quinta-feira, 9 de março de 2023


 Médico aponta 5 sinais de alerta para câncer em pacientes jovens

Um levantamento recente publicado no site Teenage Cancer Trust, do Reino Unido, apontou que menos da metade dos jovens com idades entre 18 e 24 anos consegue identificar corretamente sinais físicos que podem alertar para a possibilidade de um câncer.

Os tumores mais comuns entre a população jovem são os linfomas e as leucemias, que apresentam sintomas inespecíficos, como cansaço, inchaço na barriga e caroços. Entre os respondentes da pesquisa britânica, 56% afirmaram que não saberiam dizer quando um desses sinais requer investigação mais detalhada.

O oncologista Márcio Almeida, da Oncoclínicas Brasília, alerta para a necessidade de as pessoas conhecerem o próprio corpo e buscar ajuda sempre que perceberem alguma alteração que se torna persistente.

“É obrigação de cada um estar atento à própria saúde. Se aparecer um inchaço ou caroço, por menor que seja, as pessoas devem procurar atendimento médico para investigar”, alerta o oncologista.

<<<<< O especialista chama a atenção para os 5 sinais físicos mais comuns de câncer em jovens:

·         1. Manchas

Pintas ou manchas no corpo devem ser monitoradas. Caso uma delas comece a crescer, mudar de cor ou de aspecto, é importante buscar um clínico ou dermatologista. As marcas podem não ser nada e desaparecerem sozinhas, mas, caso persistam, é importante buscar ajuda.

“Não é comum que uma pinta seja um tumor maligno, mas sempre é necessário investigar. Principalmente se ela começar a sangrar, mudar de cor ou formato”, aponta o oncologista.

·         2. Alterações de peso

Ninguém engorda nem perde peso sem motivo. Alterações dessa natureza merecem olhar clínico.

“Mudanças de peso sem explicação são preocupantes. Consideramos alterações bruscas quando um paciente perde, por exemplo, 10% do peso inicial em pouco tempo sem estar seguindo um programa de emagrecimento”, afirma o oncologista.

·         3. Cansaço excessivo

O especialista explica que, para crescerem, os tumores exigem muita energia. Uma das consequências mais comuns é que o paciente desenvolva anemia, que consiste em deficiência de ferro no sangue.

Quando há carência do mineral, os glóbulos vermelhos não conseguem transportar a quantidade necessária de oxigênio para os tecidos do corpo, o que provoca fadiga.

“Cansaço inespecífico e fadiga sem explicação podem ser, ou não, indicativos de câncer. Quando a indisposição e a fraqueza começam a incomodar, a recomendação é que a pessoa procure ajuda”, frisa Almeida.

·         4. Dor que não passa

O paciente, com dores crônicas sem razão específica, deve procurar ajuda médica. Almeida explica que o câncer em si não dói, mas a sensação ocorre quando o tumor comprime um ou mais nervos.

A dor crônica pode denunciar a região onde o câncer está crescendo.

5. Nódulos e inchaços

Nódulos e inchaços precisam ser investigados caso não desapareçam em até três semanas. A presença de um caroço pode indicar um cisto, um tumor benigno ou até mesmo um câncer.

“O paciente deve ter em mente que o diagnóstico permite o tratamento, sendo assim é melhor descobrir a razão dos sintomas do que, simplesmente, ignorá-los”, ressalta o médico.

 

Ø  “Achei que tinham errado”, diz jovem diagnosticada com câncer aos 23

 

A fisioterapeuta Evelin Scarelli tinha 23 anos quando descobriu ter um câncer de mama, em 2011. O diagnóstico da doença, com maior incidência entre mulheres com mais de 50 anos de idade, parecia totalmente incompatível com a vida dela naquele momento. Evelin estava no último ano da faculdade, cheia de planos para iniciar a vida profissional.

“Achava que não era comigo, que tinham trocado os exames. Acreditava que não era possível receber aquele diagnóstico”, lembra a moradora de São Paulo, que hoje atua como coordenadora de voluntariado do Instituto Oncoguia, organização da sociedade civil que auxilia pacientes com a doença.

Evelin foi a primeira pessoa da família a descobrir uma mutação no gene BRCA2. A condição é rara, mas aumenta significativamente o risco de câncer de mama antes dos 70 anos. Apenas uma em cada 400 mulheres (0,25% da população) têm os genes BRCA1 ou BRCA2 mutados e menos de 10% dos casos de câncer de mama são causados por essas duas mutações.

A pesquisa “Câncer de mama hoje: como o Brasil enxerga a paciente e sua doença?”, divulgada na última quinta-feira (29/9) mostra que as brasileiras ainda têm pouca informação sobre a possibilidade de casos de câncer de mama na juventude. O levantamento foi realizado pelo instituto Inteligência em Pesquisa e Consultoria (Ipec) a pedido da Pfizer e ouviu 1.397 mulheres com 20 anos ou mais no Distrito Federal e outros cinco estados (São Paulo, Belém, Porto Alegre, Recife e Rio de Janeiro.

Um terço das entrevistadas disse acreditar que mulheres abaixo de 40 anos não precisam se preocupar com câncer de mama ou que os exames de rastreamento devem ser iniciados apenas na menopausa. A oncologista Débora Gagliato esclarece que não necessariamente o câncer de mama está ligado ao envelhecimento, ele pode aparecer bem mais cedo.

“Em geral, a incidência de tumores femininos vem aumentando, principalmente entre mulheres mais jovens. Isso é fruto do estilo de vida, com excesso de bebida alcoólica, sedentarismo, uso prolongado de terapias hormonais e até mesmo a decisão de adiar a maternidade”, afirma.

Mutações

A médica acrescenta que pacientes com histórico familiar de mutações nos genes BRCA1 ou BRCA2 ou que tiveram essas mutações identificadas devem começar a rotina de exames como mamografia e ressonância magnética antes dos 40 anos de idade.

“Mulheres jovens com histórico de câncer de ovário na família ou com o subtipo de câncer de mama triplo negativo são obrigadas a ter um índice de suspeita maior “, explica a médica. “Caso sejam o primeiro caso da família (caso índice) devem servir de alerta para que uma investigação genética da família inteira seja iniciada”, explica a médica.

·         Coragem

O diagnóstico de Evelin resultou em seis anos de tratamento, incluindo mastectomia, quimioterapia, radioterapia e hormonioterapia. Ela optou também por retirar a mama colateral para reduzir o risco de desenvolver outro câncer no futuro.

“Saber da mutação foi muito difícil. O meu mastologista disse: ‘Evelin, não posso prometer que o câncer não vai voltar. O que posso te pedir é para você nunca me abandone porque, se o câncer voltar, vamos achar ele bem pequeninho’. Depois de tudo isso, me sinto mais forte”, afirma.

Onze anos depois do diagnóstico, Evelin é mãe de Bento, de 1 ano e 4 meses e se dedica a ajudar mulheres que estão passando pelo que ela viveu. “A gente não pode romantizar o câncer e enxergar como um presente divino, foi difícil. Ele levou as minhas mamas, perdi os cabelos, tive medo de morrer, mas o processo que vivi me deixou com um olhar mais sensível para as coisas que realmente importam”, aponta.

 

       Jovem descobre câncer ao notar verruga no pé: “É duro aceitar a morte”

 

A australiana Natalie Fornasier foi diagnosticada com câncer após investigar uma verruga em um dos dedos do pé. O caroço havia mudado de formato e ela decidiu ouvir uma opinião médica. O caso ocorreu há 8 anos e, atualmente, a jovem passa por cuidados paliativos.

O melanoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos melanócitos, células responsáveis pela pigmentação da pele. Esse tipo de lesão é potencialmente grave, pois há risco de que ele produza metástases em outros órgãos.

Entre os sinais que podem indicar de um melanoma estão a mudança de cor, tamanho ou formato de pintas, manchas e sinais. Os dermatologistas recomendam usar a regra ABCDE para monitorar possíveis sintomas de um melanoma. A sigla significa assimetria, borda, coloração, diâmetro e elevação.

·         Desabafo

Natalie descobriu o câncer de pele quando tinha 20 anos e, desde então, está em tratamento. No entanto, nas últimas semanas, o estado de saúde dela tem piorado e os médicos já avisaram que não há mais tratamento possível para salvá-la

“Não é fácil admitir que estou morrendo aos 28 anos. Todos os dias, nos últimos quatro meses, chorei e gritei”, lamentou Natalie, em suas redes sociais.

Natalie vem compartilhando a luta dela contra o câncer em um perfil no Instagram. Em seu post mais recente, ela agradeceu aos seguidores pelas mensagens de amor, apoio e gentileza e suas. Os amigos já criaram uma campanha de financiamento coletivo para cobrir as despesas do funeral e para ajudar a família a enfrentar o momento de dificuldade.

 

Ø  Jovem que achava ter alergia a álcool descobre câncer agressivo

 

A britânica Izzy Fletcher, de 23 anos, adorava festas e bebidas alcóolicas. No entanto, em março do ano passado, ela começou a sentir dores no peito e na cabeça toda vez que tomava drinques. A princípio, a jovem acreditou que tinha desenvolvido alergia à bebida.

Os sintomas persistiam e, de repente, Izzy também começou a ter crises de tosse. Ela decidiu, então, buscar ajuda médica e, em dezembro, descobriu que estava com linfoma de Hodgkin.

O linfoma de Hodgkin é um tipo de câncer que se origina no sistema linfático, conjunto composto por órgãos (linfonodos ou gânglios) e tecidos que produzem as células imunológicas. Apesar de agressivo, é um dos cânceres mais tratáveis e costuma ser eliminado com quimioterapia e radioterapia.

O sintoma mais comum da doença é um inchaço indolor em um linfonodo, geralmente localizado na virilha, axila ou pescoço. O paciente também costuma apresentar suores noturnos, perda de peso, tosse persistente, dores de cabeça e no peito. A dor provocada pelo álcool, no entanto, é menos comum.

Em suas redes sociais, Izzy conta que não procurou ajuda médica antes por achar que seus sintomas estavam relacionados ao estilo de vida. A jovem iniciou um tratamento que vai durar seis meses e usa seus perfis para conscientizar as pessoas sobre a doença.

 

Fonte: Metrópoles

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