quarta-feira, 28 de junho de 2023

Diferenças entre anti-inflamatórios e antibióticos

"Você sabe a diferença entre anti-inflamatórios e antibióticos? Anti-inflamatórios e antibióticos são medicamentos que, apesar do nome semelhante, apresentam grandes diferenças. Enquanto os antibióticos são usados no tratamento de doenças bacterianas, os anti-inflamatórios são usados para o alívio de sintomas provocados por inflamações. Vale destacar que algumas inflamações estão associadas a infecções por bactérias, sendo, em algumas situações, recomendado o uso dos dois medicamentos em associação. Nem antibióticos, nem anti-inflamatórios devem ser usados sem recomendação médica.

·         Resumo sobre a diferença entre anti-inflamatórios e antibióticos

Antibióticos são medicamentos usados no tratamento de doenças bacterianas.

O uso inadequado de antibióticos pode favorecer o desenvolvimento de resistência bacteriana.

Anti-inflamatórios são medicamentos usados para tratar inflamações e os seus sintomas.

O uso inadequado de anti-inflamatórios pode provocar danos à saúde, como problemas renais.

·         Antibióticos e anti-inflamatórios

Antibióticos e anti-inflamatórios, apesar da semelhança entre os nomes, são medicamentos diferentes e que apresentam mecanismos de ação distintos. Tanto antibióticos quanto anti-inflamatórios devem ser usados apenas com prescrição médica, devendo-se sempre respeitar as formas e o tempo de utilização recomendado pelo profissional.

·         O que são antibióticos?

Antibióticos são medicamentos, produzidos naturalmente (quando produzidos por seres vivos, como fungos) ou artificialmente, que são usados no tratamento de infecções por bactérias, eliminando-as ou impedindo a sua multiplicação. Recebem a denominação de bactericidas quando provocam a morte da bactéria e de bacteriostáticos quando inibem o crescimento bacteriano.

Diferentes doenças podem ser tratadas com o uso de antibióticos, sendo esse o caso, por exemplo, das chamadas infecções urinárias, pneumonias, amigdalites, tuberculose e erisipela. É importante destacar que doenças virais não podem ser tratadas com esses medicamentos, portanto em caso de gripes e resfriados, o uso de antibióticos não é recomendado. São exemplos de antibióticos a penicilina, amoxicilina e cloxacilina.

·         Uso de antibióticos e a resistência bacteriana

O uso indiscriminado e de forma inadequada de antibióticos está relacionado com um fenômeno conhecido como resistência bacterina. Para explicar o que é e como ocorre a resistência bacteriana, imaginemos uma pessoa com infecção urinária que começa a fazer uso de um antibiótico.

O antibiótico inicia sua ação eliminando algumas bactérias, porém nem todas as bactérias são iguais, e a dose inicial não provocou efeito imediato em algumas delas, as quais apresentavam características que as permitiam sobreviver à ação do medicamento em baixas doses.

O paciente, ao se sentir melhor, interrompe o ciclo do remédio, e aquelas bactérias que apresentavam características que as tornavam mais resistentes permanecem no organismo, reproduzindo-se e dando origem a outras bactérias também resistentes e mais difíceis de serem tratadas. O paciente volta então a sentir sintomas, entretanto o antibiótico utilizado anteriormente não apresenta mais o mesmo efeito, uma vez que em seu corpo estão apenas as bactérias mais resistentes.

Além do uso por tempo menor do que o recomendado pelo médico, outros fatores que podem contribuir para a seleção de bactérias resistentes são o uso de antibióticos para tratar problemas causados por outro organismo e o uso de antibiótico não recomendado para a bactéria específica.

O uso incorreto de antibióticos torna as bactérias resistentes à ação do medicamento.

·         O que são anti-inflamatórios?

Anti-inflamatórios são medicamentos usados, geralmente, com o intuito de tratar sintomas decorrentes de processos inflamatórios. Podem ser divididos em anti-inflamatórios esteroidais e não esteroidais.

Os anti-inflamatórios chamados de esteroidais são mais conhecidos como corticoides, sendo muito utilizados para tratar problemas como asma e rinite. Além disso, esses medicamentos, por terem ação imunossupressora, são muito usados em pacientes transplantados para evitar a rejeição do órgão recebido.

Os chamados anti-inflamatórios não esteroidais, por sua vez, são usados para problemas de saúde considerados mais simples, como cólicas menstruais e artrite. Nesse grupo de anti-inflamatórios temos medicamentos muitos conhecidos, como é o caso do ibuprofeno e o ácido acetilsalicílico.

·         Uso incorreto de anti-inflamatórios

É importante salientar que, diferentemente dos antibióticos, muitos anti-inflamatórios podem ser vendidos sem receita médica, o que faz com que muitas pessoas acreditem que se tratem de medicamentos com poucos riscos à saúde. Entretanto, assim como antibióticos e outros medicamentos, o uso de anti-inflamatórios deve ser feito sempre seguindo as recomendações médicas e obedecendo ao tempo de uso solicitado.

O uso abusivo desses medicamentos pode provocar o desenvolvimento de problemas de saúde graves, como gastrite, úlceras, insuficiência renal e até mesmo hepatite medicamentosa. Para saber mais sobre esse tópico, clique aqui.

·         Qual a diferença entre anti-inflamatórios e antibióticos?

Como vimos ao longo do texto, antibióticos e anti-inflamatórios são medicamentos muito diferentes. Enquanto o antibiótico é usado no tratamento de infecções bacterianas, os anti-inflamatórios são usados para tratar inflamações.

Entretanto, é importante deixar claro que em algumas situações o paciente poderá utilizar os dois medicamentos ao mesmo tempo, pois algumas bactérias podem desencadear inflamações. O antibiótico, nesse caso, tentará eliminar as bactérias ou inibir o crescimento bacteriano, enquanto o anti-inflamatório aliviará os sintomas da inflamação."

 

Ø  Diferenças entre soro e vacina

 

"Soro e vacina são dois agentes que atuam como imunizadores, entretanto, são usados em ocasiões diferentes, apesar de terem um objetivo comum que é proteger nosso corpo contra substâncias estranhas. Os dois produtos são fabricados a partir de organismos vivos, sendo, portanto, chamados de imunobiológicos.

As vacinas são usadas como uma forma de proteção que estimula nosso organismo a produzir anticorpos contra determinada doença. Em razão dessa característica, dizemos que a vacina é uma forma de imunização ativa.

Dessa forma, elas são produzidas a partir de antígenos inativados ou atenuados, que, ao serem colocados no nosso corpo, estimulam a produção de anticorpos e células de memória pelo nosso sistema imunológico. Assim, quando nosso corpo for invadido novamente pelo mesmo antígeno, o organismo já terá formas de eliminá-lo rapidamente, antes de surgirem os sintomas da doença. As vacinas são usadas na prevenção de viroses e doenças bacterianas.

Os soros, por sua vez, não promovem uma imunização ativa, uma vez que, nesses casos, são inoculados anticorpos previamente produzidos em outro organismo. No caso dos soros, dizemos que ocorre uma imunização passiva.

Eles são conhecidos principalmente pela sua atuação no tratamento de peçonha de cobras e aranhas, porém também são produzidos para tratar algumas toxinas bacterianas e a rejeição de órgãos transplantados (soro antitimocitário). Os soros são usados em casos em que há necessidade de tratamento rápido, ou seja, quando não é possível esperar a produção de anticorpos pelo nosso corpo.

A produção de soro é realizada no corpo de outro ser vivo, que normalmente é um mamífero de grande porte, como um cavalo. Injeta-se nesse animal, em doses controladas, o antígeno contra o qual aquele organismo deve produzir anticorpos. Assim que os anticorpos são produzidos, parte do sangue do animal é retirada e o plasma separado para a análise de controle de qualidade. As hemácias, leucócitos e plaquetas retiradas são colocadas novamente no animal.

O soro, diferentemente da vacina, não possui função preventiva, sendo usado apenas como forma de cura. Também é importante destacar que o uso frequente de soros pode causar problemas de saúde, uma vez que o corpo pode identificar os anticorpos do soro como antígenos e desencadear a produção de anticorpos contra ele."

 

Fonte: Brasil Escola

 

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