Bolsonaro criou clima de despedida antes da
cirurgia e deixou aliados em pânico
A
última mensagem do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no domingo
(11), antes de sua última cirurgia – a mais complicada
pelo qual ele passou até então – deixou seus aliados em pânico.
Em tom
de despedida, o ex-presidente fez a seus aliados no Congresso um apelo pela
aprovação da anistia aos golpistas envolvidos no 8 de Janeiro.
Uma
hora antes de seu procedimento, ele escreveu:
“Deus
ilumine cada um dos 513 deputados e 81 senadores em seus votos. Se, com nossas
decisões, pavimentamos a nossa eternidade, esse voto tem um peso capital.”
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Apreensão entre aliados
Segundo
a coluna de Bela Megale, no Globo, parlamentares aliados ficaram apreensivos
com o tom do texto. Na manhã do dia seguinte, com o relato médico de que tudo
foi bem e Bolsonaro chegou a fazer brincadeiras na UTI, aliados respiraram
aliviados.
A
cirurgia, considerada a mais complexa pela qual ele passou, demorou 12 horas.
Ela foi realizada para tratar uma obstrução parcial do intestino causada por
aderências formadas após múltiplas cirurgias anteriores, em consequência
da facada.
Segundo
os médicos, tudo correu bem, mas as próximas 48 horas, que vencem nesta
terça-feira (15), “são cruciais”.
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Família unida!!! Bolsonaro internado: Flávio fica em
Cancún e Eduardo nos EUA
Durante
a sua última cirurgia de emergência –
considerada a mais grave de todas até agora pelos médicos – e sua atual
internação, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não contou nem
conta com a presença de dois de seus filhos.
O
senador Flávio
Bolsonaro (PL-RJ) estava em Cancún, e por lá ficou,
quando o pai passou mal no Rio Grande do Norte e teve que ser
internado às pressas. Sua assessoria não respondeu até o momento se ele já
voltou e nem a razão da viagem que, ao que tudo indica, dada a natureza
exuberante do local, não deve ser a trabalho.
O mesmo
ocorreu com o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro
(PL),
que permanece nos Estados Unidos. Quanto a ele, parece mesmo ter sido esquecido
por todos.
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Pelo telefone
Já com
relação a Flávio, vários aliados se disseram “decepcionados”, segundo informa a
coluna de Bela Megale, no Globo. Um dos que criticaram o senador foi o
pastor Silas Malafaia, um dos mais próximos de Bolsonaro.
Flávio,
segundo pessoas próximas, tem acompanhado todo o caso por telefone e foi
decisivo, ao lado da ex-primeira-dama, Michelle Bolsonaro, para que o
ex-presidente mudasse de médico.
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A ordem de Michelle a deputados do PL sobre Bolsonaro
A
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro baixou uma
ordem a parlamentares do PL em relação a
visitas ao ex-presidente Jair Bolsonaro no hospital
onde o marido está internado, em Brasília, após passar por uma cirurgia.
Segundo
apurou a coluna, Michelle procurou o líder do partido na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), e pediu
que ele avisasse à bancada da sigla que as visitas a Bolsonaro estão proibidas
neste momento.
Sóstenes
atendeu ao pedido e enviou mensagem no grupo da bancada do PL informando que, a
pedido da família e dos médicos, o ex-presidente não poderia receber vistas no
hospital DF Star, onde está internado.
Em
entrevista coletiva na segunda-feira (14/4), o médico Cláudio Birolini,
responsável pela cirurgia de Bolsonaro, explicou que apenas familiares
poderão visitar o ex-presidente.
A
medida visa preservar o repouso necessário à recuperação do ex-presidente. Com
isso, aliados de Bolsonaro não poderão visitá-lo no hospital, salvo em casos
autorizados por Michelle e pela equipe médica.
“As
visitas médicas são constantes, já que estamos de plantão o tempo todo. As de
familiares estão liberadas. Conversei com a equipe e com a dona Michelle para
restringirmos ao máximo. O ex-presidente gosta muito de falar, conversar, mas a
gente precisa deixar ele mais tranquilo em um ambiente reservado”, explicou
Birolini.
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Michelle decidiu realizar cirurgia de Bolsonaro em
Brasília por desconfiar de médico
A
decisão de transferir Jair Bolsonaro (PL) de Natal para o hospital DF Star, em
Brasília, e não para São Paulo, onde o ex-presidente passou por outros
procedimentos cirúrgicos, foi tomada por Michelle Bolsonaro (PL).
O
ex-presidente deve ficar cerca de quatro semanas internado no hospital na
capital federal e terá uma lenta recuperação, segundo fontes que acompanharam o
procedimento.
Aliados
próximos do clã teriam dito à Malu Gaspar, do jornal O Globo, que Michelle
tomou a decisão por desconfiar do cirurgião-geral Antônio Luiz Macedo,
especialista em procedimentos oncológicos, que comandou as outras cinco
operações que o ex-presidente passou após o episódio da facada, durante a
campanha eleitoral em setembro de 2018.
Um
interlocutor disse que Michelle lembrou que foi Macedo quem fez a cirurgia na
deputada Amália Barros (PL-MT), amiga pessoal da ex-primeira-dama, que tinha um
nódulo benigno no pâncreas e sofreu um sangramento no fígado na primeira
cirurgia. Ela passou por outras três operações por causa do sangramento, que
ocorre em menos de 1% dos casos, e faleceu na última cirurgia, em maio de
2024.
De
acordo com esse aliado "não é nada pessoal" com o médico, mas
Michelle teria alegado que queria uma nova equipe para tentar uma solução
definitiva na questão intestinal de Bolsonaro.
A nova
equipe foi liderada pelo médico Cláudio Birolini, auxiliado por Leandro
Echenique, que participou dos outros procedimentos ao lado de Macedo.
Por
volta das 23h deste domingo (13), Michelle informou que Bolsonaro já estaria no
quarto. Antes a ex-primeira-dama publicou uma foto e fez agradecimento à equipe
cirúrgica em seu perfil no Instagram.
"Nossos
anjos aqui na Terra! Por 12 horas, Deus usou as mãos dessa equipe maravilhosa
para cuidar do meu amor. Minha eterna gratidão a essa equipe médica
extraordinária que, com precisão, competência e humanidade, conduziu as 12
horas de cirurgia do nosso capitão", escreveu.
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Saiba reação de ex-médico de Bolsonaro ao ter sido afastado de cirurgia por
Michelle
O cirurgião gastrointestinal Antônio
Luiz Macedo,
que realizou cinco cirurgias em Jair Bolsonaro (PL), após a facada sofrida em
2018, declarou que não foi convidado, desta vez, para ir a Brasília acompanhar o estado
de saúde do ex-presidente. Caso tivesse sido chamado, teria ido, segundo disse.
Macedo
afirmou que, agora, Bolsonaro passou a ser considerado por ele
um “ex-paciente”. O médico afirmou ter sido excluído pela
família.
“Eu
jamais neguei atendimento para ele, mas nessa ocasião - eu já o operei várias
vezes em quadros graves, mas, desta vez, não sei se é coisa da dona Michelle [Bolsonaro],
mas provavelmente é coisa da esposa e ela resolveu chamar um outro
grupo para atendê-lo”, declarou, em entrevista à coluna de Carla Araújo, no
UOL.
Macedo
afirmou não ver ingratidão no fato, mas admitiu ter se
sentido desvalorizado. “Foi uma não valorização do meu trabalho. Ele
virou um ex-paciente, sinceramente”.
O
médico contou que jamais cobrou financeiramente pelas cirurgias
realizadas em Bolsonaro e que o único problema para ele era atender ao
ex-presidente em Brasília. “Eu não poderia ir para Brasília para ficar lá 15,
20 dias cuidando dele. Ele teria que vir para cá [São Paulo] para eu poder
cuidar dele aqui, como foi sempre, né?”, disse.
O
cirurgião também falou sobre a família do ex-presidente ter optado pela
transferência de Natal para Brasília e não para São Paulo. “Se ele não quis
vir, preferiu ser operado lá [em Brasília], se para dona Michelle é mais
fácil, tudo bem. O pessoal deve ter operado direitinho e vamos torcer que tudo
vai correr bem”.
Ele
ainda disse que o argumento utilizado pela família para optar pela
transferência de Natal para Brasília é falso. “Se a família acha que
não tem condição dele vir para cá, o que não é verdade,
paciência, mas, sempre que ele foi operado aqui, ele saiu bem. Eu fiz o
melhor, tentei fazer o melhor possível”, concluiu.
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Decisão de Michelle tem relação com desconfiança de médico
A
decisão de transferir Jair Bolsonaro de Natal para o hospital DF Star, em
Brasília, e não para São Paulo, onde o ex-presidente passou por outros
procedimentos cirúrgicos, foi tomada por Michelle Bolsonaro.
Um
interlocutor disse que Michelle lembrou que foi Macedo quem fez a cirurgia
na deputada Amália Barros (PL-MT), amiga pessoal da ex-primeira-dama, que tinha
um nódulo benigno no pâncreas e sofreu um sangramento no fígado na primeira
cirurgia. Ela passou por outras três operações por causa do sangramento, que
ocorre em menos de 1% dos casos, e faleceu na última cirurgia, em
maio de 2024.
De
acordo com esse aliado “não é nada pessoal” com o médico, mas Michelle teria
alegado que queria uma nova equipe para tentar uma solução definitiva na
questão intestinal de Bolsonaro.
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Oração para Bolsonaro é detonada por evangélica
Uma
mulher evangélica repreendeu um grupo
que orava em frente ao hospital DF Star,
em Brasília, onde o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) está internado.
Ela
estava no local e não resistiu:
“Em
nome de Jesus está amarrado. Está
amarrado esse monstro. Não use o nome de Jesus. Ele persegue Jesus. Vocês não
têm autoridade para falar em nome de Jesus, não usem os evangélicos, não usem o
nome de Jesus. Ele é apoiado por Israel, um Estado terrorista e assassino”,
disse.
Os
bolsonaristas responderam com ironias à fala da mulher: “Deus te abençoe, nós
estamos aqui para abençoar”.
Fonte: Fórum/Metrópoles

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