4 DOS CASOS DE
HISTERIA EM MASSA MAIS INEXPLICÁVEIS DA HISTÓRIA
Em
diversos momentos da nossa história, curiosos casos de histeria coletiva fizeram com
que pessoas agissem de maneira estranha. Embora a palavra "histeria"
costume ser associada a imagens estereotipadas de pessoas em estado de frenesi
emocional, todos esses casos podem estar associados a uma simples tentativa do
nosso corpo lidar com situações estressantes. Abaixo, você pode conferir quatro
casos bastante peculiares de histeria coletiva, que tiveram um
grande impacto para as pessoas envolvidas.
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1. As freiras que miavam
Um
dos relatos mais curiosos sobre histeria coletiva aconteceu no século XVIII.
Segundo um relato feito em 1844, em algum momento uma freira começou a miar
como um gato em um convento. Com o passar do tempo, outras freiras também
começaram a miar, até que logo todas estavam repetindo esse estranho
comportamento. Os miados só tiveram fim quando soldados foram colocados na
porta do convento. As freiras foram informadas de que os soldados tinham varas
e iriam a chicoteá-las até que os miados chegassem ao fim — o que aparentemente
funcionou.
Até
hoje não se sabe o que desencadeou esse caso. Uma das hipóteses diz respeito à
privação emocional e espiritual à qual elas eram submetidas. Muitas eram
enviadas a força por suas famílias ainda muito jovens. Elas eram submetidas à
disciplina rígida, confinadas sozinhas e realizavam votos forçados de castidade
e pobreza. É possível que os miados fossem uma maneira que as freiras
encontraram para extravasar diante desta situação.
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2. Morangos com Açúcar... e vírus
Morangos
com Açúcar foi uma novela portuguesa bastante popular entre os adolescentes
entre 2003 e 2012 — uma espécie de “Malhação portuguesa”, cuja trama girava em
torno do dia a dia de adolescentes durante o ensino médio. Em maio de 2006, um
dos episódios da terceira temporada mostrava um surto de vírus, que colocava em
risco a vida dos personagens. Alguns dias depois do episódio ter ido ao ar,
centenas de adolescentes começaram a alegar dificuldade para respirar, tontura
e erupções cutâneas. Exatamente os mesmos sintomas que os personagens
apresentaram.
Cerca
de 300 alunos de 14 escolas diferentes relataram os sintomas, e algumas escolas
chegaram a fechar. Porém, após avaliações médicas, ficou constatado que nenhum
dos alunos estava infectado com algum vírus. No final, o Instituto Nacional de
Emergência Médica de Portugal decretou o caso como histeria coletiva,
possivelmente causada pelo estresse dos exames finais.
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3. O ataque alienígena de Orson Welles
Um
dos casos mais famosos de histeria coletiva aconteceu em 1938, nos Estados
Unidos. Tudo começou quando Orson Welles, então um jovem radialista, fez uma
adaptação do clássico de ficção científica A Guerra dos Mundos. Pouco antes de
começar a dramatização, ele explicou do que se tratava, porém, isso aconteceu
enquanto outro programa de maior audiência ainda estava sendo apresentado.
Quando ele acaba e as pessoas mudam para a rádio Columbia Broadcasting System,
o que elas ouvem é Welles narrando com temor uma invasão alienígena.
A
maioria dos ouvintes não sabia que se tratava da leitura de uma obra de ficção
e acreditavam tratar-se de um boletim de notícias. Ainda hoje é difícil saber o
alcance e o impacto da dramatização. Segundo a própria emissora, cerca de seis
milhões de pessoas ouviram a transmissão, das quais pouco mais de um sexto
acreditou no relato. No dia seguinte, a notícia que circulava foi que as linhas
de emergência ficaram congestionadas na região de Nova Jersey, onde Welles
havia adaptado a história, e centenas de milhares de pessoas tentaram fugir do
local, para escapar do suposto ataque alienígena. Hoje essa versão é
questionada, com algumas evidências sugerindo que se realmente houve confusão,
foi algo mais localizado e pouco expressivo.
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4. As bruxas de Salem
Talvez
o caso mais infame — e mortal — de histeria em massa da história é o Julgamento das
Bruxas de Salem.
A história aconteceu em Massachusetts, nos Estados Unidos, entre fevereiro de
1693 e maio de 1694. Tudo começa quando duas meninas — uma de 9 e a outra de 11
anos — tiveram repentinos ataques de gritos e violentos espasmos. Um médico foi
até o local e rapidamente falou que as meninas haviam sido enfeitiçadas, o que
foi prontamente aceito pela comunidade, quando pelo menos outras cinco meninas
tiveram os mesmos sintomas. Quando questionadas sobre quem havia feito aquilo
com elas, todas colocaram a culpa em três pessoas: uma escravizada chamada
Tituba, uma mendiga chamada Sarah Good e Sarah Osborne, uma senhora idosa.
A
partir deste momento, toda a população de Salem entrou em histeria coletiva, acusando
uns aos outros de maneira completamente irracional — uma menina de 4 anos foi
acusada e jogada em uma masmorra por 8 meses. Ao todo, mais de 200 pessoas
foram acusadas de praticar bruxaria e fazer pactos com o diabo, das quais 30
foram consideradas culpadas, 19 foram executadas — a maioria por enforcamento.
Fonte:
Mega Curioso
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