Saiba como
é o evento conservador que reunirá Milei, Bolsonaro e outros nomes em SC
O
ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o presidente da Argentina, Javier Milei,
vão se encontrar em uma cúpula que vai reunir políticos da direita neste fim de
semana no Balneário Camboriú, no litoral de Santa Catarina. O evento é uma
"versão brasileira" do Conservative Political Action Conference
(CPAC), que reúne nomes do conservadorismo dos Estados Unidos em congressos
anuais desde 1973.
A
organização da CPAC Brasil cabe ao Instituto Conservador Liberal, presidido no
Brasil pelo deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), filho do ex-presidente
brasileiro. O instituto fazia suspense sobre a ida do chefe do Executivo
argentino, até que a ida dele para Balneário Camboriú foi confirmado pela Casa
Rosada nesta segunda-feira, 1º.
Durante
a sua presença no Brasil, Milei não deve se encontrar com o presidente Luiz
Inácio Lula da Silva (PT). É comum ser considerado como uma descortesia e até
uma provocação diplomática quando um chefe de Estado pisa em solo estrangeiro e
ignora o seu governante.
Até
o momento há outras duas presenças internacionais confirmadas para o evento. Um
dos palestrantes é o político chileno José Antonio Kast, líder da sigla Partido
Republicano, de extrema-direita e que perdeu as eleições no País em 2017 e
2021. O outro é o ator e cantor mexicano Eduardo Verástegui, conhecido por ser
um ferrenho crítico do direito ao aborto.
O
secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, e o governador
de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL) aparecem com destaque no rol de
palestrantes do site oficial da CPAC Brasil. Também comparecerão ao congresso
conservador deputados do núcleo duro do bolsonarismo no Congresso Nacional.
Nos
Estados Unidos, o CPAC é realizado desde 1973 e tem como intuito discutir
estratégias eleitorais para a expansão de pensamento conservador no país. A
primeira edição da "versão brasileira" foi feita em 2019, primeiro
ano do governo Bolsonaro, após uma articulação entre o deputado federal Eduardo
Bolsonaro e Matt Schlapp, presidente da American Conservative Union (ACU), uma
das entidades fundadoras do congresso americano.
Conforme
o site oficial do CPAC brasileiro, quem quiser comparecer ao evento em
Balneário Camboriú sem ser convidado terá que desembolsar R$ 249. Para se
tornar um "membro diamante", que dispõe de acesso VIP ao congresso,
uma caneca e uma camiseta oficial, é preciso pagar R$ 5 mil.
A
última edição do CPAC Brasil ocorreu em setembro do ano passado em Belo
Horizonte, capital de Minas Gerais. Durante o congresso, o governador mineiro,
Romeu Zema (Novo) foi interrompido por um discurso antivacina enquanto pregava
a importância da união da direita nas eleições municipais de outubro.
"No
ano que vem, eleição municipal, temos de eleger bons vereadores e bons
prefeitos aqui em Minas e em todo Brasil e a direita precisa trabalhar unida,
nós temos de estar juntos, não podemos...", disse o governador, sendo
interrompido em seguida.
Zema
estava já no final da sua fala quando uma mulher da plateia disse que foi
demitida da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) por não ter tomado
a vacina contra a covid-19. O governador não respondeu ao protesto e encerrou
sua participação agradecendo aos presentes na CPAC.
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Veja os nomes confirmados na CPAC Brasil 2024:
-
Jair Bolsonaro, ex-presidente da República;
-
Javier Milei, presidente da Argentina;
-
Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública de São Paulo;
-
Jose Antonio Kast, presidente do Partido Republicano do Chile;
-
Jorginho Mello, governador de Santa Catarina;
- Magno Malta, senador (PL-ES);
-
Nikolas Ferreira, deputado federal (PL-MG);
-
Júlia Zanatta, deputada federal (PL-SC);
-
Eduardo Bolsonaro, deputado federal (PL-SP);
-
Caroline de Toni, deputada federal (PL-SC);
-
Fabrício Oliveira, prefeito de Balneário Camboriú;
-
Ricardo Salles, deputado federal (PL-SP);
-
Zucco, deputado federal (PL-RS);
-
Gustavo Gayer, deputado federal (PL-GO);
-
Luiz Phellipe de Órleans e Bragança, deputado federal (PL-SP);
-
Bruno Engler, deputado estadual (PL-MG) e pré-candidato à Prefeitura de Belo
Horizonte
-
Ana Campagnolo, deputada estadual (PL-SC);
-
Eduardo Verástegui, ator e cantor mexicano;
-
Cíntia Chagas, influencer.
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Jornalista volta a
denunciar Nikolas no MP por suspeita de corrupção
O
jornalista Diego Feijó de Abreu voltou a denunciar um suposto esquema entre o deputado federal Nikolas
Ferreira (PL-MG), o deputado estadual Bruno Engler (PL-MG) e a empresa
Destra Cursos.
A
denúncia, datada do ano passado, revelou que a campanha de Bruno
Engler destinou R$ 67 mil para a empresa que viria a se tornar a Destra
Cursos LTDA, ainda sob outro nome, dias depois de sua fundação, em meio ao
período de campanha de 2022.
Em
29 de novembro do mesmo ano, Nikolas Ferreira - principal cabo eleitoral de
Engler - comprou 15% das ações da empresa de maneira não onerosa,
afirma Feijó.
A
denúncia foi encaminhada ao Ministério Público Federal (MPF) pelo
jornalista, que apresentou comprovantes mostrando que a Destra Cursos
recebeu R$ 67 mil para prestar serviços à campanha de Bruno em setembro.
A oficialização
da entrada do atual deputado federal na sociedade só ocorreu em cartório em
fevereiro de 2023. No ano passado, Nikolas chegou a ser convocado pela
Procuradoria-Geral da República a prestar esclarecimentos em maio do ano
passado, e desde então, não houve andamento no caso.
Agora,
Feijó decidiu reforçar a denúncia com as novas informações: ainda de acordo com
o jornalista, na mesma data, Phablo Gomes Almeida recebeu também 2% na
sociedade. Em fevereiro de 2023, o sócio de Nikolas foi nomeado para o gabinete
do parlamentar na Câmara dos Deputados.
"Não
sou especialista em direito, mas para mim é caso de corrupção passiva e ativa,
e tudo documento em papel passado e assinado em cartório pelo Nikolas e
assessor", afirma o Diego Feijó de Abreu.
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Ex-assessor de
Bolsonaro, Filipe Martins perdeu em 2021 passaporte que mostrava ida aos EUA...
Dá para acreditar?
O
ex-assessor especial para assuntos internacionais da Presidência no governo de
Jair Bolsonaro (PL), Filipe Garcia Martins, perdeu, em 2021, o passaporte que
indicaria sua entrada nos Estados Unidos em dezembro de 2022. Essa suposta
entrada em território norte-americano é o que subsidia sua prisão autorizda
pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Conforme
revela um boletim de ocorrência na Polícia Civil do Distrito Federal, a perda
do documento aconteceu na tarde do dia 26 de fevereiro de 2021, provavelmente
durante deslocamento do Palácio do Planalto para a Asa Sul. Porém, a informação
só chegou às autoridades alguns dias depois, no dia 6 de março do mesmo ano.
O
ex-assessor está preso desde 8 de fevereiro deste ano após deliberação do
ministro Alexandre de Moraes que considerou que há risco de o acusado sair do
País. Ele é investigado na Operação Tempus Veritatis da Polícia Federal (PF)
desde a delação de Mauro Cid, que disse que Martins teria entregado a Bolsonaro
uma minuta de Golpe de Estado. Entretanto, ele nega as acusações.
Martins
é acusado de compor o gabinete do ódio e por tentativa de Golpe de Estado e
abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo a PF, ele teria participado
de um plano para manter Bolsonaro no poder após a derrota no pleito de 2022
para Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A prova seria uma suposta viagem para a
Flórida (EUA), no qual ele estaria presente no no avião em presidencial com
destino para Orlando em 30 de novembro de 2022.
A
defesa apresentou documentos que mostravam a presença de Martins no Brasil na
data da viagem. Dentre eles, há passagens aéreas nacionais daquele período,
inclusive uma do dia seguinte à data que os investigadores afirmam que ele foi
aos Estados Unidos, recibos do aplicativo de comida iFood e comprovantes de
movimentação bancária.
