João Cezar
de Castro Rocha aponta semelhança entre Gusttavo Lima e Bukele:
"clones"
O professor e ensaísta João
Cezar de Castro Rocha usou as redes sociais para comparar o cantor Gusttavo
Lima ao presidente de El Salvador, Nayib Bukele. “A mudança de 'estilo' de
Gusttavo Lima tem um modelo… Anotem: em 2026, surgirão inúmeros clones de Nayib
Bukele”, postou nas redes sociais.
A postagem foi feita na
esteira do anúncio feito pelo cantor sertanejo de que pretende se candidatar à
Presidência da República em 2026 como um possível representante do agronegócio,
setor que foi decisivo para a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018. O músico
ainda não confirmou ligação com nenhum partido político, mas tem conquistado
apoio entre defensores da extrema direita, como o deputado federal Nikolas
Ferreira (PL-MG), que considera uma eventual candidatura do sertanejo uma opção
caso Bolsonaro não consiga reverter sua inelegibilidade.
Já o presidente salvadorenho
Nayib Bukele implantou uma política de segurança extremamente repressiva que
vem sendo alvo de críticas em função das frequentes denúncias de violação dos
direitos humanos. Entre os pontos listados estão a redução da maioridade penal
para 16 anos, punição para jovens que cometerem crimes hediondos ou reincidirem
em delitos graves, trabalho para presos, criminalização da apologia a símbolos
do crime organizado, isolamento de prisões com bloqueadores de sinal,
construção de um centro de confinamento do terrorismo e aumento no tempo máximo
de prisão, além do encarceramento em massa, inclusive de pessoas sem culpa
formada.
¨ Líder do PT “comemora” possível candidatura de Gusttavo
Lima
Futuro líder do PT
na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ)
comemorou o anúncio de que o cantor Gusttavo Lima deseja se candidatar à
Presidência da República em 2026.
O motivo, segundo
Lindbergh, é que a candidatura de Lima sinaliza uma divisão dentro do
bolsonarismo, mostrando que o ex-presidente Jair Bolsonaro “não tem mais
o controle de nada”.
“A intenção do cantor Gusttavo Lima de se
candidatar à presidência está criando rachaduras no bolsonarismo. Bolsonaro
sabe que não tem mais controle de nada! Estão chamando o cantor de traidor!”,
afirmou o parlamentar.
A revelação de que
Lima quer disputar a Presidência da República foi feita na quinta-feira (2/1)
pelo Metrópoles, na coluna Grande
Angular.
Segundo o cantor, o “Brasil precisa de alternativas” para o cargo.
No entorno de
Bolsonaro, a avaliação é que Lima está
fazendo “jogo cassado” com outro possível candidato ao Planalto, o
governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que estaria usando Lima para se
“blindar” de críticas de bolsonaristas.
<><>
Gusttavo Lima só teria chances ao Planalto com Bolsonaro, avalia PL
Após o cantor
sertanejo Gusttavo Lima anunciar que
planeja se candidatar à Presidência da República em 2026, caciques do PL avaliam que o
músico só teria viabilidade na disputa caso contasse com o apoio de Jair Bolsonaro.
A chance de Lima,
explicam, seria conseguir unir a direita em torno de seu nome na disputa. E,
com isso, obter o apoio público de Bolsonaro para disputar o Planalto contra o
atual presidente da República, Lula (PT).
Hoje, entretanto,
não há possibilidade de o PL lançar Lima à Presidência. Como mostrou a coluna,
o próprio Bolsonaro foi pego de surpresa pelo anúncio
do sertanejo de que quer disputar o cargo de presidente da República.
Em conversas nas
últimas semanas, o cantor disse ao próprio ex-presidente que planejava se
candidatar ao Senado pelo estado de Goiás. Ele estava em negociações para uma
possível filiação com o PL, o Progressistas e o União Brasil.
A revelação de que
Lima quer disputar a Presidência da República foi feita na quinta-feira (2/1)
pelo Metrópoles, na coluna Grande
Angular.
Segundo o cantor, o “Brasil precisa de alternativas” para o cargo.
“O Brasil precisa
de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer
muito para ajudar. Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas
aproveitei as oportunidades que recebi. Vim de uma condição bastante humilde,
cheguei a perder três dentes, mas, claro, tive condições de me tratar, condição
que muita gente não tem”, afirmou Gusttavo.
¨ Desinformado,
Gusttavo Lima diz que “agro não aguenta mais pagar impostos”
O
cantor sertanejo Gusttavo Lima anunciou que pretende se candidatar à
Presidência da República em 2026 e sugeriu que pode ser um representante do
agronegócio, setor que foi decisivo para a eleição do ex-presidente Jair
Bolsonaro (PL) em 2018. “Conheço muita gente e, embora eu nunca tenha ocupado
nenhum posto político, eu sou um empreendedor. Montei muitas empresas e sei
como fazer para a roda girar. A gente tem que desburocratizar para o país
funcionar melhor. Os pobres estão sem poder de compra, e o setor do agronegócio
não aguenta mais pagar impostos e não ter benfeitorias para investir em seus
próprios negócios”, ressaltou o sertanejo.
O
cantor, que recentemente foi alvo de ações policiais, em razão de seu
envolvimento com bets, tentou se colocar como um candidato do povo, em razão de
suas origens. “O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo
passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar”, declarou Gusttavo Lima
em entrevista ao Metrópoles. Segundo o sertanejo, suas
origens humildes o levaram a pensar em políticas públicas que beneficiem a
população em situação de vulnerabilidade. “Eu mesmo enfrentei muitas
dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi. Vim de uma
condição bastante humilde, cheguei a perder três dentes, mas, claro, tive
condições de me tratar, condição que muita gente não tem”, acrescentou.
Apesar
de ter apoiado Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha presidencial anterior, o
cantor não confirma qualquer suporte político oficial do ex-presidente. “Chega
dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um
gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um
projeto para unir a população”, afirmou o artista. Ao justificar sua inclinação
para concorrer ao cargo máximo do Executivo, Gusttavo Lima se diz motivado por
ideias que unam diferentes setores da sociedade, sobretudo o agronegócio,
importante parcela de seu público.
Ao
mesmo tempo, Gusttavo Lima destaca que ainda não tomou uma decisão definitiva:
caso mude de ideia, recuará da disputa. Porém, garante que, no momento, está
“muito inclinado” a lançar-se na política para concorrer em 2026 e quer ouvir
partidos que se alinhem a suas propostas.
No ano
passado, o cantor enfrentou um escândalo que ganhou grande repercussão na
mídia. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) chegou a investigar Gusttavo
Lima por suspeita de lavagem de dinheiro em empresas de apostas on-line.
Contudo, o órgão pediu o arquivamento das apurações por falta de provas que
pudessem levar a uma ação penal contra o sertanejo e os sócios da Vaidebet.
¨ 'Estratégia é vitimizar os ricos do agro e ludibriar os
pobres', diz Roncaglia sobre Gusttavo Lima
O cantor sertanejo Gusttavo
Lima anunciou sua intenção de disputar a Presidência da República em 2026, em
entrevista ao portal Metrópoles. Conhecido por apoiar Jair Bolsonaro (PL), ele
afirmou que quer “desburocratizar o país” e unir os brasileiros. Em meio ao
anúncio, o cantor gerou polêmica ao afirmar que “os pobres estão sem poder de
compra” e que o agronegócio “não aguenta mais pagar impostos”.
A declaração de Lima foi
desmentida pelo economista e diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário
Internacional (FMI), André Roncaglia, que usou a rede X (antigo Twitter) para
rebater as falas do sertanejo. Roncaglia chamou o anúncio de candidatura de
“balão de ensaio” e disse que a estratégia da direita é “vitimizar os ricos do
agro, beneficiados com privilégios fiscais, e ludibriar os pobres com uma
agenda que agrava a penúria destes".
<><> Crescimento
da renda no governo Lula
Roncaglia apresentou dados
que contradizem a fala de Gusttavo Lima sobre a perda de poder de compra dos
mais pobres. Segundo ele, no governo de Jair Bolsonaro, os mais pobres
enfrentaram perda de renda real em 11 dos 16 trimestres analisados, enquanto no
governo Lula, a perda ocorreu em apenas um dos sete trimestres até o momento.
“A massa salarial está
crescendo fortemente com base no aumento do emprego formal e em políticas
sociais reforçadas, além de uma política industrial mais efetiva”, destacou o
economista, mencionando ainda o papel do BNDES e do Ministério do
Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na retomada dos
investimentos.
<><> Tributação
do agro
Outro ponto refutado por
Roncaglia foi a afirmação de Gusttavo Lima de que o agronegócio não suporta
mais a carga tributária. O economista explicou que a agropecuária, em especial,
paga muito pouco imposto no Brasil e foi beneficiada com alíquotas especiais na
reforma tributária. Se há uma parte sobretributada, é a indústria, não o agro,
afirmou.
<><> Desafios à
frente
Embora reconheça os avanços
no governo Lula, Roncaglia pontuou que ainda há desafios, como controlar a
inflação, conter gastos excessivos e ampliar os investimentos públicos sem
comprometer a qualidade e o acesso às políticas sociais. Ele defendeu uma maior
tributação sobre os mais ricos para garantir equilíbrio fiscal e sustentar a
agenda de desenvolvimento.
¨ Agro recebe
R$ 400 bilhões em subsídios, ao contrário do que diz Gusttavo Lima
O sertanejo Gusttavo Lima se
lançou candidato a presidente com uma fake news: a de que o “agronegócio não
aguenta mais pagar impostos”. Na realidade, o agro é um dos setores mais
subsidiados pelo País, como demonstra o Plano Safra 2024/2025 recentemente
anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Em entrevista ao Metrópoles,
Gusttavo Lima afirmou que “o setor do agronegócio não aguenta mais pagar
impostos e não ter benfeitorias para investir em seus próprios negócios”.
Segundo o cantor, que cogita disputar a Presidência da República em 2026, sua
experiência como empreendedor o capacitaria a “fazer a roda girar” por meio de
desburocratização. No entanto, o anúncio do governo federal revela um cenário
bem diferente para o campo: o Plano Safra 24/25 disponibiliza R$ 400,59 bilhões
em linhas de crédito para médios e grandes produtores rurais, um acréscimo de
10% em relação à safra anterior.
“O Brasil, hoje, produz mais
algodão do que o Egito e nós estamos exportando para o Egito, numa demonstração
da capacidade, da criatividade e dos investimentos em conhecimento tecnológico
que nós estamos fazendo na agricultura. Essa é uma coisa extremamente sagrada
para um país que tem a extensão territorial do Brasil, a quantidade de água do
Brasil e um país que tem um potencial de crescimento na área da agricultura
como nenhum outro país do mundo”, destacou o presidente Lula, durante o
lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto, em meados do ano passado.
O ministro da Agricultura e
Pecuária, Carlos Fávaro, por sua vez, comemorou o montante total, que também
inclui R$ 108 bilhões em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), atingindo R$
508,59 bilhões. Ele afirmou que “o custo de produção, numa média ponderada, dos
produtos agrícolas caiu 23% nesses dois anos. Portanto, este Plano Safra terá
uma eficiência 63% maior do que o último Plano Safra do governo passado”.
Fávaro acrescentou ainda que
o Brasil abriu 152 novos mercados para o setor em um ano e meio: “51 países que
nós não tínhamos essas relações comerciais, hoje estão disponíveis para fazer
negócios. Foram 78 novos mercados em 2023. E em 2024, nós estamos só no meio do
ano: 74 novos mercados”.
Já o ministro da Fazenda,
Fernando Haddad, frisou que a vertente sustentável também faz parte do plano.
“É um Plano Safra completamente aderente ao Plano de Transformação Ecológica do
Brasil. Essa ideia de financiar a juros baixos a recuperação de terra degradada
e recolocar essa terra a serviço da produção é uma das principais demandas do
mundo em relação ao Brasil no que diz respeito à agropecuária”, declarou
Haddad.
Enquanto isso, Gusttavo
Lima, que apoiou Jair Bolsonaro (PL) em 2018, se diz hoje sem vínculo oficial
com o ex-presidente. “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é
sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu
conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”, afirmou o
cantor, destacando que suas origens humildes o motivam a propor políticas
públicas que ajudem os mais vulneráveis. “Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades
na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi”, acrescentou.
Apesar das declarações do
sertanejo sobre a suposta sobrecarga tributária do agronegócio, o Plano Safra
2024/2025 – considerado o maior da história – reforça o volume de subsídios ao
setor, indicando que, na prática, o agro recebe, sim, uma injeção maciça de
recursos e incentivos governamentais. Se Gusttavo Lima efetivamente concorrer
em 2026, a disparidade entre seu discurso e os números oficiais tende a gerar
debates acalorados, sobretudo em um país onde o campo tem expressivo peso
econômico e político.
¨ Gusttavo
Lima já conversa com partidos políticos sobre a sua candidatura para 2026
Antes de revelar seu
interesse ao próximo pleito presidencial, Gusttavo Lima dialogou com três partidos
para uma possível candidatura ao Senado, conforme revelado por Igor
Gadelha, do Metrópoles.
Entre as siglas consideradas,
o PL de Jair Bolsonaro foi destaque. O cantor chegou a dialogar com o
ex-presidente sobre uma eventual filiação. Outra possibilidade analisada foi o
União Brasil, partido liderado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, com
quem Lima mantém uma relação próxima. Por fim, também houve conversas com o
Progressistas, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), que reúne nomes de
peso como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Recalculando rotas políticas
A decisão de mirar o Palácio
do Planalto pode alterar significativamente as articulações políticas
envolvendo Gusttavo Lima. Fontes ligadas às três legendas indicam que os
diálogos podem tomar novos rumos.
O PL, por exemplo, está
focado em reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, decidida pelo Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), para que ele dispute novamente a Presidência. Caso
isso não seja possível, aliados do ex-presidente cogitam lançar o governador de
São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato em 2026.
¨ Candidatura
de Caiado à Presidência deve aprofundar racha no União Brasil
O lançamento da
pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à presidência da
República poderá aprofundar a divisão de seu partido nos próximos meses. Caiado
deve percorrer o país ao longo de 2025, e um grande evento será marcado para
fevereiro ou março, em Salvador. As informações são da Folha de S. Paulo.
Para o evento na capital
baiana, serão convidados deputados, prefeitos, senadores e os três governadores
do partido: Mauro Mendes (MT), Marcos Rocha (RO) e Wilson Lima (AM). No entanto,
o evento deve ter a ausência de nomes do União Brasil que defendem a
reeleição do presidente Lula (PT). É o caso dos ministros Celso Sabino,
do Turismo, e Juscelino Filho, das Comunicações.
A presença de outros nomes
importantes do partido no evento da pré-candidatura de Caiado é colocada em
dúvida. Nomes como o do favorito para vencer as eleições para a presidência do
Senado, Davi Alcolumbre, do líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento, e do
presidente do União Brasil em São Paulo, Milton Leite, ainda são colocados em
dúvida no evento.
O movimento deve
intensificar o racha entre lulistas e antilulistas na sigla. A divisão já se
reflete na disputa pela liderança do partido na Câmara. Concorrem o governista
Damião Feliciano (PB), o opositor Mendonça Filho e o
"centrista" Pedro Lucas Fernandes, que, por isso, é tido como
favorito ao posto.
Fonte: Brasil 247
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