terça-feira, 7 de janeiro de 2025

Caitlin Johnstone: Toda a civilização ocidental é responsável por este genocídio

É errado culpar os judeus pelo genocídio em Gaza. Isso não é errado porque o antissemitismo é um grande perigo em nossa sociedade (não é), nem porque há o risco de que as pessoas comecem a colocar judeus em trens novamente (não há), nem porque os israelenses judeus e seus apoiadores são inocentes (obviamente, não são).

É errado culpar os judeus por tudo isso, porque isso nos exime de culpa.

Este é o nosso genocídio. Este é o nosso crime. Culpar os judeus por tudo é dizer que a nossa sociedade está perfeitamente bem e saudável e que nada disso estaria acontecendo se não fosse pelas manipulações maquiavélicas de uma pequena religião abraâmica. Isto seria negar a realidade de que o Oriente Médio está em chamas agora por causa de tudo o que essa civilização perversa é e sempre foi.

Não é coincidência que a tendência de culpar os judeus por todos os males da sociedade seja muito mais prevalente na extrema direita do que em qualquer outro lugar. Direitistas são ideologicamente impedidos de ver a civilização ocidental como uma praga singularmente perniciosa para este mundo, e de ver o capitalismo e o imperialismo como a força motriz por trás das injustiças e abusos que ela inflige. Se você tem uma necessidade ideológica de ver todas essas coisas como boas e corretas, então você precisa inventar outra explicação para o porquê de tudo ser tão cruel e maligno. Assim, eles compram essa narrativa infantil de que a civilização ocidental seria perfeita se não fossem "os malditos judeus".

Mas a civilização ocidental não é perfeita. Ela é uma distopia profundamente doente, construída por genocídio e escravidão e alimentada por sangue humano. Isso seria verdade com ou sem Israel, e com ou sem o judaísmo.

O genocídio em Gaza está acontecendo porque o império ocidental quer que aconteça. Biden poderia ter terminado isso com um telefonema a qualquer momento. Nossos líderes não estão sendo empurrados a isso com relutância. Eles estão massacrando seres humanos inocentes tão casualmente quanto os massacraram em intervenções militares ocidentais passadas que nada tinham a ver com Israel, e pelas mesmas razões.

O império ocidental está constantemente trabalhando para subjugar o mundo, visando agressivamente qualquer população que insista em sua própria soberania. Vimos isso na América Latina, vimos isso por toda a Europa e Ásia, vimos isso na África e vimos isso no Oriente Médio da mesma maneira. Israel é um estado-membro do império ocidental e desempenha um papel crucial em ajudar a derrubar populações desobedientes como o Irã, Ansar Allah, Hezbollah e Hamas, que não se submetem à vontade do império. Eu costumava listar a Síria entre aqueles que resistem ao império, mas o Ocidente e Israel conseguiram esmagá-la e absorvê-la no bloco imperial.

O império usa o sionismo como uma de suas muitas ferramentas para impor a sua vontade no Oriente Médio; mas, se não fosse o sionismo, seria outra coisa. A violência ocorreria de maneiras diferentes sob narrativas diferentes, mas ainda haveria um contínuo ataque violento contra populações desobedientes nesta região estratégica crucial, rica em recursos e rotas comerciais críticas.

Isso é simplesmente o que somos como civilização. Um império assassino, ladrão e tirânico, constantemente intimidando e abusando da população da Terra para obedecer e se submeter. Algumas pessoas tentam fazer dos judeus o problema porque não querem encarar a realidade. E a realidade é que o problema somos nós.

Olhe para Gaza. Olhe de verdade. Assista aos vídeos. Ouça os gritos. Leia as histórias angustiantes. Isto é quem nós [os EUA] somos. Isto é o que nos tornamos. Não por causa dos judeus. Por nossa causa. Quanto mais rápido reconhecermos isso, mais rápido poderemos começar a curar todas as doenças internas completamente originadas em nós mesmos que deram origem a isso. E mais rápido poderemos começar a nos tornar algo melhor.

¨      Governo Biden aprova venda de armas a Israel no valor de US$ 8 bilhões

O Departamento de Estado dos EUA notificou o Congresso sobre a aprovação de venda de armas a Israel no valor de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 48 bilhões).

De acordo com o portal Axios, o pacote destinado a Israel inclui munições para aviões de combate e helicópteros de ataque, bem como projéteis de artilharia.

