ONU condena desfile de
corpos de reféns israelenses em Gaza
O
chefe de Direitos Humanos das ONU condenou a forma como o Hamas fez a devolução dos quatro corpos de
reféns israelenses nesta quinta-feira (20) em um comunicado à imprensa.
Volker
Turk disse que o desfile de corpos em Gaza foi abominável e vai contra o
direito internacional.
"Segundo
o direito internacional, qualquer entrega dos restos mortais de pessoas
falecidas deve obedecer à proibição de tratamento cruel, desumano ou
degradante, garantindo o respeito à dignidade do falecido e de suas
famílias", afirmou.
O
grupo terrorista Hamas entregou na manhã desta quinta os restos mortais de um
bebê, uma criança, a mãe deles e um idoso em caixões preto. O bebê tinha oito
meses e era o mais jovem dos reféns israelenses do Hamas mantidos na Faixa de Gaza.
Três dos restos mortais são da família Bibas,
símbolo em Israel do
sofrimento dos reféns mantidos em Gaza: Shiri Bibas, de origem
argentina, dos filhos dela Kfir
Bibas, de oito meses, e Ariel Bibas, de 4 anos. O idoso Oded Lifschitz, de 83
anos, é o quarto corpo entregue.
A
entrega, que faz parte do acordo de cessar-fogo em vigor desde 19 de janeiro,
aconteceu em Khan Younis, na Faixa de Gaza. Os restos mortais foram entregues
em caixões pretos para integrantes de Cruz Vermelha, responsáveis por levá-los
até Israel. O governo israelense confirmou a entrega dos corpos.
As
vítimas tinham sido feitas reféns no ataque realizado pelo Hamas em
7 de outubro de 2023, que matou 1,2 mil pessoas em Israel. Outras
251 foram sequestradas pelo grupo terrorista. A retaliação israelense, que
lançou uma guerra contra o grupo terrorista, deixou cerca de 48 mil mortos e destruiu
cidades inteiras no território palestino.
No
momento da entrega dos corpos, o Hamas estendeu uma mensagem no pano de fundo
do palanque. Nela, o grupo terrorista alegou que os quatro reféns foram mortos
por um ataque aéreo israelense durante a guerra, e estampou uma imagem do
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com dentes de
vampiro e sangue saindo de sua boca.
Em Israel, o clima é
de luto com
a entrega dos corpos, que confirma as mortes da família Bibas. O presidente
israelense, Isaac Herzog, pediu desculpas pelos reféns mortos.
"Agonia.
Sofrimento. Não há palavras. Nossos corações — os corações de uma nação inteira
— estão devastados. Em nome do Estado de Israel, inclino minha cabeça e peço
perdão. Perdão por não proteger vocês naquele dia terrível. Perdão por não
trazê-los para casa com vida", afirmou Herzog em publicação no X após a
entrega dos corpos.
O
marido de Shiri, Yarden Bibas, e pais das crianças, também era mantido como
refém pelo grupo palestino. Ele estava entre os que foram
libertados em 1º de fevereiro. A família Bibas tinha sido sequestrada na
comunidade agrícola de Nir Oz, que fica próximo à Faixa de Gaza e perdeu cerca
de um quarto de seus habitantes, entre mortos e sequestrados, durante o ataque
de 7 de outubro.
"Shiri e as crianças se tornaram um
símbolo",
disse Yiftach Cohen, morador do kibutz da família Bibas.
O
Hamas já havia afirmado em novembro de 2023 que os meninos e a mãe haviam sido
mortos em um ataque aéreo israelense, mas as mortes nunca foram confirmadas
pelas autoridades de Israel. Os corpos passarão por exames de DNA.
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em uma breve
declaração em vídeo que esta quinta-feira seria "muito difícil para o
Estado de Israel. Um dia angustiante, um dia de luto."
Netanyahu
foi alvo de protesto de familiares
de reféns que ainda estão em poder do Hamas, na segunda-feira (17), quando
foram completados 500 dias de cativeiro. Com fotos dos reféns, dezenas de
pessoas marcharam até a casa do premiê entoando palavras de ordem.
Até
esta quinta, 19
reféns israelenses foram libertados pelo grupo terrorista como
parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo, além de cinco tailandeses. Em
troca, mais de 1,1 mil palestinos que estavam presos em cadeias israelenses
foram soltos.
Na
primeira fase do acordo, o Hamas concordou em liberar um total de 33 reféns
israelenses —e já havia avisado que alguns deles estavam mortos— em troca de 2
mil prisioneiros palestinos. No sábado (22), o grupo
terrorista prometeu libertar mais seis reféns vivos.
·
2ª
fase do acordo em negociação
Segundo
a agência de notícias, as negociações para uma segunda fase do cessar-fogo, que
deve garantir o retorno a Israel de cerca de 60 reféns restantes. A Reuters
informou que menos da metade deles são considerados vivos.
A
trégua deverá contemplar também a retirada completa das tropas israelenses da
Faixa de Gaza para possibilitar o fim da guerra. No entanto, as perspectivas
para um acordo permanecem incertas.
Na
quarta-feira (19), o Hamas informou que está
disposto a libertar todos os reféns que permanecem na Faixa de Gaza durante a
segunda fase do acordo, conforme declaração de Taher al-Nunu, um líder do grupo
terrorista palestino.
"Informamos
aos mediadores de que o Hamas está disposto a libertar todos os reféns de uma
só vez durante a segunda fase do acordo, e não por etapas como na primeira fase
em curso", disse ele à agência de notícias AFP.
¨
Hamas
entrega corpos de bebê, criança, mãe e idoso em caixões pretos para Israel
O grupo
terrorista Hamas entregou na
manhã desta quinta-feira (20) os restos mortais de um bebê, uma criança, a mãe
deles e um idoso em caixões preto. O bebê tinha oito meses e era o mais jovem
dos reféns israelenses do Hamas mantidos na Faixa de Gaza.
Três dos restos mortais são da família Bibas,
símbolo em Israel do
sofrimento dos reféns mantidos em Gaza: Shiri Bibas, de origem
argentina, dos filhos dela Kfir
Bibas, de oito meses, e Ariel Bibas, de 4 anos. O idoso Oded Lifschitz, de 83
anos, é o quarto corpo entregue. Os restos mortais passarão por exames de DNA.
A
entrega, que faz parte do acordo de cessar-fogo em vigor desde 19
de janeiro,
aconteceu em Khan Younis, na Faixa de Gaza. Os restos mortais foram entregues
em caixões pretos para integrantes de Cruz Vermelha, responsáveis por levá-los
até Israel. O governo israelense confirmou a entrega dos corpos.
A ONU condenou a forma como o
Hamas entregou os corpos dos reféns. O chefe de Direitos Humanos das ONU,
Volker Turk, disse que o desfile de corpos em Gaza foi abominável e vai contra
o direito internacional.
As
vítimas tinham sido feitas reféns no ataque realizado pelo Hamas em
7 de outubro de 2023, que matou 1,2 mil pessoas em Israel. Outras
251 foram sequestradas pelo grupo terrorista. A retaliação israelense, que
lançou uma guerra contra o grupo terrorista, deixou cerca de 48 mil mortos e destruiu
cidades inteiras no território palestino.
No
momento da entrega dos corpos, o Hamas reafirmou uma alegação de novembro de
2023, de que a mãe e os meninos Bibas haviam sido mortos em um ataque aéreo
israelense durante a guerra. As mortes, no entanto, nunca foram confirmadas
pelas autoridades de Israel.
Em Israel, o clima é
de luto com
a entrega dos corpos, que confirma as mortes da família Bibas. Israelenses se juntaram em
diversos locais do país para prestar homenagens durante o
transporte dos caixões. O presidente israelense, Isaac Herzog, pediu desculpas
pelos reféns mortos.
"Agonia.
Sofrimento. Não há palavras. Nossos corações — os corações de uma nação inteira
— estão devastados. Em nome do Estado de Israel, inclino minha cabeça e peço
perdão. Perdão por não proteger vocês naquele dia terrível. Perdão por não
trazê-los para casa com vida", afirmou Herzog em publicação no X após a
entrega dos corpos.
O
marido de Shiri, Yarden Bibas, e pais das crianças, também era mantido como
refém pelo grupo palestino. Ele estava entre os que foram
libertados em 1º de fevereiro. A família Bibas tinha sido sequestrada na
comunidade agrícola de Nir Oz, que fica próximo à Faixa de Gaza e perdeu cerca
de um quarto de seus habitantes, entre mortos e sequestrados, durante o ataque
de 7 de outubro.
"Shiri e as crianças se tornaram um
símbolo",
disse Yiftach Cohen, morador do kibutz da família Bibas.
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em uma
breve declaração em vídeo que esta quinta-feira seria "muito difícil para
o Estado de Israel, um dia angustiante, de luto."
Netanyahu
foi alvo de protesto de familiares
de reféns que ainda estão em poder do Hamas, na segunda-feira (17), quando
foram completados 500 dias de cativeiro. Com fotos dos reféns, dezenas de
pessoas marcharam até a casa do premiê entoando palavras de ordem.
Até
esta quinta, 19
reféns israelenses foram libertados pelo grupo terrorista como
parte da primeira fase do acordo de cessar-fogo, além de cinco tailandeses. Em
troca, mais de 1,1 mil palestinos que estavam presos em cadeias israelenses
foram soltos.
Na
primeira fase do acordo, o Hamas concordou em liberar um total de 33 reféns
israelenses —e já havia avisado que alguns deles estavam mortos— em troca de 2
mil prisioneiros palestinos. No sábado (22), o grupo
terrorista prometeu libertar mais seis reféns vivos.
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Israel
fica de luto após confirmação da morte de família de reféns com devolução dos
corpos
O
Hamas entregou, na
manhã desta quinta-feira (20), os restos mortais de quatro reféns israelenses
que morreram na Faixa de Gaza, entre eles o
do bebê Kfir Bibas, que tinha
apenas 8 meses quando foi levado durante o ataque que deu início à guerra com Israel e era o mais novo do grupo
sequestrado.
Os quatro corpos, que estavam
em caixões pretos, foram exibidos em um palco em Gaza antes de
serem devolvidos e levados pela Cruz Vermelha.
Em Israel, o clima é
de luto com
a entrega dos corpos, que confirma as mortes da família Bibas.
Israelenses
se alinharam na estrada, debaixo de chuva, perto da fronteira com Gaza, para
prestar suas homenagens enquanto o comboio que transportava os caixões passava.
"Estamos
aqui juntos, com o coração partido, o céu também chora conosco e rezamos para
ver dias melhores", disse uma mulher, que se identificou apenas como Efrat
à agência de notícias Reuters.
Em Tel Aviv, pessoas também se
reuniram, algumas chorando, no que ficou conhecido como Praça dos Reféns, em
frente ao quartel-general da Defesa de Israel.
O
presidente israelense, Isaac Herzog, pediu desculpas pelos reféns mortos em
publicação no X: "Agonia. Sofrimento. Não há palavras. Nossos corações —
os corações de uma nação inteira — estão devastados. Em nome do Estado de
Israel, inclino minha cabeça e peço perdão. Perdão por não proteger vocês
naquele dia terrível. Perdão por não trazê-los para casa com vida".
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Quem
era a família Bibas, símbolo de dor dos reféns
Foi apenas horas
depois de o Hamas invadir Israel em 7 de outubro de 2023, no ataque
que deu início à guerra, que a família Bibas virou o grande símbolo dos israelenses
sequestrados pelo grupo terrorista.
Naquele
mesmo dia, imagens de uma moradora de um dos kibutz atacados no sul de Israel,
o Nir Oz, aterrorizada, cercada por homens armados e
segurando seus dois filhos pequenos viralizaram nas redes sociais.
Era Shriri Bibas, levada naquele
dia por terroristas do Hamas junto de seu filho Ariel, de 4 anos, e Kfir, um
bebê de apenas nove meses, o
mais novo entre os 251 sequestrados pelo Hamas no ataque.
Por
20 meses, a família Bibas se tornou um símbolo da luta de parentes dos reféns,
que também direcionou seus protestos ao governo do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu. As imagens de
Shiri e das crianças sorridentes eram usadas como uma espécie de bandeira de
esperança e de cobrança a Netanyahu pela devolução dos reféns.
Nesta
semana, depois de quase um ano e meio, o Hamas confirmou os rumores de que os
três estavam mortos, e os corpos da família e de outro
refém, Oded Lifschitz, de 83 anos, foram
entregues por membros do grupo terrorista a Israel nesta quinta-feira (20), como parte do
acordo de cessar-fogo entre as duas partes.
