sexta-feira, 3 de novembro de 2023

Para não perder o costume, Damares espalha fake news sobre Gaza

Damares Alves, a ex-ministra do fascista Jair Bolsonaro eleita senadora do Republicanos pelo Distrito Federal, é uma difusora obsessiva de fake news. Na semana passada, ela postou em suas redes digitais que a delegação brasileira no Comitê de Direitos Humanos da ONU, em Genebra, teria virado as costas quando a embaixadora dos EUA, Michele Taylor, utilizou a palavra para se rejeitar a proposta de paz e de ajuda humanitária em Gaza.

Desmascarada pelo site UOL, a farsante retirou a postagem do ar e se disse “vítima” de engano. “Mas ela não explicou que havia sido questionada pela reportagem, antes da decisão de apagar a suposta notícia”, ironizou Jamil Chade. Na postagem, Damares Alves atacou o Brasil: “Eu não acredito que fizeram isso! Que vergonha!”. Como explica o jornalista do UOL, “nada do que a senadora explicou ocorreu da forma que ela descreveu”.

•        Desculpa esfarrapada da mentirosa

“O evento em Genebra se referia ao exame da política de direitos humanos dos EUA e, segundo fontes do alto escalão do Itamaraty, a delegação brasileira nem sequer participou do protesto. Na chancelaria, a postagem da senadora circulou em meio a indignação”. Na ocasião, a embaixadora tratou de questões internas dos EUA. Na sala da ONU, ativistas de ONGs e entidades ianques decidiram virar as costas durante o seu discurso.

“O motivo: um protesto silencioso contra as políticas de direitos humanos de Biden para as populações mais vulneráveis. Não havia qualquer relação nem com o posicionamento dos EUA em Gaza e nem com o veto sobre a resolução brasileira. Quem fazia o protesto não eram nem integrantes do Comitê de Direitos Humanos da ONU, como primeiro citou Damares, e nem membros da delegação brasileira, como ela também postou”.

Diante do desmentido, a senadora das fake news postou uma desculpa esfarrapada: “Gente, venho aqui fazer uma correção. Ontem, assim como muitas outras pessoas, postamos uma notícia que foi publicada em diversos sites brasileiros, mas, hoje pela manhã, confirmamos que a informação não era correta… Há anos, tenho sido vítima desse tipo de erro e sou radicalmente contra essa prática”. Patética!

•        Comida pastosa e dentes arrancados de crianças

Damares Alves é conhecida por difundir mentiras desde quando virou ministra do covil de Jair Bolsonaro. Ela inclusive ganhou o apelido de “Damares da Goiabeira” por suas invenções e farsas. Em setembro último, o Ministério Público Federal (MPF) no Pará inclusive ajuizou uma ação civil pública para que a senadora e a União indenizassem em R$ 5 milhões a população da Ilha do Marajó.

O pedido, assinado por 19 procuradores da República, foi uma reação às declarações mentirosas da ex-ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos proferidas em outubro de 2022 durante um culto evangélico em Goiânia.

Na ocasião, ela afirmou que crianças do Marajó tinham seus dentes arrancados para não morderem durante a prática de sexo oral e que eram traficadas para exploração sexual. Segundo a ministra-pastora, as crianças ainda comiam comida pastosa para o intestino ficar livre para o sexo anal.

•        Denúncias “falsas e sensacionalistas” da pastora

O MPF investigou as denúncias e comprovou que eram “falsas e sensacionalistas”. No pedido, o órgão também lembrou que Damares Alves garantiu que existiriam imagens de estupros de bebês de oito dias, cujos vídeos seriam comercializados por valores entre R$ 50 mil e R$ 100 mil. O MPF requisitou esses dados ao ministério, além do governo do Pará e à Polícia Federal, mas nenhuma das informações da ministra era verdadeira.

“[Os relatos] ocasionaram uma grande movimentação de força de trabalho e gastos públicos para analisar as denúncias e apurações relacionadas aos referidos fatos. Nenhum destes, entretanto, foi confirmado. No próprio MPF, nos últimos 30 anos, nenhuma denúncia recebida mencionou as torturas narradas”, registrou. O MPF ainda apontou que as fake news foram obradas em plena campanha pela reeleição de Jair Bolsonaro e usadas para propagandear a farsa sobre o “maior programa de desenvolvimento regional na Ilha do Marajó”.

 

       Kassio dá 15 dias para Eduardo Bolsonaro responder por comparar professor a traficante

 

O ministro Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal, abriu prazo de 15 dias para que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) responda, se quiser, as acusações sobre o suposto cometimento dos crimes de calúnia e difamação por causa de um discurso em que comparou professores a traficantes de drogas.

A decisão foi tomada no âmbito de queixa-crime da deputada Professora Luciene Cavalcante (PSOL-SP). O prazo de 15 dias concedido pelo ministro a Eduardo está previsto na Lei 8.038/1990.

•        Professor x traficante

No dia 9 de julho, durante ato em favor da flexibilização do porte e da posse de armas em frente ao Congresso, Eduardo Bolsonaro afirmou. "Não tem diferença de um professor doutrinador para um traficante de drogas que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime."

O deputado disse que 'talvez o professor doutrinador seja pior'.

No mesmo despacho, Nunes Marques acolheu pedido do Ministério Público Federal para que as peças de outras duas petições sobre o mesmo fato, apresentadas por sindicatos de professores e pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino (Contee), sejam anexadas à queixa-crime da deputada Professora Luciene Cavalcante. O objetivo da medida é unificar a análise dos fatos.

 

       MPF descobre nova arapongagem da Abin

 

O Ministério Público Federal (MPF) de Minas Gerais está atualmente conduzindo uma investigação a respeito de alegações de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) possa ter empregado de maneira ilegal um segundo sistema de espionagem para a realização de invasões em massa de computadores. A decisão de incluir esse sistema específico nas investigações em andamento foi tomada pelo procurador Carlos Bruno Ferreira da Silva.

De acordo com o despacho emitido pelo procurador, a investigação relativa ao possível uso ilícito desse sistema é considerada um “tema conexo” à apuração original, que estava relacionada ao sistema conhecido como FirstMile, o qual a Abin utilizava para rastrear indivíduos com base em geolocalização de dispositivos móveis, sem a devida autorização judicial.

A suspeita sobre a existência desse segundo sistema clandestino de invasão em massa de computadores está atualmente sob investigação pela Polícia Federal, e foi divulgada primeiramente pelo apresentador da Globonews, Cesar Tralli.

A ferramenta de invasão em questão opera por meio de um malware, permitindo aos invasores o acesso completo ao conteúdo dos computadores das vítimas, conforme relatado por fontes próximas ao caso.

Tais práticas de espionagem clandestina podem se materializar de diversas maneiras, incluindo o envio de e-mails maliciosos, mensagens de texto, uso do WhatsApp em computadores, ou mesmo por meio de acesso físico, tal como a inserção de um dispositivo USB na máquina. O aspecto mais alarmante é que as vítimas infectadas não têm conhecimento das invasões, enquanto os espiões conseguem prontamente acessar todo o conteúdo dos computadores.

 

       Igrejas evangélicas diminuem grana na TV e miram web atrás de novos fiéis

 

Edir Macedo, Valdemiro Santiago, Silas Malafaia e R.R Soares. Foto: reprodução

As igrejas evangélicas pentecostais estão revendo seu interesse na TV aberta como um canal viável de expansão. Das cinco principais igrejas desse segmento, somente a Igreja Universal do Reino de Deus mantém parcerias em quatro das maiores redes de televisão do Brasil, enquanto as demais estão mirando a web para atrair novos fiéis.

A Igreja Internacional da Graça de Deus, liderada por R.R. Soares, a Mundial do Poder de Deus, liderada por Valdemiro Santiago, e a Igreja Assembleia de Deus Vitória em Cristo, liderada por Silas Malafaia, optaram por migrar suas operações para a internet.

R.R. Soares mantém contratos apenas com a RedeTV!, onde paga R$ 2,5 milhões por mês para ocupar parte da programação matinal e uma hora no horário nobre da emissora.

Malafaia abandonou a televisão, encerrando seu programa “Vitória em Cristo”, que estava no ar desde a década de 1990. A Mundial ainda mantém contratos com emissoras menores e a Rede Mundial, um canal aberto exclusivo com concessões em várias capitais.

O foco dessas igrejas atualmente está na internet. Denis Munhoz, ex-executivo da Record e RedeTV! e representante da Igreja Mundial nos Estados Unidos, afirma que investir na internet é mais vantajoso do que pagar milhões por horários na TV.

“As coisas mudaram drasticamente. As igrejas notaram que o valor pago era muito elevado. Com a internet, deu uma nova estrada. Ainda não é o mesmo alcance da TV aberta, mas com a internet dá para tocar. E os custos de manutenção da internet são bem mais baixos”, disse Munhoz.

Mesmo nas emissoras menores, como RedeTV!, TV Gazeta, CNT e Rede 21, os contratos com as grandes igrejas tornaram-se escassos. Atualmente, apenas aquelas igrejas que estão em fase de crescimento e buscam exposição procuram acordos financeiros.

Um exemplo é a Igreja Unida Deus Proverá, fundada no início deste ano, que adquiriu duas horas de programação matinal na Band no final do mês passado. Desde então, a igreja produz o programa “Desperta Brasil”, que combina pregação, notícias e fofocas de celebridades.

Em 2013, os evangélicos investiram cerca de R$ 1,3 bilhão na compra de horários na televisão, de acordo com dados do Ministério Público Federal na época. No entanto, esse valor diminuiu para cerca de R$ 1 bilhão atualmente, representando uma queda de 24% nos investimentos.

Vale destacar que esse valor é inflacionado principalmente devido aos investimentos significativos da Igreja Universal para exibir programas na Record, a segunda maior emissora em audiência do país, de propriedade de Edir Macedo.

De acordo com o balanço financeiro de 2022 publicado pela Record, a Igreja Universal contribuiu com R$ 907 milhões para a emissora, um aumento de 10% em relação aos R$ 822 milhões de 2021. Esse dinheiro ajudou a conter uma crise financeira enfrentada pela Record, que resultou em demissões na empresa este ano. A expectativa é que a Igreja contribua com menos dinheiro em 2023 devido aos cortes de gastos.

Em outras emissoras, a Igreja Universal renegociou seus contratos. Com a RedeTV!, onde ocupa atualmente três horas de programação, a Universal conseguiu reduzir os valores em uma negociação realizada no ano passado.

Em relação à TV Gazeta de São Paulo, onde ocupa 13 horas de programação, a Igreja Universal concordou em ajustar o valor para R$ 15 milhões, desde que ocupasse quatro horas do horário nobre.

Fora da Universal, os valores praticados são significativamente mais baixos. Para evitar prejuízos, as outras igrejas adotaram novos critérios para a compra de horários. Agora, elas exigem uma cobertura mínima nas grandes capitais, principalmente São Paulo e Rio de Janeiro, e um investimento contínuo na expansão por todo o país.

As igrejas que não possuem pelo menos 60% de cobertura nas televisões do país são excluídas. Isso foi o que aconteceu com a Rede NGT, uma emissora de menor porte, que deixou de atrair grandes redes e passou a vender espaços para igrejas de bairro, mesmo estando presente nas maiores capitais.

 

       Bolsonaristas boicotam Piracanjuba e criam campanha pró-Ninho; marcas são da mesma fabricante

 

A marca de laticínios Piracanjuba vem sendo alvo de boicote por grupos bolsonaristas. Os apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usaram as redes sociais para propor um boicote à empresa goiana, após uma ação publicitária com a cantora Ivete Sangalo.

A baiana é garota propaganda da marca desde 2019. O motivo do boicote é que Ivete faz críticas frequentes à gestão de Bolsonaro e declarou apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições de 2022.

Vídeos que circulam no X (antigo Twitter) mostram os bolsonaristas incentivando a troca pelo leite Ninho, da Nestlé. O que talvez muitos dos “patriotas” não tenham se atentado é que as as duas marcas são produzidas pela mesma fabricante, dona da Piracanjuba.

Em 2019, a Nestlé, dona da marca Ninho, fechou acordo com a Laticínios Bela Vista para a produção e distribuição de leite longa vida no Brasil. A fabricante Bela Vista é dona da Piracanjuba.

“Acabei de ver que bolsonaristas estão boicotando a Piracanjuba e falando para comprarem leite da Nestlé. Uma pesquisada básica evitaria passar tanta vergonha”, escreveu um perfil no X.

O acordo entre a Nestlé e a Bela Vista inclui o licenciamento das marcas Ninho e Molico no segmento de leite líquido. O prazo do licenciamento é de dez anos.

 

       Quem é Capixaba, suspeito de fornecer metralhadoras do Exército à facção de traficantes do Rio

 

O Exército e a Polícia Civil do Rio de Janeiro buscam informações para localizar Jesser Marques Fidelix, de 30 anos, suspeito de fornecer a criminosos da maior facção de tráfico de drogas do Rio as metralhadoras furtadas do Arsenal de Guerra, em Barueri, São Paulo, em setembro passado.

De acordo com as investigações, Jesser é chamado de Capixaba em um vídeo enviado para traficantes do RJ.

Na gravação, um homem, ainda não identificado, pergunta a ele como embalar as "armas de guerra".

•        Matuto de facção

A Polícia Civil do RJ aponta Jesser como "matuto" - fornecedor de drogas e armas - do Comando Vermelho. Na verdade, um dos criminosos que abastecem a facção carioca.

Mas a ficha policial de Capixaba já é conhecida das polícias Civil e Federal. Com base em São Paulo, Jesser foi investigado pela PF por estar utilizando um veículo roubado, em Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul.

Na ficha dele consta ainda uma investigação por estelionato, no Leme, e casos de receptação. Com endereços no Espírito Santo e em Macaé, no Norte Fluminense, Jesser já foi preso duas vezes, mas foi posto em liberdade dois dias depois, segundo apurou o g1.

 

Fonte: O Cafezinho/Agencia Estado/DCM/Terra/g1

 

Nenhum comentário: