O pastor tem razão quando profetiza que
Deus vai destruir o universo inteiro e só vão sobrar os fiéis dizimistas?
Os pastores e pastoras
são pessoas tentando ganhar a vida de uma maneira bem questionável. Se deuses
existissem, enquanto do outro lado dessa imagética possibilidade, temos seres
humanos tentando ganhar a vida, conquanto, desse contraste, surge um autêntico
questionamento;
→ Seria mesmo possível que alguns desses seres humanos
desenvolvessem algum conhecimento sobre a tomada de decisão de um desses deuses?
Honestamente, as
chances disso acontecer são bastante improváveis. Mas, se quiséssemos realmente
acreditar nessa bravata, deveríamos colocar nessa mesma situação a saudosa “mãe
Dináh” ou um adivinho que trabalha trazendo “a pessoa amada em três dias”, com
as mesmas probabilidades de acertarem.
·
Se não existe no novo testamento qualquer
registro sobre a obrigatoriedade do cristão dizimar, por que os pastores
ameaçam quem não dá dizimo?
O dízimo mesmo no novo
testamento é apenas para os judeus. A lei deixa claro que a comida deveria ser
levada ao templo em Jerusalém. Os romanos destruíram o templo em Jerusalém em
70 DC. e desde então os judeus não deram o dízimo. Por outras palavras, os
cristãos nunca estiveram sob a lei de Moisés e não têm de dizimar,
especialmente agora que o templo em Jerusalém já não existe. Portanto, eles
estão sendo enganados, enganados e manipulados por um grupo de criminosos que
distorcem as escrituras a seu favor para enriquecer, para lucrar com a fé e
para manter muitas pessoas ignorantes no medo.
Pastores têm enriquecidos com cobrança de
dízimos, outros cobram trizimo, que
singelamente chamam de propósito e sacrifício?
Sim, mas não são a
maioria.
A maioria é formada
por pastores assalariados - embora não se possa dizer que é salário por causa
do Imposto de Renda. Essa remuneração é estabelecida pela direção superior a
qual o pastor é subordinado, e seu valor é fixo, mas varia de acordo com a dimensão
da igreja e o tipo de trabalho que é realizado.
Dízimos e ofertas não
devem ser recolhidos pelos pastores - existe o tesoureiro para isso - mas …
muitas vezes as mãos se confundem.
Obviamente, há
pequenas igrejas em que o próprio pastor recolhe os dízimos, e aí é inevitável
que as contas se misturem, mesmo que sejam valores relativamente baixos.
Em geral, a
arrecadação é somada visando o pagamento de todas as despesas. Não é algo que
vai direto para o bolso do pastor. A remuneração deste não aumenta conforme as
ofertas recebidas, embora alguns que tenham um ministério itinerante peçam
ofertas à parte. "Trízimo" foi apenas um delírio do apóstolo
Santiago, da IMPD, e não conheço nenhuma outra que tenha feito isso.
É preciso entender que
não existe, na maioria das igrejas, uma separação entre o pastor (quase sempre
há diversos, e não apenas um) e a congregação.
Os trabalhos são
conjuntos, incluindo a preparação dos cultos (inclusive os das células
comunitárias), os ensaios da equipe de louvor, a visitação às casas, o
discipulado, o sustento dos missionários, a organização da junta diaconal e até
a própria limpeza do local de culto. Por trás de cada púlpito, há dezenas de
pessoas envolvidas e, se contarmos todos os que atuam, veremos que metade de
cada congregação está envolvida.
Além do pastor
presidente de cada congregação, há sempre mais alguns que foram consagrados ao
ministério, que exercem atividades auxiliares que não são remuneradas.
Se incluirmos também
esses, então teremos que considerar que o maioria dos pastores não recebe
nenhum tipo de renda através da igreja.
Mas também existem os
problemas.
O mais visível são
aquelas igrejas empresariais, em que há campanhas amparadas por um trabalho
midiático, etc. O foco dessas igrejas não é o dízimo, mas as ofertas que podem
ultrapassar essa faixa, quase sempre com eventos e campanhas de propósito.
Os pastores dessas
igrejas são assalariados, mas recebem um bônus se atingirem as metas
estipuladas. Se não atingem, são substituidos.
Outro problema são os
ministérios independentes, que agem de forma autônoma e realizam trabalhos que
começam dentro da igreja, com toda a boa vontade, e depois se expandem sem
qualquer tipo de controle.
Nesse caso, o maior
problema não é a oferta que é obtida, e sim comportamentos duvidosos e
doutrinas de heresia.
·
O que acham de fechar as igrejas
evangélicas que tiram dinheiro dos trouxas?
Acho que não rola.
É muito complicado um
governo atuar contra uma religião num ambiente democrático e de respeito a
religiosidade das pessoas.
Ora, se uma igreja
cobra 10% da renda de seus fiéis, o que o governo tem a ver com isso? É uma
relação entre um cidadão e a fé que ele segue. O governo não pode se meter
nisso. O dinheiro é do cidadão e ele faz o que ele quiser com tal dinheiro.
Dentro da lei. No caso, doar de livre e espontânea vontade a uma organização
religiosa é um direito que todo cidadão tem.
Dito isso, crimes
cometidos por líderes religiosos devem ser investigados pelas autoridades como
acontece com qualquer cidadão, dentro dos limites da lei.
E aí a coisa complica.
Como processar um
pastor que prometeu a vida eterna para uma pessoa em troca de seu dízimo?
Abusos certamente são
cometidos todos os dias contra fiéis evangélicos. Mas se para coibir esses
casos a liberdade religiosa de alguns será prejudicada é preciso tomar muito
cuidado e evitar.
Portanto, a melhor
solução para esse caso dos abusos cometidos por organizações religiosas ainda é
educar a população para que ela não seja enganada.
De resto, é observar a
lei que já existe.
Fonte: Quora
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