terça-feira, 7 de janeiro de 2025

O que os "místicos" preveem para o ano de 2025

Com a chegada de 2025, a busca por respostas e orientações para os desafios vindouros ganha força. Milhares de brasilienses recorrem a práticas tradicionais como Tarô e Astrologia. Embora não tenham respaldo científico, essas técnicas milenares continuam a atrair adeptos interessados em dar uma espiadinha no que o futuro reserva. Estudiosos das áreas místicas projetam cenários para o próximo ano, abordando temas como política, economia, saúde e transformações sociais.

Uma palavra que pode resumir o que está por vir no ano que vem: mudança. Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, 2025 chega com promessas de transformações profundas. Na visão da taróloga e astróloga Anna Beatriz de Carvalho Leite, 2025 será regido pelo número 9, associado ao arcano do Eremita. 

Na numerologia, o algarismo simboliza a conclusão de ciclos, sabedoria e iluminação espiritual. Ele representa um ponto de virada, onde se encerra uma fase e se inicia outra. Por sua vez, o Eremita, no Tarot, é uma figura solitária, em busca de sabedoria interior, o qual representa a necessidade de se conectar com a própria essência. 

"Um ano de número 9 carrega uma energia marcada por encerramento de ciclos e preparação para novos começos. Será um momento de reavaliar valores, soltar o que não serve mais e plantar sementes para o futuro", comenta a especialista. 

Entretanto, para o astrólogo Arthur Curado, será mais um "teaser" do que uma mudança definitiva. "Não tem uma só [grande transformação]. O universo quase nunca interfere de um modo 'corte-seco'. Uma coisa vai fundindo na outra. De modo geral, parece que 2025 tem muita coisa acontecendo e serve mais como um teaser do que será 2026 e a partir de lá", explica.

Apesar disso, ele reforça a importância de acompanhar os ciclos lunares, eclipses e retrogradações — movimentos dos astros associados a períodos de revisão, reavaliação e interiorização —  pode ajudar as pessoas a atravessar o ano com mais tranquilidade. "É bom se ligar um pico nestes movimentos para uma experiência de mais 'bem-estar' ou 'estar bem'", sugere.

Enquanto 2025 é apontado como um ano de transição e preparação, a expectativa é que 2026 traga transformações ainda mais profundas para as quais devemos nos preparar. "Não é culpa das estrelas — pelo menos não tudo", finaliza Curado, lembrando que o céu pode oferecer tendências, mas as ações e escolhas ainda estão em nossas mãos.

·        Cuidado emocional

Analisando céu e astros, a astróloga Ananda Guerra Santos afirma que 2025 traz uma necessidade de mudanças profundas na relação com o planeta e entre as pessoas. Os eixos nodais, pontos de encontro entre a órbita lunar e o caminho aparente do Sol, estão em Áries e Libra e entrarão nos signos de Peixes e Virgem. Peixes faz um convite à introspecção e ao cuidado emocional, enquanto Virgem enfatiza a organização. 

Diante desses indicadores, ela enfatiza a importância de cuidar da saúde emocional neste novo ano. "Foquem na espiritualidade de vocês e, principalmente, em manter uma frequência vibracional alta. Antes de querer salvar o outro, tente se acolher primeiro", afirma. Ela acrescenta sobre a necessidade de fazer terapia, reforçar a saúde mental e nutrir pensamentos elevados.

Segundo Ananda, o próximo ano traz Marte retrógrado, significando que o ano terá aspectos de conflito, brigas e guerras. Isso ocorre, pois o planeta é considerado regente da ação, energia e assertividade, mas nessa fase passa por um período de introspecção, o que pode gerar impaciência, frustrações e maior tendência a disputas.

A oposição de Marte em Leão e Plutão em Aquário é definida como um dos aspectos mais tensos do ano, possibilitando conflitos relacionados a dinâmicas de poder e transformação. "Geopoliticamente falando, esse cenário de expansão de guerras reflete na economia e na exportação de produtos, gerando impacto no bolso da grande maioria das pessoas", conclui. 

Além disso, a astróloga e analista junguiana Aline Maccari reforça que este novo ano será incomum, com cinco planetas mudando de signo. Netuno e Saturno em Áries simbolizam desafios climáticos e de saúde.

"Como o Brasil é nascido em 7 de setembro e tem ascendente em peixes, um eclipse importante está previsto para esta data. Ele sugere catástrofes climáticas que incidem diretamente sobre a saúde, a economia e a política", alerta Aline. Contudo, ela aponta que o país terá um destaque cultural, especialmente nas artes, como cinema e música.

·        Política e economia

Anna destaca que as transformações sociais e políticas serão marcadas pela entrada de Plutão em Aquário, trazendo reconfigurações ideológicas e lideranças revolucionárias. Isso ocorre, pois, na astrologia, o planeta é considerado um astro que representa crises e renovações. Já o signo está associado à inovação, quebra de paradigmas e razão.

A prática dos Búzios também mostra que será um ano de desafios econômicos, especialmente nos primeiros meses. Contudo, áreas como agricultura e agropecuária podem ajudar na recuperação financeira a partir de maio.

Na política, prevê-se instabilidade, com riscos para figuras públicas importantes. "O presidente pode ser surpreendido com um susto na saúde, além de risco de acidente aéreo. Além disso, o ministro da Economia pode não terminar seu mandato", disse Pai Ivan Choas, da Umbanda. Já na área social, desentendimentos políticos podem gerar conflitos urbanos em grandes capitais, como Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro.

Na economia, o destaque será a tokenização de bens — transformar coisas de valor, como imóveis ou ações, em moedas digitais —  e fortalecimento das mudanças digitais. A tendência é a redução drástica da utilização do dinheiro físico, bem como a ascensão das redes financeiras globais, trazendo maior transparência e acessibilidade, mas também levantando debates sobre descentralização do poder econômico.

As profissões ligadas à tecnologia e sustentabilidade continuarão a crescer, bem como o uso e a integração de inteligência artificial em diversas áreas. Nesse sentido, um aumento do desemprego pode ser esperado. Na saúde, haverá avanço na medicina integrativa e ênfase no equilíbrio emocional.

As cidades do futuro começam a ganhar forma, com urbanismo inteligente e sustentável, enquanto os espaços virtuais se tornam tão significativos quanto os físicos. No mesmo sentido, com Urano em Gêmeos — astro associado à inovação e signo ligado ao aprendizado —, a educação passará por transformações profundas, integrando inteligência artificial, realidade virtual e métodos personalizados. Será um ano de grande criatividade e inovação, mas também de dispersão e sobrecarga informacional.

<><> Principais movimentos 

  • » Marte retrógrado: Indica um período de maior introspecção e potencial para conflitos, tanto em nível pessoal quanto coletivo.
  • » Oposição entre Marte em Leão e Plutão em Aquário: Sugere tensões relacionadas a poder, transformações e questões coletivas.
  • » Eixos Nodais em Peixes e Virgem: Convidam à introspecção, cuidado emocional e organização.
  • » Plutão em Aquário: Indica transformações profundas nas estruturas sociais e políticas, com foco em inovação e quebra de paradigmas.
  • » Urano em Gêmeos: Sugere transformações na educação, com foco em tecnologia, personalização e novas formas de aprendizado.

<><> Dicas para 2025

  • » Invista na sua saúde mental e emocional. Terapia e práticas espirituais podem ser valiosas;
  • » Diversifique investimentos financeiros para se proteger das instabilidades;
  • » Esteja aberto a mudanças, mas mantenha a ética e os valores humanos;
  • » Busque conexões autênticas e participe de comunidades solidárias;
  • » Aproveite o segundo semestre para focar em projetos familiares e domésticos, favorecidos por Júpiter em Câncer;
  • » Buscar união familiar e prática da gentileza;
  • » Ser justo e verdadeiro consigo mesmo e com os outros;
  • » Ter fé e confiar na própria capacidade de superar desafios.

<><> Vidente do 11/9 faz previsões para 2025; saiba quais

As previsões de Baba Vanga , conhecida como a "Nostradamus dos Bálcãs" , voltaram a ganhar atenção devido a supostas profecias sobre 2025. Segundo relatos associados a suas visões , este ano marcaria o início de um processo de extinção humana , especialmente na Europa, provocado por conflitos de grandes proporções.

Embora tenha falecido há quase três décadas, as premonições de Baba Vanga continuam sendo tema de debate, com algumas pessoas associando suas palavras a eventos históricos, como os ataques de 11 de setembro de 2001, a queda da União Soviética e a pandemia global de 2022.

Apesar do fascínio, especialistas ressaltam que suas previsões carecem de comprovação científica.

Entre as principais previsões atribuídas à vidente para o futuro próximo está a exploração de novos planetas em busca de fontes de energia, prevista para 2028, e mudanças climáticas intensas devido ao derretimento dos polos em 2033.

Para períodos mais distantes, Baba Vanga teria vislumbrado o retorno do comunismo global em 2076, o contato com civilizações extraterrestres em 2130 e até mesmo guerras interplanetárias em 3005.

No entanto, suas profecias também apontam para um evento cósmico catastrófico em 5079, que resultaria no fim do mundo.

Nascida na Bulgária em um ambiente humilde, Baba Vanga alegava ter visões desde a adolescência, atribuindo suas habilidades a experiências místicas.

Durante o regime comunista na Bulgária, suas previsões foram documentadas oficialmente, mas também enfrentaram ceticismo. Apesar disso, seu nome se tornou conhecido mundialmente, e suas profecias continuam a atrair atenção.

Eventos como o desastre de Chernobyl e a ascensão de líderes russos, como Vladimir Putin, são frequentemente associados a suas visões.

O interesse por Baba Vanga é alimentado tanto por sua influência mística quanto pela dificuldade em verificar a precisão de suas profecias.

 

¨      E aí, já comprou sua arma para enfrentar o Novo Ano? Por Paulo José Cunha

Tão cedo o rastro de destruição do governo Bolsonaro sobre os principais pilares da convivência democrática e cordial entre os cidadãos será removido. Vai demorar muitos anos para que os efeitos deletérios da política armamentista e da cultura da violência como método de solução de problemas sejam neutralizados. Até porque nas últimas eleições a bancada de adeptos, aliados ou simpatizantes do ex-presidente saiu turbinada das urnas. Todos defendendo em uníssono o pensamento reacionário, violento e individualista do capitão.

Para ficar num único exemplo, basta ver que as bancadas BBB – B (de bala), B (de Bíblia, os evangélicos) e B de boi (os representantes do agronegócio) garantiram a aprovação na reforma tributária da isenção do imposto seletivo sobre as armas. Ou seja: asseguraram um incentivo à venda e à aquisição de armas. Desde sua criação há 20 anos, o Estatuto do Desarmamento, que regulou aquisição, posse e uso de armas de fogo no Brasil, está sob ataque ininterrupto. Nem mesmo diante das evidências e estatísticas segundo as quais quanto maior o número de armas em circulação maior é a violência, as bancadas armamentistas não depuseram as… suas armas. Dia e noite parlamentares se revezam nas tribunas exigindo exatamente o contrário: o direito irrestrito de qualquer pessoa adquirir, portar e usar armas de fogo. Só para lembrar: Bolsonaro, em pleno governo, defendeu que todo brasileiro tivesse garantido o direito de ter seu fuzil.

O próprio decreto regulamentando o uso da força pelas polícias estaduais, publicado na véspera do Natal, está sob ataque da direita e da extrema-direita. Pelo menos três governadores – o do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, o de Goiás, Ronaldo Caiado e a governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão – detonaram o decreto alegando interferência indevida do governo federal em sua autonomia. Recentemente, pelo menos os governadores nordestinos se manifestaram em sentido contrário. Divulgaram nota garantindo que a medida “não altera a autonomia dos estados nem as normativas já estabelecidas” e “reafirma a centralidade da prudência, do equilíbrio e do bom senso no exercício da atividade policial”.

Já o número de armas em circulação não parou de crescer no governo armamentista de Bolsonaro e depois dele. O número delas mais que dobrou e chegou a quase 3 milhões no período de 2019 a 2022, segundo levantamento dos institutos Igarapé e Sou da Paz. E o crescimento, segundo a equipe que realizou o estudo, tem relação direta com medidas adotadas durante a gestão de Jair Bolsonaro na Presidência. Medidas que facilitaram o acesso a armamentos, principalmente entre os CACs (caçadores, atiradores desportivos e colecionadores). Ficou mais fácil o porte municiado e a disponibilidade de armas mais potentes e em grande quantidade. O crescimento é mais assustador quando se observa que os membros de instituições militares deixaram de ser os principais proprietários de acervos particulares de armamentos. Os CACs assumiram essa dianteira. Agora podem adquirir, e estão adquirindo, armas de calibres muito superiores. E que ninguém se iluda: o aumento de armas em circulação é levado em conta pelo crime organizado, que se prepara para explorar essa movimentação de armas em seu proveito.

Pelo resultado da votação que resultou na retirada do imposto seletivo sobre os armamentos é possível prever que o crescimento de armas em circulação continuará em escala geométrica. Ainda mais num parlamento que, pelas últimas projeções, tende a se tornar cada vez mais conservador e autoritário. Até aqui, Lula e seu governo fizeram pouco ou quase nada para reverter a queda em sua popularidade, essencial para garantir as condições mínimas para disputar uma eleição com chances de vitória. Sequer se esboçou qualquer gesto no sentido da construção de uma alternativa ao próprio Lula para as próximas eleições, considerando a possibilidade real de não ter condições físicas de concorrer. Sem esquecer que o próximo pleito será muito mais difícil do que o último, em que a esquerda venceu por um fiapo de votos. Também não se viu qualquer medida concreta no sentido de fazer frente ao avassalador crescimento da extrema-direita nas redes sociais, enquanto Lula permaneceu nos mesmos níveis. Tudo em sintonia global com o crescimento da extrema-direita no mundo, tendo à frente o republicano Donald Trump, com inegáveis reverberações na conduta do eleitorado tupiniquim. Só para reforçar: hoje, o palco da política é o cyber-espaço, especialmente as redes sociais. O sistema de comunicação da presidência da república tem atuação pífia nessa área que se tornou, apenas, estratégica. Mas o governo parece que não está dando a mínima bola. Continua acreditando em santinhos, cartazes e comícios em cima de carrocerias de caminhões. Enquanto isso, a boiada vai passando…

Tal quadro remete à conclusão assustadora de que, mantendo-se a situação de hoje no pleito de 2026, a tendência é o crescimento das alas de centro, centro-direita, direita e extrema-direita no parlamento. Ou seja: as bancadas armamentistas, fortalecidas, têm tudo para ampliar ainda mais tanto a aquisição quanto a posse e o uso de armas de fogo. E assim, sem qualquer exagero, têm farto potencial para transformar o país num grande faroeste. E o problema não tem a ver com esquerda ou direita, mas, sim, com a sobrevivência de todos em meio ao tiroteio que se vislumbra. Já passa, e passa muito, da hora de o governo acordar para essa realidade e, pelo menos, começar a se mexer.

 

Fonte: Correio Braziliense/iG/Congresso em Foco

 

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