Biden deixou pouco tempo para Democratas
consolidarem a candidatura de Kamala Harris
O presidente Joe Biden finalmente desistiu da disputa eleitoral, 24 dias depois do desempenho desastroso no debate eleitoral
com Donald Trump, e deixou os democratas com pouquíssimo tempo, diante do
duro desafio de se unirem em torno de um nome — o da vice-presidente Kamala Harris.
A janela é apertada e
o potencial para o caos, extenso. O pior cenário para o partido será o de uma
luta interna acirrada em uma convenção aberta, sem um candidato com maioria
clara de delegados.
Biden apoiou rapidamente sua vice-presidente, que teve o endosso
de expoentes do partido. Isso não significa
que os delegados transfiram seus votos automaticamente para ela, que passou os
últimos à sombra do presidente.
As pesquisas indicam
que, apesar de impopular, Harris é a mais bem posicionada, entre outros
supostos postulantes, para enfrentar Trump em 5 de novembro. A vice-presidente e o candidato republicano estariam
tecnicamente empatados, com ligeira vantagem para o ex-presidente, segundo
pesquisas da Ipsos e da CNN.
Entre os cogitados
para a disputa democrata, os governadores da Pensilvânia, Josh Shapiro, e da
Califórnia, Gavin Newson, já disseram que não irão concorrer. Os dois apoiaram
Harris. A governadora de Michigan, Gretchen Whitmer, fará o mesmo, segundo a Bloomberg
—ela é outra cotada.
Os democratas têm
trabalho pela frente para que a decisão de Biden de abandonar a corrida à Casa
Branca seja inteligente e não catastrófica, assinalou Seth Masket, diretor do
Centro de Política Americana da Universidade de Denver:
"Kamala Harris
precisa se mostrar capaz de consolidar rapidamente o apoio do partido,
tranquilizar os grupos que estavam confortáveis com Biden de que ela será tão
boa nas questões que importam e impressionar os eleitores em sua capacidade de
derrotar Trump."
·
Incerteza
Se Harris não
conseguir unir o partido, a convenção democrata, que começa no dia 19 de
agosto, em Chicago, poderá se transformar num palco confuso e imprevisível para
os seus eleitores. A escolha de um vice para compor a chapa é outra
incerteza.
Até a convenção,
haverá instrumentos para medir a temperatura destas águas turbulentas —uma
votação virtual de delegados, que seria agendada para o início de agosto.
A última vez que o
partido enfrentou uma convenção aberta foi em 1968, também em Chicago, depois
que o presidente Lyndon B. Johnson desistiu da reeleição. A diferença é
que sua decisão foi anunciada meses antes da convenção, dominada pelos
protestos que agitavam o país contra a guerra do Vietnã.
O vice-presidente
Hubert H. Humphrey herdou os delegados de Johnson e acabou indicado pelo
partido, sem concorrer a nenhuma primária. Mas foi derrotado pelo
republicano Richard Nixon na eleição.
·
Quem é Kamala Harris,
vice-presidente dos EUA que recebeu apoio de Joe Biden
A atual
vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris,
recebeu o apoio do presidente Joe Biden — que anunciou
neste domingo (21/7) sua desistência de tentar
a reeleição — para substituí-lo na disputa contra Donald Trump.
Em uma postagem nas
redes sociais, Biden declarou seu "total apoio e endosso para que Kamala
seja a candidata de nosso partido este ano" e acrescentou:
"Democratas — é hora de nos unirmos e derrotar Trump. Vamos fazer
isso."
Harris respondeu
dizendo que fará "tudo ao meu alcance para unir o Partido Democrata – e
unir nossa nação – para derrotar Donald Trump e sua agenda extrema".
"Temos 107 dias
até o dia da eleição. Juntos, lutaremos. E juntos, venceremos", escreveu a
vice-presidente num comunicado.
Harris ainda descreveu
a decisão de Biden como um "ato altruísta e patriótico" e diz que
está "honrada" por ter o endosso do presidente.
