terça-feira, 5 de novembro de 2024

Eleita a cidade do interior que é a pior de todo o Brasil para se viver

O Índice de Progresso Social (IPS) tem ganhado destaque como uma ferramenta essencial para avaliar a qualidade de vida nas cidades brasileiras. Diferente de outras métricas, o IPS vai além do contexto econômico e examina aspectos sociais e ambientais que afetam diretamente o bem-estar dos cidadãos. Desenvolvido para fornecer uma visão abrangente, o índice considera fatores como educação, saúde e proteção social.

No Brasil, o IPS revelou algumas das cidades com as menores classificações em termos de qualidade de vida, especialmente concentradas na Região Norte. Este cenário aponta para desafios enfrentados por essas localidades, que precisam de melhorias significativas em infraestrutura e serviços básicos para aumentar o progresso social de suas populações.

<><> O que é o Índice de Progresso Social?

O IPS é uma metodologia internacional que avalia o desempenho dos municípios em três dimensões principais: Necessidades Humanas Básicas, Fundamentos do Bem-Estar e Oportunidades. Cada uma dessas dimensões é composta por múltiplos componentes que, juntos, formam o resultado final para cada cidade. Isso permite observar não apenas o acesso a recursos econômicos, mas também como essas cidades atendem às necessidades dos seus cidadãos em termos de saúde, educação e inclusão social.

A construção do IPS Brasil se baseou em mais de 300 indicadores, reduzidos para 53 principais, que são coletados a partir de instituições oficiais e centros de pesquisa. Esses dados ajudam a traçar um panorama real das condições de vida no país, fornecendo insights valiosos para políticas públicas.

<><> Quais Cidades Apresentam a Pior Qualidade de Vida no Brasil?

Entre as cidades com pior desempenho segundo o IPS, a maioria está localizada na Região Norte do Brasil. A cidade de Uiramutã em Roraima lidera essa lista, possuindo um elevado percentual de população indígena. Entretanto, vale ressaltar que a metodologia do IPS não avalia explicitamente os indicadores relacionados às populações indígenas, o que pode impactar as posições dessas cidades no ranking.

  • Uiramutã (RR)
  • Alto Alegre (RR)
  • Trairão (PA)
  • Bannach (PA)
  • Jacareacanga (PA)
  • Cumaru do Norte (PA)
  • Pacajá (PA)
  • Uruará (PA)
  • Portel (PA)
  • Bonfim (RR)

<><> Como o IPS pode Melhorar a Gestão Pública?

O IPS Brasil é uma ferramenta útil para gestores públicos, pois fornece dados essenciais que podem guiar a elaboração de políticas e a alocação de recursos. Ao entender as áreas que mais necessitam de atenção, governos locais podem focar em estratégias específicas, como melhorar a infraestrutura básica, promover a inclusão educacional ou ampliar os serviços de saúde disponíveis.

Os dados do IPS não apenas identificam problemas, mas também ajudam a monitorar os resultados de iniciativas implementadas, permitindo ajustes conforme necessário. Dessa forma, é possível trabalhar para que todas as cidades, independentemente de sua localização geográfica ou perfil demográfico, ofereçam condições básicas para que seus cidadãos prosperem.

<><> O Caminho para um Futuro Melhor

Abordar os desafios destacados pelo IPS requer esforços coordenados entre governos, comunidades e outras partes interessadas. Isso envolve não apenas iniciativas de curto prazo para atender as necessidades imediatas, mas também um planejamento de longo prazo que garanta a sustentabilidade e qualidade de vida das gerações futuras. Ao se concentrar em uma abordagem mais inclusiva e abrangente do progresso social, o Brasil pode avançar em direção a um futuro onde todas as suas cidades garantam um bem-estar adequado para todos os seus habitantes.

¨      RN possui 26 cidades com nível de desenvolvimento sustentável muito baixo, aponta índice

A terceira atualização do Índice de Desenvolvimento Sustentável das Cidades (IDSC-BR), divulgada nesta sexta-feira (1º) em Brasília, revelou um cenário preocupante para o Rio Grande do Norte. Segundo o levantamento, 26 municípios potiguares foram classificados com um nível de desenvolvimento sustentável considerado muito baixo, ou seja, com grande dificuldade para atender aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) estabelecidos pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Entre as cidades potiguares com o menor índice está Baraúna, que ocupa a posição de número 5.216 na lista nacional e registra apenas 36,87% de desenvolvimento sustentável. Este índice coloca Baraúna como a cidade com a menor pontuação no estado, destacando-se negativamente entre os 5.570 municípios brasileiros avaliados pelo IDSC-BR.

As cidades do Rio Grande do Norte que apresentaram os menores índices de desenvolvimento sustentável são: Lagoa de Pedras, Lagoa Salgada, Marcelino Vieira, Alexandria, Luís Gomes, Serra do Mel, Várzea, Taipu, Januário Cicco, Patu, Rio do Fogo, Paraú, Angicos, Poço Branco, São Miguel, Santana do Matos, Ipanguaçu, Governador Dix-Sept Rosado, São Pedro, Encanto, Barcelona, Caiçara do Norte, Apodi, Grossos, Porto do Mangue, Upanema e Baraúna.

Os indicadores utilizados na pesquisa analisam mais de 100 variáveis nacionais e medem o avanço dos municípios em áreas essenciais, como a erradicação da pobreza e a proteção ambiental. No cenário nacional, o levantamento mostrou que 2.885 cidades brasileiras, ou 51,3% do total, registraram um nível de desenvolvimento sustentável baixo, enquanto 934, o equivalente a 16,8%, foram classificadas com índices muito baixos, categoria em que se enquadram as 26 cidades do Rio Grande do Norte.

De acordo com o relatório, nenhuma cidade brasileira atingiu o nível muito alto de desenvolvimento sustentável. Por outro lado, apenas 91 municípios – ou 1,6% do total – chegaram a um nível alto de sustentabilidade, indicando que os desafios para o alcance dos ODS ainda são grandes em todo o país.

A atualização do IDSC-BR destaca a necessidade de investimentos e políticas públicas urgentes, especialmente nas cidades com índices muito baixos, para que possam progredir em direção a um desenvolvimento sustentável mais robusto.

¨      Cidade do Paraná é eleita a melhor para se viver no Brasil e outras duas entram no top 10

Maringá, no norte do Paraná, ficou em primeiro lugar entre as 100 maiores cidades brasileiras na oferta de serviços públicos. O estudo Desafios da Gestão Municipal, divulgado nesta quinta-feira (31) pela consultoria Macroplan Analytics, coloca ainda mais duas cidades paranaenses entre as dez mais bem colocadas: Curitiba na 5º posição e no posto de melhor capital no ranking, além de Cascavel, no Oeste, na 6ª posição geral.

O levantamento tem como base o Índice dos Desafios da Gestão Municipal (IDGM), que leva em conta 15 indicadores em quatro áreas essenciais para a qualidade de vida da população: educação, saúde, segurança e saneamento. Apesar de representarem 1,8% dos municípios brasileiros, os 100 avaliados concentram 78,3 milhões de habitantes – 38,6% da população brasileira – e 44,2% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB), somando R$ 4 trilhões.

Outras duas cidades paranaenses aparecem no estudo: Londrina, na 18ª posição, e São José dos Pinhais, na 19ª. A cidade da Região Metropolitana de Curitiba, inclusive, foi a que mais subiu no ranking na comparação com o divulgado em 2010, ganhando 42 posições.

O estudo traz uma análise evolutiva aos gestores públicos, que podem comparar seus dados com outras edições do ranking e também com as demais cidades analisadas.