O
marido de Shiri e pai dos dois meninos também foi sequestrado no mesmo dia.
Mas Yarden Bibas foi devolvido pelo
Hamas com vida em 1º de fevereiro, dentro do acordo de cessar-fogo. Durante
todo o tempo de sequestro, Yarden foi mantido separado do
resto de sua família.
Ele
foi sequestrado antes da mulher e dos filhos, porque, no momento do ataque,
deixou o esconderijo onde estavam para distrair os terroristas. Mas um segundo
grupo de membros do Hamas encontrou o esconderijo e levou os três.
Yarden
nunca encontrou, durante o cativeiro, com a esposa e os filhos, segundo a
imprensa israelense.
Já
os pais de Shiri Bibas morreram durante o ataque do grupo terrorista ao kibutz,
onde também viviam. O kibutz da família Bibas foi um dos mais destruídos no
ataque de 7 de outubro do Hamas. Na ocasião, um em cada quatro moradores do local foi
morto ou sequestrado naquele dia.
Foi
lá onde as duas crianças sequestradas nasceram e estavam crescendo. Nos dias
seguintes do ataque de 7 de outubro, triciclos e brinquedos ainda estavam
espalhados no gramado do lado de fora da casa da família, enquanto a porta da
frente perfurada por balas exibia pôsteres dos quatro sorridentes membros da
família Bibas.
Mas
a família vinha considerando se mudar. Segundo parentes, Shiri e Yarden
estudavam ir morar nas Colinas de Golã, território sírio anexado por Israel em
1981.
Eles queriam se
mudar justamente por conta das tensões na região em que viviam: o kibutz fica
perto da fronteira com a Faixa de
Gaza, e o lançamento de
foguetes era frequente.
Apesar
de a família Bibas ter se tornado o símbolo da esperança entre os parentes de
reféns, a
demora para devolvê-los começou a alimentar rumores de que eles estariam mortos.
A
maioria das mulheres e crianças entre os 251 sequestrados foi libertada pelo
Hamas já no primeiro acordo de trégua entre Israel e Hamas, no final de
novembro de 2023. Mas Shiri e as crianças nunca apareciam nas listas.
Depois,
o Hamas disse que Shiri e os filhos foram mortos em um ataque aéreo israelense.
Israel
sempre disse que nunca conseguiu verificar a alegação e que os três não estão
entre os 36 reféns de Gaza que as autoridades israelenses declararam mortos à
revelia, com base em inteligência e perícia.
No
ano passado, os militares israelenses recuperaram um vídeo de câmeras de
segurança que mostrava Shiri e seus filhos vivos em Gaza no dia de seu
sequestro.
Já
em 30 de novembro de 2023, o Hamas chegou a divulgar um vídeo no qual Yarden
Bibas, ainda em cativeiro, implorava a Netanyahu para que sua família fosse
enterrada em Israel. No entanto, após sua libertação em fevereiro deste ano,
Yarden disse que a mensagem do vídeo foi escrita pelo Hamas, que o obrigou a
lê-la.
A
família, então, tinha esperanças de que o Hamas havia mentido.
"Minha
luz ainda está lá, e enquanto eles estiverem lá, tudo aqui estará escuro",
disse ele na ocasião. Sua irmã, Ofri Bibas Levy, disse que Yarden, 35, tem se
apegado à esperança de que o Hamas tenha mentido para ele sobre o destino de
sua esposa e filhos.
"Shiri e as crianças se tornaram um
símbolo,
disse Yiftach Cohen, morador de Nir Oz, comunidade que perdeu cerca de um
quarto de seus habitantes, entre mortos e sequestrados, durante o ataque de 7
de outubro.
O
primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou em uma breve
declaração em vídeo que esta quinta-feira seria "muito difícil para o
Estado de Israel. Um dia angustiante, um dia de luto."
Netanyahu
foi alvo de protesto de familiares
de reféns que ainda estão em poder do Hamas, na segunda-feira (17), quando foram
completados 500 dias de cativeiro. Com fotos dos reféns, dezenas de pessoas
marcharam até a casa do primeiro-ministro entoando palavras de ordem.
Fonte: g1

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