A decisão de Biden
altera a dinâmica da corrida pela Casa Branca. Embora o atual presidente tenha
apoiado Kamala Harris, ela ainda precisará ser formalmente escolhida como
candidata durante a convenção do Partido Democrata, que ocorrerá de 19 a 22 de
agosto.
Mas quem é Kamala
Harris, a vice-presidente dos Estados Unidos agora escolhida por Biden para
sucedê-lo na corrida presidencial?
Filha de imigrantes
(mãe indiana, pai jamaicano), Kamala Harris, de 59 anos, foi a primeira mulher
a ocupar o cargo de vice-presidente dos Estados Unidos.
Agora, ela pode ser a
escolha do Partido Democrata para evitar que o republicano conquiste a
presidência novamente, em um momento desafiador para o partido, com Trump
liderando as pesquisas de intenção de voto.
A própria Kamala
Harris enfrenta problemas de popularidade, mesmo com a visibilidade do cargo
que ocupa.
Segundo um compilado
de pesquisas do FiveThirtyEight, 51% dos americanos desaprovam Harris, enquanto
37% a aprovam.
Por outro lado,
apoiadores da vice-presidente citam uma pesquisa recente da emissora americana
CNN sugerindo que ela se sairia melhor do que Biden na disputa contra Trump nas
eleições de novembro.
Em uma disputa direta,
Harris aparece apenas dois pontos atrás do republicano, enquanto Biden ficaria
seis pontos atrás.
A pesquisa, feita
antes do atentado contra Trump, também
sugeriu que Harris teria um desempenho melhor do que Biden entre eleitores
independentes e mulheres.
Harris já provou ser
uma aliada leal de Biden e defendeu seu desempenho no primeiro debate da
campanha, quando o presidente foi duramente criticado por seu desempenho.
Após o evento, ela
admitiu que Biden teve um "início lento", mas disse que ele forneceu
respostas mais completas do que Trump.
Dias depois do debate,
à medida que crescia a preocupação sobre a capacidade de Biden de permanecer na
disputa, Harris reiterou seu apoio.
"Olha, Joe Biden
é o nosso indicado. Vencemos Trump uma vez e vamos vencê-lo novamente, ponto
final", disse ela. "Tenho orgulho de ser companheira de chapa de Joe
Biden."
Harris cursou a
tradicional universidade Howard, onde estudou Direito. Ela iniciou sua carreira
na promotoria do condado de Alameda, na Califórnia.
Tornou-se
promotora-chefe em San Francisco em 2003, antes de ser eleita a primeira mulher
negra procuradora-geral da Califórnia. No cargo, ganhou reputação como estrela
ascendente do Partido Democrata, até ser eleita ao Senado americano.
No Legislativo, Harris
se destacou por seus ásperos questionamentos a dois indicados por Trump — Brett
Kavanaugh, então nomeado à Suprema Corte, e William Barr, nomeado ao cargo
equivalente a ministro da Justiça.
Quando ela anunciou
sua pré-candidatura à presidência, em 2020, houve entusiasmo entre os
progressistas.
Mas logo ela começou a
ser criticada por não trazer respostas claras a problemas amplos e cruciais,
como saúde. Acabou perdendo a candidatura principal para Biden, de quem se
tornou vice.
Harris tentou caminhar
sobre a tênue linha que separa moderados e progressistas no Partido Democrata,
mas acabou não fidelizando nenhum desses públicos.
Apesar de ter tido
baixos índices de aprovação durante seu mandato como vice-presidente,
apoiadores de Harris apontam para a sua defesa dos direitos reprodutivos, o
apelo entre os eleitores negros e seu passado como promotora que concorre
contra Trump, que já foi condenado pela Justiça.
"Acredito que ela
tem sido fundamental na abordagem de questões-chave, como o direito de voto e a
reforma da imigração", diz Nadia Brown, diretora do Programa de Estudos
sobre Mulheres e Gênero da Universidade de Georgetown.
