Caitlin
Johnstone: Toda a civilização ocidental é responsável por este genocídio
É errado culpar os judeus
pelo genocídio em Gaza. Isso não é errado porque o antissemitismo é um grande
perigo em nossa sociedade (não é), nem porque há o risco de que as pessoas
comecem a colocar judeus em trens novamente (não há), nem porque os israelenses
judeus e seus apoiadores são inocentes (obviamente, não são).
É errado culpar os judeus
por tudo isso, porque isso nos exime de culpa.
Este é o nosso genocídio.
Este é o nosso crime. Culpar os judeus por tudo é dizer que a nossa sociedade
está perfeitamente bem e saudável e que nada disso estaria acontecendo se não
fosse pelas manipulações maquiavélicas de uma pequena religião abraâmica. Isto
seria negar a realidade de que o Oriente Médio está em chamas agora por causa
de tudo o que essa civilização perversa é e sempre foi.
Não é coincidência que a
tendência de culpar os judeus por todos os males da sociedade seja muito mais
prevalente na extrema direita do que em qualquer outro lugar. Direitistas são
ideologicamente impedidos de ver a civilização ocidental como uma praga
singularmente perniciosa para este mundo, e de ver o capitalismo e o
imperialismo como a força motriz por trás das injustiças e abusos que ela
inflige. Se você tem uma necessidade ideológica de ver todas essas coisas como
boas e corretas, então você precisa inventar outra explicação para o porquê de
tudo ser tão cruel e maligno. Assim, eles compram essa narrativa infantil de
que a civilização ocidental seria perfeita se não fossem "os malditos
judeus".
Mas a civilização ocidental
não é perfeita. Ela é uma distopia profundamente doente, construída por
genocídio e escravidão e alimentada por sangue humano. Isso seria verdade com
ou sem Israel, e com ou sem o judaísmo.
O genocídio em Gaza está
acontecendo porque o império ocidental quer que aconteça. Biden poderia ter
terminado isso com um telefonema a qualquer momento. Nossos líderes não estão
sendo empurrados a isso com relutância. Eles estão massacrando seres humanos
inocentes tão casualmente quanto os massacraram em intervenções militares ocidentais
passadas que nada tinham a ver com Israel, e pelas mesmas razões.
O império ocidental está
constantemente trabalhando para subjugar o mundo, visando agressivamente
qualquer população que insista em sua própria soberania. Vimos isso na América
Latina, vimos isso por toda a Europa e Ásia, vimos isso na África e vimos isso
no Oriente Médio da mesma maneira. Israel é um estado-membro do império
ocidental e desempenha um papel crucial em ajudar a derrubar populações
desobedientes como o Irã, Ansar Allah, Hezbollah e Hamas, que não se submetem à
vontade do império. Eu costumava listar a Síria entre aqueles que resistem ao
império, mas o Ocidente e Israel conseguiram esmagá-la e absorvê-la no bloco
imperial.
O império usa o sionismo
como uma de suas muitas ferramentas para impor a sua vontade no Oriente Médio;
mas, se não fosse o sionismo, seria outra coisa. A violência ocorreria de
maneiras diferentes sob narrativas diferentes, mas ainda haveria um contínuo
ataque violento contra populações desobedientes nesta região estratégica
crucial, rica em recursos e rotas comerciais críticas.
Isso é simplesmente o que
somos como civilização. Um império assassino, ladrão e tirânico, constantemente
intimidando e abusando da população da Terra para obedecer e se submeter.
Algumas pessoas tentam fazer dos judeus o problema porque não querem encarar a
realidade. E a realidade é que o problema somos nós.
Olhe para Gaza. Olhe de
verdade. Assista aos vídeos. Ouça os gritos. Leia as histórias angustiantes.
Isto é quem nós [os EUA] somos. Isto é o que nos tornamos. Não por causa dos
judeus. Por nossa causa. Quanto mais rápido reconhecermos isso, mais rápido
poderemos começar a curar todas as doenças internas completamente originadas em
nós mesmos que deram origem a isso. E mais rápido poderemos começar a nos
tornar algo melhor.
¨ Governo Biden aprova venda de armas a Israel no valor
de US$ 8 bilhões
O Departamento de
Estado dos EUA notificou o Congresso sobre a aprovação de venda de armas a
Israel no valor de US$ 8 bilhões (cerca de R$ 48 bilhões).
De acordo com o portal
Axios, o pacote destinado a Israel inclui munições para aviões de
combate e helicópteros de ataque, bem como projéteis de artilharia.
A transação, que
precisa ser aprovada pelo Comitê de Relações Exteriores tanto do
Senado como da Câmara de Representantes dos EUA, também envolve vários
tipos de bombas de
pequeno diâmetro e ogivas de mais de 200 quilos.
