Agosto Branco reforça importância do
diagnóstico precoce do câncer de pulmão
Agosto Branco é o mês
dedicado à conscientização sobre o câncer de pulmão, um dos tipos de câncer
mais letais no mundo. A campanha destaca a importância do diagnóstico precoce,
que pode aumentar muito as chances de cura e melhorar a qualidade de vida dos
pacientes. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) revelam que são
esperados 704 mil casos novos de câncer de pulmão no Brasil para cada ano do
triênio 2023-2025. Este tipo de tumor é o terceiro mais frequente entre os
homens e o quarto mais comum entre as mulheres, com 28.620 mortes registradas
no último levantamento. Os números do INCA mostram, ainda, que a taxa de
mortalidade por câncer de pulmão é alta, em parte devido ao diagnóstico tardio.
A maioria dos casos é descoberta em estágios avançados. Por isso, a doença é
responsável por cerca de 28 mil mortes por ano no país.
De acordo com o
cirurgião torácico Pedro Leite, coordenador do Núcleo de Cirurgia Torácica do
Instituto Brasileiro de Cirurgia Robótica (IBCR), o diagnóstico precoce é
fundamental porque quando a doença é detectada nos estágios iniciais, as opções
de tratamento são mais eficazes. “Intervenções cirúrgicas minimamente
invasivas, como a cirurgia robótica, que preserva mais tecido saudável e
proporciona uma recuperação mais rápida para o paciente, quando realizadas no
tempo certo, ampliam muito as chances de sucesso do tratamento” explicou o
especialista.
Apesar de ter
abandonado o vício há 35 anos, a comerciante Nilzete Rosa Barreto (69) acredita
que os 20 anos em que fumou contribuíram para o desenvolvimento do câncer de
pulmão. Felizmente, ela descobriu a doença em estágio bem inicial. Foi
monitorada por um tempo e quando o especialista percebeu que o nódulo pulmonar
apresentou sinais de alarme, realizou uma cirurgia robótica minimamente
invasiva considerada poupadora, ou seja, mais econômica. “Livre da doença e me
sentindo bem, sigo acompanhada por meu cirurgião torácico e minha oncologista.
Espero que não haja recidiva”, contou.
Os sintomas do câncer
de pulmão podem ser sutis nos estágios iniciais, dificultando a detecção
precoce. Entre os mais comuns estão a tosse persistente, que pode piorar com o
tempo; dor no peito, que se intensifica ao respirar profundamente, rir ou
tossir; rouquidão; perda de peso e apetite sem motivo aparente; falta de ar e
cansaço constante. Em casos mais avançados, pode haver a presença de sangue no
escarro e infecções respiratórias recorrentes, como bronquite e pneumonia. Por
isso, é essencial que indivíduos com histórico de tabagismo ou exposição a
agentes cancerígenos fiquem atentos a esses sintomas e façam acompanhamento
médico regular mesmo se assintomáticos. Atualmente sabe-se que o rastreamento
do câncer de pulmão com uma tomografia de tórax de baixa dose de radiação é
capaz de diagnosticar precocemente o câncer de pulmão.
Segundo Pedro Leite, o
tratamento do câncer de pulmão tem avançado significativamente, com técnicas
menos invasivas e mais eficazes. “A tecnologia robótica permite uma precisão
maior nas cirurgias, minimizando os riscos e acelerando a recuperação,” destacou
o especialista. Além da cirurgia, terapias como a imunoterapia e a terapia-alvo
têm mostrado resultados promissores, oferecendo novas esperanças para os
pacientes.
Os principais fatores
de risco do câncer de pulmão incluem tabagismo, exposição a fumantes passivos,
exposição a substâncias cancerígenas como amianto e radônio, histórico familiar
de câncer de pulmão, poluição do ar e doenças pulmonares crônicas. A campanha
Agosto Branco ressalta a necessidade de conscientização sobre esses fatores e a
importância do diagnóstico precoce da doença. “Abandonar o tabagismo e realizar
exames periódicos são nossas maiores armas contra o tumor,” concluiu Pedro
Leite.
Fonte: Carla Santana -
Assessora de Imprensa
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