segunda-feira, 6 de janeiro de 2025

João Cezar de Castro Rocha aponta semelhança entre Gusttavo Lima e Bukele: "clones"

O professor e ensaísta João Cezar de Castro Rocha usou as redes sociais para comparar o cantor Gusttavo Lima ao presidente de El Salvador, Nayib Bukele. “A mudança de 'estilo' de Gusttavo Lima tem um modelo… Anotem: em 2026, surgirão inúmeros clones de Nayib Bukele”, postou nas redes sociais. 

A postagem foi feita na esteira do anúncio feito pelo cantor sertanejo de que pretende se candidatar à Presidência da República em 2026 como um possível representante do agronegócio, setor que foi decisivo para a eleição de Jair Bolsonaro (PL) em 2018. O músico ainda não confirmou ligação com nenhum partido político, mas tem conquistado apoio entre defensores da extrema direita, como o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), que considera uma eventual candidatura do sertanejo uma opção caso Bolsonaro não consiga reverter sua inelegibilidade. 

Já o presidente salvadorenho Nayib Bukele implantou uma política de segurança extremamente repressiva que vem sendo alvo de críticas em função das frequentes denúncias de violação dos direitos humanos. Entre os pontos listados estão a redução da maioridade penal para 16 anos, punição para jovens que cometerem crimes hediondos ou reincidirem em delitos graves, trabalho para presos, criminalização da apologia a símbolos do crime organizado, isolamento de prisões com bloqueadores de sinal, construção de um centro de confinamento do terrorismo e aumento no tempo máximo de prisão, além do encarceramento em massa, inclusive de pessoas sem culpa formada.

¨      Líder do PT “comemora” possível candidatura de Gusttavo Lima

Futuro líder do PT na Câmara, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) comemorou o anúncio de que o cantor Gusttavo Lima deseja se candidatar à Presidência da República em 2026.

O motivo, segundo Lindbergh, é que a candidatura de Lima sinaliza uma divisão dentro do bolsonarismo, mostrando que o ex-presidente Jair Bolsonaro “não tem mais o controle de nada”.

 “A intenção do cantor Gusttavo Lima de se candidatar à presidência está criando rachaduras no bolsonarismo. Bolsonaro sabe que não tem mais controle de nada! Estão chamando o cantor de traidor!”, afirmou o parlamentar.

A revelação de que Lima quer disputar a Presidência da República foi feita na quinta-feira (2/1) pelo Metrópoles, na coluna Grande Angular. Segundo o cantor, o “Brasil precisa de alternativas” para o cargo.

No entorno de Bolsonaro, a avaliação é que Lima está fazendo “jogo cassado” com outro possível candidato ao Planalto, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que estaria usando Lima para se “blindar” de críticas de bolsonaristas.

<><> Gusttavo Lima só teria chances ao Planalto com Bolsonaro, avalia PL

Após o cantor sertanejo Gusttavo Lima anunciar que planeja se candidatar à Presidência da República em 2026, caciques do PL avaliam que o músico só teria viabilidade na disputa caso contasse com o apoio de Jair Bolsonaro.

A chance de Lima, explicam, seria conseguir unir a direita em torno de seu nome na disputa. E, com isso, obter o apoio público de Bolsonaro para disputar o Planalto contra o atual presidente da República, Lula (PT).

Hoje, entretanto, não há possibilidade de o PL lançar Lima à Presidência. Como mostrou a coluna, o próprio Bolsonaro foi pego de surpresa pelo anúncio do sertanejo de que quer disputar o cargo de presidente da República.

Em conversas nas últimas semanas, o cantor disse ao próprio ex-presidente que planejava se candidatar ao Senado pelo estado de Goiás. Ele estava em negociações para uma possível filiação com o PL, o Progressistas e o União Brasil.

A revelação de que Lima quer disputar a Presidência da República foi feita na quinta-feira (2/1) pelo Metrópoles, na coluna Grande Angular. Segundo o cantor, o “Brasil precisa de alternativas” para o cargo.

“O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar. Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi. Vim de uma condição bastante humilde, cheguei a perder três dentes, mas, claro, tive condições de me tratar, condição que muita gente não tem”, afirmou Gusttavo.

 

¨      Desinformado, Gusttavo Lima diz que “agro não aguenta mais pagar impostos”

O cantor sertanejo Gusttavo Lima anunciou que pretende se candidatar à Presidência da República em 2026 e sugeriu que pode ser um representante do agronegócio, setor que foi decisivo para a eleição do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2018. “Conheço muita gente e, embora eu nunca tenha ocupado nenhum posto político, eu sou um empreendedor. Montei muitas empresas e sei como fazer para a roda girar. A gente tem que desburocratizar para o país funcionar melhor. Os pobres estão sem poder de compra, e o setor do agronegócio não aguenta mais pagar impostos e não ter benfeitorias para investir em seus próprios negócios”, ressaltou o sertanejo.

O cantor, que recentemente foi alvo de ações policiais, em razão de seu envolvimento com bets, tentou se colocar como um candidato do povo, em razão de suas origens. “O Brasil precisa de alternativas. Estou cansado de ver o povo passar necessidade sem poder fazer muito para ajudar”, declarou Gusttavo Lima em entrevista ao Metrópoles. Segundo o sertanejo, suas origens humildes o levaram a pensar em políticas públicas que beneficiem a população em situação de vulnerabilidade. “Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi. Vim de uma condição bastante humilde, cheguei a perder três dentes, mas, claro, tive condições de me tratar, condição que muita gente não tem”, acrescentou.

Apesar de ter apoiado Jair Bolsonaro (PL) durante a campanha presidencial anterior, o cantor não confirma qualquer suporte político oficial do ex-presidente. “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”, afirmou o artista. Ao justificar sua inclinação para concorrer ao cargo máximo do Executivo, Gusttavo Lima se diz motivado por ideias que unam diferentes setores da sociedade, sobretudo o agronegócio, importante parcela de seu público.

Ao mesmo tempo, Gusttavo Lima destaca que ainda não tomou uma decisão definitiva: caso mude de ideia, recuará da disputa. Porém, garante que, no momento, está “muito inclinado” a lançar-se na política para concorrer em 2026 e quer ouvir partidos que se alinhem a suas propostas.

No ano passado, o cantor enfrentou um escândalo que ganhou grande repercussão na mídia. O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) chegou a investigar Gusttavo Lima por suspeita de lavagem de dinheiro em empresas de apostas on-line. Contudo, o órgão pediu o arquivamento das apurações por falta de provas que pudessem levar a uma ação penal contra o sertanejo e os sócios da Vaidebet.

 

¨      'Estratégia é vitimizar os ricos do agro e ludibriar os pobres', diz Roncaglia sobre Gusttavo Lima

O cantor sertanejo Gusttavo Lima anunciou sua intenção de disputar a Presidência da República em 2026, em entrevista ao portal Metrópoles. Conhecido por apoiar Jair Bolsonaro (PL), ele afirmou que quer “desburocratizar o país” e unir os brasileiros. Em meio ao anúncio, o cantor gerou polêmica ao afirmar que “os pobres estão sem poder de compra” e que o agronegócio “não aguenta mais pagar impostos”.

A declaração de Lima foi desmentida pelo economista e diretor-executivo do Brasil no Fundo Monetário Internacional (FMI), André Roncaglia, que usou a rede X (antigo Twitter) para rebater as falas do sertanejo. Roncaglia chamou o anúncio de candidatura de “balão de ensaio” e disse que a estratégia da direita é “vitimizar os ricos do agro, beneficiados com privilégios fiscais, e ludibriar os pobres com uma agenda que agrava a penúria destes".

