'Guerra não declarada do Ocidente' contra
Rússia pode levar a troca de ataques nucleares, afirma diplomata
A "guerra não
declarada" do Ocidente contra a Rússia é extremamente perigosa e pode
facilmente levar a erros de cálculo que resultarão em uma troca de ataques
nucleares, declarou Jack Matlock, ex-embaixador dos EUA na União Soviética
(1987-1991).
"Entramos
obviamente em uma fase muito perigosa, uma vez que a Rússia tem encarado as
ações dos EUA e seus aliados da OTAN como um ato agressivo que ameaça a sua
segurança nacional […]. Não creio que qualquer uma das partes tenha a intenção
de usar armas nucleares. Mas aceito que esta situação poderia levar facilmente
a uma troca de ataques nucleares devido a erros de cálculo", disse Matlock
em uma entrevista à Executive Intelligence Review e Instituto Schiller.
De acordo com o
diplomata aposentado, é extremamente perigoso o fato de "estarmos
essencialmente tentando travar uma guerra não declarada contra uma potência
nuclear que considera que sua soberania e existência política estão sob
ameaça".
Segundo ressaltou
Matlock, no contexto de tal confronto entre as partes, "é fácil enviar um
sinal errado", que pode se tornar um desastre para todo o mundo.
"Tais coisas
aconteceram várias vezes durante a Guerra Fria, e tivemos sorte por [esses
sinais] de alguma forma não terem sido levados em conta", concluiu o
ex-embaixador dos EUA na URSS.
<><>
Kim anuncia nova elaboração de políticas para 'aumentar exponencialmente'
número de armas nucleares
Em discurso no
aniversário de fundação da Coreia do Norte na segunda-feira (9), Kim Jong-un
afirmou que o país deve preparar mais detalhadamente sua "capacidade
nuclear e sua prontidão para usá-la adequadamente a qualquer momento a fim de
garantir os direitos de segurança do Estado".
Segundo o líder,
Pyongyang está "agora executando perfeitamente a política de construção
das forças armadas nucleares para aumentar o número de armas nucleares por
progressão geométrica, e as forças de combate nucleares da república estão
sendo operadas sob o sistema de comando e controle rigoroso", informou a
mídia estatal KCNA nesta terça-feira (10).
"Uma forte
presença militar é necessária para enfrentar as diversas ameaças representadas
pelos Estados Unidos e seus seguidores", acrescentou Kim, afirmando que a
Coreia do Norte está enfrentando uma "grave ameaça" do que vê como um
bloco militar nuclear liderado pelos EUA na região.
O vice-ministro da
Defesa da Coreia do Sul, Cho Chang-rae, e seus colegas norte-americanos e
japoneses condenaram hoje (10) a recente diversificação de sistemas de
lançamento nuclear, testes e lançamentos de múltiplos mísseis balísticos
norte-coreanos.
Reunidos em Seul, os
três reafirmaram o compromisso de fortalecer a cooperação trilateral para
garantir a paz na região, inclusive dissuadindo as ameaças nucleares e de
mísseis da Coreia do Norte, de acordo com uma declaração conjunta divulgada
pelo Departamento de Estado dos EUA e citada pela Reuters.
Eles também
concordaram em realizar um segundo exercício militar trilateral conhecido como
Freedom Edge em um futuro próximo.
"As forças que
chamam a força armada nuclear norte-coreana de ameaçadora apenas revelam sua
admissão de que têm a intenção hostil de atacar a Coreia do Norte com armas
nucleares. Sob as diferentes ameaças representadas pelos Estados Unidos e seus
seguidores e sob as circunstâncias de segurança que enfrentamos, a posse de um
poder militar poderoso é o dever e o direito à existência que nosso partido e
governo não devem perder nem um momento e não fazer nenhuma concessão",
afirmou Kim em seu discurso.
A República Popular
Democrática da Coreia foi estabelecida no Norte em 9 de setembro de 1948, ou
seja, este ano, o Estado completou seu 76º aniversário.
¨ Ucrânia usa método dos EUA na Guerra do Vietnã com armas
incendiárias introduzidas pelos nazistas
As Forças Armadas da
Ucrânia começaram a usar uma nova arma nas últimas semanas: um drone adaptado
para pulverizar uma substância incendiária no solo, responsável por gerar
incêndios e causar danos tanto às pessoas quanto aos equipamentos militares.
Enquanto veículos de
mídia ocidentais afirmam que os chamados "drones dragão" da Ucrânia
usam mistura de pó de alumínio e óxido de ferro, também conhecido como termita,
o analista militar russo Aleksei Leonkov sugere à Sputnik que os equipamentos
ucranianos provavelmente carregam "misturas de pirogel", que são mais
eficazes.
"Normalmente,
esses tipos de misturas eram usados durante combates em áreas florestais para
iniciar vários incêndios e forçar os guerrilheiros a sair de seus
esconderijos," diz Leonkov, que também é editor da revista Arsenal
Otechestva (Arsenal da Pátria). "Os norte-americanos, por exemplo,
usaram-nas no Vietnã, e também foram introduzidas em outras guerras."
Os "drones
dragão" foram colocados para atuarem como lança-chamas aéreos, explica o
especialista: ao alcançar o alvo, o aparelho voa baixo enquanto dispersa a
mistura incendiária que age como NaPalm (conjunto de líquidos inflamáveis à
base de gasolina gelificada).
Sobre a eficácia
desses drones, Leonkov argumenta que a precisão e a confiabilidade são bastante
questionáveis, sem mencionar que as defesas aéreas russas não ficarão de braços
cruzados apenas observando os equipamentos ucranianos voarem.
Questionado sobre a
aparente semelhança dessa nova tática ucraniana com o uso de armas incendiárias
pela Alemanha durante a Primeira Guerra Mundial e pelos nazistas na Segunda
Guerra Mundial, Leonkov observa que certas táticas mudam pouco ao longo do tempo.
"Há também a
questão do uso indiscriminado de mistura incendiária ou NaPalm",
acrescenta ele. "Os norte-americanos foram os primeiros, depois dos
nazistas, a usar misturas incendiárias em massa. No Vietnã, eles usaram para
queimar vilarejos e as florestas e campos ao redor… E quem treina os
ucranianos? Norte-americanos. Portanto não é surpresa."
¨ EUA vão monitorar exercício militar de Rússia e China em águas
perto do Japão, diz Casa Branca
As forças navais e
aéreas russas se juntarão novamente às Forças Armadas chinesas para exercícios
no final deste mês no mar do Japão, também conhecido como mar do Leste, e no
mar de Okhotsk.
A segunda rodada dos
exercícios Interação Marítima 2024 visam "aprofundar o nível de
coordenação estratégica entre os militares chineses e russos e aumentar sua
capacidade de responder conjuntamente a ameaças à segurança", anunciou o
Ministério da Defesa da China nesta segunda-feira (9).
Além disso, as frotas
navais chinesa e russa realizarão sua quinta patrulha conjunta no Pacífico, e a
China participará de exercícios estratégicos russos, de acordo com a declaração
do ministério, que não mencionou as datas de nenhum dos treinamentos, afirma o
South China Morning Post.
Os Estados Unidos
pretendem monitorar os exercícios militares conjuntos entre Moscou e Pequim,
mas não os veem como um motivo sério de preocupação, disse o porta-voz da Casa
Branca, John Kirby, também nesta segunda-feira (9).
"Não vejo razão
para mudarmos a nossa própria postura militar ou postura dissuasora como
resultado deste exercício", disse Kirby sobre o exercício militar
conjunto. "Este é um exercício planejado há muito tempo. Faz parte do
regime deles, então vamos observar e monitorar, mas não há nenhuma preocupação
dramática e iminente sobre isso", afirmou.
O Interação Marítima
2024 marca a segunda vez que a Marinha e a Força Aérea russas participarão de
exercícios de rotina com suas contrapartes chinesas em águas estratégicas perto
do Japão.
Nos últimos anos,
tanto a China quanto a Rússia enfatizaram a importância de sua parceria
estratégica destinada a combater a influência dos Estados Unidos na região.
¨ EUA analisam permitir que Ucrânia use armas americanas de longo
alcance contra a Rússia
Em entrevista à
agência de notícias Sky News, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony
Blinken, disse nesta quarta-feira (9) que os EUA não descartam a possibilidade
de permitir que a Ucrânia use armas de longo alcance norte-americanas para atacar
o território russo.
"Nós nos
adaptamos e ajustamos cada passo ao longo do caminho, e continuaremos. Então
não descartamos nada neste momento", disse Blinken na entrevista.
Mais cedo, Blinken
acusou o Irã de planejar o envio de várias centenas de mísseis balísticos de
curto alcance para a Rússia para uso na Ucrânia nas próximas semanas. O Irã
nega as alegações.
O presidente do Comitê
de Relações Exteriores da Câmara dos Representantes dos EUA, Michael McCaul,
disse mais cedo que Blinken informou sobre sua próxima visita a Kiev,
acompanhado do secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy,
para permitir autoridades ucranianas a usar mísseis ATACMS de longo alcance
fornecidos pelos Estados Unidos para atingir alvos na Rússia.
Atualmente, os Estados
Unidos têm uma política em vigor que supostamente não permite que a Ucrânia use
ATACMS para atingir alvos em território russo.
¨ Mídia destaca avançados complexos de blindagem que protegem o
tanque russo T-90M
Tanque avançado russo
T-90M é equipado com um sistema de proteção dinâmica Relikt que fornece alto
nível de resistência aos meios de ataque. A proteção do blindado foi avaliada
pela revista Military Watch Magazine (MWM).
"O tanque T-90M
tem boa blindagem e é equipado com proteção dinâmica Relikt. Além disso, possui
uma blindagem adicional isolando o compartimento de munições a partir do
interior", avança a revista.
O artigo também
observa que o T-90M pode ser equipado com o complexo de proteção ativa Arena-M,
que é capaz de interceptar projéteis, granadas cumulativas e mísseis antitanque
que atacam o tanque. O complexo consiste de uma estação de radar, um computador
de bordo, um painel de controle e munições protetoras em compartimentos.
O Arena-M fornece ao
T-90M um sistema de radar para monitorar continuamente o ambiente circundante
e, ao detectar um projétil que se aproxima, acompanha-o automaticamente,
calcula sua trajetória e utiliza munições de proteção para interceptá-lo e
destruí-lo antes que ele atinja o tanque.
Sistema de artilharia
autopropulsada Koalitsiya-SV durante ensaio de parada militar que marca o 76º
aniversário da vitória Grande Guerra pela Pátria (parte da Segunda
O referido complexo
pode interceptar foguetes, mísseis e projéteis antitanque altamente explosivos
que se movem a uma velocidade de até 1.000 m/s, e pode fazê-lo a 50 metros de
distância, conclui o artigo.
Fonte: Sputnik Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário