Jair de Souza: A palavra final na Venezuela
será dada pela luta de classes
Agora já está claro
para todos o grande equívoco cometido pelos que estavam propensos a acreditar
que com a proclamação dos resultados da eleição presidencial da Venezuela o
conflito entre as forças bolivarianas e seus opositores de extrema direita
perderia intensidade e a vida política no país vizinho seguiria seu curso pelas
vias normais.
No entanto, de nada
adiantou que o Tribunal Superior de Justiça venezuelano auditasse os dados
disponíveis do processo eleitoral antes de reconfirmar a vitória de Nicolás
Maduro que o CNE (Conselho Nacional Eleitoral) já havia anunciado logo após o
encerramento da votação.
Ocorre que aqueles que
concordavam com a vitória de Maduro continuam concordando e, por sua vez, os
que não aceitavam isso permanecem não aceitando.
A bem da verdade, nada
de fato dependia do que as tão faladas atas eleitorais estampassem.
Com atas ou sem atas,
a controvérsia se manteria acirrada, porque as causas que estão por trás do
questionamento são de outra natureza.
Sendo assim, quais
seriam os fatores que impulsam e sustentam toda essa celeuma em torno dos
resultados das eleições venezuelanas?
Para encontrar as
respostas vai ser preciso levar em conta a velha e conhecida luta de classes.
Neste caso específico,
estamos falando de lutas sociais em um de seus níveis mais elevados: a luta de
classes no contexto do imperialismo.
É que a confrontação
com os interesses das potências imperialistas dá o tom na disputa em torno da
Venezuela do momento.
Por isso, é impossível
abordar a questão venezuelana sem levar em conta o papel do imperialismo na
mesma.
A partir da chegada de
Hugo Chávez ao comando do Estado da Venezuela em 1999, o país se tornou um dos
alvos preferenciais da política agressiva dos Estados Unidos, com vista a
isolá-la do restante da América Latina e, no momento oportuno, desfechar sobre
a mesma o tradicional bote aniquilador que costumam aplicar a seus desafetos
com menores recursos de defesa.
Portanto, pouco tempo
após sua chegada à presidência de seu país, o governo de Hugo Chávez foi vítima
de um violento golpe empresarial-militar que o removeu do cargo, colocou-o numa
prisão e partiu para um ataque generalizado contra tudo e todos que estivessem
associados com o governante deposto.
Porém, em vista do
nível de consciência e organização que as bases populares venezuelanas tinham
atingido naqueles dois anos e pouco de governo chavista, o povo venezuelano
saiu em massa às ruas e pôs fim à farra dos golpistas, restituindo o legítimo
governante a seu posto de direito.
Desde então, a
Venezuela nunca mais teve nenhum espaço de tempo para levar adiante seu
processo de reconstrução nacional em conformidade com as necessidades de sua
maioria popular.
Toda a fúria do
imperialismo e de seus colaboracionistas internos vem sendo desfechada contra a
administração chavista, sem lhe conceder sequer um momento de pausa.
As medidas de agressão
mais sórdidas imagináveis foram e são praticadas com vistas a infernizar a vida
do povo venezuelano com a expectativa de, com isso, forçá-lo a se revoltar
contra seus próprios governantes.
Essa pressão
asfixiante se acentuou muito após o falecimento do líder natural do
bolivarianismo, Hugo Chávez, e sua substituição no comando do processo por
Nicolás Maduro.
A Venezuela passou a
sofrer ataques terroristas por parte de grupos delinquenciais a serviço da
extrema direita (causadores das conhecidas guarimbas) combinadas com ferrenhas
medidas de bloqueio externo para impedir a normalização da vida no país.
Como, mesmo assim, os
colaboracionistas internos não conseguiam derrotar o chavismo pelas vias
institucionais legais, o imperialismo veio em seu socorro e nomeou um de seus
serviçais, Juan Guaidó, como presidente paralelo, em contraposição ao que
estava constitucionalmente em exercício.
Precisamos recordar
que o governo nazista-bolsonarista do Brasil naquele momento também reconheceu
o fantoche Juan Guaidó como o representante legal da Venezuela e passou a seus
asseclas o controle da embaixada da Venezuela no Brasil.
Durante este processo
de usurpação do poder de representação da Venezuela no exterior, o imperialismo
confiscou todas as reservas financeiras venezuelanas no exterior e as entregou
para os larápios da quadrilha Juan Guaidó-María Corina Machado, as quais foram,
oportunamente, desviadas para sustentar a vida dos quadrilheiros e sua
entourage.
Além disso, as
autoridades estadunidenses também confiscaram a principal subsidiária da
empresa petrolífera venezuelana (CITGO) e a transferiram para o usufruto da
quadrilha.
Se juntarmos o
criminoso bloqueio visando inviabilizar a vida econômica do país agredido com o
roubo descarado de seus recursos para entregá-los aos agentes imperialistas de
nacionalidade venezuelana, vamos poder entender como tem sido difícil para o
governo bolivariano enfrentar os graves problemas de carência e falta de
perspectivas existentes.
A fim de angariar
apoio público para sua agressão, o imperialismo recorre amplamente a seu
arcabouço midiático e digital.
Em consequência, os
povos dos países vizinhos são bombardeados 24 horas por dia com notícias falsas
e injúrias contra o processo revolucionário em curso na Venezuela e seus
dirigentes.
Devido à quase
inexistência de difusão informativa contraposta à do imperialismo, é
compreensível que exista nos países latino-americanos vizinhos significativas
parcelas de suas populações contaminadas pelas campanhas difamatórias
deslanchadas de modo intenso e constante por meio das rádios, televisoras e
redes sociais digitais (Whatsapp, Twitter, Facebook, Instagram, etc.) que o
imperialismo tem a sua disposição.
Em vista disto,
qualquer um que não leve em consideração que os graves problemas da Venezuela
se devem em primeiro lugar à atuação criminosa das forças imperialistas estará,
na verdade, sendo conivente com o imperialismo.
Mas, se o alguém em
questão se apresentar como partícipe do campo popular, de esquerda, então, a
coisa deve ser vista como muito mais pavorosa.
É que simplesmente não
dá para ser parte do campo popular e de esquerda e não ver no imperialismo a
grande desgraça que aflige os povos periféricos do capitalismo.
A luta contra o
imperialismo é o que caracteriza a luta de classes a nível internacional nesta
fase da história em que estamos.
Aqueles que se mostram
reticentes em apoiar a legítima resistência que as forças bolivarianas da
Venezuela antepõem às agressões do imperialismo devem ser vistos como cúmplices
do imperialismo. E assim deverão ser marcados pela história.
¨ Venezuela: argumentos da esquerda da esquerda. Por Valter Pomar
Viento
Sur publicou, no dia 24 de agosto, um texto útil para quem deseja entender
os argumentos dos que criticam o governo Maduro, de um ponto de vista situado à
esquerda da esquerda. O texto acusa a “esquerda pró Maduro” de “abandonar” os
trabalhadores e o povo venezuelano.
Quem seria esta
“esquerda pró Maduro”?
Segundo o texto, seria um “sector cada vez más pequeño (…) según el
cual, para salvar a Venezuela y a la región del imperialismo estadounidense, es
necesario apoyar al gobierno de Nicolás Maduro a cualquier coste. Este coste,
por supuesto, incluye la posibilidad de que, a diferencia de épocas anteriores,
Maduro no haya ganado las elecciones (…)”.
Essa definição é
verdadeira?
Do meu ponto de vista,
não é verdadeira, essencialmente pelo seguinte: certamente existem os que
apoiam Maduro a “todo custo”, assim como existe quem se considera mais chavista
do que Chávez e Maduro. Mas existem, também, aqueles que não são e nunca foram
chavistas; que não defendem toda e cada uma atitude do governo Maduro; mas
entendem que é preciso respeitar a soberania da Venezuela, o que inclui, no
presente caso, respeitar as decisões da suprema corte e do conselho eleitoral
daquele país.
Se entendi direito o
argumento do texto, esta “nuance” não faria muita diferença, pois seguiria
presente uma lógica “basada más en la geopolítica clásica que en el
marxismo”. Para poupar os leitores de digressões teológicas e acadêmicas
acerca da geopolítica e do marxismo, faço uma pergunta: para a classe
trabalhadora espalhada por todo o mundo (inclusive a que vivia nas repúblicas
soviéticas), a vida piorou ou melhorou depois que a URSS desapareceu?
Quem respondeu que
“piorou” não obrigatoriamente concorda com o “sistema soviético”, embora se dê
conta de que, às vezes, ruim com ele, pior sem ele. E se dá conta, também, de
que existe um forte vínculo entre a luta de classes e a chamada “geopolítica”
(adoto o termo por comodidade). E “geopolítica”, ao contrário do que sugere o
texto, não se resume à luta pelo petróleo. Afinal, existe uma guerra pelo
controle da América Latina e Caribe, que transcende o tema petrolífero.
Alias, o texto mesmo reconhece que há um setor da esquerda que “se
concentra menos en el petróleo y más en la tragedia de reconocer la derrota de
Maduro, visto como un izquierdista, en un contexto de avance de la extrema
derecha en el mundo y en la región”. Registro
aqui uma malandragem do texto. Óbvio que seria trágica a vitória da
extrema-direita; mas derrotar os fascistas no voto e entregar o governo no
berro (como em certa medida aconteceu na Bolívia, no início do golpe contra
Evo) não seria trágico, seria patético. Assim, quando não “reconhecemos” a
“derrota de Maduro”, é entre outras coisas porque não somos patetas.
Mas o principal para o
texto não é debater se Maduro ganhou ou não; o principal é tentar provar que
Maduro não seria de esquerda. Segundo o texto, Maduro teria “una gramática discursiva con
verborrea de izquierda”, mas “lo único que ha hecho es hacer retroceder
los logros y el legado de los años de avance del proceso bolivariano. Más allá
de las apariencias, lo cierto es que su política desde 2013 (…) En una
trayectoria abiertamente autoritaria, Maduro siempre ha favorecido a los
sectores empresariales”. Nessa crítica existe
uma porção de verdade, a saber: depois da crise de 2008, todos (t-o-d-o-s) os
governos progressistas e de esquerda na América Latina e Caribe passaram a
enfrentar crescentes dificuldades para melhorar a vida do povo. Quem não foi
golpeado, comeu o pão que o diabo amassou. E os que voltaram ou chegaram agora
enfrentam imensos problemas (Boric, por exemplo, que o texto trata de maneira
tão gentil).
Em parte isso se deve
a escolhas (erradas) feitas por esses governos e pelas esquerdas que os
sustentam? Seguro que sim! Mas em grande parte se deve à força de nossos
inimigos, que nos impuseram fortes constrangimentos e contradições.
Um dos problemas da
esquerda da esquerda é que, no balanço das causas, pesam contra a mão esquerda.
E isto está vinculado, como aponta o próprio texto, a um método de análise que
eles acham ser marxismo, mas que não passa de economicismo. O que eles chamam
de marxismo é uma “análisis de la situación de la clase obrera venezolana”.
Sem dúvida este é um
componente fundamental de qualquer análise. Mas se a análise for apenas da
“situação” da classe trabalhadora (venezuelana ou de quase todos os países, no
último período), a constatação será a seguinte: a maioria da classe vive pior hoje
do que em 2013. A partir desta constatação, basta dar um pequeno passo para
“concluir” que a culpa pela piora nas condições de vida da classe é dos
governos; e, onde existem, seria dos governos de esquerda e progressistas.
E se o governo
progressista for sujo, feio e malvado, cortem sua cabeça, como diria a rainha
do país das maravilhas. O resultado será, como se demonstrou no Brasil e em
outros lugares, uma piora nas condições de vida da classe trabalhadora. E, em
alguns casos, isso provoca a domesticação de uma parte da esquerda da esquerda,
que em nome do antifascismo passa a defender governos mais moderados do que
aqueles que ela, antes, atacava. Se quisermos evitar este desfecho, é preciso
analisar a situação da classe, no contexto da luta de classes.
Parece óbvio, mas
infelizmente há quem desconsidere o obvio: as classes só existem em luta e na
luta. E, portanto, se queremos extrair conclusões políticas, é preciso ir além
da descrição dos sofrimentos de nossa classe. É preciso considerar a luta como
um todo, que inclui não apenas o conflito de classes dentro de cada país, mas
também a luta entre Estados no plano mundial.
Quando fazemos isso, o
resultado da análise tende a ser menos “binário”. E podemos perceber, por
exemplo, que numa determinada correlação de forças, a derrota de um governo
progressista e de esquerda pode piorar expressivamente a situação da classe
trabalhadora, bem como piorar a situação dos governos e Estados que se opõem de
alguma forma a quem hoje hegemoniza o mundo. Nem toda vez é assim, vide o caso
sempre citado de Kerensky em 1917. Mas na América Latina e Caribe entre 1998 e
2024 tem sido assim.
Como em 1973 se dizia
do governo Allende, mesmo quando são governos de merda, são os nossos governos
e devem ser defendidos contra a oposição de direita e extrema-direita. Não é
essa, obviamente, a posição de esquerda da esquerda. Aliás, o texto não
discorre sobre quais seriam as consequências de um hipotético governo de María
Corina Machado y Edmundo González.
Embora o texto afirme
que a “classe obrera le interesa fundamentalmente cómo la situación
tras el 28J permite o restringe, a corto plazo, las libertades que necesita
para expresarse como clase”, a única “situacion” analisada
é o que, supostamente, fez, faz ou deixa de fazer o governo Maduro. Os autores
do texto acusam o governo Maduro de reprimir os trabalhadores, antes e depois
do 28 de julho.
Vamos supor que parte
do que é dito fosse verdade. Por quais razões, então, o texto afirma que uma
vitória de Guaidó Segundo seria uma “tragédia”? No que esta “tragédia”
diferiria da que o texto descreve, quando fala do governo Maduro??
Silêncio! Talvez
porque ninguém tenha dúvida sobre o que implicaria uma vitória da extrema
direita sobre as liberdades e condições de vida da classe trabalhadora
venezuelana. Mas se o texto admitisse isto, toda a sua crítica ao governo
Maduro teria que mudar de tom e perspectiva.
E já que falamos em
silêncio, o texto não fala em nenhum momento de Guaido Primeiro. Vá saber por
qual motivo acontece este tipo de “omissiones y silencios comprometedores”.
O que parece organizar o pensamento da esquerda da esquerda é o objetivo de
construir “una alternativa por la izquierda”. Este objetivo é, falando
em tese, legítimo. Mas ele não será alcançado através de uma vitória da
direita.
No caso do Brasil, uma
parte da esquerda da esquerda descobriu isso do pior jeito possível. O texto
foi escrito a quatro mãos, duas são brasileiras, mas pelo visto são de quem não
entendeu as lições do último período. Nem todo mundo aprendeu, é verdade. E nem
todo mundo tirou as mesmas lições.
Basta ver a crença que
muitos seguem mantendo no efeito supostamente mágico das amplas alianças, das
instituições, do ajuste fiscal e do discurso republicano. Neste sentido, o
texto tem alguma razão quando afirma que o “êxito electoral del binomio
Machado-González es en buena medida el resultado de los errores políticos del
madurismo”.
