quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

Saúde mental: como posso enfrentar meus problemas?

Que estratégias eu posso usar para enfrentar uma dificuldade emocional, ou seja, uma dificuldade no campo da saúde mental?

Vamos trazer, aqui, alguns exemplos, mas é claro que existem uma série de estratégias diferentes além destas.

·        Ajuda profissional

Tem gente que prefere focar no enfrentamento do problema. Ou seja, ao detectar uma dificuldade emocional, a pessoa corre para solucionar a questão, quer seja com ajuda de terapia, o que pode envolver estratégias cognitivo-comportamentais, quer seja procurando o médico para usar medicamentos, principalmente se o quadro for mais grave.

·        Entender a emoção

Existem, também, estratégias focadas nas emoções. Isso envolve entender o que a dificuldade está gerando em termos de emoção e comportamento. Por exemplo: será que estou fugindo da resolução de um conflito? Será que fico me comparando negativamente com outras pessoas? Será que eu não estou aceitando mudanças que estão acontecendo comigo? É importante olhar para essas emoções e tentar transformá-las.

·        Fé, família ou rede de apoio

Fé e religiosidade podem ser estratégias de apoio para quem enfrenta uma dificuldade emocional.

O suporte familiar e as redes de apoio também podem ser facilitadores para obter ajuda na transposição dos obstáculos. Então, por exemplo, se eu me sinto sozinho, vou buscar ajuda numa rede de apoio ou com uma pessoa da família com quem me sinto mais à vontade.

·        O importante é ir atrás

Quer seja resolvendo problemas, focando nas emoções, buscando fé e religiosidade, ou recorrendo ao suporte familiar ou de uma rede de apoio, o importante é que quem está em sofrimento psíquico procure alguma forma de ajuda, ou de resolver a questão por trás disso.

Pode ser uma dessas estratégias isoladamente ou a combinação de várias delas. O importante é que a pessoa faça esse movimento, ou que você ajude a pessoa em sofrimento a fazer esse movimento para poder enfrentar a situação.  

·        Onde buscar ajuda

Existem alguns serviços muito bacanas com os quais você pode contar caso precise de ajuda. Um deles é o CVV (Centro de Valorização à Vida), que você pode acessar ligando no 188 ou pelo site (cvv.org.br). Inclusive há um chat que pode ser usado para se conectar com alguém.

Você também pode buscar auxílio profissional dos CAPS, nas Unidades Básicas de Saúde (Saúde da Família, Postos e Centros de Saúde), ou no setor de psiquiatria dos hospitais. Se você suspeitar de uma emergência, não hesite: ligue para o SAMU (192), ou procure um serviço de emergência (em pronto-socorros, hospitais ou numa UPA 24H).

 

Ø  Anticoncepcional altera cérebro e pode aumentar medo, aponta pesquisa

 

Um estudo de endocrinologistas da Universidade de Montreal, no Canadá, apontou que anticoncepcionais hormonais promovem alterações no cérebro que podem resultar em sensação mais comum de medo e insegurança entre suas usuárias.

De acordo com pesquisa publicada na revista Frontiers in Endocrinology, em 7/11, mulheres que usaram métodos contraceptivos desse tipo tinham menor quantidade de massa cinzenta na área responsável por passar a sensação de tranquilidade.

“O resultado pode indicar um mecanismo pelo qual os anticoncepcionais podem prejudicar a regulação emocional nas mulheres“, afirmaram os autores da pesquisa, liderada pela endocrinologista Alexandra Brouillard.

·        Como foi feita a pesquisa?

O estudo avaliou imagens cerebrais de três grupos de mulheres: 62 delas usavam pílulas contraceptivas, 37 já tinham usado e 40 nunca haviam feito uso. Participaram também 41 homens, como grupo controle.

Os exames de imagem apontaram o aspecto e a espessura da massa cerebral dos voluntários. As mulheres que estavam fazendo uso do anticoncepcional eram as únicas que tinham um córtex pré-frontal ventromedial com menos massa do que o dos homens – eles, biologicamente, já possuem essa região com menor volume.

Essa zona cerebral regula as emoções que envolvem reação rápida, especialmente o medo. Ali são processadas informações para que as pessoas avaliem se estão em um ambiente tranquilo e seguro, um processo que resulta na emissão de bloqueadores para os marcadores neurais de insegurança e alerta.

A boa notícia é que o efeito parece reversível, pois as voluntárias que já não usavam o medicamento tinham espessura normal nessa região.

·        A química mental do medo

Os endocrinologistas também analisaram outras zonas do cérebro e descobriram que o córtex cingulado (a região que cria o medo) varia de pessoa para pessoa e que sua medida não está relacionada ao uso de anticoncepcionais.

Com isso, foi possível concluir que as mulheres que usam anticoncepcionais não produzem mais marcadores neurais de medo do que as outras, mas que elas produzem menos reguladores ligados à sensação de tranquilidade e ao controle do medo.

Uma limitação da pesquisa é não considerar fatores sociais que possam justificar que algumas mulheres tenham mais medo do que as demais.

 

Fonte: Terra/Metrópoles

 

Nenhum comentário: