quarta-feira, 16 de abril de 2025

Bolsonaro criou clima de despedida antes da cirurgia e deixou aliados em pânico

A última mensagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo (11), antes de sua última cirurgia – a mais complicada pelo qual ele passou até então – deixou seus aliados em pânico.

Em tom de despedida, o ex-presidente fez a seus aliados no Congresso um apelo pela aprovação da anistia aos golpistas envolvidos no 8 de Janeiro.

Uma hora antes de seu procedimento, ele escreveu:

“Deus ilumine cada um dos 513 deputados e 81 senadores em seus votos. Se, com nossas decisões, pavimentamos a nossa eternidade, esse voto tem um peso capital.”

<><> Apreensão entre aliados

Segundo a coluna de Bela Megale, no Globo, parlamentares aliados ficaram apreensivos com o tom do texto. Na manhã do dia seguinte, com o relato médico de que tudo foi bem e Bolsonaro chegou a fazer brincadeiras na UTI, aliados respiraram aliviados.

A cirurgia, considerada a mais complexa pela qual ele passou, demorou 12 horas. Ela foi realizada para tratar uma obstrução parcial do intestino causada por aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em consequência da facada.

Segundo os médicos, tudo correu bem, mas as próximas 48 horas, que vencem nesta terça-feira (15), “são cruciais”.

¨      Família unida!!! Bolsonaro internado: Flávio fica em Cancún e Eduardo nos EUA

Durante a sua última cirurgia de emergência – considerada a mais grave de todas até agora pelos médicos – e sua atual internação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não contou nem conta com a presença de dois de seus filhos.

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) estava em Cancún, e por lá ficou, quando o pai passou mal no Rio Grande do Norte e teve que ser internado às pressas. Sua assessoria não respondeu até o momento se ele já voltou e nem a razão da viagem que, ao que tudo indica, dada a natureza exuberante do local, não deve ser a trabalho.

O mesmo ocorreu com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL), que permanece nos Estados Unidos. Quanto a ele, parece mesmo ter sido esquecido por todos.

<><> Pelo telefone

Já com relação a Flávio, vários aliados se disseram “decepcionados”, segundo informa a coluna de Bela Megale, no Globo. Um dos que criticaram o senador foi o pastor Silas Malafaia, um dos mais próximos de Bolsonaro.

Flávio, segundo pessoas próximas, tem acompanhado todo o caso por telefone e foi decisivo, ao lado da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, para que o ex-presidente mudasse de médico.

¨      A ordem de Michelle a deputados do PL sobre Bolsonaro

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro baixou uma ordem a parlamentares do PL em relação a visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro no hospital onde o marido está internado, em Brasília, após passar por uma cirurgia.

Segundo apurou a coluna, Michelle procurou o líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), e pediu que ele avisasse à bancada da sigla que as visitas a Bolsonaro estão proibidas neste momento.

Sóstenes atendeu ao pedido e enviou mensagem no grupo da bancada do PL informando que, a pedido da família e dos médicos, o ex-presidente não poderia receber vistas no hospital DF Star, onde está internado.

Em entrevista coletiva na segunda-feira (14/4), o médico Cláudio Birolini, responsável pela cirurgia de Bolsonaro, explicou que apenas familiares poderão visitar o ex-presidente.

A medida visa preservar o repouso necessário à recuperação do ex-presidente. Com isso, aliados de Bolsonaro não poderão visitá-lo no hospital, salvo em casos autorizados por Michelle e pela equipe médica.

“As visitas médicas são constantes, já que estamos de plantão o tempo todo. As de familiares estão liberadas. Conversei com a equipe e com a dona Michelle para restringirmos ao máximo. O ex-presidente gosta muito de falar, conversar, mas a gente precisa deixar ele mais tranquilo em um ambiente reservado”, explicou Birolini.

¨      Michelle decidiu realizar cirurgia de Bolsonaro em Brasília por desconfiar de médico

A decisão de transferir Jair Bolsonaro (PL) de Natal para o hospital DF Star, em Brasília, e não para São Paulo, onde o ex-presidente passou por outros procedimentos cirúrgicos, foi tomada por Michelle Bolsonaro (PL).

O ex-presidente deve ficar cerca de quatro semanas internado no hospital na capital federal e terá uma lenta recuperação, segundo fontes que acompanharam o procedimento.

Aliados próximos do clã teriam dito à Malu Gaspar, do jornal O Globo, que Michelle tomou a decisão por desconfiar do cirurgião-geral Antônio Luiz Macedo, especialista em procedimentos oncológicos, que comandou as outras cinco operações que o ex-presidente passou após o episódio da facada, durante a campanha eleitoral em setembro de 2018.

Um interlocutor disse que Michelle lembrou que foi Macedo quem fez a cirurgia na deputada Amália Barros (PL-MT), amiga pessoal da ex-primeira-dama, que tinha um nódulo benigno no pâncreas e sofreu um sangramento no fígado na primeira cirurgia. Ela passou por outras três operações por causa do sangramento, que ocorre em menos de 1% dos casos, e faleceu na última cirurgia, em maio de 2024.

De acordo com esse aliado "não é nada pessoal" com o médico, mas Michelle teria alegado que queria uma nova equipe para tentar uma solução definitiva na questão intestinal de Bolsonaro.

A nova equipe foi liderada pelo médico Cláudio Birolini, auxiliado por Leandro Echenique, que participou dos outros procedimentos ao lado de Macedo.

Por volta das 23h deste domingo (13), Michelle informou que Bolsonaro já estaria no quarto. Antes a ex-primeira-dama publicou uma foto e fez agradecimento à equipe cirúrgica em seu perfil no Instagram.

"Nossos anjos aqui na Terra! Por 12 horas, Deus usou as mãos dessa equipe maravilhosa para cuidar do meu amor. Minha eterna gratidão a essa equipe médica extraordinária que, com precisão, competência e humanidade, conduziu as 12 horas de cirurgia do nosso capitão", escreveu.

<><> Saiba reação de ex-médico de Bolsonaro ao ter sido afastado de cirurgia por Michelle

cirurgião gastrointestinal Antônio Luiz Macedo, que realizou cinco cirurgias em Jair Bolsonaro (PL), após a facada sofrida em 2018, declarou que não foi convidado, desta vez, para ir a Brasília acompanhar o estado de saúde do ex-presidente. Caso tivesse sido chamado, teria ido, segundo disse.

Macedo afirmou que, agora, Bolsonaro passou a ser considerado por ele um “ex-paciente”. O médico afirmou ter sido excluído pela família.

“Eu jamais neguei atendimento para ele, mas nessa ocasião - eu já o operei várias vezes em quadros graves, mas, desta vez, não sei se é coisa da dona Michelle [Bolsonaro], mas provavelmente é coisa da esposa e ela resolveu chamar um outro grupo para atendê-lo”, declarou, em entrevista à coluna de Carla Araújo, no UOL.

Macedo afirmou não ver ingratidão no fato, mas admitiu ter se sentido desvalorizado. “Foi uma não valorização do meu trabalho. Ele virou um ex-paciente, sinceramente”.

O médico contou que jamais cobrou financeiramente pelas cirurgias realizadas em Bolsonaro e que o único problema para ele era atender ao ex-presidente em Brasília. “Eu não poderia ir para Brasília para ficar lá 15, 20 dias cuidando dele. Ele teria que vir para cá [São Paulo] para eu poder cuidar dele aqui, como foi sempre, né?”, disse.

O cirurgião também falou sobre a família do ex-presidente ter optado pela transferência de Natal para Brasília e não para São Paulo. “Se ele não quis vir, preferiu ser operado lá [em Brasília], se para dona Michelle é mais fácil, tudo bem. O pessoal deve ter operado direitinho e vamos torcer que tudo vai correr bem”.

Ele ainda disse que o argumento utilizado pela família para optar pela transferência de Natal para Brasília é falso. “Se a família acha que não tem condição dele vir para cá, o que não é verdade, paciência, mas, sempre que ele foi operado aqui, ele saiu bem. Eu fiz o melhor, tentei fazer o melhor possível”, concluiu.

<><> Decisão de Michelle tem relação com desconfiança de médico

A decisão de transferir Jair Bolsonaro de Natal para o hospital DF Star, em Brasília, e não para São Paulo, onde o ex-presidente passou por outros procedimentos cirúrgicos, foi tomada por Michelle Bolsonaro.

Um interlocutor disse que Michelle lembrou que foi Macedo quem fez a cirurgia na deputada Amália Barros (PL-MT), amiga pessoal da ex-primeira-dama, que tinha um nódulo benigno no pâncreas e sofreu um sangramento no fígado na primeira cirurgia. Ela passou por outras três operações por causa do sangramento, que ocorre em menos de 1% dos casos, e faleceu na última cirurgia, em maio de 2024.

De acordo com esse aliado “não é nada pessoal” com o médico, mas Michelle teria alegado que queria uma nova equipe para tentar uma solução definitiva na questão intestinal de Bolsonaro.

¨      Oração para Bolsonaro é detonada por evangélica

Uma mulher evangélica repreendeu um grupo que orava em frente ao hospital DF Star, em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado.

Ela estava no local e não resistiu:

“Em nome de Jesus está amarrado. Está amarrado esse monstro. Não use o nome de Jesus. Ele persegue Jesus. Vocês não têm autoridade para falar em nome de Jesus, não usem os evangélicos, não usem o nome de Jesus. Ele é apoiado por Israel, um Estado terrorista e assassino”, disse.

Os bolsonaristas responderam com ironias à fala da mulher: “Deus te abençoe, nós estamos aqui para abençoar”.

 

Fonte: Fórum/Metrópoles

 

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