<><>
Questões reprodutivas
Durante seu tempo como
vice-presidente, Kamala Harris se concentrou em várias iniciativas importantes
e desempenhou um papel central em algumas das conquistas mais elogiadas do
governo Biden.
Ela liderou a campanha
"Luta pelas Liberdades Reprodutivas", defendendo o direito das
mulheres de tomarem decisões sobre seus próprios corpos.
Harris destacou os
danos causados pela proibição do aborto e pediu ao Congresso a restauração das
proteções do caso Roe v. Wade, que garantiam o direito ao aborto nos EUA até
serem anuladas pela Suprema Corte em 2022.
Harris também
estabeleceu um recorde ao dar o maior número de votos de desempate por um
vice-presidente na história do Senado, um dos poderes do cargo.
Seu voto foi crucial
para a aprovação da Lei de Redução da Inflação e do Plano de Resgate Americano,
que forneceu financiamento emergencial para enfrentar a pandemia de covid-19,
incluindo pagamentos de auxílio.
Além disso, seu voto
de desempate confirmou o juiz Ketanji Brown Jackson para a Suprema Corte.
No entanto, Harris
enfrentou desafios em construir sua imagem pública, recebendo críticas de
diferentes frentes.
Apesar de suas
posições progressistas em questões como casamento gay e pena de morte, alguns
eleitores democratas a consideraram "não suficientemente
progressista".
Ela também enfrentou
críticas durante a campanha de 2020 por seu histórico como promotora.
Além disso, Biden
designou Harris para liderar os esforços relacionados à imigração durante um
recorde de entrada de imigrantes pela fronteira com o México.
O governo Biden foi
acusado de não avançar significativamente na questão da imigração, e Harris foi
criticada por levar seis meses para planejar uma visita à fronteira após
assumir o cargo.
No entanto, com o
aumento das especulações sobre a capacidade de Biden de vencer as eleições em
novembro, Harris encontrou recentemente uma base renovada de apoio.
<><>
Identidades
Kamala Harris, nascida
em Oakland, Califórnia, é filha de pais imigrantes: sua mãe nasceu na Índia e
seu pai na Jamaica. Após o divórcio dos pais, quando Harris tinha cinco anos,
ela foi criada principalmente por sua mãe, Shyamala Gopalan Harris, pesquisadora
de câncer e ativista dos direitos civis.
Desde cedo, Kamala foi
influenciada pela cultura indiana através das visitas à Índia com sua mãe, mas
também pela cultura negra de Oakland, na qual sua mãe a inseriu junto com sua
irmã, Maya.
Em sua
autobiografia The Truths We Hold, Harris escreveu: "Minha mãe
entendeu muito bem que ela estava criando duas filhas negras. Ela sabia que sua
terra adotiva veria Maya e eu como meninas negras e estava determinada a
garantir que nos tornaríamos mulheres negras confiantes e orgulhosas."
Essa experiência
multicultural permitiu a Kamala Harris conectar-se com diversas identidades
americanas, servindo como símbolo para regiões com rápidas mudanças
demográficas.
Sua formação na Howard
University, uma instituição historicamente negra, é uma das experiências mais
significativas da sua vida.
Lita
Rosario-Richardson, amiga de Harris na Howard University, recorda:
"Percebi que ela tinha um aguçado senso de argumentação."
Richardson explica que
se tornaram amigas devido ao interesse compartilhado em debates acalorados
sobre política e questões raciais, além da experiência de crescer com mães
solo.
"Sabemos que,
sendo descendentes de pessoas escravizadas e de pessoas negras que saíram da
colonização, temos um papel especial e ter uma educação nos dá uma posição
especial na sociedade para ajudar a efetuar mudanças", acrescenta.
Harris também
enfrentou a experiência de viver em comunidades predominantemente brancas,
incluindo um breve período no Canadá, quando sua mãe lecionou na Universidade
McGill em Montreal.