Na
última terça-feira, 25, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Flávio
Dino rejeitou um pedido de habeas corpus dos advogados do caso sob a alegação
de que libertá-lo iria contra a decisão da Corte.
De
acordo com um relatório da PF, há dois passaportes diplomáticos no nome do
ex-assessor. Porém, não veio a público a informação de qual está ativo e qual
teria sido utilizado na viagem com Bolsonaro.
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'Um dia após matar
Marielle, Ronnie Lessa se encontrou com filho de Bolsonaro'
Numa
entrevista à jornalista Hildegard Angel, o
vice-presidente nacional do PT e deputado federal pelo Rio de Janeiro
Washington Luiz Cardoso Siqueira, conhecido como Quaquá,
fez uma revelação sobre os assassinatos de Marielle
Franco e Anderson Gomes, que
coloca em xeque as conclusões da PF sobre o caso.
"E,
por incrível que pareça, um dia depois do assassinato de Marielle, o
assassino Ronnie Lessa, que
entregou o Brazão, ligou para a casa do Bolsonaro e se encontrou com o filho de
Bolsonaro."
Foi
uma longa entrevista do deputado federal, que por duas vezes foi prefeito da
cidade de Maricá, no Rio, elegeu seu sucessor e agora é pré-candidato a prefeito
novamente.
A
cidade de Maricá, desde as duas gestões de Quaquá e depois as outras duas de
seu sucessor e atual prefeito, Fabiano Horta, é a
menina dos olhos do PT e vitrine do Partido no Brasil.
Na
cidade, o transporte público é gratuito para toda a população, existe uma moeda
social, a Mumbuca,
que é distribuída a todos os cidadãos e aquece e movimenta a economia local, a
tal ponto, que, nesse período, a cidade cresceu de pouco mais de 130 mil
habitantes para quase 200 mil.
Na
entrevista, Quaquá fala de suas atitudes polêmicas, se assume um cara brigão,
fala de seus planos futuros como se já estivesse não apenas eleito, mas
reeleito, projetando pelo menos mais oito anos de administração petista na
cidade.
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Aos 26'17" da entrevista, Quaquá dá as seguintes declarações, que envolvem
a família Bolsonaro no assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.
Quaquá — O Brazão
não é culpado pela morte da Marielle.
Hilde — Muita
gente acha isso.
Quaquá — Não é
culpado. Estão fazendo com o Brazão uma maldade. O Ronnie Lessa, que é o
assassino, o vagabundo assassino, de um dos crimes mais brutais que esse país
já viu, nunca se reuniu com o Brazão e não conhece o Brazão. Existe na Polícia
Civil do Rio de Janeiro uma longa lista de grampos de telefone do Brazão que
prova que eles nunca se falaram mesmo. Dizem que perdeu os registros. Não é
verdade. Estão nas investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Então, eu
não posso ser a favor do... tudo que fizeram com o PT, que esse sistema
judicial brasileiro fez com o PT, eu não posso ser a favor de que faça com a
pessoa que, de fato, é meu amigo, votou e fez campanha para o Lula em várias
eleições. Só uma que ele não fez, foi a penúltima do Bolsonaro. Mas nem que não
fosse, que fosse o próprio Bolsonaro. Eu acho que nós temos que ter.. O Estado
precisa ter a capacidade de investigar e achar os assassinos da Marielle. Eu...
Ela foi assassinada pelo que tem de mais sujo no Rio de Janeiro. Por esses matadores
de aluguel que eram ligados à milícia no Rio de Janeiro. E, por incrível que
pareça, um dia depois do assassinato de Marielle, o assassino Ronnie Lessa, que
entregou o Brazão, ligou para a casa do Bolsonaro e se encontrou com o filho de
Bolsonaro.
Hilde — Isso está nos autos?...
Quaquá —
Absolutamente. Agora, foi... apartado da investigação da Polícia Federal.
Então, é muito esquisito. É muito esquisita essa investigação. Eu não estou
dizendo que são os Bolsonaro que mandaram matar. Mas por que não investigaram
isso? Por que não foi investigado?
É
uma afirmação grave que precisa ser devidamente esclarecida pela Polícia Federal.
Fonte:
Agencia Estado/Fórum
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