Alex Solnik: Galípolo
pegou o pior emprego do mundo
Muitos e muitas brasileiras
devem estar com inveja de Gabriel Galípolo, aquele que conseguiu a proeza de
ser elogiado por Campos Neto e por Lula.
Não, minto. Lula não o
elogiou. Lula o colocou no Olimpo, disse que era “um presente para o Brasil”,
epíteto que jamais ouvi Lula usar a respeito de alguém.
E ele já era conhecido como
“o menino de ouro”.
Muitos e muitas brasileiras
devem estar com inveja dele porque, ainda na flor da idade, chegou ao auge da
carreira de sua área, será durante quatro anos o todo poderoso presidente do
Banco Central.
Para mim, no entanto, ele
pegou o pior emprego do mundo.
Se os juros baixarem, será
detonado pela direita como “capacho do Lula”; se não baixarem, será detonado
pela esquerda como “capacho do mercado”.
Tudo o que lhe desejo é boa
sorte!
¨ "Campos
Neto traçou um roteiro de terror para Galípolo", diz Paulo Nogueira
Batista Júnior
Em uma entrevista à TV 247,
conduzida pela jornalista Denise Assis, o economista e escritor Paulo Nogueira
Batista Júnior expressou críticas contundentes à gestão de Roberto Campos Neto,
no Banco Central, e preocupações com as pressões que o mercado já exerce sobre
seu sucessor Gabriel Galípolo, indicado para o cargo pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva. "Campos Neto traçou um roteiro de terror para
Galípolo", disse ele.
Paulo Nogueira Batista Júnior
lembrou que Campos Neto sinalizou novos aumentos das taxas de juros, que, na
sua opinião, não seriam necessários diante do atual quadro de inflação
controlada. Segundo o economista, Galípolo não está obrigado a seguir a mesma
política de Campos Neto. Ele abordou as medidas adotadas nas últimas reuniões
do Copom, mencionando que os aumentos das taxas de juros podem
"desestabilizar as finanças públicas" e criar um ambiente de
incerteza no mercado. Ele argumenta que tais decisões, embora visem controlar a
inflação, podem ter efeitos colaterais negativos sobre o crescimento econômico
e o investimento.
Um dos pontos mais
relevantes da entrevista foi a discussão sobre a autonomia do Banco Central.
Batista Júnior afirmou que "a autonomia virou carro chefe da política
econômica quando deveria ser o contrário", sugerindo que "a política
monetária deveria ser ditada pelo governo eleito". Além das críticas à
gestão do Banco Central, Batista Júnior comentou sobre a política fiscal do
governo e ressaltou a importância de tributar preferencialmente os mais ricos
para equilibrar as contas públicas e reduzir a desigualdade econômica.
¨ Galípolo será o personagem de 2025 e não deve ceder às
pressões do mercado e sua mídia
A posse de Gabriel
Galipolo como presidente do Banco Central do Brasil se dá em meio a um dos
períodos mais desafiadores da história recente da autoridade monetária. Em um
cenário de instabilidade global e mudanças de rumo no front interno, sua
liderança será determinante para garantir o equilíbrio entre o controle da
inflação e o estímulo ao crescimento econômico sustentável.
Galípolo não vai
adentrar num cenário de devastação: o governo federal estima que o déficit
primário de 2024 ficará entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões, cerca de apenas
0,1% do Produto Interno Bruto (PIB). Esse valor está abaixo do limite inferior
de 0,25% previsto no arcabouço fiscal e é praticamente metade do rombo
projetado em novembro passado. O desempenho fiscal positivo mostra que o Brasil
atinge sob o ministro Fernando Haddad uma gestão econômica equilibrada, o que
será essencial para o sucesso do BC de Galipolo.
Não há que
subestimar, entretanto, a extrema complexidade do momento. A posse de
Donald Trump na presidência dos Estados Unidos trouxe a ameaça de imposição de
tarifas para substituir importações da China e do Brasil.
Uma eventual guerra
comercial tenderia a impactar mercados de energia e outras commodities,
afetando cadeias de valor. Não está descartada a possibilidade de uma
recessão nos Estados Unidos, com suas repercussões globais. É preciso tomar
medidas de prevenção para minimizar eventuais consequências num tal
cenário.
A pressão sobre o
valor das moedas emergentes, incluindo o real, agravou a volatilidade nos
mercados. Para enfrentar essa turbulência, o Banco Central já elevou os juros
em 1% e anunciou possíveis novos aumentos, visando mitigar as consequências
inflacionárias de um dólar mais valorizado. Esses movimentos destacam a
importância de uma autoridade monetária destemida frente às pressões do mercado
e à especulação financeira.
Além do cenário
internacional, Galipolo terá de lidar com o combate incessante da mídia
atrelada aos interesses do clube de especuladores encastelado na Faria Lima,
frequentemente alinhados a políticas que desconsideram as necessidades sociais
mais amplas e os interesses do Brasil.
É essencial levar
em conta os interesses em jogo. Em um ano que antecede as eleições
presidenciais, a proteção do emprego e a estabilidade econômica ganham uma
dimensão ainda mais estratégica, sendo fundamentais para consolidar a avaliação
positiva do governo.
Adicionalmente,
Galípolo herda um Banco Central marcado por decisões controversas sob a gestão
bolsonarista de Roberto Campos Neto. A política de juros elevados, adotada de
maneira persistente, impôs custos elevados à sociedade brasileira, dificultando
o controle do endividamento público, o acesso ao crédito e comprometendo o
ritmo de recuperação econômica. Esse legado maligno também incluiu uma postura
de distanciamento do diálogo com áreas da cidadania brasileira, o que agravou a
percepção de que o Banco Central estaria mais alinhado aos interesses do
mercado financeiro do que às demandas da economia real. Corrigir esse
desequilíbrio será uma tarefa árdua, mas indispensável para recuperar a
credibilidade e permitir que a instituição cumpra seu mandato legal de garantir
o crescimento econômico.
Em entrevista
recente à TV 247, conduzida pela jornalista Denise Assis, o economista Paulo
Nogueira Batista Júnior expressou críticas contundentes à gestão de Roberto
Campos Neto e preocupações com as pressões que o mercado já exerce sobre o
sucessor Gabriel Galipolo. "Campos Neto traçou um roteiro de terror para
Galipolo", disse ele.
Batista Júnior
lembrou que Campos Neto sinalizou novos aumentos das taxas de juros, que, na
sua opinião, não seriam necessários diante do atual quadro de inflação
controlada. Segundo o economista, Galipolo não está obrigado a seguir a mesma
política de Campos Neto. Ele abordou as medidas adotadas nas últimas reuniões
do Copom, mencionando que os aumentos das taxas de juros podem
"desestabilizar as finanças públicas" e criar um ambiente de
incerteza no mercado. Ele argumenta que tais decisões, embora visem controlar a
inflação, podem ter efeitos colaterais negativos sobre o crescimento econômico
e o investimento.
Um dos pontos mais
relevantes da entrevista foi a discussão sobre a autonomia do Banco Central.
Batista Júnior afirmou que "a autonomia virou carro-chefe da política
econômica quando deveria ser o contrário", sugerindo que "a política
monetária deveria ser ditada pelo governo eleito". Além das críticas à
gestão do Banco Central, Batista Júnior comentou sobre a política fiscal do
governo e ressaltou a importância de tributar preferencialmente os mais ricos
para equilibrar as contas públicas e reduzir a desigualdade econômica.
De fato, cresce a
reação de setores industriais contra taxas de juros que extrapolam a
racionalidade e sufocam o crescimento.
Dadas suas
qualificações, estilo moderado e trajetória impecável, Gabriel Galipolo é a
pessoa certa para liderar o Banco Central neste momento. Sua capacidade de
transitar entre o mercado financeiro e os diversos setores da política e da
economia o torna uma figura singular, capaz de construir consensos em meio a
desafios. Sua habilidade de dialogar com transparência e empatia aproxima a
autoridade monetária das pessoas diretamente impactadas por suas decisões.
O entusiasmo do
presidente Lula com o novo chefe do Banco Central reflete a confiança de que
Galipolo saberá equilibrar o rigor técnico com a sensibilidade social.
Sob sua liderança,
espera-se que o Banco Central comprometa-se com a credibilidade
institucional, o crescimento econômico e a inclusão. Gabriel Galipolo tem todas
as condições de se tornar o personagem central de 2025, conduzindo o Brasil
rumo a um futuro mais estável, próspero e justo para todos os brasileiros.
¨ "A
chegada de Galípolo muda tudo para melhor na economia", diz Lindbergh
Em uma entrevista concedida
ao programa Bom Dia 247, o deputado Lindbergh Farias (PT-RJ) compartilhou suas
perspectivas sobre a economia brasileira sob o governo do presidente Luiz
Inácio Lula da Silva e expressou otimismo com a recente nomeação de Gabriel
Galípolo como novo presidente do Banco Central, afirmando que essa mudança
representa um marco positivo para o país. “A chegada de Galípolo muda tudo para
melhor na economia, pois ele não vai querer sabotar a economia. Ele vai querer
ajudar”, afirmou Lindbergh, destacando a importância estratégica dessa
nomeação. Segundo ele, “as pessoas subestimam a mudança do Roberto Campos Neto
para o Galípolo. É uma mudança muito grande, e a entrada do Galípolo no Banco
Central realmente muda tudo”.
Lindbergh também
compartilhou dados positivos sobre a economia: “A economia vai crescer perto de
4% neste ano”, afirmou. Ele ressaltou que o desemprego atingiu o menor nível da
história, “o desemprego é o menor da história”, e que o governo conseguiu tirar
“8,7 milhões de pessoas da pobreza”. Além disso, ele mencionou que a renda do
trabalhador subiu 11%, refletindo as políticas sociais eficazes implementadas
pelo governo.
No entanto, Lindbergh
alertou para desafios futuros. “Há uma crise artificial e um ataque conduzido
pelo mercado para desgastar o presidente Lula”, explicou. Ele criticou a
atuação de Roberto Campos Neto, antigo presidente do Banco Central, que,
segundo ele, “fez uma campanha diária contra o governo Lula, o que teve impacto
no aumento da taxa Selic”. Lindbergh afirmou que “querem fazer uma política de
cerco ao governo Lula” e identificou “dois inimigos para enfrentar em 2025: a
extrema-direita e este cerco do mercado ao governo Lula”.
Sobre as estratégias de
comunicação do governo, Lindbergh enfatizou a necessidade de maior presença do
presidente: “Lula precisa viajar mais e falar mais”. Ele acredita que a
comunicação direta com o povo é essencial para fortalecer o vínculo entre o
governo e a população. “2025 é o ano decisivo para a vitória em 2026”,
acrescentou, destacando a importância desse ano para as próximas eleições.
Além das questões econômicas
e políticas, Lindbergh abordou o caso do ex-presidente Jair Bolsonaro: “É
impossível Bolsonaro não ser preso”. Ele afirmou que “não dá para aliviar” essa
possibilidade, mencionando que “esse plano era dele”. Lindbergh enfatizou a
necessidade de “mais disputa política e mais enfrentamento” para garantir a
estabilidade e a continuidade das políticas do governo Lula.
Lindbergh também destacou a
força do Banco Central e a influência que ele exerce sobre a economia: “O Banco
Central tem muita força”. Com a chegada de Galípolo, ele acredita que as
expectativas do mercado serão mais favoráveis, contrapondo-se às ações passadas
de Campos Neto, que “conduziu as expectativas do mercado para o pior lugar
possível”. Em contraste, ele prevê que “Galípolo será o oposto”, promovendo um
ambiente mais estável e propício para o crescimento econômico.
Concluindo a entrevista,
Lindbergh reforçou seu compromisso com as políticas do governo e a importância
de enfrentar os desafios com determinação: “Precisamos de mais disputa política
e mais enfrentamento” para assegurar que os avanços econômicos sejam mantidos e
que a democracia brasileira se fortaleça frente às ameaças internas e externas.
Fonte: Brasil 247
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