De acordo com a
publicação, esta é possivelmente a transação final da administração
democrata antes do retorno à Casa Branca do ex-presidente
Donald Trump,
que tomará posse no dia 10 de janeiro.
"Trata-se de
um acordo de longo prazo. Parte da produção e entrega das munições pode ser
realizada com o estoque atual em posse dos Estados Unidos, mas a maioria levará
um ou mais anos para ser entregue", precisou o Axios.
Nos últimos
meses, vários legisladores democratas, incluindo figuras como o senador
Bernie Sanders e a deputada Alexandria Ocasio-Cortez, exigiram que o
governo interrompa o envio de ajuda ao Estado de Israel, citando violações
dos direitos humanos na Faixa de Gaza, incluindo a impossibilidade de enviar
ajuda humanitária ao enclave palestino.
A demanda da ala
progressista do partido também foi dirigida à então candidata
presidencial democrata e vice de Biden, Kamala Harris. No entanto, ambos
apelaram para o direito de Israel se defender após os ataques do Hamas em
7 de outubro de 2023, que deixaram mais de 1,1 mil israelenses mortos.
De acordo com
cifras oficiais, o número
de vítimas em Gaza desde
o início da operação militar de Israel superou os 45 mil mortos, com quase
70% dessas vítimas sendo menores de idade e mulheres. Além disso, centenas
de milhares de pessoas foram deslocadas de suas casas.
O governo
israelense de Benjamin Netanyahu tem expandido nos últimos meses seus
ataques a países vizinhos, como Líbia, Irã, Iêmen e Síria, e também tem
reiterado que não interromperá sua ofensiva no curto prazo.
¨ EUA começaram a armar Ucrânia muito antes do conflito
com Rússia, confessa Blinken
O secretário de
Estado dos EUA, Antony Blinken, admitiu em uma entrevista ao The New York Times
que Washington começou a armar Kiev muito antes do início da operação militar
especial russa na Ucrânia.
Segundo ele, os
Estados Unidos entregaram grandes pacotes de armas em setembro e dezembro de
2021.
"Fornecemos
discretamente muitas armas à Ucrânia para garantir que eles tivessem em mãos o
que precisavam", disse ele ao
jornal.
Em particular, se
tratava de sistemas de defesa antiaérea portátil Stinger e lançadores
de mísseis antitanque portáteis Javelin.
Blinken disse que,
antes de entregar certas armas, os Estados Unidos estudaram e levaram em conta
as capacidades
de militares ucranianos
de usar essas armas.
Quando perguntado
se é o momento de encerrar
as hostilidades,
Blinken opinou que nada mudará drasticamente onde a linha passa
atualmente no mapa.
Porém ele evitou
responder diretamente à pergunta se isso significa que a Ucrânia fará concessões
territoriais.
"A questão é
que, na prática, em um futuro próximo, é pouco provável que a linha se mova
muito."
A Rússia lançou uma
operação militar especial na Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022 em
resposta aos apelos de proteção das Repúblicas Populares de Donetsk e Lugansk
(RPD e RPL) contra os bombardeios e ataques das tropas ucranianas.
O presidente russo
Vladimir Putin disse que seu objetivo é "proteger as pessoas que
foram submetidas a abuso e genocídio pelo regime de Kiev por oito anos".
De acordo com ele,
a Rússia vem tentando há 30 anos chegar a um acordo com a Organização do
Tratado do Atlântico Norte (OTAN) sobre os princípios de segurança na Europa,
mas, em resposta, tem enfrentado mentiras cínicas ou tentativas de pressão e
chantagem, enquanto, nesse meio tempo, apesar dos protestos de Moscou, a
aliança tem se expandido constantemente e se aproximado das fronteiras da
Rússia.
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Forças ucranianas recebem munições defeituosas em massa, revela jornalista
As Forças Armadas
ucranianas recebem em massa munições defeituosas, declarou o jornalista e
antigo conselheiro do Ministério da Defesa da Ucrânia, Yuri Butusov.
"O Ministério
de Indústria Estratégica segue fornecendo minas defeituosas para o front. O
ministro da Indústria Estratégica, German Smetanin, afirmou que as suas
empresas supostamente produziram apenas um lote de minas
para morteiros defeituosas,
que foi substituído, e tudo foi resolvido. Isso é uma mentira flagrante",
disse Butusov, citado pelo portal Strana.ua.
De acordo com
Butusov, os operadores de morteiros ucranianos das 151ª 155ª e 59ª brigadas
continuam recebendo os projéteis defeituosos em massa, e "ninguém
tira essas minas nem as troca, a produção [das munições] defeituosas
continua".
Anteriormente,
Butusov relatou que os militares
ucranianos entregam
povoados praticamente sem combates.
O jornalista
explicou que isso acontece devido à falta de linhas defensivas nos flancos do
Exército da Ucrânia e às novas
táticas das forças russas, que se movem com sucesso contornando as cidades sem
se envolver em combates urbanos.
¨ Os responsáveis serão identificados e punidos, diz
Zakharova sobre ataque contra jornalistas russos
A representante
oficial do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova,
comentou o recente atentado contra jornalistas russos ocorrido em Donetsk,
longe da frente de batalha, neste sábado (4).
"Expressamos
nossas profundas condolências à família, parentes e amigos de Aleksandr
Martemyanov, à equipe editorial do Centro Internacional de Pesquisa Izvestia e
a todos os seus colegas que agora desempenham suas funções profissionais na
zona do Distrito Militar Norte. Desejamos uma rápida recuperação aos feridos
neste desumano ataque terrorista", disse a representante.
Em sua fala,
contudo, Maria Zakharova não se limitou a expressar pesar pelas
vítimas do ataque, mas assegurou que os realizadores do ataque serão levados à
Justiça.
"O assassinato
deliberado de jornalistas russos é mais um crime brutal em uma série de
atrocidades sangrentas do regime de Zelensky, que recorre
abertamente a métodos terroristas para eliminar seus oponentes
ideológicos", enfatizou.
"Todos os
culpados do crime contra jornalistas russos serão identificados e sofrerão a
punição merecida e inevitável."
As ações do regime
terrorista de Kiev são resultado da "completa impunidade e
permissividade" de órgãos internacionais responsáveis como a UNESCO e
outras organizações responsáveis, como o Alto Comissário das Nações Unidas para
os Direitos Humanos (ACNUDH) e a Organização
para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), notou a representante.
Zakharova também exigiu
o atentado brutal receba uma resposta apropriada da diretora-geral da
UNESCO, Audrey Azoulay, conforme prescrito por seu mandato.
"Esperamos a
mesma condenação decisiva desta atrocidade de todas as outras organizações e
estruturas de direitos humanos", disse Zakharova.
Neste sábado (4),
jornalistas russos que cobriam o resultado de bombardeios ucranianos em áreas
civis em Gorlovka, cidade da República
Popular de Donetsk,
foram atacados em um atentado perpetrado por um drone FPV kamikaze
ucraniano.
O correspondente do
jornal russo Izvestia, Aleksandr Martemyanov, foi morto no bombardeio. Os
jornalistas da Sputnik, Maksim Romanenko e Mikhail Kevkhiev,
ficaram feridos.
Romanenko foi
hospitalizado com uma concussão, enquanto Kevkhiev sofreu uma concussão leve e
não precisou de hospitalização. Svetlana Larina e Isabella
Liberman, funcionárias da publicação Bloknot de Donetsk, também estavam no
carro.
¨ Anexação da Groenlândia aos EUA por Trump será o fim da
OTAN, diz jornal estadunidense
A realização do
desejo do presidente eleito dos EUA, Donald Trump, de anexar a Groenlândia aos
EUA pode ter consequências desastrosas para a Organização do Tratado do
Atlântico Norte (OTAN), escreve o jornal norte-americano The Hill.
Em 23 de dezembro
de 2024, Trump chamou de "uma
necessidade absoluta" que os Estados Unidos possuam a Groenlândia,
nomeando um novo embaixador dos EUA na Dinamarca.
No final do dia, o
primeiro-ministro da Groenlândia, Mute Egede, respondeu a isso, dizendo que a
ilha não está à venda.
Mais tarde, um
cientista em estudos norte-americanos e segurança, Konstantin Blokhin, opinou à Sputnik que
a retórica de Trump eleito sobre a compra da Groenlândia é uma tentativa de
barganhar termos mais favoráveis para colocar a infraestrutura
militar dos Estados Unidos na ilha.
Segundo o The Hill,
ao contrário de outras regiões disputadas e de reivindicações
territoriais do
mundo, Washington "tem tanto direito à ilha da Groenlândia quanto à
Catedral de Notre-Dame" em Paris.
"A tomada da
Groenlândia por Trump, com a objeção da Dinamarca, membro da OTAN, seria o fim
da OTAN, pois nenhuma aliança pode sobreviver quando sua principal potência
viola a integridade territorial de outro membro", diz o artigo.
O autor também
lembrou que o último país que violou a soberania da Dinamarca foi a Alemanha
nazista.
A Groenlândia foi
uma colônia da Dinamarca até 1953. Ela continua fazendo parte do reino, mas em
2009 recebeu autonomia com governo próprio e escolha independente na política
interna.
Em 2019, houve uma
série de relatos na mídia de que Trump estava considerando comprar a
Groenlândia.
Mais tarde, Trump
confirmou que estava interessado na questão "estrategicamente".
Fonte: Brasil 247/Sputnik
Brasil
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