A transação, que precisa ser aprovada pelo Comitê de Relações Exteriores tanto do Senado como da Câmara de Representantes dos EUA, também envolve vários tipos de bombas de pequeno diâmetro e ogivas de mais de 200 quilos.

De acordo com a publicação, esta é possivelmente a transação final da administração democrata antes do retorno à Casa Branca do ex-presidente Donald Trump, que tomará posse no dia 10 de janeiro.

"Trata-se de um acordo de longo prazo. Parte da produção e entrega das munições pode ser realizada com o estoque atual em posse dos Estados Unidos, mas a maioria levará um ou mais anos para ser entregue", precisou o Axios.

Nos últimos meses, vários legisladores democratas, incluindo figuras como o senador Bernie Sanders e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, exigiram que o governo interrompa o envio de ajuda ao Estado de Israel, citando violações dos direitos humanos na Faixa de Gaza, incluindo a impossibilidade de enviar ajuda humanitária ao enclave palestino.

A demanda da ala progressista do partido também foi dirigida à então candidata presidencial democrata e vice de Biden, Kamala Harris. No entanto, ambos apelaram para o direito de Israel se defender após os ataques do Hamas em 7 de outubro de 2023, que deixaram mais de 1,1 mil israelenses mortos.

De acordo com cifras oficiais, o número de vítimas em Gaza desde o início da operação militar de Israel superou os 45 mil mortos, com quase 70% dessas vítimas sendo menores de idade e mulheres. Além disso, centenas de milhares de pessoas foram deslocadas de suas casas.

governo israelense de Benjamin Netanyahu tem expandido nos últimos meses seus ataques a países vizinhos, como Líbia, Irã, Iêmen e Síria, e também tem reiterado que não interromperá sua ofensiva no curto prazo.

 

¨      EUA começaram a armar Ucrânia muito antes do conflito com Rússia, confessa Blinken

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, admitiu em uma entrevista ao The New York Times que Washington começou a armar Kiev muito antes do início da operação militar especial russa na Ucrânia.

Segundo ele, os Estados Unidos entregaram grandes pacotes de armas em setembro e dezembro de 2021.

"Fornecemos discretamente muitas armas à Ucrânia para garantir que eles tivessem em mãos o que precisavam", disse ele ao jornal.

Em particular, se tratava de sistemas de defesa antiaérea portátil Stinger e lançadores de mísseis antitanque portáteis Javelin.

Blinken disse que, antes de entregar certas armas, os Estados Unidos estudaram e levaram em conta as capacidades de militares ucranianos de usar essas armas.

Quando perguntado se é o momento de encerrar as hostilidades, Blinken opinou que nada mudará drasticamente onde a linha passa atualmente no mapa.

Porém ele evitou responder diretamente à pergunta se isso significa que a Ucrânia fará concessões territoriais.

"A questão é que, na prática, em um futuro próximo, é pouco provável que a linha se mova muito."

A Rússia lançou uma operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 em resposta aos apelos de proteção das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk (RPD e RPL) contra os bombardeios e ataques das tropas ucranianas.

O presidente russo Vladimir Putin disse que seu objetivo é "proteger as pessoas que foram submetidas a abuso e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".

De acordo com ele, a Rússia vem tentando há 30 anos chegar a um acordo com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre os princípios de segurança na Europa, mas, em resposta, tem enfrentado mentiras cínicas ou tentativas de pressão e chantagem, enquanto, nesse meio tempo, apesar dos protestos de Moscou, a aliança tem se expandido constantemente e se aproximado das fronteiras da Rússia.

<><> Forças ucranianas recebem munições defeituosas em massa, revela jornalista

As Forças Armadas ucranianas recebem em massa munições defeituosas, declarou o jornalista e antigo conselheiro do Ministério da Defesa da Ucrânia, Yuri Butusov.

"O Ministério de Indústria Estratégica segue fornecendo minas defeituosas para o front. O ministro da Indústria Estratégica, German Smetanin, afirmou que as suas empresas supostamente produziram apenas um lote de minas para morteiros defeituosas, que foi substituído, e tudo foi resolvido. Isso é uma mentira flagrante", disse Butusov, citado pelo portal Strana.ua.

De acordo com Butusov, os operadores de morteiros ucranianos das 151ª 155ª e 59ª brigadas continuam recebendo os projéteis defeituosos em massa, e "ninguém tira essas minas nem as troca, a produção [das munições] defeituosas continua".

Anteriormente, Butusov relatou que os militares ucranianos entregam povoados praticamente sem combates.

O jornalista explicou que isso acontece devido à falta de linhas defensivas nos flancos do Exército da Ucrânia e às novas táticas das forças russas, que se movem com sucesso contornando as cidades sem se envolver em combates urbanos.

¨      Os responsáveis serão identificados e punidos, diz Zakharova sobre ataque contra jornalistas russos

A representante oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, comentou o recente atentado contra jornalistas russos ocorrido em Donetsk, longe da frente de batalha, neste sábado (4).

"Expressamos nossas profundas condolências à família, parentes e amigos de Aleksandr Martemyanov, à equipe editorial do Centro Internacional de Pesquisa Izvestia e a todos os seus colegas que agora desempenham suas funções profissionais na zona do Distrito Militar Norte. Desejamos uma rápida recuperação aos feridos neste desumano ataque terrorista", disse a representante.

Em sua fala, contudo, Maria Zakharova não se limitou a expressar pesar pelas vítimas do ataque, mas assegurou que os realizadores do ataque serão levados à Justiça.

"O assassinato deliberado de jornalistas russos é mais um crime brutal em uma série de atrocidades sangrentas do regime de Zelensky, que recorre abertamente a métodos terroristas para eliminar seus oponentes ideológicos", enfatizou.

"Todos os culpados do crime contra jornalistas russos serão identificados e sofrerão a punição merecida e inevitável."

As ações do regime terrorista de Kiev são resultado da "completa impunidade e permissividade" de órgãos internacionais responsáveis como a UNESCO e outras organizações responsáveis, como o Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos (ACNUDH) e a Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), notou a representante.

Zakharova também exigiu o atentado brutal receba uma resposta apropriada da diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, conforme prescrito por seu mandato.

"Esperamos a mesma condenação decisiva desta atrocidade de todas as outras organizações e estruturas de direitos humanos", disse Zakharova.

Neste sábado (4), jornalistas russos que cobriam o resultado de bombardeios ucranianos em áreas civis em Gorlovka, cidade da República Popular de Donetsk, foram atacados em um atentado perpetrado por um drone FPV kamikaze ucraniano.

O correspondente do jornal russo Izvestia, Aleksandr Martemyanov, foi morto no bombardeio. Os jornalistas da Sputnik, Maksim Romanenko e Mikhail Kevkhiev, ficaram feridos.

Romanenko foi hospitalizado com uma concussão, enquanto Kevkhiev sofreu uma concussão leve e não precisou de hospitalização. Svetlana Larina e Isabella Liberman, funcionárias da publicação Bloknot de Donetsk, também estavam no carro.

¨      Anexação da Groenlândia aos EUA por Trump será o fim da OTAN, diz jornal estadunidense

A realização do desejo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de anexar a Groenlândia aos EUA pode ter consequências desastrosas para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), escreve o jornal norte-americano The Hill.

Em 23 de dezembro de 2024, Trump chamou de "uma necessidade absoluta" que os Estados Unidos possuam a Groenlândia, nomeando um novo embaixador dos EUA na Dinamarca.

No final do dia, o primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, respondeu a isso, dizendo que a ilha não está à venda.

Mais tarde, um cientista em estudos norte-americanos e segurança, Konstantin Blokhin, opinou à Sputnik que a retórica de Trump eleito sobre a compra da Groenlândia é uma tentativa de barganhar termos mais favoráveis para colocar a infraestrutura militar dos Estados Unidos na ilha.

Segundo o The Hill, ao contrário de outras regiões disputadas e de reivindicações territoriais do mundo, Washington "tem tanto direito à ilha da Groenlândia quanto à Catedral de Notre-Dame" em Paris.

"A tomada da Groenlândia por Trump, com a objeção da Dinamarca, membro da OTAN, seria o fim da OTAN, pois nenhuma aliança pode sobreviver quando sua principal potência viola a integridade territorial de outro membro", diz o artigo.

O autor também lembrou que o último país que violou a soberania da Dinamarca foi a Alemanha nazista.

A Groenlândia foi uma colônia da Dinamarca até 1953. Ela continua fazendo parte do reino, mas em 2009 recebeu autonomia com governo próprio e escolha independente na política interna.

Em 2019, houve uma série de relatos na mídia de que Trump estava considerando comprar a Groenlândia.

Mais tarde, Trump confirmou que estava interessado na questão "estrategicamente".

 

Fonte: Brasil 247/Sputnik Brasil

 

Nenhum comentário: