Incoerente, família Bolsonaro festeja
tarifaço de Trump com show de submissão
Criticar as medidas protecionistas
brasileiras e, ao mesmo tempo, ovacionar o protecionismo dos EUA ultrapassa as
fronteiras da sanidade. O fetiche de lamber as botas de Tio Sam é maior que
tudo.
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Donald
Trump ainda nem havia anunciado qual tarifa colocaria sobre os produtos
brasileiros, mas Jair Bolsonaro já estava fazendo festinha e balançando o
rabinho. O ex-presidente não negou seu espírito de vira-latas complexado e foi
às redes para aplaudir a insana guerra comercial que Trump declarou contra o
Brasil.
Na avaliação de Bolsonaro, o presidente
americano “está simplesmente protegendo seu país contra esse vírus socialista”.
A culpa do tarifaço seria do governo Lula, que tem uma “mentalidade socialista
que impõe grandes tarifas aos produtos americanos”. Bolsonaro fala como se as
tarifas impostas pelo Brasil durante o seu governo não fossem exatamente as
mesmas da atual gestão do PT.
O
deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro, do PL de São Paulo, foi na mesma
linha do pai: usou o socialismo como espantalho e argumentou que os EUA
estariam apenas se defendendo de uma injustiça tarifária na relação com o
Brasil. “Temos que analisar a causa disso tudo: socialistas, como Lula,
acreditam em governos gigantescos”, delirou Eduardo, lá do seu “exílio
político”.
Coerência
nunca foi o forte desses nossos patriotas, mas criticar as medidas
protecionistas brasileiras e, ao mesmo tempo, ovacionar o protecionismo
americano ultrapassa as fronteiras da sanidade. De repente, os grandes
militantes do livre comércio global surgem como defensores intransigentes do
protecionismo. O fetiche de lamber as botas de Tio Sam é maior que tudo.
Claro
que estamos diante de mais um absoluto delírio. A relação comercial com os EUA
é altamente favorável para os americanos, tendo atingido no ano passado um
superávit de US$ 28,6 bilhões. Segundo o Itamaraty, “trata-se do
terceiro maior superávit comercial dos EUA em todo o mundo”.
Do
jeito que Jair e Eduardo falaram, parecia que o tarifaço chegaria pesado no
Brasil. Mas a catástrofe tão esperada não aconteceu. O Brasil foi um dos países
que receberam a menor tarifa: 10%. É a mesma porcentagem da Argentina, cujo
presidente Javier Milei vive a abanar o rabinho para Trump.
Bolsonaro
chegou a afirmar que um dos motivos para o Brasil estar sendo taxado seria o de
que “Lula ofendeu o povo
de Israel e relativizou os ataques do Hamas”. Claro que se trata de mais uma
mentira, mas, mesmo que fosse verdade, não faria o menor sentido, já que Israel
recebeu uma tarifa maior que a do Brasil: 17%.
Ao que
parece, a política de alinhamento absoluto e submissão ao Tio Sam, como defende
o bolsonarismo, não ajudou em nada. Para a Europa, a tarifa foi de 20% — talvez
seja porque o continente é socialista, não é mesmo?
Mesmo
após serem espancados pela realidade dos fatos, os bolsonaristas fizeram de
tudo para não perder a pose. O deputado Gustavo Gayer, do PL de Goiás, foi à tribuna da Câmara para
dizer que Eduardo Bolsonaro foi o grande responsável por Trump pegar leve com o
Brasil.
Segundo
Gayer, o filho do ex-presidente teria negociado tarifas menores para o país.
“Sabe por que, queridos colegas, a tarifa do Brasil ficou tão baixa? (…) Porque
outro Bolsonaro está lá nos EUA lutando pelo Brasil. Eduardo Bolsonaro, neste
momento, está trabalhando pelo nosso país. Conseguiu fazer com que a tarifa
aqui do Brasil fosse a menor entre todos os países”, declarou.
Ou
seja, o mesmo cara que defendeu o tarifaço de Trump está sendo aplaudido por
ter negociado uma tarifa menor. É algo tão descolado da lógica e da realidade
que não merece nem ser chamado de fake news. Esse é o nível de sandice dessa
gente.
Antes
mesmo do anúncio das tarifas, foi aprovado em caráter de emergência no
Congresso Nacional o PL da Reciprocidade, que autoriza o governo a adotar
medidas comerciais contra países que imponham barreiras aos produtos do Brasil.
A medida traz para o país um instrumento de negociação e de proteção, já que
Trump é um imprevisível, e nada garante que a tarifa não possa vir a aumentar.
Apesar
disso, os sinais que chegam do Itamaraty mostram que o governo não pretende
sair atirando de volta. Vai seguir com cautela, esperando para ver como os
outros países reagirão e como o quadro político e econômico evoluirá dentro dos
EUA.
A Lei
da Reciprocidade deve ser usada apenas em último caso. O governo
brasileiro tem apostado na diplomacia através de uma
força-tarefa liderada pelos ministérios das Relações Exteriores e do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços para buscar uma saída acordada
com os EUA.
A lei
foi aprovada por unanimidade tanto na Câmara quanto no Senado, apesar do
trabalho que Jair e Eduardo Bolsonaro fizeram para que seus aliados
boicotassem. Quem convenceu os dois de que o projeto deveria ser apoiado foi o líder do PL na Câmara, Sóstenes
Cavalcante, que teve que rebolar para ficar bem como todo mundo: “Sou
brasileiro antes de ser trumpista. Continuo sendo trumpista, mas preciso
defender os interesses nacionais e nossa soberania”, disse.
O fato
é que o deputado foi pressionado pelo agronegócio, que é parte importante da
base eleitoral bolsonarista. Sóstenes admitiu que foi uma “decisão difícil”
para Bolsonaro, que ele não apoiou de “coração aberto” e que segue sendo
pessoalmente contra a proposta.
Isso
significa que o ex-presidente pouco se importou em apoiar uma tarifa que
prejudica os negócios da agricultura brasileira e só cedeu para não arriscar
perder os votos que o setor lhe garante. A realidade é que a família Bolsonaro
não só festejou publicamente o tarifaço de Trump contra o seu próprio país como
agiu politicamente para boicotar a reação do governo brasileiro. O patriotismo
dessa família é mesmo um negócio impressionante.
Não há
um economista sério no mundo, seja ele de direita ou de esquerda, que endosse a
guerra comercial deflagrada pelos EUA. As medidas amalucadas de Trump irão
desorganizar seriamente o capitalismo mundial. Inevitavelmente, os países
atingidos pelo tarifaço terão que se reorganizar de alguma maneira que torne o
mundo menos dependente dos EUA.
Enquanto
todos os países se preparam para proteger suas economias, aqui a seita dos
patriotas está do outro lado do front, atuando abertamente em defesa dos
interesses de um país estrangeiro. A ascensão da extrema direita está fazendo o
mundo caminhar para um lugar perigoso. Aguardemos os próximos episódios.
¨ Milhares saem às ruas
nos EUA contra Donald Trump
Milhares
de manifestantes saíram neste sábado (5) às ruas de Washington e outras cidades
dos Estados Unidos contra as políticas de Donald Trump, nos maiores protestos contra o presidente
republicano desde seu retorno, no final de janeiro, ao poder.
Uma
grande faixa que dizia "Tire suas mãos!" se estendia a poucos
quarteirões da Casa Branca. Os manifestantes carregavam cartazes onde se lia
"Não é meu presidente!", "O fascismo chegou", "Parem o
mal" e "Tirem suas mãos da nossa Seguridade Social".
Jane
Ellen Saums, de 66 anos, disse que estava aterrorizada com a campanha de
redução da administração federal que Trump está conduzindo junto com o
bilionário Elon Musk.
