segunda-feira, 21 de abril de 2025

Trump prometeu fim da guerra na Ucrânia em 1 dia; entenda por que os bombardeios continuam após 90 dias

O presidente dos Estados UnidosDonald Trump, prometeu diversas vezes que era capaz de acabar com a guerra entre Rússia e Ucrânia em apenas um dia assim que assumisse o governo. Entretanto, mesmo após quase 90 dias no cargo, o conflito continua com bombardeios, ameaças e acusações.

▶️ Contexto: A guerra na Ucrânia completou três anos em fevereiro. Antes, o governo ucraniano tinha os Estados Unidos como aliados de primeira hora. No entanto, com a chegada de Trump à Casa Branca, os americanos passaram a se aproximar da Rússia.

  • Se antes os EUA adotavam uma política para isolar a Rússia do restante do mundo, com o objetivo de pressionar pelo fim da guerra, agora Trump tem conversado com o presidente Vladimir Putin e outras autoridades russas.
  • Enquanto isso, a Ucrânia tem sido alvo de críticas por parte de Trump, que chegou a chamar o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, de ditador e ingrato.
  • Ao fundo da disputa está o interesse dos Estados Unidos nas terras raras da Ucrânia. Trump quer dominar a extração de minérios no território como forma de "recuperar" a ajuda que os EUA forneceram ao país.

 Negociações lentas: Trump vinha afirmando que os Estados Unidos vão conseguir interromper a guerra ao negociar com a Rússia e a Ucrânia. Até agora, os americanos conversaram separadamente com autoridades dos dois países. Mas nada de concreto aconteceu, e o tom do presidente foi ficando cada vez menos categórico.

  • No dia 11 de março, a Ucrânia disse ter concordado com a proposta de cessar-fogo de 30 dias apresentada pelos Estados Unidos. Por outro lado, a Rússia impôs novas exigências.
  • Ainda em março, um acordo para interromper ataques contra estruturas energéticas dos dois países e no Mar Negro chegou a ser anunciado, mas teve pouco efeito prático.
  • Trump chegou a dizer que a Rússia precisava "se mexer". Dias depois, afirmou que o presidente ucraniano fez um péssimo trabalho para impedir o início da guerra, em 2022.
  • Diante da lentidão, o secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou nesta sexta-feira (18) que Trump abandonará os esforços de intermediação do acordo de paz dentro de alguns dias caso não haja sinais claros de avanço nas negociações.

Neste cenário, trocas de ataques continuam sendo constantes, inclusive em áreas residenciais. Apenas no domingo (13), um ataque da Rússia contra a Ucrânia deixou mais de 30 mortos na cidade de Sumy.

🚩 Exigências difíceis dos dois lados: ao prometer que a guerra acabaria, Trump subestimou divergências entre Rússia e Ucrânia, com exigências das quais não abrem mão. Moscou, por exemplo, quer que Zelensky deixe o poder e o reconhecimento, por parte de Kiev, da anexação dos territórios ocupados — o que a Ucrânia não aceita.

🔎 O g1 ouviu dois especialistas sobre o assunto.

  • "Na prática, o que a Rússia busca é tempo para reforçar suas posições no campo de batalha, desmoralizar os ucranianos, testar os limites do Ocidente e aprofundar fissuras dentro da aliança transatlântica", afirma Uriã Fancelli, mestre em Relações Internacionais pelas universidades de Estrasburgo e Groningen.
  • "Trump dizia muitas vezes na campanha que iria acabar com a guerra em 24 horas. E o que a gente está vendo é que não é tão simples assim. Os objetivos da Rússia e da Ucrânia nessa guerra são incompatíveis", diz Maurício Santoro, doutor em Ciência Política pelo IUPERJ e colaborador do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Marinha do Brasil.

>>>> 1. O que Trump prometeu

Mais de um ano antes de ser eleito presidente pela segunda vez, Trump disse que era capaz de encerrar a guerra na Ucrânia em apenas um dia. Em entrevista à rede CNN, afirmou que se sentaria com os governos russo e ucraniano para um acordo.

"Se eu fosse presidente, eu resolveria essa guerra em um dia, em 24 horas. Eu me encontraria com Putin, me encontraria com Zelensky. Ambos têm fraquezas e ambos têm forças", disse.

📌 Afirmações semelhantes foram feitas nos meses seguintes:

  • Trump disse que sabia o que cada lado queria e afirmou durante a campanha eleitoral que iria acabar com a guerra em 24 horas.
  • Em julho de 2024, o embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya, descartou que Trump resolveria a "crise na Ucrânia" em apenas um dia.
  • Em março deste ano, o presidente americano foi questionado sobre a promessa. Em entrevista ao programa "Full Measure", ele afirmou que estava sendo "um pouco sarcástico" quando disse que resolveria a guerra em 24 horas.

🔎 Uriã Fancelli afirma que Trump vem adotando uma postura que contradiz a imagem de "grande negociador" que tenta vender. Segundo ele, o presidente americano está cedendo aos interesses russos.

  • Como exemplo, Fancelli cita a declaração do secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, que descartou a possibilidade de a Ucrânia ingressar na Otan no longo prazo — uma demanda de Moscou.
  • "Trump, pressionado a cumprir sua promessa de resolver a guerra em 24 horas, busca desesperadamente um acordo rápido para mostrar resultados políticos", afirma.

"O problema é que qualquer acordo acelerado tende a significar uma capitulação, uma concessão feita às pressas, que ignoraria os interesses da Ucrânia e acabaria recompensando o agressor."

🔎 Já Maurício Santoro destaca que o tempo mostrou que a resolução da guerra não seria tão simples quanto Trump defendia.

  • Santoro diz que os objetivos de Rússia e Ucrânia são incompatíveis e que nenhum dos lados se mostra disposto a ceder.
  • "A Ucrânia quer o território que perdeu desde o início da guerra, e Putin também quer manter aquilo que conquistou. Então, por onde se vai fazer algum tipo de concessão?", questiona.

"Curiosamente, a Rússia foi um dos poucos países a ter ficado fora do tarifaço. Trump poderia muito bem ter utilizado um aumento de tarifas para pressionar a Rússia a fazer algum tipo de concessão, mas ele optou por não fazer isso."

>>>> 2. A influência de Putin

Putin disse que apoia ideia de um cessar-fogo com a Ucrânia, mas quer discutir condições — Foto: Maxim Shemetov/Reuters

Trump tem adotado posturas diferentes em relação a Putin e Zelensky. Enquanto o líder russo é elogiado e tratado como confiável, o presidente ucraniano é chamado de "ingrato" e "ditador".

📞 Putin e Trump conversaram por telefone nos últimos meses. Em fevereiro, após uma dessas chamadas, o presidente americano disse que o presidente russo queria a paz e defendeu o retorno da Rússia ao G7.

  • Não é de agora que Trump vê Putin com bons olhos. Antes de ser eleito presidente, em 2015, Trump declarou que o russo era um "líder forte", a quem admirava.
  • Já em 2022, afirmou que Putin tinha feito um "movimento genial" ao reconhecer a independência de territórios ucranianos invadidos durante a guerra. Disse ainda que o presidente russo atuava como pacificador.
  • Em março deste ano, ele elogiou novamente Putin após uma conversa por telefone.
  • Trump até elevou o tom contra a Rússia em alguns momentos, como ao ameaçar sanções caso um acordo não fosse fechado. Mas, até agora, tudo ficou na narrativa.

🔥 Em relação à Ucrânia, Trump tem adotado uma política de pressão. Ele condicionou a manutenção da ajuda americana a um acordo para a exploração de minérios e chegou a culpar Zelensky pela guerra.

  • O ápice da crise foi no dia 28 de fevereiro, quando Trump recebeu Zelensky na Casa Branca. Os dois bateram boca diante de jornalistas.
  • "Você tem que ser grato. Você não tem as cartas. Você está encurralado aí. Seu povo está morrendo. Você está ficando sem soldados", disse Trump.
  • "Seu povo é muito corajoso. Mas ou vocês fazem um acordo, ou estamos fora. E, se estivermos fora, vocês vão ter de lutar."
  • Nesta semana, Trump usou uma rede social para afirmar que Zelensky fez um péssimo trabalho ao "permitir" o início da guerra — embora a Ucrânia tenha sido invadida pela Rússia em fevereiro de 2022.

🔎 Para Uriã Fancelli, a Rússia tenta seduzir Trump com a ideia de que ele está prestes a fechar um acordo histórico que poderá exibir aos seus apoiadores.

  • Segundo ele, as exigências feitas por Moscou são maximalistas, e Trump tem devolvido à Rússia parte do capital geopolítico que havia sido desmontado por Europa e EUA nos últimos três anos.
  • "Putin, já ciente do perfil de Donald Trump, tenta manipulá-lo combinando elogios calculados, promessas vagas e uma narrativa feita sob medida para o imenso ego de Trump: a de que ele seria o único capaz de alcançar a grande paz", afirma.

"A estratégia é bastante clara. Putin elogia Trump, chama-o de estadista, encena trocas de prisioneiros como se fossem concessões inéditas, quando, na verdade, já ocorrem há anos. Tudo para alimentar a vaidade de um líder americano ávido por manchetes e prestígio."

🔎 Maurício Santoro diz que Trump tem mais dificuldade para lidar com Zelensky. Ele lembra que, no primeiro mandato, a Ucrânia foi o centro de denúncias que resultaram em um pedido de impeachment contra Trump.

  • Santoro explica que, por ser um país democrático, a Ucrânia enfrenta maior pressão de sua população, o que dificulta concessões em negociações. Já na Rússia, por se tratar de um regime autoritário, um acordo poderia ser fechado com mais facilidade.
  • "Acho que o cenário ideal para Trump seria onde ele fizesse esse tipo de acordo de barganha diretamente com governantes autoritários", analisa.

"Na cabeça do Trump, o Putin é alguém com quem ele pode e quer fazer negócios."

>>>> 3. Os desafios para a Ucrânia

Os Estados Unidos realizaram encontros com delegações da Ucrânia e da Rússia para tentar costurar uma trégua no conflito. Em março, o governo ucraniano anunciou que havia aceitado uma proposta de cessar-fogo imediato de 30 dias. No entanto, a Rússia fez mais exigências.

  • Ainda em março, os EUA afirmaram que haviam conseguido fazer com que as partes interrompessem as agressões contra infraestruturas energéticas. Apesar disso, Ucrânia e Rússia se acusaram mutuamente de violar o tratado.
  • Também houve o anúncio de um acordo sobre o fim das hostilidades no Mar Negro. A Rússia, no entanto, afirmou que os ataques só seriam interrompidos se houvesse a reintegração de alguns bancos russos ao sistema financeiro internacional.

💥 Em meio às conversas, a Ucrânia continua sendo bombardeada. Ataques russos nas últimas semanas atingiram áreas civis e provocaram dezenas de mortes. Em um dos casos, o país inteiro ficou sob alerta, e até a Polônia chegou a levantar aviões para proteger seu próprio espaço aéreo.

🫨 De maneira geral, a Ucrânia se encontra em um momento delicado para as negociações. Entre os principais entraves está a exigência de ceder territórios à Rússia, algo que considera inaceitável.

🔎 Segundo Maurício Santoro, o impasse nas negociações reflete demandas antigas da Rússia, como a posse de territórios disputados há décadas e uma mudança de governo na Ucrânia.

  • Santoro destaca que essas exigências colidem com a Constituição ucraniana, o que torna difícil qualquer avanço.
  • "Ele [Putin] quer uma mudança de governo em Kiev. Quer um governo que seja pró-russo e que assuma um compromisso de que não vai ingressar na Otan e na União Europeia", diz.

"O que está em jogo é a própria sobrevivência da Ucrânia como um estado independente. Quer dizer, não seria simplesmente ceder esses territórios e tudo ficaria bem com a Rússia. Os russos continuariam a pressionar."

🔎 Para Uriã Fancelli, as negociações que estão em andamento têm servido como cortina de fumaça para as exigências da Rússia.

  • Segundo ele, os russos têm apostado em uma tática de negociar enquanto avançam pelo território do inimigo. Ou seja, para Fancelli, a Rússia usa a diplomacia como instrumento de guerra, não de paz.
  • "Na prática, o que a Rússia busca é tempo, para reforçar suas posições no campo de batalha, desmoralizar os ucranianos, testar os limites do Ocidente e aprofundar fissuras dentro da Otan", diz.

"É impossível prever com precisão o futuro da Ucrânia neste momento. Tudo dependerá, em grande parte, da postura que os países europeus irão adotar, não apenas em relação à guerra, mas também à sua própria segurança coletiva."

¨      Por que EUA ameaçam abandonar negociações de paz de guerra na Ucrânia

Os Estados Unidos vão abandonar a tentativa de negociar um acordo de paz entre a Rússia e a Ucrânia dentro de alguns dias, a menos que haja sinais claros de que uma trégua possa ser alcançada, alertou o Secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio.

"Não vamos continuar com essa empreitada por semanas e meses a fio", disse Rubio, acrescentando que os EUA têm "outras prioridades nas quais se concentrar".

A Rússia lançou uma invasão em larga escala da Ucrânia em 2022 e impôs uma série de condições a qualquer potencial cessar-fogo.

Apesar da confiança inicial do governo Trump de que conseguiria fechar um acordo rapidamente, as tentativas de alcançar um cessar-fogo total ainda não se concretizaram, com Washington culpando ambos os lados.

Após uma reunião com líderes europeus em Paris sobre um possível cessar-fogo na quinta-feira, Rubio disse a repórteres na sexta-feira: "Precisamos agora determinar muito rapidamente — e estou falando de uma questão de dias — se isso é viável ou não."

"Se não acontecer, então vamos seguir em frente", disse ele sobre as negociações de trégua.

Ele disse que estava claro que um acordo de paz seria difícil de ser alcançado, mas que precisava haver sinais de que isso poderia ser feito em breve.

