Projeto 2025: Plano de poder de Donald
Trump é mapa das suas falhas
Como tantos, ouvi
falar muito sobre o Projeto 2025, o roteiro da Fundação
Heritage (um think tank conservador dos EUA) para as ações que
Trump deve tomar se conquistar a presidência. Dada a centralidade da Fundação
Heritage no projeto autoritário americano, é tão horrível e
assustador quanto se poderia esperar.
Mas (quase) todas as
matérias e comentários sobre o Projeto 2025 erram o alvo. Só um autor que li
até agora percebeu imediatamente o verdadeiro significado do Projeto
2025: Rick Perlstein, do
site The American Prospect, o que não surpreende, porque Perlstein
é, dentro da esquerda, um dos maiores historiadores dos movimentos de direita.
Como aponta Perlstein,
o Projeto 2025 não é novidade. A Fundação Heritage e seus aliados já produziram
documentos assim, com muitas orientações políticas idênticas, na preparação de
muitas eleições presidenciais. Perlstein defende que o discurso de posse do
ex-presidente americano Warren G. Harding, em 1921, traduz muito desse
espírito, assim como a promessa de campanha de Nixon em 1973 para “deixar o
país tão à direita até ‘que nem seja mais reconhecível'”.
As ameaças à democracia e
suas instituições não são novas. Há mais de um século a
direita vem empenhada em sua destruição. Como diz Perlstein, o objetivo dessa
observação não é subestimar o perigo, mas dar contexto. A direta
americana, desde a fundação da república, está comprometida com a criação de um
sistema de aristocratas hereditário, que governam sem “interferência” das
instituições democráticas, de tal forma que seu poder de explorar a riqueza dos
povos originários, dos trabalhadores e da própria terra só seja controlada por
suas disputas com outros aristocratas. O projeto da direita se baseia em uma
crença na providência: que a bênção divina
brilha sobre as melhores criações de Deus e as eleva à riqueza e ao poder. O
lugar de elite é comprovação de mérito, e o mérito é “o que leva ao lugar de
elite”.
Quando uma pessoa rica
funda uma dinastia intergeracional de riqueza e poder, isso nada mais é que
uma meritocracia hereditária: uma linhagem envolta no
favor divino. Essa crença às vezes se reveste de uma pseudociência com a régua
na mão, que considera que a “boa linhagem” reflete uma genética superior,
e não as bênçãos do Todo-Poderoso. É claro que um verdadeiro aristocrata
americano enfeita seu “realismo racial” com bobagens místicas: “Deus me
abençoou com uma genética superior”. O corolário, claro, é que você é pobre
porque Deus não te abençoa, ou porque sua genética é ruim, ou porque Deus te
puniu com uma genética ruim.
Então sim, devemos ficar
alarmados com as pautas da direita. Devemos ficar assustados com o quanto elas
ganharam terreno, e como a direita dos EUA roubou eleições e vagas na Suprema
Corte para consagrar a lógica antimajoritária como um fato aparentemente
permanente da vida, que dá às minorias extremistas o poder de impor sua vontade
contra os demais, e nos condenar a um planeta torrado, nascimentos forçados,
miséria racistas, e o setor de saúde mais caro e com pior desempenho no mundo.
Mas embora a direita
tenha dinamitado muitos dos caminhos que levariam a um futuro próspero e
humanizado, é um grande erro pensar nela como uma força estável e unificada,
que marcha inexoravelmente para uma vitória após a outra. A direita americana é
uma aliança frágil, liderada por um punhado de plutocratas que convenceram um
monte de perus a votarem a favor do Natal.
A aliança de direita
precisa ceder aos extremistas do nascimento forçado, aos extremistas racistas,
aos extremistas do domínio cristão (de
vários tipos), aos rabugentos anticomunistas, aos homofóbicos e transfóbicos
perversos, etc etc etc. Não é fácil atender a todos esses grupos: para começar,
eles costumam querer coisas opostas – a política de nascimentos forçados
pós-Roe (Roe vs Wade, a decisão da Suprema Corte que garantia o direito ao
aborto e foi recentemente revogada) é extremamente impopular entre
os conservadores, à exceção de um grupo de malucos totalmente delirantes de
quem o partido depende como parte de uma aliança muito mais ampla. Ainda mais
impopulares são as medidas que proíbem medidas de contracepção, como as que
estão descritas no Projeto 2025. Menos popular ainda: a proposta de proibição
do divórcio sem culpa. Cada uma dessas políticas é muito popular em
determinados eleitorados, mas quando todas são reunidas, chegamos ao que Dan Savage chamou de
“maridos que você não pode largar, gestações que você não pode evitar ou
interromper, políticos que você não pode remover pelo voto”.
O eleitorado de
“maridos que você não pode largar, gestações que você não pode evitar ou
interromper, políticos que você não pode remover pelo voto” é muito pequeno.
Quase ninguém na aliança do Partido Republicano está votando em prol de tudo isso,
eles votam a favor de uma ou duas dessas coisas, e tampam o nariz em relação ao
restante.
Vamos pensar na ala
“libertária” do partido: seus integrantes são a favor da
liberdade individual… eles só são mais a favor de redução tributária para eles do
que de liberdade individual para você. O tipo de lunático que
votaria em uma marmota atropelada se isso fosse diminuir cinquenta centavos na
sua tributação também aceitaria muito bem que seus parceiros de coalizão
estuprem mulheres grávidas com ultrassons transvaginais desnecessários e as obriguem
a carregar a termo fetos indesejados, se for esse o preço que ele precisa
pagar para economizar centavos em tributos.
E, claro, os maníacos
religiosos que professam um compromisso total com a virtude bíblica, mas
idolatram Trump, Gaetz, Limbaugh, Gingrich, Reagan, e toda a corja de
mentirosos, abusadores de crianças e viciados em drogas diretamente saídos de
um panfleto de catecismo sabe que esses homens nunca deram a
mínima para Jesus, os apóstolos ou os Dez Mandamentos – mas votam neles porque
vão instituir oração nas escolas, proibição total ao aborto e educação
domiciliar sem regulação, para que eles possam fazer a lavagem cerebral de uma
geração de literalistas bíblicos que acham que a Terra tem 5 mil anos de idade
e que Jesus era branco e super amigo dos ricos.
Os líderes do
movimento conservador vêm repetidamente se mostrando capazes de atos de uma
crueldade inacreditável, e sem dúvida muitos deles são sádicos depravados que
realmente desfrutam do sofrimento de seus inimigos (como a alegria incontida de
Steven Miller, lambe-botas de Trump, diante da ideia de que os pais nunca voltariam
a encontrar os filhos depois de serem separados na fronteira). Mas é um
erro pensar que “a crueldade é o objetivo”. O objetivo da crueldade é reunir e
manter a aliança. A crueldade é a tática. O poder é o objetivo.
A direita reuniu muito
poder, que foi obtido mantendo a coesão entre pessoas com éticas e propósitos
irreconciliáveis. Um exemplo é a coligação pró-genocídio, que inclui
etno-nacionalistas judeus de extrema direita, cristãos apocalípticos
antissemitas que acreditam estar acelerando o final dos tempos, e islamofóbicos
de todos os tipos, de remanescentes da Guerra ao Terror a nacionalistas hindus.
É uma coligação
bastante improvável, e embora eu lamente os seus propósitos, a coesão não deixa
de me impressionar. Dá para imaginar o tipo de trabalho de bastidores
necessário para levar antissemitas que acham que os judeus secretamente
controlam o mundo a fazerem lobby com sionistas? Ou para conseguir que os
sionistas colaborem com aspirantes a Hitler negacionistas do Holocausto, cujo
maior arrependimento é não terem levado suas braçadeiras a Charlottesville?
Isso me leva de volta
ao Projeto 2025 e seu verdadeiro significado. Como escreve Perlstein, o Projeto
2025 é uma bagunça. Com suas 900 páginas, grandes seções do Projeto
2025 se contradizem frontalmente entre si, enquanto outras contêm contradições
sutis que não dá para perceber sem uma formação no linguajar específico do
jargão e da história da direita.
Por exemplo, o Projeto
2025 propõe retirar o financiamento de vários órgãos do governo, e reaproveitar
os mesmos órgãos para levar a cabo atrocidades
extraordinárias. Ambas as ações são deploráveis, mas também são mutuamente
excludentes. O Projeto 2025 exige quatro versões
diferentes e completamente incompatíveis da política comercial dos EUA. Mas
isso pelo menos ainda é melhor que o capítulo sobre política monetária, que
simplesmente elenca todas as teorias da direita sobre
dinheiro, e depois lava as mãos e não recomenda nenhuma delas.
Perlstein considera
que esses conflitos, lacunas e contradições são as partes mais importantes do Projeto
2025. Essas são as linhas de fratura da aliança: as ideias
conflitantes que encontram apoio suficiente para que nenhum dos lados possa
triunfar sobre o outro. Esses são os conflitos tão centrais
para as prioridades de blocos tão importantes para a coligação
que eles precisam ser incluídos, mesmo que essa inclusão
represente um sinal luminoso de “OLHE PARA MIM” que nos mostra onde a direita
está pronta para se dividir.
A direita é muito boa
nisso. Perlstein cita a ampliação das ações afirmativas por Nixon, que
aconteceu para semear a cisão entre trabalhadores brancos e negros. Precisamos
melhorar nisso.
Até agora, dedicamos
atenção às propostas mais claras e enfáticas do Projeto 2025, por razões
compreensíveis. Essas são as coisas que eles dizem que querem fazer.
Seria imprudência ignorá-las. Mas faz um século que eles vêm dizendo coisas
assim. Essas exigências constituem um argumento convincente para combatê-las
urgentemente, com a intenção de vencer. E para vencer, precisamos dividir a
coligação.
Perlstein nos convida
a dissecar o Projeto 2025, destrinchá-lo nas juntas. Para fazer isso, ele diz
que precisamos compreender seus antecedentes, como o “Manual Malek” de Nixon,
um guia para acabar com a vida dos servidores públicos que não demonstravam lealdade
suficiente a Nixon. O Manual Malek descrevia, por exemplo, a “Técnica do Caixeiro-Viajante“,
em que um funcionário público recebia tarefas que o faziam “atravessar o país
de um lado a outro para chegar a cidades (idealmente com as piores acomodações
possíveis) de até 20 mil habitantes. Enquanto sua esposa não o ameaça com o
divórcio se ele não pedir as contas, você o deixa fora da cidade e do caminho”.
Não é coincidência que
historiadores de esquerda que estudam a direita estejam recebendo muita
atenção. O trumpismo não brotou do nada: Trump é burro e indisciplinado demais para
ser a causa, ele é um efeito. Em sua excelente obra
recordista de vendas sobre a história da direita no começo da década de
1990, When the Clock Broke (Quando o Relógio Quebrou), John Ganz nos apresenta o
pântano de onde brotou Trump, com protagonistas como o eugenista fascista Sam
Francis.
Ganz se une a outros,
como o podcast Know Your Enemy (Conheça Seu Inimigo), que traça uma história indispensável dos
movimentos reacionários e faz um excelente trabalho de rastrear as linhas de
fratura da aliança de direita.
Os progressistas também são
uma coligação desconfortável que se fragmenta com facilidade. Como
defende Naomi Klein em sua
fundamental obra Doppelganger, a aliança entre os liberais e a
esquerda é intrinsecamente instável e contém as sementes da sua própria
destruição.
Os liberais vêm sendo
os parceiros principais dessa coligação, e seu compromisso com a preservação
das instituições por seu próprio mérito (e não pelo que elas
podem fazer para promover a prosperidade humana) produziu gerações de respostas
fracas e ineficazes às crises do capitalismo em estágio terminal, como a ideia
de que o perdão das dívidas estudantis deve estar condicionado à comprovação de baixa renda.
A última tentativa de
criar uma aristocracia americana foi derrotada pela rejeição às
instituições, não por sua preservação. Quando a Suprema Corte se opôs ao New
Deal, o então presidente, Franklin Delano Roosevelt, anunciou sua intenção
de aumentar o número de
ministros do tribunal, e deu início a esse processo (o que incluiu ataques
diretos contra os opositores em seu próprio partido). Não à toa, foi mais ou
menos o que Lincoln fez quando a Suprema Corte barrou a Reconstrução.
Mas os liberais à
frente do movimento progressista rejeitam a possibilidade de ampliar o tribunal
como pouco séria e impraticável, a despeito do fato de que eles não têm plano
nenhum para resgatar os EUA dos extremistas que aceitam suborno, do estuprador
com acusação plausível, e dos três que roubaram suas togas. No final das
contas, os liberais defendem a Suprema Corte porque ela é a
Suprema Corte. Eu também já defendi a Suprema corte, enquanto ela ainda era um
órgão vestigial da revolução dos direitos humanos, que melhorou as vidas de
milhões de americanos. Vale a pena defender os direitos humanos, não a Suprema
Corte. Se a Suprema Corte estiver no caminho dos direitos humanos, que se dane
a Suprema Corte. Pode deixar de lado. Aumentar o número de ministros.
Transformar em piada.
Foda-se.
O objetivo aqui não é
defender que a esquerda se separe da aliança progressista. Como vimos na
França, a separação neste momento é um convite à literal tomada fascista do
poder.
Mas se há uma coisa
que a ascensão do trumpismo provou, é que os partidos não estão imunes a serem
tomados de suas lideranças tradicionais por grupos radicais.
Além disso, existe uma
aliança muito mais natural que a esquerda pode mobilizar: os
trabalhadores. Ser um trabalhador, isto é, pagar suas contas com dinheiro
de salário, não de lucro, não é uma ideologia que você
possa mudar, é um fato. Um nacionalista cristão pode mudar suas
crenças e deixar de ser um nacionalista cristão. Mas não importa no que um
trabalhador acredita, ele ainda é um trabalhador, e tem um conflito
insuperável com as pessoas cujo dinheiro vem do lucro, da especulação, ou dos
aluguéis. Não existe uma forma objetivamente justa de dividir os lucros gerados
pela atividade de um trabalhador, e seu patrão sempre vai pagar o mínimo que
puder dessa mais-valia. Quanto mais salário eles levam para casa, menos lucro
para o patrão, menos dividendos para os acionistas, e menos rendimento para
os rentistas.
Reavivar o papel dos
trabalhadores nos sindicatos, e dos sindicatos no Partido Democrata, é a chave
para construir dentro do partido o poder necessário para ir atrás de
soluções reais – medidas fortes contra os monopólios, ação
climática urgente, proteção às minorias de gênero, raça e sexualidade, e
moradia, educação e saúde de qualidade.
A alternativa a um
Partido Democrata liderado pelos trabalhadores é um Partido Democrata liderado
por suas elites, cujos ditames e políticas são inevitavelmente ilegítimos. Como
escreve Hamilton Nolan, a
discussão totalmente razoável sobre a capacidade de Biden de derrotar Trump foi
desviada pela estrutura antidemocrática dos
democratas. No final das contas, a decisão de realizar uma convenção aberta ou
insistir em um candidato cuja campanha vinha sendo marcada por problemas significativos
tinha ficado nas mãos de uma panelinha de dirigentes do partido, que atuavam
sem nenhum limite formal ou autoridade.
Descartar Biden porque
George Clooney (ou Nancy Pelosi) mandou nunca teria uma aparência de
legitimidade para seus apoiadores dentro do partido. Mas se o movimento por uma
convenção aberta tivesse vindo a partir de sindicatos controlados pela base,
que controlassem eles mesmos o partido – como era o caso, até a revolução
Reagan – então haveria a sensação de que o partido tinha eleitores, e estava
agindo em nome deles.
Reavivar o movimento
trabalhista após 40 anos de guerra da política econômica de Reagan contra os
trabalhadores parece uma tarefa ingrata, mas os EUA estão vivendo um
renascimento do trabalhismo, e as brasas do radicalismo trabalhista, enterradas
há muito tempo nas cinzas, estão se reacendendo. Além disso, repelir o fascismo
é o que os movimentos de trabalhadores fazem melhor. Os empresários
sempre vão nos vender para os nazistas em troca de impostos mais baixos,
mão-de-obra barata e desregulamentação.
Mas os trabalhadores,
organizados em torno dos seus interesses de classe, resistem. Há algumas
semanas, perdemos uma das chamas mais vivas do trabalhismo americano. Jane McAlevey, uma
excepcional sindicalista e formadora de sindicalistas, morreu de câncer aos 57
anos de idade.
McAlevey lutou para
vencer. Ela era descrente em relação aos chavões como “dizer a verdade ao
poder”, e sempre exigia uma explicação de como o discurso ia se transformar em
ação. Em seu clássico livro A Collective Bargain (Um
Acordo Coletivo), ela descreve como construir o poder dos trabalhadores.
McAlevey ajudou a
organizar uma série de greves bem-sucedidas, incluindo a greve de professores
de Los Angeles em 2019. Seu método era simples: tudo que é preciso fazer para
vencer uma greve ou campanha sindical é descobrir como convencer todos os
trabalhadores do local a apoiarem o sindicato. É só isso.
Claro, é muito mais
difícil na prática. Todos os problemas que afligem as alianças, especialmente a
coligação entre liberais e a esquerda, já estão presentes no chão de fábrica.
Alguns trabalhadores não gostam uns dos outros. Alguns não consideram que seus
interesses estão alinhados aos dos outros. Alguns são rudes. Alguns estão
convencidos de que a vitória é impossível.
McAlevey estabeleceu
um programa de organização que buscava encontrar formas de
alcançar cada um dos trabalhadores, conversar com eles,
ouvi-los, compreendê-los e conquistá-los. Nunca li ou ouvi
alguém falar de maneira mais clara, prática e inspiradora sobre a construção de
alianças.
Biden nunca foi meu
candidato. Eu apoiei três outros candidatos antes dele em
2020. Quando ele assumiu o mandato e começou a fazer algumas poucas coisas de
que eu gostei muito, isso não me fez gostar dele. Eu
sabia quem ele era: senador dos bancos, cuja longa carreira política tinha sido
repleta de projetos de lei, votos e discursos que comprovavam que nós
poderíamos ter objetivos em comum, mas não queríamos o mesmo país, nem o mesmo
mundo.
Meu interesse em Biden
ao longo dos últimos quatro anos teve duas áreas de concentração: como
convencê-lo a fazer mais coisas que nos deixarão
em situação melhor, e a fazer menos coisas que deixarão o
mundo pior. Quando penso nos próximos quatro anos, estou
pensando sobre as mesmas coisas. Uma presidência de Trump teria muito mais
coisas ruins e muito menos coisas boas.
Muitas pessoas de quem
eu gosto e em quem confio apontaram que não gostavam de Biden e achavam que ele
seria um presidente ruim, mas que também achavam que Trump seria muito pior. Para limitar os
danos causado por pessoas como Biden, a esquerda precisa tomar o Partido
Democrata e o movimento progressista, para que elas sejam contidas por sua base
de poder. Para limitar os danos causados por Trump, a esquerda
precisa identificar as linhas de fratura na coligação de direita, e aprofundar
essas fissuras, estilhaçando sua base de poder.
Fonte: Publicada no
site Pluralistic, traduzida por The Intercept em parceria com Cory Doctorow
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