Alopécia
genética: entenda condição e por que afeta homens e mulheres
Um tipo
de calvície, a alopécia androgenética é uma condição genética que leva ao
afinamento progressivo dos fios e à perda capilar. Segundo a dermatologista
Marcia San Juan Dertkigil, especialista em tricologia médica, a principal causa
da condição é a ação do hormônio diidrotestosterona (DHT) nos folículos
capilares, provocando sua miniaturização até a interrupção do crescimento.
Nos
homens, a queda geralmente ocorre na forma de “entradas” e diminuição dos fios
no topo da cabeça, podendo evoluir para calvície total. Já nas mulheres, a
perda é mais difusa, com alargamento da risca central do cabelo, mas sem
formação de áreas completamente calvas.
A
dermatologista Fabiola Bordin, especialista em dermatologia pelo Hospital do
Servidores do Estado do Rio de Janeiro, destaca que a predisposição genética
pode vir tanto do lado materno quanto paterno. Além do fator genético, alguns
hábitos agravam a condição, como tabagismo e exposição solar excessiva.
Embora
afete ambos os sexos, a alopecia androgenética é mais comum em homens devido
aos níveis mais elevados de hormônios masculinos.
- Como tratar a
alopecia androgenética?
O
tratamento envolve o uso de medicamentos como finasterida e
minoxidil,
que ajudam a retardar a progressão da doença e estimular o crescimento capilar.
No entanto, esses medicamentos podem apresentar efeitos colaterais, como
espessamento de pelos corporais, inchaço e, em alguns casos, impactos na libido
e na função erétil.
O transplante capilar
é uma opção para casos avançados, mas deve ser combinado com o uso contínuo
de medicamentos para manutenção dos resultados.
A única
maneira de evitar a progressão da doença e a calvície é fazendo o tratamento
com medicamentos orais ou tópicos em casa e tratamentos de consultório. Eles
fazem o folículo ficar “mais ativo”, aumentando a quantidade de fios e o seu
volume.
Procedimentos
com laser, terapia regenerativa e eletroporação de medicamentos diretamente no
couro cabeludo aceleram bastante a recuperação dos fios. “Muitas vezes, o
paciente chega ao consultório achando que já precisa de implante capilar e
conseguimos reverter o quadro”, afirma Bordin. O tratamento em casa é para a
vida toda. Se o paciente suspende o uso dos medicamentos, o resultado
desaparece em poucos meses.
“Existem
poucos laseres que realmente funcionam, mas estes poucos já geram grande
resultado. E a infusão de medicamentos pela MMP ou pela eletroporação (sem uso
de agulhas) é uma das grandes diferenças dos últimos anos”, acrescenta a
especialista.
“Finasterida
e dutasterida devem ser evitados em pacientes com história de câncer de mama. Também podem gerar
diminuição do volume espermático. Não geram infertilidade, mas, se o homem já
tem um espermograma alterado, pode dificultar a chance de gestação. Estes
efeitos não ocorrem apenas durante o uso do medicamento. Também são relatados
(pequena chance, mas pode ocorrer) diminuição da libido e ereção”, alerta
Bordin.
- Procedimentos
complementares
Além
dos tratamentos medicamentosos, procedimentos como laser e infusão de
medicamentos no couro cabeludo têm mostrado bons resultados nos últimos anos.
Segundo Bordin, a aplicação direta dessas substâncias melhora a eficácia do
tratamento e reduz os efeitos colaterais.
Hábitos
como o uso de shampoos adequados, alimentação balanceada e controle do estresse
também podem ajudar a preservar a saúde capilar. O acompanhamento médico é
essencial para definir a melhor abordagem para cada paciente.
¨ Sarcopenia: a perda
muscular silenciosa que ameaça até os mais jovens
A perda
de massa muscular é um processo natural com o tempo. Mas muitos jovens também
sofrem com músculos enfraquecidos. Remédios para emagrecer e dietas milagrosas
são algumas das causas. O resultado é uma doença chamada sarcopenia. O
doutor Drauzio Varella explicou os riscos e como se prevenir no Fantástico deste domingo (30).
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'Percebi que não tinha mais a força que tive um dia'
A
cirurgiã-dentista Priscila Moreira, de 48 anos, teve uma vida bastante
ativa. Mas percebeu que seu desempenho nas aulas de muay thai já não era mais o
mesmo.
O
diagnóstico veio quando Priscila procurou um especialista.
“Quando
o médico falou sarcopenia para mim, eu me assustei. Achei que nunca ouviria
essa palavra", relata.
A sarcopenia é
a diminuição progressiva de massa muscular. “O nome 'sarco' quer dizer
músculo e 'penia', diminuição.
"Os
indivíduos com sarcopenia têm mais risco de queda, limitação funcional e
alterações que predispõem a uma série de doenças sistêmicas", explica
Clayton Macedo, da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).
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Sarcopenia não é coisa de idoso
Por
muito tempo, a sarcopenia foi considerada uma condição quase exclusiva de
idosos. Mas a ciência revela que este não é mais um problema só da idade
avançada. Os hábitos de vida da população jovem contribuem para o
enfraquecimento muscular. A obsessão por um corpo mais magro aumenta a
incidência dessa perda muscular, preocupante para quem ainda está longe da
velhice.
“Sempre
segui dietas, remédios. Para estar dentro do padrão, às vezes cometemos algumas
irresponsabilidades”, diz Priscila.
Entre
os medicamentos, estão aqueles que ajudam a diminuir o apetite e a aumentar a
sensação de saciedade. Resultado: perda de aproximadamente 20% do peso do
corpo. Mas esse emagrecimento rápido pode ter consequências.
“Quando
o indivíduo perde peso, ele perde gordura e músculo. A perda de gordura é
maior, mas também se perde massa muscular. Essas canetinhas aumentam os
hormônios do apetite, bloqueiam os hormônios da saciedade e baixam a taxa
metabólica. Com isso, o indivíduo acaba reganhando peso. Quando ele reganha
peso, é basicamente gordura', ressalta Clayton Macedo.
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Como saber se sua força muscular está comprometida?
Há
testes simples que podem indicar se a sua musculatura está
enfraquecida. Um deles é o teste de sentar e levantar.
“É um
teste caseiro, fácil de fazer, é validado e ele consiste em medir quantos
segundos se demora para sentar e levantar cinco vezes. Deve ser feito, no
máximo, em 12 segundos, ou talvez estendido na mulher 14 segundos” , destaca
Clayton Macedo, SBEM.
Outra
ferramenta é o hand grip, ou dinamômetro. Ele consiste em fazer uma
pressão com a mão e medir a força que o indivíduo aplica nesse dispositivo.
"Para
mulheres, o ideal é que o resultado seja acima de 16."
Além
disso, exames como a bioimpedância analisam a composição do corpo,
medindo a proporção de músculo e gordura.
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Prevenção começa cedo
A boa
notícia é que a sarcopenia pode ser evitada. Exercícios físicos regulares
e alimentação equilibrada são as principais armas contra a perda muscular.
"Eu
comparo o músculo a uma poupança. Se gastarmos sem controle, vai faltar lá na
frente. Não podemos perder massa muscular sem critério, sem acompanhamento e
sem exercício físico", pontua Clayton Macedo, SBEM.
Priscila
entendeu isso e mudou sua rotina.
“E isso
é uma das coisas que eu procurei um médico também, porque eu quero envelhecer
com qualidade de vida. E para envelhecer com qualidade de vida, a gente tem que
pensar no músculo, com certeza.”
Fonte:
CNN Brasil/g1

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