Vício em apostas online é comparável a
epidemia de saúde pública, alerta Altay de Souza
No Brasil, os jogos de
apostas online têm se tornado uma preocupação crescente entre especialistas por
serem projetados para viciar. A popularidade dos aplicativos de apostas, ou
Bets, é alimentada pela constante propaganda de ganhos vultosos em um curto
período de tempo. Em entrevista ao programa Pauta Pública desta semana, o
psicólogo e pesquisador Altay de Souza alerta para os perigos de uma epidemia
ainda silenciosa, oculta nas telas de celulares.
O vício em apostas
online pode ser comparado a uma epidemia de saúde pública, alerta o psicólogo e
pesquisador que fala sobre as consequências psicológicas e financeiras do
crescente fenômeno de apostas no Brasil.
Segundo um relatório
da XP Investimentos, essas atividades já movimentam 1% do PIB e comprometem 20%
do orçamento livre das famílias mais pobres. Já a consultoria PWC estima que as
apostas já representam 1,38% do orçamento médio familiar desses estratos de
menor renda, um aumento de cinco vezes em relação a cinco anos atrás, quando
era de 0,27%. Souza destaca que a incidência de pessoas usando Bets cresce em
países com maior desigualdade, fazendo com que muitas busquem soluções rápidas
para seus problemas financeiros.
A ausência de
regulação efetiva no Brasil também é preocupante. Em 2018, uma lei com regras
pouco claras legalizou os sites de apostas esportivas, conhecidos como Bets. Em
2023, foi aprovada a Lei 14.790, conhecida como nova lei de apostas esportivas,
que, em tese, regula os processos de autorização de casas de apostas físicas ou
virtuais, estabelece direitos dos apostadores, regula a publicidade de apostas
e também a tributação.
De acordo com a Fiquem
Sabendo, a aprovação dessa lei foi resultado de meses de lobby das empresas de
apostas em ao menos 78 reuniões em nove ministérios. Altay de Souza destaca que
estratégias como melhorar a educação financeira são insuficientes para combater
o vício em apostas, apontando para a necessidade de políticas que reduzam a
desigualdade e protejam os consumidores.
<><> Leia
os principais pontos da entrevista:
• [Clarissa Levy] Altay, para começar eu
queria perguntar para você sobre o que já sabemos relacionado aos impactos
psicológicos e financeiros dos jogos de apostas online. Alguns dados de uma
pesquisa feita pelo Instituto Locomotivo mostram que 46% dos jogadores
brasileiros de apostas esportivas online são jovens, de 19 a 29 anos. O
levantamento ainda mostra que um terço destes jovens está endividado ou com o
nome sujo. Outra análise, feita por uma empresa de consultoria chamada Strategy
aponta que as apostas no Brasil já representam 1,4% aproximadamente do
orçamento de famílias de classes mais empobrecidas, das classes D e E com menos
poder aquisitivo.
Ano passado fui
convidado para adicionar novas variáveis de um questionário que fazia parte de
um relatório sobre uso de instrumentos financeiros, chamado Raio X do
investidor feito pela Anbima (Associação de Bancos do Brasil). Nesse relatório,
tem uma parte sobre stress financeiro e autocontrole e uma parte com estudos de
prevalência das Bets. Alguns dados do relatório são interessantes. Um deles é
que entre 8 a 10% das pessoas que responderam o questionário acreditam que esse
é um tipo de investimento. É a mesma coisa que achar que jogar na loteria é um
investimento.
Isso tem a ver com
outro estudo que a gente fez no mesmo relatório ligado a autocontrole, que já é
validado em dezenas de países. A gente perguntou para as pessoas “se eu te
desse 100 reais hoje, quanto você aceitaria receber de volta daqui um ano?”
Essas pessoas pedem
cinco vezes mais em média, ou seja, 500 reais. Esse dado varia um pouco, mas é
razoavelmente consistente entre vários países. Ao imaginar um investimento
financeiro real que dá um retorno de 500% em um ano há uma dificuldade de base,
nem o tráfico de drogas, de pessoas ou armas rende tanto.
Quando pensamos alguma
coisa que vai acontecer daqui um ano nos inclinamos a distorcer esse fato,
porque não temos controle do tempo. A Bet é um jogo que tem relação entre
comportamento e tempo, base de toda a psicologia experimental. É como se você
colocasse os seus comportamentos dentro do tempo, e precisasse de uma
plataforma para isso.
• [Clarissa Levy] Alguns pesquisadores têm
falado sobre a febre das Bets como uma questão de saúde pública no Brasil. Pode
falar mais sobre isso?
Eu dou aulas de
epidemiologia na universidade, dentro dela tem uma área que se chama
epidemiologia global que trata das grandes questões atuais, um exemplo são as
questões ligadas à saúde pública. As doenças vão pegar você independente da sua
nacionalidade.
As Bets são a mesma
coisa, porque todos somos pessoas, temos dificuldades de autocontrole e todos
nós distorcemos o tempo porque não o produzimos. Já existem trabalhos para
regulamentação de Bets, um exemplo é a Holanda que já tem uma legislação para
jogos – para jogos como o “tigrinho” e para jogos de videogame.
Esses jogos funcionam
como um cassino, só fazem uma manutenção ano a ano e vão se lançando. Já temos
evidências de que as Bets fazem mal, que melhorar a educação financeira das
pessoas não funciona. A única solução seria as pessoas compreenderem o tempo de
uma forma melhor, só que isso é fisiológico. Inclusive, no relatório Raio X do
brasileiro e em outra literatura, falamos que outra variável crítica para
reduzir as Bets é reduzir a desigualdade.
O Brasil é o país do
mundo em que a incidência de pessoas que usam Bets cresceu mais
vertiginosamente na história. No ano passado, as apostas não eram conversa de
ninguém, hoje são de todo o mundo, é como se fosse uma epidemia mesmo. Parece
que esses esquemas crescem muito mais rápido em países mais desiguais. E a
explicação vai para o autocontrole, se a pessoa é de uma origem muito
desfavorecida ou está em alguma penúria financeira quer uma solução rápida.
O jogo do tigrinho é
pior que as Bets, porque o Jogo do Tigrinho é quase que um cassino que tem um
algoritmo programado para no início você ganhar mais. Isso que te segura. É
igual a pessoa que você conhece que fez a bet e ganhou uma vez, pegou um empréstimo,
ganhou, e aí não sai mais. A arquitetura é feita para isso.
Outro exemplo, é a
pirâmide financeira. O esquema ponzi ou pirâmide, tem um monte dessas pirâmides
por aí que são a mesma coisa. Você me dá uma grana, e eu te dou um retorno
rápido. Na primeira e segunda vez eu te devolvo mesmo, e depois é só ficar
enrolando. Isso é exatamente o mesmo esquema das Bets. As Bets são um problema
de saúde pública porque elas pulverizam muito mais o acesso a esse tipo de
fraude.
• [Clarissa Levy] Pensando um pouco na
responsabilidade coletiva, temos o marketing das Bets rolando e o maior
campeonato de futebol do país, o Brasileirão. Esse campeonato agora tem o nome
de uma casa de apostas e sua publicidade desregulada, diferente de como
acontece em outros países. Nesses termos, você pode dizer mais sobre esse combo
marketing e regulação frágil?
Novamente, isso é uma
reedição, não é nada de novo. Claro que o marketing e a publicidade tem culpa
total nisso. O marketing não é algo que se aprende por consciência, ele aprende
por punição. Em geral, punição positiva ou negativa. Sendo um dono de uma casa
de apostas e tendo dinheiro, sabendo que vai haver uma regulamentação porém vai
ser daqui a dois ou três anos, eu faria um lobby para atrasar isso o máximo
possível. A regulação tem que vir o quanto antes.
• Retrato da “pandemia” de jogos de azar
no Brasil
Vinte e cinco milhões
de pessoas passaram a fazer apostas esportivas em plataformas eletrônicas nos
sete meses iniciais de 2024, de janeiro a julho, uma média de 3,5 milhões por
mês. Para se ter uma ideia dessa velocidade, o intervalo de tempo é menor do
que o que o coronavírus levou para contagiar o mesmo número de pessoas no
Brasil – 11 meses, entre 26 de fevereiro de 2020 e 28 de janeiro de 2021.
Em cinco anos, o
número de brasileiros que apostaram nas chamadas bets chegou a 52 milhões. Do
total, 48% são considerados novos jogadores – apostaram nos primeiros sete
meses deste ano. Os dados fazem parte de pesquisa de opinião do Instituto
Locomotiva, aplicada entre os dias 3 e 7 de agosto. O hábito de tentar a sorte
nas plataformas eletrônicas atinge uma população no Brasil do mesmo tamanho do
número de habitantes da Colômbia e superior à de países como Coreia do Sul,
Espanha e Argentina.
O levantamento traçou
um perfil dos apostadores de bets. Cinquenta e três por cento são homens e 47%
são mulheres. Quatro de cada dez jogadores têm entre 18 e 29 anos; 41% estão na
faixa etária de 30 a 49 anos; e 19% têm 50 anos ou mais. Oito de cada dez são
pessoas das classes CD e E; e dois de cada dez são classe A ou B.
Sete de cada dez
apostadores costumam jogar pelo menos uma vez ao mês. Sessenta por cento dos
que já ganharam a aposta usam ao menos parte do valor do prêmio para tentar
nova jogada. Para o presidente do Instituto Locomotiva, Renato Meirelles, a
facilidade de fazer aposta nos celulares à mão, o apelo publicitário das bets
patrocinando times e campeonatos brasileiros, e a dinâmica do jogo são
atrativos das plataformas de jogos online.
“A pessoa aposta em
quem vai fazer o gol, se o gol será feito no primeiro ou no segundo tempo, como
ficará a tabela do Campeonato Brasileiro, se alguém vai tomar cartão vermelho
ou não… Essa lógica faz com que alguma coisa o sujeito ganhe. No final ele perde
mais do que ganha, mas essa sensação de ganho é uma sensação muito forte na
cabeça dele. E isso acaba permeando esse imaginário de que está sempre
ganhando”, diz o presidente do Instituto Locomotiva.
• Nome sujo
O Instituto Locomotiva
também verificou que 86% das pessoas que apostam têm dívida e que 64% estão
negativados na Serasa. Do universo de pessoas endividadas e inadimplentes no
Brasil, 31% jogam nas bets. “Quando uma pessoa endividada opta por apostar, muitas
vezes na perspectiva de sair do endividamento, nós temos alguma coisa errada
nisso”, pondera Renato Meirelles.
A situação econômica
ajuda a entender por que “ganhar dinheiro”é a principal razão apontada para
fazer apostas esportivas online (53%) – acima de
“diversão/entretenimento/prazer” (22%); “emoção e adrenalina” (10%); “passar o
tempo” (7%); “curiosidade” (6%); e “aliviar o estresse” (2%).
Meirelles considera o
fenômeno das apostas esportivas eletrônicas “uma pandemia” com efeitos sobre a
saúde mental. A pesquisa levantou informações e opiniões sobre o impacto
psicológico das apostas. Sessenta e sete por cento dos entrevistados conhecem
pessoas que “estão viciadas em apostas esportivas”.
• Estado emocional
Entre os
entrevistados, há quem acredite que o jogo aumente a ansiedade (51%); cause
mudanças repentinas de humor (27%); possa gerar estresse (26%) e sentimento de
culpa (23%). Quanto aos entrevistados que fazem apostas online, seis de cada
dez admitem que a prática afeta o estado emocional e causa sentimentos
negativos como ansiedade (41%); estresse (17%) e culpa (9%).
O relatório da
pesquisa assinala descontrole entre parte dos apostadores. Segundo os dados,
45% dos entrevistados jogadores admitem que as apostas esportivas “já causaram
prejuízos financeiros”, 37% dizem ter usado “dinheiro destinado a outras coisas
importantes para apostar online” e 30% afirmaram ter “prejuízos nas relações
pessoais”.
Mas também são
apontados sentimentos positivos como emoção (54%); felicidade (37%) e alívio
(11%). Para 42%, as apostas esportivas online “são uma forma de escapar de
problemas ou emoções negativas.”
A pesquisa do
Instituto Locomotiva entrevistou 2.060 pessoas, com 18 anos ou mais, de 142
cidades de todo o país. O levantamento foi feito entre os dias 3 e 7 de agosto,
por meio de telefone em plataforma de autopreenchimento. A margem de erro é de
2,1 pontos percentuais em um intervalo de confiança de 95%.
O crescimento de
apostadores a partir de janeiro deste ano ocorreu após a sanção da Lei
14.790/2023, que regulamentou a atividade das bets no Brasil. Atualmente, o
Ministério da Fazenda analisa 113 pedidos de regulamentação das plataformas de
aposta online.
• Perigos da dependência em jogos de
apostas online
Com o avanço da
tecnologia, os jogos de apostas online tornaram-se uma forma popular de
entretenimento para muitas pessoas em todo o mundo.
No entanto, por trás
da diversão aparente, existe um perigo real: a dependência em jogos de apostas
online.
Para compreender
melhor os riscos desse mundo de novidades, é preciso explorar os fatores
danosos associados a essa dependência, com foco especial nas apostas
esportivas, cujos impactos já se alastram incontrolavelmente, e demandam
medidas de intervenção urgente.
<><>
Futebol: a forma mais comum de apostas online
Com o incontestável
status de “país do futebol”, parece óbvio que as apostas que mais chamem a
atenção no Brasil sejam ligadas a esse tema.
É nesse contexto de
paixão dos torcedores que as apostas esportivas, em especial as relacionadas ao
futebol, acabam por se tornar uma das formas mais comuns de jogos de apostas
online.
Mas, embora haja
regulamentação, o número ainda desmedido de anúncios a respeito, aliado à
facilidade crescente de acesso a plataformas de apostas e à emoção de
acompanhar os jogos em tempo real, podem levar à dependência em jogos de
apostas online relativos a esse esporte.
<><>
Panorama das apostas online no Brasil
No Brasil, as apostas
esportivas têm ganhado destaque, especialmente com a legalização no mundo
online.
A regulamentação, que
visa arrecadar recursos que podem ser destinados a áreas como saúde e educação,
ajuda a minimizar os efeitos do mercado ilegal, promovendo um maior controle e
transparência desses processos.
Contudo, as
facilidades proporcionadas pela internet permitem que, a cada minuto, sejam
criadas novas versões e modalidades de jogos de apostas esportivas online.
Com isso, o fácil
acesso a aplicativos e sites de apostas tornou ainda mais simples para os
brasileiros participarem dessas atividades, oferecendo pequenas vantagens que
mantêm os usuários por um tempo cada vez maior nas plataformas, aumentando
assim o risco de desenvolver dependência.
>>>> 5 perigos da dependência em
jogos de apostas online
A dependência em jogos
de apostas online pode ter diversos
riscos e consequências, que não afetam apenas o indivíduo viciado, mas também o
seu círculo familiar, os amigos próximos e a sociedade como um todo. Confira
alguns!
<><> 1.
Suscetibilidade apresentada por alguns indivíduos
Por estarem
naturalmente mais vulneráveis, certos grupos populacionais são mais suscetíveis
à dependência em jogos de apostas.
Com as facilidades do
acesso constante à internet, esses grupos atualmente incluem principalmente
jovens, pessoas com problemas emocionais ou financeiros, além de indivíduos com
histórico de dependência em outras áreas, como álcool ou drogas.
• 2. A facilidade pode levar ao vício
O excesso de
disponibilidade e o acesso constante e facilitado aos jogos podem levar ao
vício.
Estudos recentes
revelam que o desenvolvimento da dependência em jogos de apostas está
diretamente associado a uma série de problemas psicológicos, como ansiedade,
depressão e baixa autoestima.
Vale lembrar que o
jogo compulsivo até pode servir como uma forma de escape temporário desses
problemas, mas apenas agrava a situação a longo prazo, e pode prejudicar não só
o indivíduo, mas também suas finanças e até mesmo as relações interpessoais no
trabalho e no âmbito familiar.
<><> 3.
Prejuízo financeiro
A ideia de que se pode
fazer fortuna com jogos é vendida constantemente nas publicidades veiculadas
abertamente. Já os alertas sobre jogar com responsabilidade são minúsculos,
isso quando são feitos.
As consequências da
dependência em jogos de aposta podem ser trágicas, tanto para o indivíduo
quanto para as pessoas que o cercam.
Isso porque as ilusões
de que se pode ganhar numa próxima tentativa, ou recuperar o que se perdeu
fazem com que os jogadores apostem cada vez mais, e muitas vezes quantias ainda
maiores, levando ao desenvolvimento do vício, o que frequentemente gera problemas
financeiros significativos, incluindo endividamento, perda de emprego e até
mesmo falência.
<><> 4.
Prejuízo na qualidade dos relacionamentos
A dependência em jogos
de apostas online não afeta apenas o indivíduo, mas também suas relações
sociais e familiares.
A mentira, o
isolamento social e o conflito podem surgir como resultado do comportamento
compulsivo de jogar, ou mesmo em decorrência da negação do próprio vício, que
passa a interferir na qualidade dos relacionamentos e causar prejuízo às
atividades cotidianas.
<><> 5. A
credibilidade das competições
Além dos impactos
pessoais, a dependência em jogos de aposta também pode ter um impacto negativo
na integridade do esporte.
Com o aumento da
prática de apostas, abre-se um mercado atraente para o jogo ilegal e a
manipulação de resultados, que atualmente são preocupações sérias que podem
minar a confiança dos fãs e comprometer muito a credibilidade das competições
esportivas.
<><> Como
prevenir?
Para lidar com a
dependência em jogos de apostas online, além da regulamentação e fiscalização,
são necessárias medidas abrangentes e eficazes de prevenção e conscientização
da população.
<><>
Conscientização
Campanhas de
conscientização são fundamentais para educar o público sobre os riscos
associados ao jogo compulsivo e promover comportamentos saudáveis e atitudes
responsáveis em relação ao jogo.
<><>
Suporte adequado
É crucial também que
sejam disponibilizados suporte e tratamento adequados para aqueles que lutam
contra a dependência em jogos de aposta.
Isso inclui terapias
individuais e em grupo, suporte emocional e recursos para lidar com problemas
financeiros.
Ao longo do tratamento
da pessoa dependente se fazem altamente necessárias as orientações familiares
para a otimização dos resultados.
Quando há a presença
de comorbidades, como quando um indivíduo apresenta um risco de transtorno de
ansiedade, a avaliação e, muitas vezes, o tratamento medicamentoso se fará
necessário.
<><>
Restrições e limites
Embora seja um
movimento contrário ao da publicidade desse gênero, é preciso que as
autoridades reguladoras implementem restrições e limites rigorosos para mitigar
os riscos associados ao jogo de aposta online.
Essa ação inclui
regras que levem em consideração a idade, limites de gastos e proibição desse
tipo de publicidade veiculada em mídias abertas ou direcionada a grupos
potencialmente vulneráveis.
<><>
Controle de acesso a menores
Além do cuidado
primordial dos pais, é essencial que se implemente programas eficientes que
controlem a idade de quem acessa e protejam de fato os menores dos perigos do
jogo de apostas online, seja através de regulamentações estritas ou atitudes
como programas de conscientização nas escolas sobre os riscos associados ao
jogo compulsivo.
<><> É
preciso reconhecer os riscos
A dependência em jogos
de apostas online é um problema sério que afeta indivíduos, famílias e
comunidades inteiras.
Ao associar os jogos a
pessoas vitoriosas ou grandes personalidades do futebol, por exemplo, os
anúncios visam apenas angariar cada vez mais jogadores, sem se preocupar com os
riscos que esse tipo de atividade pode ter nos diferentes públicos atingidos.
Reconhecer os riscos
associados à compulsividade no jogo e implementar medidas de prevenção e
tratamento são passos essenciais para enfrentar esse desafio crescente.
Mas vale lembrar que
essa realidade demanda uma abordagem multifacetada, que envolve conscientização
pública, regulamentação rigorosa e suporte individualizado, a fim de que,
trabalhando em conjunto, se possa ter alguma chance de reduzir os danos causados
pela dependência em jogos de apostas online.
Fonte: Por Andrea DiP,
Clarissa Levy, Claudia Jardim, Ricardo Terto e Stela Diogo, da Agencia Pública/
Outras Palavras/Blog de Marcelo Parazzi
Nenhum comentário:
Postar um comentário