Harris frequentou a
escola lá por cinco anos e sempre se sentiu confortável com sua identidade,
afirmando ao Washington Post em 2019: "Meu ponto era: eu sou quem sou.
Estou bem com isso."
Em 2014, já senadora,
Kamala Harris casou-se com o advogado Doug Emhoff e se tornou madrasta de seus
dois filhos.
Em um artigo para a
Elle em 2019, ela revelou que preferiu o termo 'momala' em vez de madrasta,
afirmando: "Quando Doug e eu nos casamos, Cole, Ella (os enteados) e eu
concordamos que não gostávamos do termo madrasta. Em vez disso, eles criaram o
nome 'momala'."
A mídia frequentemente
retrata Kamala Harris como o exemplo de uma família americana moderna e
diversificada.
Nadia Brown,
professora associada de ciência política e estudos afro-americanos na
Universidade Purdue, destaca: "Ela é herdeira de um legado de ativistas,
autoridades eleitas e candidatas malsucedidas que abriram este caminho para a
Casa Branca. As mulheres negras são vistas como uma força da natureza na
política democrática e no Partido Democrata."
Brown observa ainda:
"A trajetória dela é histórica, mas não é só dela. É compartilhada com
inúmeras mulheres negras que tornaram este dia possível."
¨ Quais os próximos passos para a escolha de candidato democrata
após desistência de Biden
Após o presidente
dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciar no domingo (21/7) que abandonaria a campanha pela
reeleição, cresceram as especulações sobre quem irá
substituí-lo como nome do Partido Democrata na disputa contra o ex-presidente
Donald Trump.
Biden, que completará
o restante de seu atual mandato, endossou a vice-presidente, Kamala Harris,
para substituí-lo como candidato do Partido Democrata nas eleições marcadas
para 5 de novembro.
A decisão acontece um
mês antes da Convenção Nacional Democrata, que oficializa a chapa para as
eleições.
A seguir, você confere
um guia do que vai acontecer daqui em diante.
·
O que acontece agora?
O último presidente
dos EUA em exercício que abandonou uma campanha pela reeleição foi Lyndon
Baines Johnson, em 1968.
Devido à falta de
precedentes, o cronograma para nomear um novo candidato tão próximo ao dia da
eleição ainda não está claro.
O presidente Biden já
havia conquistado 3.896 delegados, número que supera de longe o mínimo que ele
precisava para garantir a indicação do partido.
Embora o apoio de
Biden faça de Kamala Harris a escolha mais provável para a indicação, os
delegados ainda não estão comprometidos com um candidato específico.
Em última análise,
caberá a eles votar em quem acharem melhor.
·
Pode acontecer uma
convenção aberta?
A Convenção Nacional
Democrata está programada para começar em 19 de agosto.
Se o partido não se
unir para apoiar um novo candidato, poderá preparar o cenário para uma
convenção aberta pela primeira vez desde 1968.
Isso significa que os
delegados decidiriam em quem votar. Os candidatos a liderar a chapa precisam
das assinaturas de pelo menos 300 delegados (não mais do que 50 assinaturas
vindas de um único Estado) para que o nome do concorrente apareça na cédula de votação.
Na sequência, há uma
rodada inicial de votação entre os 3.900 delegados, que inclui eleitores
considerados leais ao Partido Democrata.
Se nenhum candidato
receber a maioria dos votos após esse primeiro turno, novas rodadas de votação
são realizadas. Isso inclui a participação de superdelegados — líderes
partidários e funcionários públicos eleitos — que votam até que um candidato
seja escolhido.
Para garantir a
indicação do partido, um candidato precisa de pelo menos 1.976 votos de
delegados.
·
Como Kamala Harris
aparece na disputa
A vice-presidente
Kamala Harris, de 59 anos, é, neste momento, a melhor posicionada para
substituir Biden na cabeça de chapa.
