Cannabis
pode melhorar o sono de algumas pessoas, mas não todas; entenda
A cannabis pode
ajudar a melhorar o sono de algumas pessoas, mas piorar condições como insônia
em outras. É o que aponta um novo estudo, publicado na revista científica
Addiction no final de outubro.
Segundo
os pesquisadores, para jovens adultos com depressão ou ansiedade preexistentes,
a cannabis pode melhorar o sono e reduzir a insônia.
Porém, para pessoas sem condições de saúde mental, ela pode desencadear ou, até
mesmo, agravar problemas de sono.
Para
chegar à conclusão, a
equipe de pesquisadores usou dados do Estudo de Felicidade e Saúde da
University of Southern California (USC), que entrevistou 3.300 estudantes de
escolas públicas de ensino médio em Los Angeles, na Califórnia. Na entrevista,
os participantes responderam perguntas sobre uso de substâncias, saúde social e
emocional, bem como outros fatores de saúde, entre 2013 e 2023.
A
partir desses dados, o estudo comparou pessoas que usam cannabis 20 ou mais
dias por mês com aquelas que nunca experimentaram. Depois, os pesquisadores
determinaram como a substância afeta os problemas de sono usando um sistema de
pontuação de 16 pontos.
Segundo
os autores, os participantes que estavam ansiosos ou deprimidos, houve uma
redução média nos problemas de sono de 1,18 pontos ao longo de seis meses. Já
para os participantes que não tinham problemas de saúde mental, houve um
aumento médio nos problemas de sono de 1,66 ao longo do mesmo período.
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Em entrevista ao jornal britânico The Guardian, Claire Walsh, estudante de doutorado em saúde comportamental
na USC e principal autora do estudo, explica que não tem certeza do porquê a
cannabis afetou pessoas com ansiedade ou depressão de
forma diferente. Uma hipótese é que o THC, presente na cannabis, ajude a
mascarar os sintomas dessas condições, o que pode ter um impacto no sono —
porém, ela enfatiza que isso não quer dizer que a cannabis esteja tratando o
problema de saúde mental subjacente.
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Veja práticas de saúde
para ter mais bem-estar no ambiente de trabalho
Em
um mundo cada vez mais acelerado e com o aumento da pressão por resultados, o
ambiente de trabalho pode ser uma fonte de estresse e ansiedade. Por isso, a
busca por um equilíbrio entre vida pessoal e profissional se tornou fundamental
para manter a saúde. Mas como promover o bem-estar no trabalho?
Para
responder a essa e outras perguntas, conversamos com psicólogos que atuam na
área coorporativa e trazemos dicas práticas para você adotar no seu dia a dia.
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A importância de reconhecer os sinais
O
primeiro passo para lidar com o estresse no trabalho é reconhecer os sinais
dele, que pode se manifestar como irritabilidade, fadiga, dificuldade de
concentração, dores como de cabeça e musculares, distúrbios de sono e aumento
da pressão arterial.
Já
quando esses sinais vêm acompanhados de outros ainda mais intensos como cansaço
extremo, sensação de fracasso ou inutilidade, falta de motivação e apatia, pode
ser que o profissional esteja enfrentando a Síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional.
“O
diagnóstico é feito por um profissional de saúde mental a partir de uma
avaliação clínica. Ele considera os sintomas, o histórico da pessoa e o
contexto do ambiente de trabalho. Ferramentas de avaliação psicológica podem
ser usadas para ajudar no diagnóstico do burnout”, explica Denise Milk,
psicóloga especialista em saúde mental no ambiente de trabalho.
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<><> Cuidados que podem ajudar
Cuidar
da saúde mental é de extrema
importância para que o profissional consiga exercer suas atividades diárias.
Para tentar evitar que se chegue aos sinais de estresse, ansiedade e burnout, os
profissionais ouvidos pela reportagem recomendam algumas ações:
- Faça pausas: a primeira recomendação é fazer pausas
frequentes durante o expediente, permitindo que a mente descanse.
- Estabeleça limites: Outro ponto importante, segundo os
especialistas, é a necessidade de estabelecer limites claros no trabalho.
Em um mundo onde a tecnologia permite o contato constante, separar o
horário pessoal do profissional se tornou um desafio. Defina horários para
o trabalho e para a vida profissional como por exemplo estar num jantar em
família não é momento para responder e-mail.
- Tenha uma rotina: é importante criar uma rotina que
inclua momentos de lazer, prática de exercícios físicos e interação
social.
- Gerencie o tempo: Organize suas tarefas, priorize as
mais importantes e evite a procrastinação.
- Pratique autoconhecimento: Entender seus gatilhos de
estresse e sinais de exaustão ajuda a agir preventivamente. Além disso,
conhecer suas próprias necessidades emocionais e físicas é fundamental.
- Cuide da alimentação: Uma dieta equilibrada fornece a
energia necessária para enfrentar o dia a dia.
- Cultive relacionamentos sociais: Interagir com colegas
de trabalho e amigos pode ajudar a aliviar o estresse.
Além
de cuidar do corpo e da mente, saber gerenciar as emoções no ambiente de trabalho é
crucial para evitar o burnout. A comunicação assertiva, segundo os psicólogos,
ajuda a lidar com conflitos e expectativas sem sobrecarregar o profissional.
Mas,
muitas vezes, mesmo com esses esforços, o ambiente pode não ajudar na saúde
mental do funcionário. A decisão de mudar de emprego pode até ser necessária
em casos extremos, mas é
importante tentar abordar os fatores contribuintes antes de tomar essa decisão.
“O
tratamento para estresse e burnout não se resume apenas a sair do emprego.
Precisamos pensar em buscar ajuda com psicoterapia, realizar mudanças no
ambiente de trabalho, como reduzir a carga de estresse e responsabilidade e
buscar uma rede de apoio para aos poucos voltar a fazer o que te agrada”,
explica Amanda Carvalhal, psicóloga.
Fonte:
CNN Brasil
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