quinta-feira, 25 de julho de 2024

Após correição do CNJ, TJ-BA debate redução de corregedorias em reforma administrativa

A presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Cynthia Maria Pina Resende, revelou, nesta quarta-feira (24), sobre a possibilidade de uma reforma administrativa em diferentes órgãos do judiciário baiano. A declaração da desembargadora aconteceu durante sessão do TJ-BA.

O posicionamento da presidente chega após a Corregedoria Nacional de Justiça, ligada ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ), estabelecer a correição extraordinária em 13 unidades administrativas e jurisdicionais do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), no último dia 9.

Segundo Cynthia, depois desta sinalização, o foco principal será a reforma administrativa, que de acordo com ela, já foi iniciada pelo o órgão.

“A reforma administrativa já tinha sido recomendada há algum tempo atrás. Essa determinação inclusive eu já tinha pensado em fazer e já tinha até começado a fazer em alguns setores aqui do tribunal, eu considerei que não estava funcionando o que está acontecendo, mas era também da minha vontade eu fazer uma reestruturação geral, mas da parte administrativa. Não estou falando da parte jurídica”, disse.

“O que o CNJ bate muito em cima é que se observa uma certa desorganização administrativa. Eu penso da seguinte forma, Aliás o mundo é bom o número de processos hoje evoluiu, o tribunal não tem conseguido acompanhar essa evolução. Então tá estagnado um ponto é que o gargalo não está sendo muito grande por fazer nós não estamos conseguindo alcançar uma condição de certa excelência nos trabalhos".

Com o TJ-BA sendo o único do Brasil que possui 2 Corregedorias com a mesma competência, a desembargadora apontou a possibilidade de juntar os dois órgãos.

“O que o CNJ bateu muito porque o Estado da Bahia é o único do país que tem duas corregedorias com as mesmas atribuições. Então o que eles ponderaram e se nós quisermos, o ideal é extinguir a do interior. Mas se nós quisermos continuar com alguma coisa comigo e dividir as competências, a do interior voltada para os extrajudiciais como existe em outros estados essa divisão de tarefas o corregedores concordaram  a proposta que está em análise”, revelou.

“Eu concordei que realmente precisaria ser feita essa reformulação. E partir de agora, da próxima semana, principalmente serão feitas algumas mudanças na área administrativa aqui do tribunal, de reestruturação até de estruturação. Tinha setores aqui a exemplo da auditoria que não estavam regulamentados, não estavam de acordo com o que a lei determina. Então isso já foi providenciado também, tudo isso os atos normativos estão sendo elaborados pelas equipes, que estão trabalhando muito aqui durante esses dias e essa reformulação já se iniciou. Mas vai ser mais sedimentado a partir da próxima semana, enquanto isso eu vou precisar muito, mas muito mesmo de todos os colegas, especialmente os colegas da comissão de reforma que já tem trabalhado já entenderam a motivação e tem trabalhado, pois estarei enviando muitos projetos de resolução ou de projetos de lei que precisamos”, explicou Cynthia.

•        Alvo de correição, Comissão Permanente de Segurança do TJ-BA tem novos nomes aprovados para compor grupo

A Comissão Permanente de Segurança do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) terá novos nomes para compor o grupo, que tem como objetivo a segurança institucional de todos os magistrados da Bahia (mais de 600, entre juízes e desembargadores) e das comarcas do Judiciário. A proposta aprovada nesta quarta-feira (24), em pleno do TJ-BA, chega após pedido do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) , durante correição realizada extraordinariamente em 13 unidades administrativas e jurisdicionais do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA).

A presidente do TJ-BA, Cynthia Maria Pina Resende, disse que a mudança se deu pela falta de representantes da Polícia Judiciária, já que o grupo contava somente com desembargadores e juízes. 

“A Comissão de Segurança Institucional, que é uma comissão permanente, foi foco de considerações feitas pelo corregedor nacional no sentido de que a comissão é composta exclusivamente por magistrados, desembargadores e juízes, e estando ausentes representantes da chamada Polícia Judicial, que é a parte operacional da segurança e estava ausente dessa comissão. Aqui, no Tribunal, essa função é centenada pelos policiais militares, componentes do GSI, o Grupo de Segurança Institucional. Então, cumprindo essa determinação do corregedor, é que eu encaminhei a Comissão de Reforma à proposta de alteração da comissão de segurança”, disse Resende.

Desembargador e presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (Amab), Júlio Travessa se manifestou contrário aos nomes apresentados por Cynthia Maria Pina, para integrar a comissão, já não houve a indicação de um integrante da entidade.

O magistério classificou a exclusão como um retrocesso. A votação das mudanças na composição da Comissão Permanente de Segurança ocorreu nesta quarta-feira (24). A presidente do TJ-BA manteve os membros anteriores e adicionou outros nomes representantes da magistratura, Maria de Fátima Monteiro Vilas-Boas, Rosana Cristina Souza Passos Fragoso Modesto Chaves e Isaías Vinícius de Castro Simões; e já membros do Gabinete de Segurança Institucional, Fábio Rodrigo de Melo Oliveira e Cristiano Bittencourt da Silva.

A desembargadora Cynthia sinalizou que os nomes escolhidos seguiram parâmetros estabelecidos pelo CNJ. Após intenso debate, com apoio de desembargadores como Nilson Soares Castelo Branco e Baltazar Miranda. Por fim, foi incluído na proposta que representantes da Amab continuem fazendo parte da comissão.

“Que seja um juiz da Vara Criminal”, pontuou Cynthia ao dizer que a indicação anterior da Amab era da área cível.

•        TJ-BA aprova mudança de critérios para designação de juízes auxiliares na comarca de Salvador

O Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) iniciou a aprovação de uma série de mudanças administrativas no funcionamento e ordenamento da Corte após a realização de uma correição extraordinária em 13 unidades administrativas e jurisdicionais.

Durante votação nesta quarta-feira (24), os desembargadores aprovaram a mudança dos critérios para a designação de juízes auxiliares na comarca de Salvador. Segundo a presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Resende, não havia um "regramento específico" e os juízes eram designados de "forma aleatória".

"Nos foi determinado que fizesse um regramento. Foi encaminhado à comissão de reforma e, com relatoria do desembargador Mário Albiani [Jr.], foi aprovado por unanimidade", disse a presidente.

Com a mudança, as solicitações que eram feitas pelos juízes ficam a cargo da presidência do Tribunal.

"É um tema simples, esse processo administrativo por iniciativa da presidente é um projeto extremamente estruturante. A presidente Cynthia Resende apresentou em atenção a um pedido de providência. É uma proposta de alteração de uma resolução que disciplina a designação de juízes das varas de substituições da comarca da capital e estabelece regras para designação e atuação de juízes auxiliares. Agora fica nas mãos da presidência, de acordo com critérios objetivos, designar juízes auxiliares e substitutos para mitigar o excesso de demandas para o Poder Judiciário", destacou o desembargador Mário Albiani Jr durante apresentação do relatório.

De acordo com a nova norma, a designação prevista será realizada pela presidência do Tribunal de Justiça prioritariamente para as unidades judiciárias monitoradas pelo CNJ.

Ainda segundo Albiani Jr., também poderá ser designado juiz auxiliar em casos de unidades judiciárias que tenham recomendação da Corregedoria Geral da Justiça para designação de juiz auxiliar; a mais alta de congestionamento; o maior quantitativo de ações distribuídas e elevado número de processos paralisados há mais de 100 dias.

No caso do último inciso citado, o desembargador sugeriu que ao invés de ser "elevado número de processo paralisados" que se coloque "maior número de processos paralisados há mais de 100 dias".

•        Pleno aprova proposta para alteração do orçamento de 2024 do TJ-BA com a nomeação de mais 200 servidores

O Pleno do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) aprovou, nesta quarta-feira (24), a proposta para solicitar ao governador Jerônimo Rodrigues (PT) alteração no orçamento de 2024 da Corte. A medida visa a convocação de mais 200 servidores. 

A presidente do TJ-BA, desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, pontou que a Lei Orçamentária Anual (LOA) previa para este ano apenas a nomeação de 277 servidores aprovados no concurso público de analista e técnico judiciário, com convocação imediata e cadastro reserva, realizado em 2023.

A desembargadora sinalizou que a matéria votada hoje trata-se do mesmo objeto apresentado pelo ex-presidente do tribunal, desembargador Nilson Soares Castelo Branco, em dezembro passado. Na época, ele enviou um ofício à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) solicitando autorização para ampliar em 200 o número de vagas do concurso.

O que muda agora é que para tornar efetiva a proposta, a matéria será encaminhada para o governador Jerônimo para que ele elabore um projeto de lei a ser votado na AL-BA. Caso seja aprovado pelos deputados e sancionado pelo governo estadual, o total de nomeações em 2024 passará de 277 para 477.

Ao defender a medida, a presidente do TJ-BA alertou que o movimento pretende suprir um dos principais gargalos do poder judiciário baiano que é o déficit de servidores — fato também constatado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) durante correição no tribunal.

•        TJ-BA debate estratégias para instalação de 2ª Vara Criminal em SAJ; prefeitura relata aumento da criminalidade

As estratégias para a viabilização da 2ª Vara Criminal de Santo Antônio de Jesus foram debatidas em reunião entre a presidente do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), desembargadora Cynthia Maria Pina Resende, e o prefeito Genival Deolino (PSDB). A comitiva esteve na sede do TJ-BA na segunda-feira (22).

No encontro, Deolino expôs a situação do aumento de criminalidade na região e da necessidade da instalação de uma nova Vara Criminal na cidade, com o objetivo de dar celeridade ao andamento de processos e investigações policiais.

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, publicado este mês, indicam que Santo Antônio de Jesus tem uma taxa de mortes violentas intencionais (MVI) de 48,3 a cada 100 mil habitantes – os dados são referentes a 2023. A MVI inclui os homicídios dolosos, os feminicídios, os latrocínios, as lesões corporais seguidas de mortes, as mortes de policiais e as mortes decorrentes de intervenção policial.

“O projeto de uma segunda Vara Criminal na Comarca já foi aprovado na Comissão de Reforma e no Tribunal Pleno, mas a nossa dificuldade é conseguir servidores para essa instalação. Hoje, alinhamos estratégias possíveis de colaboração com as prefeituras da comarca para viabilizar essa instalação”, explicou a desembargadora Cynthia Resende. 

“Tenho certeza de que nos empenharemos para que, muito em breve, tenhamos essa segunda Vara não só para o nosso município, mas também para as outras duas cidades beneficiadas”, ressaltou Genival Deolino, referindo-se a Dom Macedo Costa e Varzedo, abrangidas na comarca de Santo Antônio de Jesus. 

EXECUÇÃO FISCAL

Na reunião, a diretora de Primeiro Grau do TJ-BA, Thais Felippi, também apresentou o programa de extinção de processos de execução fiscal de baixo valor. O objetivo é que, futuramente, seja assinado um termo de cooperação com a prefeitura para desafogar o número de processos fiscais nos municípios envolvidos.

 

Fonte: BN

 

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