Sem dúvida, houve
erros. Alguns vem de longe, outro de perto. Mas cabe perguntar: o texto acha
que a oposição venceu? Acha
que houve fraude? Segundo o texto, seria uma tragédia “el hecho de que
esta extrema derecha haya podido ganar o estar muy cerca de ganar las
elecciones, no hay otra razón para la insistencia de Maduro en negar los
resultados y reprimir tan duramente al pueblo.” “Haya podido ganhar” é muito
diferente de “estar cerca de ganar”.
Curiosamente, o texto
inteiro é escrito com base na convicção de que Maduro perdeu, mas esta certeza
é apresentada quase sempre de forma indireta. E o motivo é óbvio: ao acusador
cabe o ônus da prova e os que acusam não têm provas. Por isso, aliás, exigem
“atas” que a oposição venezuelana sempre teve e que, quando mostrou, o fez de
forma manipulada e fraudulenta. Por isto que foi dito, não é verdade que Maduro
“negue” os resultados. O que ele nega é que a oposição tenha vencido. Negativa
baseada nas resoluções da justiça venezuelana.
Tomar esta negativa
como suposto indício de que a oposição ganhou ou está por ganhar é simplesmente
surreal. Seja como for, não há dúvida de que o texto foi escrito por quem
acredita que houve fraude nas eleições de 28 de julho e que a oposição venceu. Achar
isso é um direito de quem queira. O que não podem é desconsiderar que existe,
na esquerda, quem tenha certeza de que Maduro venceu as eleições e, portanto,
acredite que “fraude” é o que a direita tenta fazer. É por isso, aliás, que
este setor da esquerda – seguro da vitória de Maduro – não apoia a solução
“negociada”. Não por apego ao poder supostamente negado pelas urnas, mas porque
o único efeito prático de certas propostas de negociação é dar aparência de
legitimidade para quem desconsidera totalmente a legalidade materializada na
Constituição bolivariana.
Obviamente, quem
acredita que houve fraude vê o panorama de outro ponto de vista. E ao fazê-lo
revela um incrível apreço não pela democracia em geral, mas por uma específica
interpretação da democracia. Vejamos qual.
Segundo o texto, “no podemos identificar mecánicamente a los pueblos con
sus dirigentes políticos, que pueden o no representarlos, en una relación
siempre dinámica. Cuando esta relación se rompe -como se ha roto o se está
rompiendo en Venezuela- las libertades democráticas se convierten en un punto
de apoyo fundamental para cualquier lucha por la soberanía, tanto popular como,
por cierto, nacional”. Portanto, se as eleições deram a vitória para Guaidó
Segundo, então – apesar de que os “regímenes democrático-burgueses no son el
régimen al que aspiramos estratégicamente los socialistas” – devemos
acatar os resultados. Se não agirmos assim, “¿Cómo queda una izquierda que
desprecia la democracia hasta el punto de avalar la manipulación de las
elecciones, frente a los pueblos y trabajadores del mundo y en países (cada vez
más) donde la lucha contra la extrema derecha es vital?”
Portanto, se entendi
direito, deveríamos reconhecer a vitória da extrema direita na Venezuela, para
demonstrar nosso compromisso com a democracia! Obviamente, isto só tem algum
sentido para quem acredita que a oposição ganhou. Mas mesmo para quem acredita
nisso, uma vitória da extrema-direita deveria causar muito mais preocupação do
que a expressa no texto (com o destino da PDVSA, por exemplo).
Afinal, está mais do
que demonstrado que a chegada da extrema-direita ao governo não é uma
“alternância” normal.
Acho que o texto não
aborda isso entre outros motivos porque – embora a dupla de autores certamente
vá negar isto – sua defesa das liberdades democráticas se confunde com a defesa
do que eles mesmos chamam de “regime democrático burguês”. O que os leva a,
partindo da esquerda da esquerda, terminarem repetindo argumentos liberais
acerca da “democracia”. Isto não é uma “qualidade” apenas deste texto e de seus
autores, mas de muito mais gente. O liberalismo tem mesmo uma atração fatal.
Fonte: Viomundo
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