Logo após a
desistência do presidente no domingo (21/7), Harris confirmou a intenção de "ganhar essa
indicação" e tentar vencer Trump nas eleições de
novembro.
Para isso, ela conta
com o apoio do próprio Biden, que deixou isso claro na mensagem de desistência.
O ex-presidente Bill
Clinton, que governou o país entre 1993 e 2001, e sua esposa Hillary Clinton,
que concorreu contra Trump em 2016, também correram para apoiá-la.
Em uma declaração
publicada no X (o antigo Twitter), eles disseram que "farão tudo que
puderem para apoiá-la".
Além disso, pelo menos
35 representantes democratas e 14 senadores expressaram apoio à campanha de
Kamala Harris no domingo.
Entre eles estão Adam
Schiff, candidato democrata ao Senado na Califórnia e aliado de Nancy Pelosi;
Jim Clyburn, amigo de Joe Biden que elogiou a escolha de Harris como
vice-presidente; e Ted Lieu, vice-presidente do Conselho Democrático da Câmara.
Ilhan Omar, uma
democrata progressista de Minnesota, também apoiou Harris, assim como Jamie
Raskin, de Maryland, que enfatizou a unidade partidária, Robert Garcia, da
Califórnia, aliado de Harris 2020, e Val Hoyle, do Oregon.
A Associação de
Comitês Democráticos Estaduais (ASDC) também anunciou que a "maioria
esmagadora" dos 57 líderes estaduais do Partido Democrata era a favor de
endossar Kamala Harris para substituir Biden.
·
Quem pode competir com
Kamala Harris?
À medida que
aumentavam os pedidos para que Biden desistisse da corrida eleitoral nas
últimas semanas, surgiram vários substitutos em potencial.
A governadora
democrata de Michigan, Gretchen Whitmer, foi apontada como uma possível
candidata, embora tenha afirmado que não consideraria concorrer se o atual
presidente se retirasse da disputa.
No domingo, minutos
após o anúncio de Biden, Whitmer disse que faria tudo o que pudesse "para
eleger democratas e deter Donald Trump".
Outras opções incluem
o governador da Pensilvânia, Josh Shapiro, e o governador de Illinois, JB
Pritzker.
Alguns desses nomes
poderiam ser considerados para o cargo de vice-presidente se Kamala Harris
vencesse a indicação.
O secretário de
Transportes, Pete Buttigieg, e o governador da Califórnia, Gavin Newsom, também
apareceram como possíveis candidatos, mas são considerados menos propensos a
concorrer, já que ambos publicaram mensagens de apoio à candidatura de Kamala
Harris nas últimas horas.
·
O que acontece com as
doações de campanha de Biden?
Um fator que fortalece
Kamala Harris é que ela já arrecadou recursos para a campanha.
A vice-presidente tem
uma vantagem financeira significativa, com US$ 96 milhões de dólares
disponíveis (R$ 538 milhões), o que a permitiria continuar a campanha sem
interrupção.
Se outro candidato
fosse escolhido, a situação financeira poderia se complicar, pois, em
princípio, o dinheiro teria que ser reembolsado aos doadores — embora existam
algumas alternativas, consideradas caras e problemáticas.
Uma opção viável seria
transferir esses fundos diretamente para o Comitê Nacional Democrata, como o
empresário e político Michael Bloomberg fez em 2020, ao fornecer apoio
financeiro considerável ao então candidato Joe Biden.
Outra opção seria
votar em um candidato bilionário, como o governador JB Pritzker, que poderia
autofinanciar a campanha e igualar os recursos do rival republicano.
Além disso, o
comportamento de pequenos doadores será um fator crucial durante esse período
de incertezas.
Embora um novo
candidato possa gerar entusiasmo e atrair novas doações, também existe o risco
de que a arrecadação de fundos diminua se o novo candidato se mostrar menos
competitivo do que Biden.
Fonte: g1/BBC News
Mundo
Nenhum comentário:
Postar um comentário