segurança da ONU.

"Americanos e europeus especulam grosseiramente sobre o tema ucraniano, tentando com chantagem e ameaças atrair os países em desenvolvimento para o seu lado e, assim, desviar sua atenção dos problemas do Oriente Médio e outras regiões do Sul Global: então, agora vamos vencer a Rússia, e tudo se resolverá", observou Lavrov na reunião do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Oriente Médio.

"Assim, as crises, que os países em desenvolvimento estão interessados em resolver, são vítimas dos padrões duplos e dos instintos coloniais do Ocidente, que está obcecado com interesses egoístas para ditar suas demandas ao mundo inteiro, ignorando as culturas e tradições de outros povos, e em geral zombando do direito internacional", enfatizou ele.

O Oriente Médio está passando por uma transformação à medida que as relações entre Estados melhoram e esforços extras são feitos para resolver conflitos, afirmou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.

O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse que os eventos na Cisjordânia, Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental elevaram as tensões na região a um nível extremamente perigoso.

"Os eventos na Cisjordânia, Faixa de Gaza, Jerusalém Oriental, bem como na linha de desengajamento entre Israel, Líbano e Síria, elevaram as tensões a um nível extremamente perigoso", disse o ministro, falando em uma reunião aberta do Conselho de Segurança da ONU sobre a situação no Oriente Médio, incluindo a questão palestina.

Por sua vez, Rússia pede ao secretário-geral da ONU, António Guterres, que preste mais atenção à regulação palestino-israelense e reúna um "quarteto" de mediadores composto pela Rússia, Estados Unidos, União Europeia e ONU, afirmou o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov.

"Gostaríamos também que o secretário-geral fosse mais ativo em suas funções como moderador do 'quarteto', sem esperar que uma 'permissão' seja recebida", declarou o chanceler russo durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU.

Segundo Lavrov, em vez de "ajudar a restaurar o horizonte político", os EUA e a UE "continuam as tentativas destrutivas de substituir a paz real por alguns paliativos econômicos e de promover a normalização árabe-israelense, contornando uma solução justa para o problema palestino e a Iniciativa de Paz Árabe".

Ele também afirmou que a Rússia deseja que os movimentos palestinos "se elevem acima das ambições partidárias e se reúnam em torno da plataforma política da Organização de Libertação da Palestina".

"Isso permitirá melhorar a situação socioeconômica, fortalecer as instituições administrativas e ficarem prontos para negociar com Israel já em nome de todo o povo palestino", acrescentou o ministro.

 

Ø  Não se pode subestimar Rússia no uso de armas nucleares, diz Medvedev

 

Potenciais oponentes não devem subestimar a Rússia no uso de armas nucleares, afirmou o vice-presidente do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev.

Falando em uma maratona educacional, Medvedev lembrou que, em conformidade com os princípios básicos da política de Estado no campo da dissuasão nuclear, armas nucleares podem ser usadas quando a agressão é realizada contra a Rússia com o uso de outras armas que ameaçam a própria existência do Estado.

"Isso é essencialmente o uso de armas nucleares em resposta a tais ações. E nossos potenciais adversários não devem subestimar isso. Então, toda essa conversa sobre 'russos nunca farão isso' ou, pelo contrário, 'os russos estão sempre nos assustando com o uso de armas nucleares', não vale nada", disse ele.

O vice-presidente sublinhou que "se você tem algum tipo de armas em suas mãos [...] você deve estar preparado, em uma determinada situação, pois sua mão não hesitaria em usá-la".

"Portanto, todos esses fatores não devem ser subestimados por nossos potenciais adversários. Por os países que agora nos referimos adequadamente como inimigos", pontuou.

Além disso, durante a sua a conversa com os participantes da maratona, Dmitry Medvedev declarou que o mundo moderno está doente e provavelmente à beira de uma nova guerra mundial, mas é evitável. Ele também notou que a ameaça de divisão da Europa é real hoje em dia.

"O mundo está doente. E muito provavelmente está à beira de uma nova guerra mundial. É inevitável? Não, ele não é", disse ele durante discurso aos participantes da maratona.

"A nova divisão da Europa. É isso que os europeus realmente temem. Essa ameaça, na minha opinião, realmente existe", disse ele.

Medvedev ressaltou que as apostas nesse caso serão certamente maiores, as armas seriam mais poderosas e as possíveis vítimas seriam muito mais do que em conflitos anteriores.

Ø  Rússia começa a utilizar tanques avançados Armata na Ucrânia

As forças russas começaram a utilizar seus mais avançados tanques T-14 Armata na operação especial na Ucrânia.

"As forças russas começaram a utilizar os novos tanques Armata para atingir posições ucranianas. Contudo, não participaram em ações de assalto direto", afirmou fonte à Sputnik.

Além disso, a fonte informou que os tanques T-14 Armata receberam proteção adicional lateral contra munições antitanque.

De acordo com a fonte, desde o final de 2022, as tripulações dos tanques T-14 Armata estão recebendo treinamento de combate em Donbass.

O T-14 é um moderno tanque de combate com uma torre não tripulada, contando com um sistema de controle tático unificado.

Este é o primeiro tanque do mundo capaz de participar em uma guerra focada em redes, uma doutrina militar que pode converter uma vantagem informativa em competitiva mediante a uma sólida rede de forças geograficamente dispersas bem conectadas e informadas.

 

Ø  Europa terá de combater a Ásia no mercado do petróleo bruto, dizem analistas

 

A Europa enfrenta uma dura batalha com a Ásia no mercado de petróleo bruto. Isso é relatado pela Bloomberg com referência aos analistas da empresa de consultoria e pesquisa Energy Aspects Amrita Sen e Christopher Haines.

O artigo diz que as refinarias de petróleo na Europa, além de verem interrompidas as entregas da Rússia, também enfrentaram uma perda de volumes do Iraque e a decisão dos países da OPEP+ de reduzir a produção em 1,6 milhão de barris.

Os analistas acreditam que a Ásia poderia cortar os preços do petróleo europeu, possivelmente forçando os europeus a tomar medidas para equilibrar o mercado.

Por sua vez, as refinarias de petróleo na Ásia, particularmente na China, estão agora aumentando a demanda por petróleo do tipo produzido pela Rússia e pelo Curdistão iraquiano – o chamado óleo de acidez média e teor médio de enxofre. Essa matéria-prima compõe a principal "ração" das refinarias asiáticas, observa a agência.

Várias restrições estão aumentando a pressão sobre o mercado de óleo de acidez média. Especialmente no contexto em que os países do Oriente Médio também começaram a usar mais de seu próprio petróleo para aumentar o processamento em suas novas empresas, acrescentou a Bloomberg.

A União Europeia impôs um teto de preço sobre o petróleo bruto russo em dezembro, e em fevereiro o limite foi estendido aos produtos petrolíferos. As autoridades russas consideram as sanções ilegais.

Em resposta a essas medidas, a Rússia parou de fornecer petróleo para países que haviam estabelecido limites de preços e se reorientaram para o mercado asiático. Vortexa estima que a China e a Índia representaram até 91% de tais exportações em março.

·         Londres adverte China para 'erro de cálculo trágico' caso não seja clara sobre suas intenções

O secretário de Relações Exteriores britânico, James Cleverly, avisará a China para a possibilidade de ocorrer um "erro de cálculo trágico", sendo que as relações entre os dois países são as piores em décadas, segundo a Reuters.

De acordo com as informações da agência, baseadas em extratos divulgados pelo escritório de Cleverly, o secretário vai dizer que o Reino Unido está aberto para buscar aprofundar a cooperação com aliados no Indo-Pacífico e pedir que a China seja clara sobre suas intenções.

"Apelo à China para que seja igualmente aberta sobre a doutrina e a intenção por trás de sua expansão militar, porque a transparência é certamente do interesse de todos e o sigilo só pode aumentar o risco de um erro de cálculo trágico", cita a agência o discurso de Cleverly.

O discurso vai se realizar na Mansion House, no distrito histórico financeiro de Londres, na noite de terça-feira (25).

O artigo admite que o Reino Unido "está recalibrando" sua abordagem em relação à China depois que o primeiro-ministro Rishi Sunak anunciou, em novembro, o fim do que era considerado uma "era de ouro" nas relações sob o ex-primeiro-ministro David Cameron.

Enquanto os líderes da França, Alemanha e Espanha visitaram a China nos últimos seis meses e pediram um compromisso com a segunda maior economia do mundo, os Estados Unidos e o Reino Unido adotam uma abordagem mais rígida em relação ao que consideram uma ameaça crescente de Pequim aos seus interesses e valores.

 

Ø  Ex-conselheiro de segurança dos EUA defende reinstalação de armas nucleares táticas na Coreia do Sul

 

Os Estados Unidos devem reimplantar armas nucleares táticas na Coreia do Sul para enviar uma mensagem clara à Coreia do Norte, cita a Reuters o ex-conselheiro de Segurança Nacional dos EUA John Bolton na terça-feira (25).

O discurso foi feito no momento em que o presidente sul-coreano Yoon Suk-yeol está em Washington para se reunir com o presidente dos EUA, Joe Biden, reunião durante a qual se espera que eles também discutam a dissuasão nuclear norte-americana para proteger seus aliados.

"Ter armas nucleares táticas de volta na península seria uma prova clara de nossa determinação e firmeza para deter a Coreia do Norte", disse Bolton à Reuters.

Ele também defendeu que as dúvidas dos sul-coreanos sobre a extensão da dissuasão dos EUA são "perfeitamente legítimas", mas se eles optarem por construir suas próprias armas, isso vai prejudicar o regime global de não proliferação e vai desencadear uma corrida nuclear na região.

"A Coreia do Sul pode ajudar a criar uma estrutura de autodefesa coletiva no Leste da Ásia ou no Indo-Pacífico de forma mais ampla", afirmou o ex-conselheiro.

Os Estados Unidos instalaram armas nucleares táticas na Coreia do Sul em 1958 e as retiraram em 1991.

Yoon Suk-yeol tinha dito durante a campanha eleitoral que pediria aos Estados Unidos que trouxessem armas nucleares de volta à Coreia do Sul, se necessário, mas voltou atrás depois de assumir o cargo em maio de 2022.

O ministro da Defesa da Coreia do Sul, Lee Jong-sup, disse em novembro que Seul não está considerando tal medida.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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