Jovem que arrotava
o tempo todo descobre câncer avançado
A
enfermeira americana Bailey McBreen, 24 anos, não imaginava que crises de
arrotos frequentes poderiam ser o um sinal de que ela estava com câncer de intestino. O problema
começou em 2021, quando a jovem
passou a arrotar até
dez vezes por dia, algo que não costumava ocorrer antes.
“O
primeiro sinal de que algo estava errado – embora eu não soubesse na época –
foi quando comecei a arrotar excessivamente. Eu arrotava de cinco a dez vezes
por dia. Isso não era normal para mim”, disse Bailey, ao site NeedToKnow.
A
americana contou que só deu a devida atenção ao problema quando começou a ter
outros sintomas incomuns como cólicas estomacais excruciantes e refluxo – que
os médicos,
inicialmente, atribuíram à ansiedade.
Em
janeiro deste ano, Bailey começou a se queixar de falta de apetite e
constipação.
Foi quando ela começou a suspeitar de alguma obstrução no intestino. Uma
tomografia computadorizada confirmou que a jovem tinha um tumor na parte mais
alta do cólon transverso, região localizada logo abaixo dos outros órgãos na
cavidade abdominal.
“Nunca pensei que os sintomas vagos que eu
tinha eram, na verdade, câncer de cólon em estágio três. Senti como se
estivesse sentada no canto da sala vendo a mim mesma ser diagnosticada. Estava
em completo estado de choque”, lembrou.
“Lembro
que a primeira coisa que consegui dizer foi: ‘Não estou pronta para morrer’.
Tudo o que pude fazer naquele momento foi chorar e lamentar a vida que
costumava ter e me preparar mentalmente para o que está por vir”, continuou.
Além
disso, deve-se evitar o consumo de carnes processadas (por exemplo salsicha,
mortadela, linguiça, presunto, bacon, blanquet de peru, peito de peru, salame)
e limitar o consumo de carnes vermelhas até 500 gramas de carne cozida por
semanaGetty Images
·
Câncer
de intestino
O
câncer de intestino, também conhecido como câncer de cólon e reto ou
colorretal, é um dos tipos mais frequentes no Brasil, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca). Ele abrange os
tumores que se iniciam na parte do intestino grosso chamada cólon, no reto –
final do intestino, e ânus, e pode causar obstruções no trato digestivo,
levando ao excesso de gases.
Sintomas
do câncer de intestino
Os
sintomas mais frequentes de câncer de intestino são:
- Gases;
- Mudança
injustificada de hábito intestinal;
- Diarreia ou
prisão de ventre recorrentes;
- Sangue nas
fezes (de coloração clara ou escura);
- Evacuações
dolorosas;
- Afinamento das
fezes;
- Desconforto
gástrico;
- Constipação
intestinal;
- Perda
injustificada de peso;
- Cansaço
constante;
- Hemorroidas;
- Verminose;
- Úlcera
gástrica.
A
doença tem tratamento e as chances de cura são altas quando o problema é
identificado no estágio inicial. Após receber o diagnóstico correto, em
janeiro, a enfermeira foi submetida a uma cirurgia de emergência e começou a
fazer sessões de quimioterapia no mês seguinte. O tratamento deve continuar até
o final de agosto deste ano.
Ø
Colonoscopia:
exame de câncer de intestino precisa ser anual?
Nos
últimos meses, vários casos de pacientes com câncer
de intestino apareceram
na mídia. Com um número crescente de novos diagnósticos, é importante que a
população se conscientize cada vez mais sobre como identificar a doença: o
principal exame para rastreá-la é a colonoscopia.
No
entanto, o teste para detectar o tumor é invasivo e existem muitas dúvidas sobre
a frequência com a qual ele deve ser feito. O oncologista clínico do Hospital
Anchieta de Brasília, Hélio Borges, explica que existe outra forma de detectar
a patologia, que é pela presença de sangue oculto nas fezes.
Segundo
o profissional, estima-se que 90% dos cânceres colorretais se iniciam a partir
de pólipos, nome dado a lesões benignas que podem crescer na parede interna do
intestino grosso. “Uma maneira de prevenir o aparecimento dos tumores seria a
detecção e a remoção dos pólipos antes de eles se tornarem malignos”, afirma.
Por isso, o exame de rastreio é importante.
O
médico ensina que a triagem deve começar aos 45 anos. No entanto, para
pacientes com histórico familiar de parentes de primeiro grau que tenham tido o
câncer colorretal, o início do rastreio pode ser aos 40 anos ou 10 anos antes
da idade do parente mais novo que teve o tumor.
·
Afinal,
é preciso fazer a colonoscopia todos os anos?
Não,
a colonoscopia não precisa ser feita todos os anos. Porém o teste
imunoquímico fecal para detectar sangue oculto nas fezes, sim. Segundo o
gastroenterologista do Hospital Anchieta Rodrigo Aires, os pacientes devem
realizar a colonoscopia caso o teste imunoquímico dê positivo.
“Em
caso negativo, o exame de detecção do câncer deverá ser feito a cada 10 anos,
segundo recomendações da Sociedade Americana de Oncologia”, afirma Aires.
O
médico acrescenta ainda que a frequência da colonoscopia não oferece riscos ao
paciente. O problema é o preparatório para o exame, com a sedação, o preparo
intestinal e própria execução do exame, que é considerado invasivo.
Desde
que a colonoscopia tenha uma indicação formal, ela pode ser realizada em uma
periodicidade mais curta do que 10 anos sem causar prejuízos ao paciente, diz o
gastroenterologista.
Fonte:
Metrópoles
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