MARINGÁ

A cidade de Maringá, que também ficou em primeiro lugar no levantamento de 2021, teve uma média 0,765 no ranking, em um indicador que vai até 1, com destaque para a área de saneamento, em que recebeu nota de 0,978. Segurança foi outro destaque, com índice de 0,806. Educação e saúde tiveram pontuação de 0,703 e 0,692, respectivamente.

O município paranaense ficou em primeiro lugar em sete dos 15 indicadores analisados: na cobertura de educação básica, mortalidade infantil, taxa de matrículas na pré-escola, atendimento de água, atendimento de esgoto, esgoto tratado e coleta de lixo; além da segunda colocação no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) do ensino fundamental I, na rede pública municipal, e com a segunda na menor taxa de mortalidade prematura.

O estudo traz alguns dados que ajudam a colocar Maringá no topo. O índice analfabetismo entre a população de 15 anos ou mais na cidade é de 2% e a renda per capita é de R$ 51,9 mil. Já a renda média no emprego formal é R$ 3.763, com taxa de 50,8% na razão entre emprego formal e população com 15 anos ou mais. O município tem, ainda, nota A na Capacidade de Pagamento (Capag), do Tesouro Nacional.

CURITIBA  

Capital com a melhor posição no levantamento, Curitiba teve nota de 0,718 e subiu seis posições em relação ao ranking divulgado em 2010. A capital paranaese teve a melhor colocação em quatro pontos: taxa de matrículas em pré-escola, atendimento de água, atendimento de esgoto e coleta de lixo, e em segundo lugar em nascidos vivos com pré-natal adequado. A melhor nota da capital paranaense foi na área de saneamento (0,967), seguido de segurança (0,780), educação (0,657) e saúde (0,619).

O estudo destacou que a taxa de analfabetismo entre a população curitibana com 15 anos ou mais foi de 1,5%, o PIB per capita da capital chegou R$ 49,9 mil, com renda média de R$ 4.672 e 63% da população com 15 anos ou mais com emprego formal. Curitiba tem, ainda, nota A em Capacidade de Pagamento, segundo o Tesouro Nacional.

CASCAVEL

Já Cascavel teve um salto de 37 posições na comparação com o levantamento de 2010, atingindo uma nota de 0,714. A cidade do Oeste do Paraná também teve bom resultado em saneamento, com nota de 0,963. Na sequência ficaram segurança (0,707), saúde (0,647) e educação (0,638). Os destaques estão na cobertura de atenção básica, taxa de matrículas em pré-escola, atendimento de água, atendimento de esgoto e esgoto tratado, aparecendo na primeira posição.

Em relação aos números analisados, o estudo mostra que a taxa de analfabetismo em Cascavel era de 3,2%, o PIB per capita foi de R$ 47 mil, renda média de R$ 3.227 no emprego formal e 43,8% da população com 15 anos ou mais, além de nota B na Capacidade de Pagamento do município no Tesouro Nacional.

 

¨      Saiba quais são as 10 cidades com o pior índice de saneamento

No Brasil, 49 milhões de pessoas ainda não tem acesso adequado à rede de esgotamento sanitário, segundo dados do Censo 2022 do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Das 10 cidades com piores condições de coleta de esgoto, 9 estão no Nordeste. O Estado do Piauí aparece na dianteira, com 8 delas.

O Plansab (Plano Nacional de Saneamento Básico) considera 3 formas adequadas de coleta de esgoto:

# rede geral ou pluvial de esgoto;

# fossa séptica ou fossa filtro ligada à rede geral;

# e fossa séptica ou fossa filtro não ligada à rede geral.

No Brasil, outras formas de esgotamento também são utilizadas, mas consideradas irregulares. Elas são:

# fossa rudimentar ou buraco;

# vala;

# rio, lago, córrego ou mar.

Há ainda domicílios sem banheiros ou sanitários.

Duas cidades brasileiras lideram o ranking de piores condições de saneamento em termos de tratamento de esgoto. Juarina (TO)  e Júlio Borges (PI) têm 100% da sua rede tratada de modo inadequado. Nos municípios, a maioria dos dejetos das casas tem como destino fossas rudimentares.

Eis a lista dos 10 municípios, de acordo com o IBGE:

CIDADE ........................................REDE DE ESGOTO INADEQUADA

1.    Caldeira Grande do Piauí (PI).....................99,78

2.    Jacobina do Piaui (PI) ..............................99,74

3.    Juarina (TO)............................................100

4.    Júlio Borges (PI).......................................100

5.    Milton Brandão (PI)...................................99,81

6.    Morro Cabeça no Tempo (PI)......................99,78

7.    Nova Santa Rita (PI).................................99,85

8.    Novo Oriente do Piauí (PI).........................99,78

9.    Pedro Laurentino (PI) ...............................99,75

10. Riachão do Poço (PB) ................................99,81

Em números gerais, a maioria das casas com piores condições de coleta de esgoto está no Norte (51,4%).

Nas outras regiões, os dados são:

# Nordeste – 40,48%;

# Centro-Oeste – 26,09%;

# Sul – 15,69%, e;

# Sudeste – 8,96%.

Em todo o Brasil, 367 mil casas não têm banheiros, sanitários ou buracos para dejeção. O número engloba 1,2 milhão de pessoas, 0,6% da população.

As unidades da federação com taxas mais elevadas são:

# Piauí – 5%,

# Acre – 3,8%,

# Maranhão – 3,8%.

A cidade de Buriti (MA) é onde há a maior quantidade de domicílios sem banheiro ou sanitário, 39,73%. É seguida por São Gabriel da Cachoeira (39,31%) e Santa Isabel do Rio Negro (38,03%), ambas no Amazonas. Neste ranking, o Piauí também em destaque. Das 10 cidades com maiores índices de domicílios sem sanitários, metade está no Estado.

Eis a lista completa, segundo o IBGE:

CIDADE ........................................................SEM SANITÁRIO

1.    Bonfim do Piauí (PI) ......................................29,20

2.    Buriti (MA) ...................................................39,73

3.    Campo Largo do Piauí (PI) ..............................31,73

4.    Miguel Alves (PI) ...........................................29,67

5.    Milagres do Maranhão (MA) .............................32,08

6.    Nossa Senhora dos Remédios (PI) ....................33,74

7.    Santa Izabel do Rio Negro (AM) ....................... 38,03

8.    São Gabriel da Cachoeira (AM) .........................39,31

9.    Tocantínia (TO) ..............................................29,65

10. Várzea Branca (PI)..........................................36,69

 

REDE DE ESGOTO ADEQUADA

O número dos que moram em casas conectadas à rede de coleta de esgoto subiu neste censo em comparação ao anterior. São 62,5% da população. Eram 52,8% em 2010.

Apesar do crescimento, apenas 4 cidades possuem uma rede 100% adequada: Anhanguera (GO), Presidente Lucena (RS), Avanhandava e União Paulista – as 2 em São Paulo. O Estado do Sudeste é o que com concentra a maior quantidade de domicílios em melhores condições.

Eis a lista completa, segundo IBGE:

CIDADE .................................................REDE DE ESGOTO ADEQUADA

1.    Anhanguera (GO)............................................100

2.    Avanhadava (SP) ............................................100

3.    GaviãoPeixoto (SP)..........................................99,88

4.    Júlio Mesquita (SP) .........................................99,87

5.    Morro Grande (SC) .........................................99,81

6.    Presidente Lucena (RS) ...................................100

7.    Santópolis do Aguapeí (SP) ..............................99,86

8.    São Caetano do Sul (SP)..................................99,95

9.    União Paulista (SP) .........................................99,83

10. Águas de São Pedro (SP)..................................100

 

Fonte: Monitor do Mercado/Agencia Brasil/Bem Paraná/Poder 360

 

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