quarta-feira, 11 de setembro de 2024

'Guerra não declarada do Ocidente' contra Rússia pode levar a troca de ataques nucleares, afirma diplomata

A "guerra não declarada" do Ocidente contra a Rússia é extremamente perigosa e pode facilmente levar a erros de cálculo que resultarão em uma troca de ataques nucleares, declarou Jack Matlock, ex-embaixador dos EUA na União Soviética (1987-1991).

"Entramos obviamente em uma fase muito perigosa, uma vez que a Rússia tem encarado as ações dos EUA e seus aliados da OTAN como um ato agressivo que ameaça a sua segurança nacional […]. Não creio que qualquer uma das partes tenha a intenção de usar armas nucleares. Mas aceito que esta situação poderia levar facilmente a uma troca de ataques nucleares devido a erros de cálculo", disse Matlock em uma entrevista à Executive Intelligence Review e Instituto Schiller.

De acordo com o diplomata aposentado, é extremamente perigoso o fato de "estarmos essencialmente tentando travar uma guerra não declarada contra uma potência nuclear que considera que sua soberania e existência política estão sob ameaça".

Segundo ressaltou Matlock, no contexto de tal confronto entre as partes, "é fácil enviar um sinal errado", que pode se tornar um desastre para todo o mundo.

"Tais coisas aconteceram várias vezes durante a Guerra Fria, e tivemos sorte por [esses sinais] de alguma forma não terem sido levados em conta", concluiu o ex-embaixador dos EUA na URSS.

<><> Kim anuncia nova elaboração de políticas para 'aumentar exponencialmente' número de armas nucleares

Em discurso no aniversário de fundação da Coreia do Norte na segunda-feira (9), Kim Jong-un afirmou que o país deve preparar mais detalhadamente sua "capacidade nuclear e sua prontidão para usá-la adequadamente a qualquer momento a fim de garantir os direitos de segurança do Estado".

Segundo o líder, Pyongyang está "agora executando perfeitamente a política de construção das forças armadas nucleares para aumentar o número de armas nucleares por progressão geométrica, e as forças de combate nucleares da república estão sendo operadas sob o sistema de comando e controle rigoroso", informou a mídia estatal KCNA nesta terça-feira (10).

"Uma forte presença militar é necessária para enfrentar as diversas ameaças representadas pelos Estados Unidos e seus seguidores", acrescentou Kim, afirmando que a Coreia do Norte está enfrentando uma "grave ameaça" do que vê como um bloco militar nuclear liderado pelos EUA na região.

O vice-ministro da Defesa da Coreia do Sul, Cho Chang-rae, e seus colegas norte-americanos e japoneses condenaram hoje (10) a recente diversificação de sistemas de lançamento nuclear, testes e lançamentos de múltiplos mísseis balísticos norte-coreanos.

Reunidos em Seul, os três reafirmaram o compromisso de fortalecer a cooperação trilateral para garantir a paz na região, inclusive dissuadindo as ameaças nucleares e de mísseis da Coreia do Norte, de acordo com uma declaração conjunta divulgada pelo Departamento de Estado dos EUA e citada pela Reuters.

Eles também concordaram em realizar um segundo exercício militar trilateral conhecido como Freedom Edge em um futuro próximo.

"As forças que chamam a força armada nuclear norte-coreana de ameaçadora apenas revelam sua admissão de que têm a intenção hostil de atacar a Coreia do Norte com armas nucleares. Sob as diferentes ameaças representadas pelos Estados Unidos e seus seguidores e sob as circunstâncias de segurança que enfrentamos, a posse de um poder militar poderoso é o dever e o direito à existência que nosso partido e governo não devem perder nem um momento e não fazer nenhuma concessão", afirmou Kim em seu discurso.

A República Popular Democrática da Coreia foi estabelecida no Norte em 9 de setembro de 1948, ou seja, este ano, o Estado completou seu 76º aniversário.

¨      Ucrânia usa método dos EUA na Guerra do Vietnã com armas incendiárias introduzidas pelos nazistas

As Forças Armadas da Ucrânia começaram a usar uma nova arma nas últimas semanas: um drone adaptado para pulverizar uma substância incendiária no solo, responsável por gerar incêndios e causar danos tanto às pessoas quanto aos equipamentos militares.

Enquanto veículos de mídia ocidentais afirmam que os chamados "drones dragão" da Ucrânia usam mistura de pó de alumínio e óxido de ferro, também conhecido como termita, o analista militar russo Aleksei Leonkov sugere à Sputnik que os equipamentos ucranianos provavelmente carregam "misturas de pirogel", que são mais eficazes.

"Normalmente, esses tipos de misturas eram usados durante combates em áreas florestais para iniciar vários incêndios e forçar os guerrilheiros a sair de seus esconderijos," diz Leonkov, que também é editor da revista Arsenal Otechestva (Arsenal da Pátria). "Os norte-americanos, por exemplo, usaram-nas no Vietnã, e também foram introduzidas em outras guerras."

Os "drones dragão" foram colocados para atuarem como lança-chamas aéreos, explica o especialista: ao alcançar o alvo, o aparelho voa baixo enquanto dispersa a mistura incendiária que age como NaPalm (conjunto de líquidos inflamáveis à base de gasolina gelificada).

Sobre a eficácia desses drones, Leonkov argumenta que a precisão e a confiabilidade são bastante questionáveis, sem mencionar que as defesas aéreas russas não ficarão de braços cruzados apenas observando os equipamentos ucranianos voarem.

Questionado sobre a aparente semelhança dessa nova tática ucraniana com o uso de armas incendiárias pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial e pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial, Leonkov observa que certas táticas mudam pouco ao longo do tempo.

"Há também a questão do uso indiscriminado de mistura incendiária ou NaPalm", acrescenta ele. "Os norte-americanos foram os primeiros, depois dos nazistas, a usar misturas incendiárias em massa. No Vietnã, eles usaram para queimar vilarejos e as florestas e campos ao redor… E quem treina os ucranianos? Norte-americanos. Portanto não é surpresa."

¨      EUA vão monitorar exercício militar de Rússia e China em águas perto do Japão, diz Casa Branca

As forças navais e aéreas russas se juntarão novamente às Forças Armadas chinesas para exercícios no final deste mês no mar do Japão, também conhecido como mar do Leste, e no mar de Okhotsk.

A segunda rodada dos exercícios Interação Marítima 2024 visam "aprofundar o nível de coordenação estratégica entre os militares chineses e russos e aumentar sua capacidade de responder conjuntamente a ameaças à segurança", anunciou o Ministério da Defesa da China nesta segunda-feira (9).

Além disso, as frotas navais chinesa e russa realizarão sua quinta patrulha conjunta no Pacífico, e a China participará de exercícios estratégicos russos, de acordo com a declaração do ministério, que não mencionou as datas de nenhum dos treinamentos, afirma o South China Morning Post.

Os Estados Unidos pretendem monitorar os exercícios militares conjuntos entre Moscou e Pequim, mas não os veem como um motivo sério de preocupação, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby, também nesta segunda-feira (9).

"Não vejo razão para mudarmos a nossa própria postura militar ou postura dissuasora como resultado deste exercício", disse Kirby sobre o exercício militar conjunto. "Este é um exercício planejado há muito tempo. Faz parte do regime deles, então vamos observar e monitorar, mas não há nenhuma preocupação dramática e iminente sobre isso", afirmou.

O Interação Marítima 2024 marca a segunda vez que a Marinha e a Força Aérea russas participarão de exercícios de rotina com suas contrapartes chinesas em águas estratégicas perto do Japão.

Nos últimos anos, tanto a China quanto a Rússia enfatizaram a importância de sua parceria estratégica destinada a combater a influência dos Estados Unidos na região.

¨      EUA analisam permitir que Ucrânia use armas americanas de longo alcance contra a Rússia

Em entrevista à agência de notícias Sky News, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta quarta-feira (9) que os EUA não descartam a possibilidade de permitir que a Ucrânia use armas de longo alcance norte-americanas para atacar o território russo.

"Nós nos adaptamos e ajustamos cada passo ao longo do caminho, e continuaremos. Então não descartamos nada neste momento", disse Blinken na entrevista.

Mais cedo, Blinken acusou o Irã de planejar o envio de várias centenas de mísseis balísticos de curto alcance para a Rússia para uso na Ucrânia nas próximas semanas. O Irã nega as alegações.

O presidente do Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA, Michael McCaul, disse mais cedo que Blinken informou sobre sua próxima visita a Kiev, acompanhado do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, para permitir autoridades ucranianas a usar mísseis ATACMS de longo alcance fornecidos pelos Estados Unidos para atingir alvos na Rússia.

Atualmente, os Estados Unidos têm uma política em vigor que supostamente não permite que a Ucrânia use ATACMS para atingir alvos em território russo.

¨      Mídia destaca avançados complexos de blindagem que protegem o tanque russo T-90M

Tanque avançado russo T-90M é equipado com um sistema de proteção dinâmica Relikt que fornece alto nível de resistência aos meios de ataque. A proteção do blindado foi avaliada pela revista Military Watch Magazine (MWM).

"O tanque T-90M tem boa blindagem e é equipado com proteção dinâmica Relikt. Além disso, possui uma blindagem adicional isolando o compartimento de munições a partir do interior", avança a revista.

O artigo também observa que o T-90M pode ser equipado com o complexo de proteção ativa Arena-M, que é capaz de interceptar projéteis, granadas cumulativas e mísseis antitanque que atacam o tanque. O complexo consiste de uma estação de radar, um computador de bordo, um painel de controle e munições protetoras em compartimentos.

O Arena-M fornece ao T-90M um sistema de radar para monitorar continuamente o ambiente circundante e, ao detectar um projétil que se aproxima, acompanha-o automaticamente, calcula sua trajetória e utiliza munições de proteção para interceptá-lo e destruí-lo antes que ele atinja o tanque.

Sistema de artilharia autopropulsada Koalitsiya-SV durante ensaio de parada militar que marca o 76º aniversário da vitória Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda

O referido complexo pode interceptar foguetes, mísseis e projéteis antitanque altamente explosivos que se movem a uma velocidade de até 1.000 m/s, e pode fazê-lo a 50 metros de distância, conclui o artigo.

 

Fonte: Sputnik Brasil

 

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