PL do Carf sairá
mais caro para o brasileiro
A
próxima pauta econômica do governo na Câmara dos Deputados demandará um esforço
maior para aprovação. O Palácio do Planalto terá de melhorar a liberação de
emendas e negociar espaços numa eventual reforma ministerial se quiser ver
aprovados os projetos de lei do Carf e do arcabouço fiscal.
Diferentemente
da reforma tributária, que contou com um esforço pessoal do presidente da
Câmara, Arthur Lira, com apoio de setores do PIB e até com a adesão do governo
paulista, as duas próximas matérias no radar da equipe econômica encontram
maior resistência dos parlamentares – e a resistência não é necessariamente de
mérito.
Como
o interesse não é o mesmo que o reforma da tributária, eles aproveitam as
propostas para mandar os recados e negociar com o Planalto.
O
projeto do Carf, por exemplo, vai na contramão do que havia sido aprovado pelo
próprio Congresso na gestão Bolsonaro: a extinção do voto de qualidade, que
agora volta no relatório a pedido da Fazenda. A aprovação da matéria é
estratégica para o governo, dado o potencial de incremento da arrecadação, mas
não desperta a mesma urgência no Parlamento.
Deputados
têm mandado recados ao Planalto dizendo que, para haver o empenho, o governo
precisa “trabalhar mais”. Isso significa a liberação de emendas e, também, a
negociação para a ocupação de cargos.
Partidos
como União Brasil e Republicanos demandam uma reforma ministerial para ocupar
espaços que passam pelo Turismo, pela pasta do Esporte e, também, pelo
Desenvolvimento Social.
Até
na Fazenda há a avaliação de que o governo tem de aprimorar, via ministérios, a
liberação dos recursos para conseguir emplacar sua próxima pauta.
Só
com a votação do Carf é que se pode votar a nova regra fiscal (que voltou para
a Câmara após a aprovação no Senado) – o Carf tranca a pauta de qualquer outra
matéria, menos as propostas de emendas à Constituição, o caso da reforma
tributária.
• Câmara só discutirá Carf em agosto
O
vice-presidente da Câmara, Marcos Pereira (Republicanos-SP), afirmou nesta
quinta-feira que as votações do projeto de lei do Conselho Administrativo sobre
Recursos Fiscais (Carf) e da proposta do novo arcabouço fiscal ficarão para
agosto.
Enquanto
o plenário apreciava a reforma tributária, Pereira admitiu a jornalistas que a
análise dos dois textos, que são considerados prioritários pelo governo federal,
será adiada para depois do recesso parlamentar.
A
informação contraria o desejo do governo que trabalhou durante todo o dia para
viabilizar a votação da proposta nesta sexta-feira.
O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), passou a quinta-feira empenhado em
negociações com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e os líderes
partidários.
O
relator do projeto, deputado Beto Pereira (PSDB-MS), acolherá emendas para
contemplar a bancada ruralista, como a não execução de garantias antes do trânsito
em julgado nos processos.
A
aprovação do projeto de lei do Carf, segundo o governo, é importante para
ampliar a arrecadação no segundo semestre e buscar viabilizar o plano de
investimentos e gastos para 2024 — que dependerá, por causa do novo arcabouço
fiscal, do incremento de receitas este ano.
Havia
a expectativa de que a aprovação da reforma tributária viabilizaria a votação
do PL do Carf nesta sexta-feira. O que não deve ocorrer, segundo o
vice-presidente da Câmara, a despeito dos esforços de Lira e Haddad.
O
ministro da Fazenda costurou acordo com a bancada ruralista, que tinha se
posicionado contra a volta do voto de qualidade no Carf — regra em que o
representante da Receita desempata os julgamentos.
Além
de criar benefícios para as empresas caso ocorra empate, o ministro concordou
com sugestões deles sobre a execução de garantias e julgamentos de litígios
envolvendo cooperativas.
Os
partidos também estavam alinhados ao projeto, mas um impasse em torno da
nomeação do deputado Celso Sabino (União-PA) para ministro do Turismo pode
dificultar o apoio do partido. O vai-e-vem desagradou integrantes da bancada.
Haddad
preferiu não se envolver na briga entre advogados públicos da
Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN) e auditores da Receita Federal.
Os
integrantes do Fisco convenceram o relator a incluir a possibilidade de que a
Receita negocie descontos para o pagamento de débitos ainda não inscritos na
Dívida Ativa da União — fase em que a cobrança e negociação de benefícios para
quitação é feita pela PGFN.
Lula diz que reforma tributária não é a
ideal
O
presidente Luiz Inácio Lula da Silva avaliou, ontem, que o modelo da reforma
tributária elaborado não é o que ele nem o ministro da Fazenda, Fernando Haddad
— principal articulador do governo — desejavam. Enfatizou, porém, que foi
aquela possível de ser construída.
“Estamos
fazendo (a reforma) num regime democrático, negociando com todos. Não é o que
cada um de vocês deseja, não é o que Haddad deseja e não é o que eu desejo, mas
tudo bem. Não somos senhores da razão. Temos que lidar com a relação de forças
que está no Congresso Nacional. Os deputados que estão lá, bem ou mal, foram
escolhidos pela sociedade brasileira, portanto merecem tanto respeito quanto eu
e o Alckmin”, acrescentou Lula.
Lula
enfatizou que esta é a primeira alteração no sistema de impostos realizada
durante regime democrático brasileiro. Observou, ainda, que o governo dialogou
com os diferentes atores envolvidos para que o texto fosse construído.
“É
a primeira vez na história da democracia que a gente faz uma reforma tributária
no regime democrático. A última que nós tivemos foi no regime militar”,
salientou, durante o evento de relançamento do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Industrial (CNDI), que estava com as atividades paradas desde
2015.
Haddad,
por sua vez, após uma tarde de intensa negociação na residência oficial do
presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), relatou que a negociação
foi toda no sentido de que o texto levado ao plenário pelo relator, Aguinaldo
Ribeiro (PP-PB), se aproximasse ao máximo do consenso. “Avançamos muito,
dirimimos muitas dúvidas, afastamos alguns fantasmas que estavam assombrando
(os líderes), como impacto inflacionário ou aumento no preço dos alimentos.
Mostramos cálculos precisos para demonstrar que estamos seguros em relação aos
passos que estamos dando”, afirmou.
O
ministro recordou que a última reforma tributária no país foi feita há 58 anos,
durante a ditadura, como lembrou Lula. “Desde a constituinte, que não enfrentou
o tema, estamos aguardando este momento”, comentou, acrescentando que as
discussões não abriram espaço para paixões políticas, pois era uma necessidade.
“É
o país que está pedindo (a reforma tributária), não tem a ver com um governo ou
com outro. Tem a ver com uma necessidade imperiosa de a economia avançar. A
nossa produtividade é muito baixa porque os tributos atrapalham muito a maneira
como estão organizados”, frisou.
Para
o presidente, a reforma alavancará a retomada industrial do país. Ao comentar
dados apresentados pelo vice-presidente e ministro do Desenvolvimento,
Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, sobre a desindustrialização,
Lula enfatizou que é preciso voltar a investir no setor.
“Quanto
tempo perdemos? E quantas oportunidades? Conheci um empresário que herdou uma
fundição do pai, há 40 anos, e a fundição continua do mesmo jeito. Ele não
investiu nem um centavo em inovação”, contou.
Ele
lembrou que já se passaram seis meses desde que assumiu o cargo, e que o tempo
passa rápido para quem está no governo. Aproveitou, ainda, para alfinetar seu
antecessor no comando do país. “Quem está chorando é o (Jair) Bolsonaro, porque
três anos e meio demoram é para a oposição”, provocou.
Aos
ministros, Lula cobrou mais entregas. “Cada ministro que está aqui sabe: é preciso
parar de reclamar, é preciso parar de lamentar, e discutir como fazer o que
vamos fazer. A única coisa impossível é Deus pecar. O resto a gente pode tudo”,
cobrou.
PL bolsonarista usa homofobia contra
reforma tributária
Acostumados
aos discursos sobre a pauta de costumes, sob o lema Deus, pátria e família,
bolsonaristas tentaram ao longo da quinta-feira transformar a Reforma
Tributária em um tema ideológico na tentativa de impulsionar a oposição ao
texto — a estratégia para os seguidores não funcionou, e a proposta foi
aprovada em plenário.
Bolsonaristas
focaram em um ponto do texto elaborado pelo relator Aguinaldo Ribeiro (PP-PB),
sobre a previsão de “cashback” para gênero e raça para atrair a atenção do seu
público mais fiel e tentar movimentar as redes sociais e grupos de mensagens.
“Lei
estabelecerá hipóteses de devolução da contribuição prevista no inciso V a
pessoas físicas, inclusive em relação a limites e beneficiários, com o objetivo
de reduzir as desigualdades de renda, gênero ou raça”, diz trecho do relatório.
A
intenção do trecho é priorizar, além dos mais pobres, mulheres e negros no
recebimento de devolução de impostos, o chamado “cashback”. A proposta é ampla
e busca simplificar a cobrança de impostos no país.
Um
vídeo feito no plenário da Câmara pelo deputado Nikolas Ferreira (PL-RJ)
criticando esse trecho da proposta viralizou nas redes sociais.
—Por
incrível que pareça, a esquerda consegue colocar ideologia de gênero na reforma
tributária. Surreal — diz o deputado na filmagem.
Outros
deputados do PL seguiram a mesma linha.
—Eles
têm que botar essa questão de gênero! Ora, todos nós somos brasileiros! A
Constituição é clara! Sempre querem incentivar essa briga entre brasileiros. O
desgoverno Lula não aprende, não tem vergonha — disse no plenário o deputado
Cabo Gilberto Silva (PL-PB).
—A
pessoa paga o imposto, compra um produto ou utiliza um serviço e paga por isso.
Depois, vai dizer que ela se sente mulher e por isso ela terá direito ao
cashback, terá direito ao ressarcimento desse imposto que ela pagou. Esse é um
dos estímulos que o PT faz para a ideologia de gênero. Inclusive, a
Constituição não tem nenhuma previsão do termo “gênero”. Essa é mais uma das
inconsistências desse projeto — completou o líder da Oposição na Câmara,
deputado Carlos Jordy (PL-RJ).
Os
apelos dos bolsonaristas se intensificaram após reunião do partido com a
participação do ex-presidente na sede da sigla, em Brasília, em que Bolsonaro
se desentendeu com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas
(Republicanos). O governador foi cobrado por ter aparecido ao lado do ministro
da Fazenda, o petista Fernando Haddad, defendendo a reforma tributária.
A
ideia do cashback na reforma tributária é de combater desigualdades sociais. A
medida também deve valer para defesa do meio ambiente, redução dos tributos de
produtos de higiene menstrual e dos equipamentos de acessibilidade para pessoas
com deficiência.
Pacheco tenta convencer Lula a pôr
antipetista no STJ
Na
acirrada disputa pela vaga da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Superior
Tribunal de Justiça (STJ), que tem movimentado os bastidores em Brasília, é
raro encontrar quem não tenha seu candidato. Ninguém quer perder a chance de
dizer que “fez” ou ajudou a fazer um ministro do STJ, e o presidente do Senado
não é diferente.
Rodrigo
Pacheco escolheu um advogado mineiro para apadrinhar e não tem economizado
esforços para ajudá-lo. Trata-se de um amigo de cerca de dez anos: o ex-diretor
jurídico do Senado Luís Cláudio Chaves, que já se desentendeu com a Ordem dos Advogados
do Brasil (OAB) e endossou o impeachment da então presidente Dilma Rousseff.
O
empenho do presidente do Senado na campanha por Chaves é tal que, durante a
maratona jurídica ocorrida em Portugal na semana passada, Pacheco desfilou com
seu candidato.
“Pacheco
tem recomendado e dado um testemunho acerca do Luís Cláudio. Se entrar na
tríplice, é o único que pode fazer sombra à candidatura da Daniela Teixeira”,
disse à equipe da coluna um interlocutor de Pacheco no meio jurídico, em
referência à primeira colocada da lista sêxtupla da OAB, considerada favorita
por todos que acompanham de perto a disputa.
“O
Pacheco levou o Luís Cláudio Chaves a tiracolo para Coimbra. Não precisa nem
pedir votos, é só andar por perto e tirar foto que todo mundo já entende”,
relatou um ministro que também esteve em Portugal.
Chaves
ficou em segundo lugar na primeira etapa do processo seletivo, quando os
conselheiros da OAB se reuniram para definir a lista sêxtupla que será votada
em agosto pelos ministros do STJ.
Agora,
os 30 integrantes da Corte vão fazer uma espécie de triagem e reduzir o número
de candidatos de seis para três, formando uma lista tríplice a ser enviada para
análise do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Por
isso, os candidatos não perdem nenhuma oportunidade de ir atrás dos magistrados
– pelo menos 15 ministros do STJ se reuniram no final do mês passado no Fórum
Jurídico de Lisboa, promovido pelo instituto ligado ao ministro do STF Gilmar
Mendes.
“Cada
poder que cumpre o seu papel obviamente estará colaborando sobremaneira para a
construção de uma sociedade em que se tem o valor mais caro, que é a
preservação da democracia”, discursou Pacheco no fórum, apelidado de
“Gilmarpalooza” nos bastidores.
O
presidente do Senado também participou do encerramento de um seminário
intitulado “O direito na encruzilhada – Economia, proteção, clima, saúde e
alimentação”, promovido pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.
O
próprio candidato de Pacheco ao STJ se vê em uma encruzilhada, por conta do
endosso ao impeachment de Dilma, o que caiu mal entre os petistas, que já estão
vasculhando a ficha corrida dos candidatos. Na época, Chaves era
vice-presidente da entidade e conselheiro federal por Minas Gerais – apenas o
Pará votou contra o afastamento da então presidente.
“Isso pode não ser determinante, mas
certamente pesa muito na escolha final do presidente da República”, disse à
equipe da coluna um influente petista próximo de Lula.
Em
maio de 2017, depois da cassação da petista e com Michel Temer ocupando a Presidência
da República, Chaves disse, em entrevista ao jornal mineiro “Hoje em Dia”: “Nós
esperávamos que, nesse momento, principalmente após o impeachment da presidente
Dilma Rousseff e da operação Lava-Jato, os políticos brasileiros repensassem
seu papel na sociedade. Mas vemos que os atos de corrupção permanecem e
continuam acontecendo mesmo diante de tantas denúncias e processos movidos.”
Apesar
do desgaste com o impeachment de Dilma, um interlocutor de Lula avalia que o
apoio de Pacheco pode neutralizar o desconforto com o passado de Chaves.
E
lembra que o próprio Pacheco, que tem tentado se cacifar para a vaga que será
aberta no Supremo Tribunal Federal (STF) com a aposentadoria de Rosa Weber, em
outubro deste ano, votou a favor do impeachment de Dilma. No entorno do
presidente do Senado, o assunto é considerado “página virada”.
Mas
não é só isso que pesa contra Chaves. Em fevereiro de 2018, o então
vice-presidente do Conselho Federal da OAB desistiu de disputar o comando da
entidade, após não receber apoio do então presidente, Cláudio Lamachia, que
optou pela neutralidade. ” Não contei com apoios que para mim eram certos para
pacificar uma candidatura de consenso, de união. (…) Não quero ser um dos
protagonistas da guerra que se avizinha nas eleições da OAB”, afirmou Chaves,
em uma dura mensagem enviada aos colegas.
As
declarações pegaram muito mal entre os conselheiros, que consideraram a reação
infantil e destemperada. Mesmo assim, cinco anos depois, o advogado conseguiu
aparar as arestas na entidade e ficar com a segunda maior votação na lista
sêxtupla da OAB, com 27 votos, um a menos que Daniela Teixeira.
Em
meio ao acirramento da disputa, integrantes do grupo Prerrogativas, que apoiam
Daniela Teixeira, apontam outra fragilidade da campanha adversária. Enquanto a
advogada possui 146 processos registrados no STJ, Chaves conta com uma atuação
bem mais tímida no tribunal onde pretende trabalhar: apenas 27 até hoje.
Procurado
pela equipe da coluna, Pacheco afirmou que participou de seminários jurídicos
nas universidades de Lisboa e de Coimbra, mas não se envolveu em “nenhuma
discussão com relação a indicações ao STJ”.
Chaves,
por sua vez, disse que Pacheco “realmente” conhece sua “vida profissional”, já
que trabalharam juntos na seccional da OAB de Minas Gerais – da qual foi
presidente –, na OAB federal e mais recentemente no Senado. Mas alegou que
somente se encontrou com o presidente do Senado em Portugal “brevemente na
programação do próprio evento jurídico”.
A
respeito da desistência de disputar a presidência da OAB, por falta de apoio,
em 2018, argumentou que não concorreu ao cargo para “não provocar a divisão da
classe”.
Sobre
Dilma Rousseff, afirmou que o impeachment foi “votado inicialmente nas
seccionais (nos estados) em forma de recomendação”. “O voto é de bancada
estadual. A bancada respeitou a decisão da seccional.”
Quanto
ao baixo número de processos em que atua no STJ, frisou que não vê “como
importante o advogado ter muitas ou poucas causas em tribunais”. “O advogado
deve ter muitos clientes e poucas causas. Conclusão de que foram resolvidas.
Finalmente sobre isso, na advocacia pública, atuei como defensor público, com
milhares de casos. Casos de pessoas humildes, sem recursos financeiros.
Bolsonaristas chamam Tarcísio de “novo
Doria”
Em
política, as desavenças não costumam ser para sempre. Reviravoltas são usuais.
Mas nesta semana a linha que separava Jair Bolsonaro de Tarcísio de Freitas
virou um fosso. Será preciso um enorme esforço para remendar o estrago feito na
relação dos dois. Bolsonaro e o seu entorno não aceitaram a posição do seu
ex-ministro em favor da reforma tributária, como se sabe. E muito menos a
entrevista em que o governador apareceu amistosamente ao lado de Fernando
Haddad, na quarta-feira.
O
estresse ontem chegou ao ponto de Bolsonaro ter vetado a presença de Tarcísio
numa reunião fechada marcada para manhã de ontem na sede do PL.
Só
após muita insistência de Valdemar Costa Neto Bolsonaro topou que o governador
paulista fosse convidado.
O
encontro, marcado para às 8h, reuniu Altineu Côrtes, André do Prado (presidente
da Alesp), além de Valdemar, Bolsonaro e Tarcísio discutiu a votação da reforma
tributária. Na reunião, que se prolongou por duas horas, Bolsonaro pregou o
adiamento da votação. Tarcísio discordou.
Depois,
no encontro público à tarde, com as bancadas federais do PL, o clima de guerra
contra o governador ganhou mais musculatura, sobretudo com os discursos de
contestação a ele que se espalharam pelas redes.
A
ponto de, no fim do dia, o entorno de Bolsonaro quase que em uníssono passar a
chamar assim o governador: “Tarcísio é o novo Doria”, ou seja, um “traidor”.
Fonte:
g1/Correio Braziliense
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