"É
extremamente preocupante ver o que está acontecendo com nosso governo, (...)
tudo está sendo totalmente atropelado, desde o meio ambiente até os direitos
pessoais", queixou-se esta trabalhadora imobiliária.
Em um
momento de crescente ressentimento mundial contra o republicano, foram
realizadas manifestações contra ele em capitais como Paris, Roma, Berlim e
Londres.
Em
Paris, cerca de 200 pessoas, a maioria americanos, se reuniram na Praça da
República para protestar contra o presidente republicano. Alguns manifestantes
discursaram durante o protesto no centro da capital francesa, segurando faixas
e cartazes com frases como "Resista ao tirano", "Estado de
direito", "Feministas pela liberdade, não pelo fascismo" e
"Salve a democracia".
Em
Berlim, diante de uma concessionária da Tesla, manifestantes exibiram cartazes
convocando americanos que vivem na Alemanha a se manifestarem pelo "fim do
caos" em seu país.
Uma
coalizão composta por dezenas de grupos de esquerda, como MoveOn e Women's
March, convocou manifestações sob o lema "Tire suas mãos" em mais de
1.000 cidades e municípios americanos.
Mais de
5.000 pessoas se reuniram no National Mall de Washington, perto da Casa Branca,
ao meio-dia local. Entre os participantes havia figuras de destaque do Partido
Democrata, como o legislador Jamie Raskin.
"Despertaram
um gigante adormecido, e ainda não viram nada", declarou o ativista
Graylan Hagler, de 71 anos, em meio à multidão reunida. "Não vamos nos
sentar, não vamos nos calar e não vamos embora."
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Brasileira que vive nos EUA se desespera com alta nos preços dos alimentos:
“Triplicou”
Uma
mulher brasileira que vive nos EUA viralizou ao compartilhar um vídeo onde
percorre um supermercado e mostra a explosão dos preços de alimentos e também
de utensílios básicos para o dia a dia.
A alta
dos preços nos EUA era algo esperado, isso por conta da guerra tarifária que o
presidente do país, Donald Trump, iniciou ao taxar uma série de países que
mantêm comércio com os Estados Unidos. Por conta do revide
das nações taxadas, os estadunidenses devem enfrentar um período de alta do
custo de vida.
Na
publicação, a mulher mostra o preço da Coca-Cola, que passou de US$ 1 para US$
6. "O preço do mercado nos EUA praticamente triplicou. Olha o valor que
está uma Coca-Cola e olha o valor que ela estava pra chegar no 'desconto'. Dá
até dor no coração: estava US$ 6,68, foi pra US$ 4,38 e isso [a Coca-Cola] era
US$ 1,50", relata.
Em
seguida, a brasileira mostra uma série de outros produtos alimentícios que
também tiveram seu valor triplicado, entre eles, barras de chocolate. Além dos
alimentos, ela também mostra que produtos do dia a dia para higiene e limpeza
da casa também tiveram seus preços triplicados.
¨ Tarifaço de Trump
arrebenta discurso liberal bolsonarista – Por Elvino Bohn Gass
O
tarifaço global anunciado por Trump atinge em cheio o Brasil — em especial o
estado de São Paulo, cuja economia é fortemente voltada à exportação. Mesmo
assim, o governador Tarcísio de Freitas não disse uma palavra. O silêncio é
cúmplice: diante do prejuízo real à indústria e aos empregos, os aliados de
Bolsonaro preferem não criticar seu ídolo político. Pior: tentam sustentar a
tese absurda e ridícula de que o Brasil foi “pouco taxado” — apenas 10%.
Trump,
ao impor tarifas extras de forma unilateral e insensata, desmonta toda a
retórica liberal que ele mesmo e seus seguidores — incluindo os bolsonaristas —
usaram por anos. O tarifaço destrói a ideia de que o “mercado se autorregula” e
que “governo bom é governo que não interfere”. Trata-se de uma medida
profundamente intervencionista, que escancara a interferência do Estado sobre a
economia americana, mesmo em prejuízo de parceiros comerciais. É o próprio
símbolo do capitalismo estadunidense rasgando os manuais liberais.
Diante
disso, é grotesco ver setores da extrema direita brasileira tentando justificar
o injustificável, como se o Brasil devesse agradecer por ser prejudicado com
menos força. Alguma coisa como imaginar que se deve aplaudir um tapa na cara só
porque ele veio com menos força.
Em vez
de se indignar, a direita se cala ou tenta inverter a lógica, como sempre faz
quando a realidade contraria sua narrativa.
Enquanto
isso, o governo Lula reage com responsabilidade institucional. O Itamaraty atua
de forma diplomática e técnica para defender os interesses brasileiros sem
subserviência, buscando saídas e diálogo em foros multilaterais. Essa postura
equilibrada contrasta com o entreguismo ideológico do passado recente. Mais do
que nunca, o Brasil precisa de um governo que enfrente crises com maturidade —
e não de quem bate palmas por ser sacaneado.
¨ Desesperado,
Bolsonaro delira com teoria da conspiração sobre Israel,
"terroristas" e PCC
O
ex-presidente Jair Bolsonaro tem demonstrado
sinais crescentes de desespero – e até mesmo confusão mental – diante
da possibilidade real de ser preso. Réu no Supremo
Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, ele tem
intensificado nas redes sociais a disseminação de teorias
conspiratórias cada vez mais desconexas.
Nesta
quinta-feira (3), Bolsonaro publicou um vídeo da Jovem Pan News
"noticiando" que o Ministério da Defesa de Israel teria
identificado uma suposta ligação entre a facção criminosa Primeiro Comando da
Capital (PCC) e o financiamento de "grupos terroristas" por meio de
um banco digital. O material, no entanto, não especifica quais seriam esses
grupos – nem apresenta provas.
A
publicação de Bolsonaro não parece ter outro objetivo senão confundir e
inflamar sua base mais radical, usando um enredo que conecta arbitrariamente
Israel, "terroristas" e o PCC. A estratégia se alinha ao
comportamento recente do ex-presidente, que tenta – por meio de narrativas
caóticas – desviar o foco das investigações que pesam sobre ele no STF.
Uma das
estratégias recorrentes da extrema direita bolsonarista tem sido tentar
associar, sem qualquer base fática, o ministro Alexandre de Moraes – relator
do inquérito do golpe – à facção criminosa PCC. Embora Bolsonaro não cite
o magistrado diretamente, o tom da publicação deixa margem para que seus
seguidores estabeleçam a ligação de forma insinuada, alimentando suspeitas
infundadas e reforçando a retórica de perseguição política.
Em um
trecho especialmente contraditório, Bolsonaro critica “o assassinato de
opositores políticos, a supressão dos direitos das mulheres, o terrorismo e a
execução de homossexuais por sua simples opção sexual” – mesmo ele sendo
amplamente conhecido por declarações homofóbicas, misóginas e autoritárias ao
longo de sua carreira política.
“Acreditar
que os acontecimentos do outro lado do mundo não impactam o que ocorre e se
desenvolve aqui é um grande equívoco – ou até mesmo má-fé por parte de quem
transmite essa ideia. O assassinato de opositores políticos, a supressão dos
direitos das mulheres, o terrorismo e a execução de homossexuais por sua
simples opção sexual são práticas comuns entre aqueles que enxergam a cultura
ocidental como algo a ser eliminado. O caos para a dominação via pessoas
subjugadas!”, escreveu Bolsonaro.
Em tom
ainda mais delirante, ele tenta se creditar por avanços no combate à
criminalidade:
“Por
fim, vale sempre lembrar que reduzimos de forma histórica os índices de
assassinatos em nossa gestão, obviamente incluindo homens, mulheres, lgbt e
etc, além de batermos o recorde de apreensão de drogas em 4 anos”, completou.
A
escalada do discurso conspiratório de Bolsonaro ocorre em um contexto de
derrotas jurídicas e isolamento político. Em vez de apresentar
argumentos técnicos para se defender, Bolsonaro aposta em distorções e
narrativas de guerra cultural, reforçando o radicalismo de seus
apoiadores.
¨ Carlos Bolsonaro
depõe à PF e se vitimiza: "Violentado"
O
vereador Carlos Bolsonaro
(PL-RJ) prestou
depoimento à Polícia Federal (PF) nesta sexta-feira (4) no âmbito da
investigação que apura a existência de uma "Abin
Paralela" montada
no governo de Jair Bolsonaro. O inquérito está em
sua fase final.
"Abin
Paralela" é o apelido dado para uma estrutura, supostamente liderada
pelo ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), o atual
deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), que utilizava um software
israelense para espionar desafetos políticos de Bolsonaro, autoridades
públicas e até mesmo aliados do ex-presidente.
No
depoimento, Carlos Bolsonaro negou que tenha participado de uma reunião na qual
teria sido negociada a venda de um software espião israelense. O vereador disse
ainda que não tem proximidade com Ramagem.
Através
das redes sociais, o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro se
vitimizou após o depoimento, dizendo que sentiu-se
"violentado".
"Fui
mais uma vez depor na Polícia Federal sobre outro fato, e apesar dos esforços
do advogado, outra vez sem ter acesso aos autos, sem entender o motivo e,
novamente, me sentindo violentado. É um absurdo gigantesco sentar inúmeras
vezes na frente de um delegado, por mais gentil que seja, e se preocupar com o
que falar para que superiores não deem liga a mais uma história - onde você tem
que provar que é inocente, e não o contrário", escreveu.
"Volto
pra casa sozinho e preocupado, pensando no que deveria e não deveria, Meu Deus.
Deito a cabeça no travesseiro e falo comigo mesmo: hoje foi igual a ontem, e
amanhã será igual ao dia anterior. Tenho absoluta certeza de que o outro lado
jamais passou por tanta humilhação, perseguição proposital e constante como
alguns têm sofrido nos últimos anos", emendou Carlos Bolsonaro.
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Entenda o caso da "Abin Paralela"
A
Polícia Federal investiga a chamada "Abin Paralela", um esquema
suspeito de utilizar a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para
espionagem ilegal e monitoramento político durante o governo do ex-presidente
Jair Bolsonaro. As investigações foram desencadeadas após denúncias de que a
Abin teria sido instrumentalizada para fins políticos e de espionagem pessoal.
As
investigações começaram em 2023, no âmbito das operações "Última
Milha" e "Vigilância Aproximada". A PF descobriu que a Abin
utilizou um software espião chamado First Mile, desenvolvido pela empresa
israelense Cognyte, para monitorar ilegalmente diversas pessoas, incluindo
políticos, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e outras figuras
públicas.
A
principal acusação é que a Abin foi utilizada para proteger aliados do governo
Bolsonaro e monitorar adversários políticos. Entre os monitorados estavam o
ex-presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia, a ex-deputada Joice
Hasselmann, e os ministros do STF, Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes. Além
disso, foi identificado que a promotora do caso Marielle Franco também foi alvo
de monitoramento ilegal.
Até o
momento, dois agentes da Abin foram presos e cinco dirigentes da agência foram
afastados. Alexandre Ramagem, que foi diretor da Abin durante a gestão
Bolsonaro e é próximo da família do ex-presidente, está entre os principais
investigados. Ramagem teria coordenado a utilização do software espião para
fins ilícitos e chegou a ser alvo de busca e apreensão da PF. Mandados de busca
e apreensão também foram realizados em propriedades ligadas a Carlos Bolsonaro,
filho do ex-presidente.
A
investigação da PF revelou mais de 60 mil consultas feitas pelo software First
Mile, muitas delas durante o período eleitoral de 2022.
Fonte: Por João Filho, em The
Intercept/AFP/Fórum
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