Queijo
pode colaborar com envelhecimento saudável e feliz, sugere estudo
Um
novo estudo descobriu que aumentar o consumo de queijo pode contribuir para um
maior bem-estar e um envelhecimento mais saudável. A descoberta, publicada na
revista científica Nature Human nesta terça-feira (18), foi realizada por
pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade Jiao Tong, em Xangai, na
China.
A pesquisa buscava entender
qual era o efeito do bem-estar mental no envelhecimento, afinal, diversos
estudos já mostraram que existe uma conexão entre a saúde mental, saúde física
e longevidade. No entanto, a natureza causal desta relação ainda permanecia desconhecida.
Para
sanar essa dúvida, os pesquisadores analisaram dados genéticos disponíveis
publicamente de mais de 2,3 milhões de pessoas. Eles descobriram que os
indivíduos com melhor bem-estar mental tendem
a experimentar um envelhecimento mais saudável,
caracterizado por uma maior resiliência, melhor autoavaliação de saúde e
longevidade.
Os
cientistas observaram, ainda, que a renda, a educação e a ocupação profissional
estavam todos associados a um melhor bem-estar mental, e que o aumento da renda
estava fortemente relacionado ao maior bem-estar.
Além
disso, após a triagem de 106 candidatos a mediadores, os pesquisadores
relataram que a redução de hábitos sedentários,
como maior tempo assistindo à TV, e do tabagismo podem levar a
melhorias no bem-estar e no envelhecimento saudável. Foi nesse momento que os
pesquisadores descobriram, também, que comer mais queijo e frutas também pode
contribuir para envelhecer mais feliz.
As
conclusões do estudo destacam a importância de integrar o apoio à saúde mental
nas políticas de saúde pública e na investigação sobre o envelhecimento. Os
autores sugerem que as intervenções destinadas a melhorar o bem-estar mental
podem ser uma estratégia viável para o envelhecimento saudável.
No
entanto, os autores ressaltam que o estudo foi realizado apenas em indivíduos
de ascendência europeia, o que representa a necessidade de mais estudos que
abranjam grupos étnicos mais diversos para reforçar as descobertas.
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Componente do café
contribui para saúde muscular no envelhecimento, diz estudo
Um
estudo recente descobriu que uma molécula natural presente no café,
chamada trigonelina, pode melhorar a saúde e a função muscular,
principalmente durante o envelhecimento. Esse componente também é encontrado no
feno-grego (planta medicinal da espécie Trigonella foenum-graecum)
e é produzido naturalmente no microbioma intestinal de humanos.
O
trabalho foi feito por um consórcio de pesquisa liderado pela Nestlé
Research, na Suíça, e pela Yong Loo Lin School of
Medicine, da Universidade Nacional de Cingapura (NUS Medicine). Também
estiveram envolvidas no estudo a Universidade de Southampton, a Universidade de
Melbourne, a Universidade de Teerã, a Universidade do Sul do Alabama, a
Universidade de Toyama e a Universidade de Copenhague. Os resultados foram
publicados na revista científica Nature
Metabolism, em março.
O
estudo descobriu que os níveis de trigonelina eram menores em idosos
com sarcopenia, uma condição que
leva à perda de massa muscular,
principalmente durante o envelhecimento. Na sarcopenia, o cofator celular NAD+
diminui, enquanto as mitocôndrias, centros energéticos das células, produzem
menos energia.
Os
pesquisadores descobriram que o fornecimento de trigonelina em modelos
pré-clínicos resultou no aumento dos níveis de NAD+ e no
aumento da atividade mitocondrial, contribuindo para a manutenção da
função muscular durante o envelhecimento. Além do
componente encontrado no café, os níveis de NAD+ podem ser aumentados com
aminoácidos, como o L-triptofano, e formas de vitamina B3, como o ácido
nicotínico, nicotinamida, ribosídeo de nicotinamida e mononucleotídeo de
nicotinamida.
A
atual pesquisa foi feita baseada em um estudo colaborativo anterior,
publicado na Nature Communications, que descreveu novos mecanismos
da sarcopenia humana.
“Nossas
descobertas expandem a compreensão atual do metabolismo do NAD+ com a
descoberta da trigonelina como um novo precursor do NAD+ e aumentam o potencial
de estabelecimento de intervenções com produção de vitaminas para longevidade
saudável e aplicações em doenças associadas à idade”, comenta Vincenzo
Sorrentino, professor assistente do Programa de Pesquisa Translacional de
Longevidade Saudável da NUS Medicine, em comunicado à imprensa.
Além
disso, os pesquisadores também reforçam a necessidade de uma boa alimentação e
a prática de atividade física para
manter os músculos saudáveis ao longo do envelhecimento.
“Ficamos
entusiasmados ao descobrir, através de investigação colaborativa, que uma
molécula natural dos alimentos interage com as características celulares do
envelhecimento. Os benefícios da trigonelina no metabolismo celular e na saúde
muscular durante o envelhecimento abrem aplicações translacionais promissoras”,
diz Jerome Feige, Chefe do Departamento de Saúde Física da Nestlé
Research, também no comunicado.
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Subir escadas pode
ajudar na longevidade, mostra estudo
Subir
escadas pode estar relacionado à longevidade, de acordo com um novo
estudo apresentado na última sexta-feira (26) no ESC Preventive
Cardiology 2024, congresso científico da Sociedade Europeia de Cardiologia.
De
acordo com o estudo, isso acontece porque subir escadas é um tipo de atividade física acessível
e prática e que pode estar relacionada a um menor risco de doenças cardiovasculares e
morte prematura.
“Se
você tiver a opção de usar escadas ou elevador, use as escadas, pois isso
ajudará seu coração”, disse a autora do estudo, Sophie Paddock, da Universidade
de East Anglia e Norfolk and Norwich University Hospital Foundation
Trust, Norwich, no Reino Unido, em comunicado à imprensa. “Mesmo breves
períodos de atividade física têm impactos benéficos para a saúde, e períodos
curtos de subida de escadas devem ser uma meta alcançável para integração nas
rotinas diárias.”
Para
chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram evidências científicas já
disponíveis sobre o tema e conduziram uma meta-análise.
Ao
todo, foram analisados nove estudos com 480.479 participantes. Foram incluídos
participantes saudáveis e pessoas com histórico de ataque cardíaco ou
doença arterial periférica. A idade dos participantes variou de 35 a 84 anos, e
53% eram mulheres.
Segundo
o estudo, subir escadas foi associado a uma redução de 24% no risco de morte
por qualquer causa e a uma probabilidade 39% menor de morrer de doença
cardiovascular. Subir escadas também foi associado a um risco reduzido de
doenças cardiovasculares, incluindo ataque cardíaco, insuficiência cardíaca
e AVC (acidente vascular cerebral).
“Com
base nesses resultados, encorajaríamos as pessoas a incorporarem a subida de
escadas em suas vidas diárias. O nosso estudo sugeriu que quanto mais escadas
subirmos, maiores serão os benefícios – mas isto precisa de ser confirmado.
Então, seja no trabalho, em casa ou em outro lugar, use as escadas”, afirma
Paddock.
Fonte:
CNN Brasil
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