<><> Crescimento da renda no governo Lula

Roncaglia apresentou dados que contradizem a fala de Gusttavo Lima sobre a perda de poder de compra dos mais pobres. Segundo ele, no governo de Jair Bolsonaro, os mais pobres enfrentaram perda de renda real em 11 dos 16 trimestres analisados, enquanto no governo Lula, a perda ocorreu em apenas um dos sete trimestres até o momento.

“A massa salarial está crescendo fortemente com base no aumento do emprego formal e em políticas sociais reforçadas, além de uma política industrial mais efetiva”, destacou o economista, mencionando ainda o papel do BNDES e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) na retomada dos investimentos.

<><> Tributação do agro

Outro ponto refutado por Roncaglia foi a afirmação de Gusttavo Lima de que o agronegócio não suporta mais a carga tributária. O economista explicou que a agropecuária, em especial, paga muito pouco imposto no Brasil e foi beneficiada com alíquotas especiais na reforma tributária. Se há uma parte sobretributada, é a indústria, não o agro, afirmou.

<><> Desafios à frente

Embora reconheça os avanços no governo Lula, Roncaglia pontuou que ainda há desafios, como controlar a inflação, conter gastos excessivos e ampliar os investimentos públicos sem comprometer a qualidade e o acesso às políticas sociais. Ele defendeu uma maior tributação sobre os mais ricos para garantir equilíbrio fiscal e sustentar a agenda de desenvolvimento.

 

¨      Agro recebe R$ 400 bilhões em subsídios, ao contrário do que diz Gusttavo Lima

O sertanejo Gusttavo Lima se lançou candidato a presidente com uma fake news: a de que o “agronegócio não aguenta mais pagar impostos”. Na realidade, o agro é um dos setores mais subsidiados pelo País, como demonstra o Plano Safra 2024/2025 recentemente anunciado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Em entrevista ao Metrópoles, Gusttavo Lima afirmou que “o setor do agronegócio não aguenta mais pagar impostos e não ter benfeitorias para investir em seus próprios negócios”. Segundo o cantor, que cogita disputar a Presidência da República em 2026, sua experiência como empreendedor o capacitaria a “fazer a roda girar” por meio de desburocratização. No entanto, o anúncio do governo federal revela um cenário bem diferente para o campo: o Plano Safra 24/25 disponibiliza R$ 400,59 bilhões em linhas de crédito para médios e grandes produtores rurais, um acréscimo de 10% em relação à safra anterior.

“O Brasil, hoje, produz mais algodão do que o Egito e nós estamos exportando para o Egito, numa demonstração da capacidade, da criatividade e dos investimentos em conhecimento tecnológico que nós estamos fazendo na agricultura. Essa é uma coisa extremamente sagrada para um país que tem a extensão territorial do Brasil, a quantidade de água do Brasil e um país que tem um potencial de crescimento na área da agricultura como nenhum outro país do mundo”, destacou o presidente Lula, durante o lançamento do Plano Safra no Palácio do Planalto, em meados do ano passado.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, por sua vez, comemorou o montante total, que também inclui R$ 108 bilhões em Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), atingindo R$ 508,59 bilhões. Ele afirmou que “o custo de produção, numa média ponderada, dos produtos agrícolas caiu 23% nesses dois anos. Portanto, este Plano Safra terá uma eficiência 63% maior do que o último Plano Safra do governo passado”.

Fávaro acrescentou ainda que o Brasil abriu 152 novos mercados para o setor em um ano e meio: “51 países que nós não tínhamos essas relações comerciais, hoje estão disponíveis para fazer negócios. Foram 78 novos mercados em 2023. E em 2024, nós estamos só no meio do ano: 74 novos mercados”.

Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, frisou que a vertente sustentável também faz parte do plano. “É um Plano Safra completamente aderente ao Plano de Transformação Ecológica do Brasil. Essa ideia de financiar a juros baixos a recuperação de terra degradada e recolocar essa terra a serviço da produção é uma das principais demandas do mundo em relação ao Brasil no que diz respeito à agropecuária”, declarou Haddad.

Enquanto isso, Gusttavo Lima, que apoiou Jair Bolsonaro (PL) em 2018, se diz hoje sem vínculo oficial com o ex-presidente. “Chega dessa história de direita e de esquerda. Não é sobre isso, é sobre fazer um gesto para o país, no sentido de colocar o meu conhecimento em benefício de um projeto para unir a população”, afirmou o cantor, destacando que suas origens humildes o motivam a propor políticas públicas que ajudem os mais vulneráveis. “Eu mesmo enfrentei muitas dificuldades na vida, mas aproveitei as oportunidades que recebi”, acrescentou.

Apesar das declarações do sertanejo sobre a suposta sobrecarga tributária do agronegócio, o Plano Safra 2024/2025 – considerado o maior da história – reforça o volume de subsídios ao setor, indicando que, na prática, o agro recebe, sim, uma injeção maciça de recursos e incentivos governamentais. Se Gusttavo Lima efetivamente concorrer em 2026, a disparidade entre seu discurso e os números oficiais tende a gerar debates acalorados, sobretudo em um país onde o campo tem expressivo peso econômico e político.

¨      Gusttavo Lima já conversa com partidos políticos sobre a sua candidatura para 2026

Antes de revelar seu interesse ao próximo pleito presidencial, Gusttavo Lima dialogou com três partidos para uma possível candidatura ao Senado, conforme revelado por Igor Gadelha, do Metrópoles.

Entre as siglas consideradas, o PL de Jair Bolsonaro foi destaque. O cantor chegou a dialogar com o ex-presidente sobre uma eventual filiação. Outra possibilidade analisada foi o União Brasil, partido liderado pelo governador de Goiás, Ronaldo Caiado, com quem Lima mantém uma relação próxima. Por fim, também houve conversas com o Progressistas, presidido pelo senador Ciro Nogueira (PI), que reúne nomes de peso como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

Recalculando rotas políticas

A decisão de mirar o Palácio do Planalto pode alterar significativamente as articulações políticas envolvendo Gusttavo Lima. Fontes ligadas às três legendas indicam que os diálogos podem tomar novos rumos.

O PL, por exemplo, está focado em reverter a inelegibilidade de Jair Bolsonaro, decidida pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para que ele dispute novamente a Presidência. Caso isso não seja possível, aliados do ex-presidente cogitam lançar o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, como candidato em 2026.

¨      Candidatura de Caiado à Presidência deve aprofundar racha no União Brasil

O lançamento da pré-candidatura do governador de Goiás, Ronaldo Caiado, à presidência da República poderá aprofundar a divisão de seu partido nos próximos meses. Caiado deve percorrer o país ao longo de 2025, e um grande evento será marcado para fevereiro ou março, em Salvador. As informações são da Folha de S. Paulo.

Para o evento na capital baiana, serão convidados deputados, prefeitos, senadores e os três governadores do partido: Mauro Mendes (MT), Marcos Rocha (RO) e Wilson Lima (AM). No entanto, o evento deve ter a ausência de nomes do União Brasil que defendem a  reeleição do presidente Lula (PT). É o caso dos ministros Celso Sabino, do Turismo, e Juscelino Filho, das Comunicações.

A presença de outros nomes importantes do partido no evento da pré-candidatura de Caiado é colocada em dúvida. Nomes como o do favorito para vencer as eleições para a presidência do Senado, Davi Alcolumbre, do líder do partido na Câmara, Elmar Nascimento, e do presidente do União Brasil em São Paulo, Milton Leite, ainda são colocados em dúvida no evento.

O movimento deve intensificar o racha entre lulistas e antilulistas na sigla. A divisão já se reflete na disputa pela liderança do partido na Câmara. Concorrem o governista Damião Feliciano (PB), o opositor Mendonça Filho  e o "centrista" Pedro Lucas Fernandes, que, por isso, é tido como favorito ao posto.

 

Fonte: Brasil 247

 

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