O presidente dos EUA, Donald Trump, havia dito antes de retornar ao cargo que interromperia os combates nas primeiras 24 horas de sua presidência.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, quando questionado sobre a resposta de Trump, afirmando que esperava uma resposta da Rússia sobre um cessar-fogo, afirmou que "as negociações em andamento são bastante difíceis".

"O lado russo está se esforçando para chegar a um acordo de paz neste conflito, para garantir seus próprios interesses, e está aberto ao diálogo", disse ele.

Os comentários ocorrem em um momento em que os ataques russos à Ucrânia continuam. Na sexta-feira, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky afirmou em uma publicação no X que a Rússia havia lançado uma série de ataques com mísseis que mataram duas pessoas.

Durante uma reunião com a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, em Roma, na sexta-feira, o vice-presidente dos EUA, J.D. Vance, disse estar "otimista" quanto ao fim da guerra na Ucrânia.

"Quero atualizar o primeiro-ministro sobre algumas das negociações entre a Rússia e a Ucrânia e também sobre alguns dos acontecimentos nas últimas 24 horas", disse ele.

"Estamos otimistas de que podemos, com sorte, encerrar esta guerra — esta guerra tão brutal."

O alerta de Rubio surge após notícias separadas de que a Ucrânia e os EUA deram o primeiro passo para fechar um acordo sobre minerais, após um acordo inicial ter sido frustrado quando uma reunião em fevereiro entre Trump e Zelensky terminou com uma discussão pública.

Na quinta-feira, os dois países assinaram um memorando de intenções afirmando que pretendem estabelecer um fundo de investimento para a reconstrução da Ucrânia como parte de um acordo de parceria econômica.

O objetivo é finalizar o acordo até 26 de abril, afirma o memorando publicado pelo governo ucraniano.

Os detalhes de qualquer acordo permanecem obscuros. Vazamentos anteriores sugeriram que o acordo foi estendido para além dos minerais, para o controle da infraestrutura energética da Ucrânia, bem como de seu petróleo e gás.

Os negociadores ucranianos tentaram resistir às exigências de Trump de que um fundo de investimento conjunto reembolsaria os EUA pela ajuda militar anterior, mas aparentemente aceitaram sua alegação de que ajudaria o país a se recuperar após o fim da guerra.

O memorando afirmava que "o povo americano deseja investir com o povo ucraniano em uma Ucrânia livre, soberana e segura".

Zelensky esperava usar o acordo para obter uma garantia de segurança dos EUA em caso de cessar-fogo, tendo dito aos líderes europeus no mês passado que "um cessar-fogo sem garantias de segurança é perigoso para a Ucrânia".

Os EUA têm resistido até agora a fornecer garantias de segurança a Kiev.

A Casa Branca argumenta que a mera presença de empresas americanas desencorajaria a Rússia a fazer novos ataques, mas isso não funcionou quando eles invadiram a Ucrânia em 2022.

A ministra da Economia da Rússia, Yulia Svyrydenko, anunciou na plataforma X a assinatura do memorando, com fotos dela e do secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, assinando o documento separadamente em uma ligação online.

"Há muito a fazer, mas o ritmo atual e o progresso significativo dão motivos para esperar que o documento seja muito benéfico para ambos os países", escreveu Svyrydenko.

Bessent disse que os detalhes ainda estão sendo fechados, mas o acordo é "substancialmente o que havíamos acertado anteriormente".

Trump insinuou o acordo durante uma entrevista coletiva com a líder italiana Giorgia Meloni, dizendo: "Temos um acordo sobre minerais que acredito que será assinado na [próxima] quinta-feira... E presumo que eles cumprirão o acordo. Então, veremos. Mas temos um acordo sobre isso".

Ivanna Klympush-Tsintsadze, deputada e presidente da comissão parlamentar ucraniana sobre Integração na União Europeia, disse à BBC que o Parlamento ucraniano terá "a última palavra" no acordo.

Ela acrescentou: "Espero que haja justificativa suficiente para garantir que, independentemente do que for assinado, e se for ratificado, seja do interesse do nosso país e do nosso povo.

A divulgação do memorando ocorre no momento em que expira a moratória de 30 dias sobre ataques à infraestrutura energética ucraniana, ordenada pelo presidente russo, Vladimir Putin.

Peskov disse que Putin ainda não emitiu nenhuma nova ordem sobre o cessar-fogo temporário.

Na quinta-feira, o Ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, se encontrou com Rubio e o enviado especial de Trump, Steve Witkoff, em Paris, para discutir o fim da guerra.

Sybiha disse que eles "discutiram os caminhos para uma paz justa e duradoura, incluindo um cessar-fogo total, um contingente multinacional e garantias de segurança para a Ucrânia".

 

Fonte: g1/BBC News Mundo

 

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