Carlos Ferreira Martins: Argentina no fio da navalha
Nos dois meses em que esta coluna deu folga aos
leitores, a economia brasileira surpreendeu pelo crescimento em praticamente
todos os indicadores; o braço de ferro com o centrão continuou mostrando as
aporias de nosso sistema político; Lula esteve no G7 e na cúpula dos Brics; assumiu a Presidência rotativa do Mercosul e do G20 e abriu protocolarmente a 78ª Assembleia Geral da ONU com um discurso que muitos consideraram histórico e até Eliana
Cantanhede, do alto de seu portentoso descortínio intelectual, saudou porque
“Lula deixou de falar besteira”.
Neste mesmo período um alerta vermelho chegou do
vizinho mais importante, política e economicamente, para o papel de liderança
regional que constitui, além da histórica posição multilateralista interrompida
apenas nos quatro anos em que Jair Bolsonaro nos reduziu à condição de pária,
nosso principal ativo no jogo geopolítico.
Argentina e Brasil representam juntos 63% da área
total da América do Sul, 60% da população e mais de 60% do seu PIB. Portanto,
rivalidade futebolística à parte, para que valha a máxima de Richard Nixon de
que “para onde se inclinar o Brasil, se inclinará a América Latina”, o prumo da
Argentina é essencial. Especialmente em um momento em que os governos de
Paraguai e Uruguai se orientam à direita e a Venezuela continua suspensa do
grupo.
Por isso o resultado das Paso – Primarias Abertas Simultâneas e Obrigatórias – de 14 de agosto,
atraiu atenção em todo o planeta e especial preocupação no Brasil.
As Paso têm o papel de definir os candidatos à
Presidência da República e seu resultado surpreendeu o mundo político, com o
candidato de extrema direita Javier Milei, parlamentar obscuro e folclórico,
obtendo quase 30% dos votos. Ele perdeu para a abstenção de 31%, mas venceu as
coalizões tradicionais da política argentina: a liderada por Patricia Bullrich,
apadrinhada do ex-presidente Mauricio Macri, obteve 28% dos votos, e a
peronista, com o ministro da Economia Sérgio Massa à frente, recebeu 27%.
Javier Milei não deixou desde então de causar
espanto por suas declarações que vão do mirabolismo econômico – dolarização
imediata da economia, redução radical do Estado e fim do Banco Central – ao
ultra direitismo político - elogio do thatcherismo, defesa da ditadura militar
e ameaça de rompimento da ordem constitucional.
Ante as dificuldades de reação do establishment
político, em grande parte responsável pela adesão ao “que se vayam todos”,
equivalente ao nosso “contra tudo isso que está aí”, a sociedade civil começa a
reagir à ameaça de retrocesso naquilo de mais importante que o país vizinho
conseguiu nas últimas décadas. Diferentemente do Brasil, o julgamento dos
militares responsáveis pela ditadura e pelo desastre das Malvinas estabeleceu
um pacto democrático sólido que enfrenta agora o seu mais perigoso
desafio.
Foi esse quadro que levou à divulgação do documento
intitulado “Compromiso Electoral: ante las
amenazas a la democracia”. A inciativa dos
professores e pesquisadores Hugo Vezetti, Claudia Hilb, Alejandro Katz e Adrián
Gorelik, logo teve a adesão de pesos pesados da intelectualidade argentina,
como Carlos Altamirano, Beatriz Sarlo, Oscar Cetrángolo, Roberto Gargarella,
Hilda Sabato e Maristela Svampa.
Após viralizar nas redes e na grande imprensa, o
manifesto já tem milhares de adesões, e o que o jornal La Nación chamou
de “intervenção inédita na história democrática” parece ter chacoalhado o
torpor da sociedade civil e se articulado com reações de outros setores, como
os economistas e os juristas, que também se pronunciaram publicamente. Até
mesmo a Igreja Católica se alçou contra Milei, que chegou a chamar o Papa
Francisco de “maligno”.
O manifesto adverte que “é a primeira vez em 40
anos de democracia que candidatos com discursos que promovem a violência social
e política, o desconhecimento de toda ideia de equidade e, muito especialmente,
a reivindicação da ditadura militar, chegam com grandes possibilidades de
triunfo a uma eleição presidencial”.
Afirmando sérias dúvidas sobre a capacidade dos
dois blocos políticos tradicionais para tirar o país desse impasse, e dada a
impossibilidade de construir uma frente eleitoral democrática, propõe três
medidas.
Imediatamente, a convocação de líderes da sociedade
civil para uma campanha pública de defesa dos valores democráticos. Em termos
eleitorais, a superação do absenteísmo pelo chamado a toda a cidadania
democrática a votar nos seus próprios candidatos no primeiro turno, previsto
para 22 de outubro. E finalmente o compromisso explícito de todas as coligações
concorrentes de que, caso Milei seja um dos candidatos no segundo turno,
chamarão a votar “em quem o enfrente, seja quem for.”
Os signatários confessam explicitamente tomar como
exemplo a vitória de Lula sobre Bolsonaro. A experiência brasileira, afirmam, “demonstra que a divisão de
setores democráticos da sociedade foi o que fez possível o triunfo do bolsonarismo,
que durante quatro anos impôs ao país um retrocesso dolorosíssimo.”
Conscientes dos limites de sua proposta, deixam
claro que o que estão propondo “não é a uma solução para os gravíssimos
problemas do país; é simplesmente a tentativa de poupá-lo de quatro anos em que
esses problemas só se agravarão e o farão em uma direção inédita e de
consequências impensáveis para a frágil democracia e a dolorida sociedade
argentina”.
Ø Argentina: alternativas ao abismo. Por Emir Sader
A Argentina é um país que se acostumou a viver
perigosamente. Sem ir muito longe, viveu a festa de uma década de paridade
entre a moeda nacional e o dólar, o que elevou, ilusoriamente, o poder
aquisitivo dos argentinos ao da moeda norte-americana.
Ninguém se atrevia a contar-lhes a verdade ou a
tomar medidas realistas que terminassem com aquela festa e o rombo da crise das
finanças públicas – raiz da hiperinflação sempre embutida nas finanças do país.
Quando, de repente, eles tiverem que se dar conta que a relação com o dólar não
é de 1 a 1, mas 4 a 1, saíram a quebrar os bancos e a perder, definitivamente,
a confiança nos bancos. O mecanismo de poupança passou a ser definitivamente o
dólar.
Quando um político aventureiro – o Mieli e’ o
aventureiro da vez – promete a dolarização, atrai. simpatia de tanta gente,
endividada ou não, pela atração da estabilidade e do controle da inflação de um
país que chega a 10% de inflação ao mês e a 120% de inflação ao ano.
Campeão do Mundo de Futebol de novo, contando com o
Messi e com o Papa, ao mesmo tempo que um país economicamente paria no mercado
internacional. Que está, de novo, à beira de uma nova experiência tresloucada,
expressa na própria fisionomia do candidato que promete a salvação de tudo e,
ao mesmo tempo, a aventura ao vazio para os argentinos.
Todos se perguntam: a Argentina entrará de novo em
uma aventura como a de eleger a Milei presidente do país. Ou se há alternativas
ao abismo.
As pesquisas indicam uma divisão praticamente
tripartite entre ele, Patricia Bullrich, da direita tradicional e Massa, do
centro e da esquerda. E com uma outra porção de gente que não votou. Elas têm
indicado a liderança de Milei, com diferença de 2 a 3 pontos para algum dos
outros, que disputam a passagem ao segundo turno.
Milei é a versão mais recente dos líderes de ultra
direita, que tem ainda em Trump sua referência fundamental, além de Bolsonaro.
Propõe a liberalização de tudo o que for possível, chegando, além da eliminação
da moeda nacional, a do Banco Central. E’ o candidato da bronca, em um país em
que esse elemento se coaduna com a personalidade tradicional argentina. Bronca
da casta, dos políticos tradicionais, como Milei os chama. Bronca da inflação e
dos preços. Bronca das más condições de vida. Bronca dos governos, que se
sucedem ao longo das décadas, sem resolver os problemas das pessoas.
Milei ataca a tudo o que julga ser os responsáveis
por tudo isso. Aparece como o Messias, o que promete salvar os argentinos de
todos os seus problemas. Ataca, de forma obsessiva, até mesmo o Papa, por suas
posições políticas, de apoio a governos comunistas, segundo ele.
Um país isolado internacionalmente, se
comprometeria a dolarizar sua economia, sem ter um mínimo de reservas
monetárias. Que pretende suspender as relações econômicas com a China e com o
Brasil, já estando hoje isolado economicamente no mundo.
A Argentina pode surpreender-nos de novo,
contornando o abismo, para um país que, no fim explosivo da dolarização, chegou
a ter três presidentes em uma única semana?
Uma alternativa, a mais provável, pelas pesquisas,
hoje, seria a vitória de Milei. Ao contrário do que ele promete, o país
embarcaria em muito mais incertezas do que todas as que já tem hoje. Até quanto
dispararia a inflação e o dólar? Um governo que propõe mudanças da constituição
– como o fim do Banco Central - , com uma minoria no Congresso, como
governaria? Quem se relacionaria com um governo com essas características? Como
reagiriam os argentinos diante de um governo que traz mais incertezas que
segurança? Até quando demoraria para voltar sua bronca contra o novo governo e
suas medidas disparatadas?
Háy a possibilidade de, por uma estranha combinação
de votos, se conseguir chegar ao segundo turno, Patricia Bullrich vencesse as
eleições, recebendo um grande caudal de todos do centro e da esquerda, de
Massa, que voltassem majoritária para ela, assustados com a possibilidade de
Milei se tornar presidente do país.
Ou, pela rejeição crescente que Milei foi gerando,
Massa canalize esses votos, tornando-se presidente da Argentina, ao final de um
disputadíssimo segundo turno.
Qualquer deles terá que governar com uma herança
econômica e política gravíssima. Nenhum tem um plano de governo que represente
a superação, em um prazo razoável de tempo, da crise atual. Massa representa a
solução mais realista, sobretudo contando com apoios internacionais, antes de
tudo do FMI, mas também do Brasil.
De qualquer maneira, os meses que restam deste ano
são de enormes indefinições para a Argentina. Não fica claro que alternativas o
país tem para o abismo. Os dois debates entre os três candidatos, nos dias 1 e
8 de outubro, podem ser momentos decisivos que mexam com os ponteiros das
pesquisas, numa ou noutra direção.
Ø Na Argentina, empresários e think tanks de direita abandonam macrismo
para apoiar Milei
Faltando pouco menos de um mês para o primeiro
turno das eleições presidenciais na Argentina, as pesquisas eleitorais começam
a consolidar um cenário no qual o candidato de extrema direita, Javier
Milei, do partido A Liberdade Avança, ganha cada
vez mais eleitores entre os setores
direitistas.
Com novas pesquisas que o colocam em primeiro
lugar, seguido de perto pelo ministro da Economia Sergio Massa, representante
do atual governo e do peronismo, tem direcionado uma aproximação de parte do
empresariado e de fundações, entidades e organizações defensoras de ideários
conservadores e liberais ao Milei, enxergando nele uma opção na qual valeria
apostar as suas fichas.
Essa situação também tem gerado um paulatino
abandono do macrismo, que foi preferência desses setores empresariais
argentinos na maioria das eleições realizadas neste século.
O doutor em ciências políticas e professor de
Relações Internacionais Bruno Lima Rocha tem acompanhado a política argentina
já há alguns anos e observado tal transformação do cenário eleitoral desde a
campanha das Prévias Abertas Simultâneas e Obrigatórias (PASO), que
terminou com a vitória de Milei, no dia 13 de agosto, resultado que marcou o seu posicionamento como líder da corrida
eleitoral.
A Opera
Mundi, Rocha disse que a "tendência é que os capitais que compõem a
chamada ‘Pátria financeira’, os executivos com trânsito entre as elites
econômicas e que compõem a maior parte dos poderes fáticos da Argentina, se
aproximem cada vez mais de Milei à medida em que as pesquisas apontam para uma
maior possibilidade de um segundo turno entre ele e Massa”.
Rocha também considera que o anacronismo do
discurso da candidata macrista Patricia Bullrich, que foi ministra de Segurança
do governo de Macri (2015-2019), favorece a debandada dos setores de direita
tradicional em direção a Milei, já que, segundo ele, a posição da direitista é
"basicamente antikirchnerismo".
“O discurso de Bullrich é marcado basicamente pelo
antikirchnerismo, mas que é lido em Buenos Aires e sua região metropolitana
como antiperonismo. É curioso observar, também, que o próprio Mauricio Macri
dedicou as primeiras semanas após as Paso para adular o Milei e tentar alguma
aproximação”, disse o acadêmico.
Outro importante setor da direita tradicional
argentina que tem se aproximado do candidato ultraliberal, segundo o acadêmico, é o menemismo, através do apoio declarado do
ex-senador Eduardo Menem, o irmão do finado ex-presidente Carlos Saúl Menem
(1989-1999).
·
CEOs, Ruralistas e financistas
Uma reportagem publicada pelo diário Página/12 revela
nomes de alguns dos empresários mais importantes da Argentina, conhecidos por
terem sido os financiadores da carreira política do ex-presidente Macri, e que
embarcaram na campanha do candidato líder das pesquisas nas últimas semanas.
O caso mais emblemático é o de Cristiano Ratazzi,
ex-CEO da Fiat na Argentina e conhecido financiador do partido Proposta
Republicana (PRO), fundado por Macri. O empresário era tão entusiasta do
macrismo que chegou a ser fiscal de mesa nas eleições de 2015, vencidas pelo
candidato da direita.
Segundo o jornal argentino, Ratazzi se afastou dos
negócios devido à idade avançada, mas também se afastou do PRO, por passar a
ver em Milei e seu discurso de “tirar o Estado do caminho das empresas” uma
alternativa melhor que a da candidata Bullrich.
Os ruralistas são outro grupo que costumavam estar
com o ex-presidente, mas que se voltou para o lado candidato ultraliberal. O
porta-voz da Sociedade Rural Argentina (SRA), Nicolás Pino, tem realizado mais
de uma reunião por mês com Milei desde o início deste ano, segundo a imprensa
local.
Desde a vitória nas Paso, os encontros de Milei com empresários vêm reunindo representantes de
setores diversos, incluindo nomes importantes no país, como Eduardo Eurnekian
(America Corporation), Nicolás Posse (Unidade de Negócios Sul), Sebastián e
Federico Braun (rede de supermercado La Anónima), Darío Epstein (representante
da Black Rock na Argentina) e Ernesto López Anadón (Instituto Argentino de
Petróleo e Gás).
Entre os think tanks de direita que aderiram
ao ultraliberal estão a Fundação Liberdade e Progresso, dirigida pelo economista
Agustín Etchebarne, e o Centro de Estudos Macroeconômicos de Argentina (CEMA),
liderado por Roque Fernández e Carlos Rodríguez, dois ex-integrantes da equipe
econômica de Menem nos anos 90.
Massa correndo contra o tempo
Após as primárias, o ministro da Economia da
Argentina e representante da coalizão peronista União Pela Pátria vem adotando
diversas medidas econômicas que visam garantir uma renda mínima para que as
classes mais vulneráveis possam enfrentar os efeitos da inflação e manter o nível de consumo, na tentativa de buscar votos tanto
entre os trabalhadores quanto entre líderes do setor industrial.
Para o cientista político Lima Rocha, a estratégia
de Massa é correta, mas talvez não haja tempo para que ela se torne efetiva:
"são medidas que, com mais algum tempo, poderiam representar a porta de
saída da crise herdada pela dívida astronômica contraída por Macri”.
O analista lembrou que a dívida teve início em
2018, quando o então presidente solicitou uma ajuda financeira ao Fundo
Monetário Internacional (FMI).
“Essa ajuda escondia um problema mais profundo,
porque ela foi precedida de uma estatização da dívida privada, sendo que parte
deste valor simplesmente sumiu. Alberto Fernández (atual presidente da
Argentina) não fez o menor esforço de cumprir sua promessa de auditar a dívida.
Passou seu governo sob pressão inflacionária e especulativa, considerando a
condição bimonetária da economia argentina”, comentou o especialista a Opera Mundi.
Ainda assim, Rocha considera que o pacote do
ministro-candidato Massa aponta na direção certa para superar a atual crise
econômica argentina, mas não sabe se elas poderão produzir os efeitos
eleitorais esperados no tempo necessário, considerando que o primeiro turno das
presidenciais na Argentina ocorrerá em apenas quatro semanas, no dia 22 de
outubro.
“Me arrisco a dizer que se estas medidas fossem
tomadas no início do ano, ou em setembro de 2022, após o atentado contra a vice-presidente Cristina Kirchner, provavelmente Massa seria o favorito hoje”, afirmou.
·
Pesquisas mais recentes
Entre as nove pesquisas publicadas no mês de setembro surgem três tipos diferentes de cenários, todos eles favoráveis a
Milei – uns mais, outros menos.
Duas dessas medições mostram Milei e Massa em
empate técnico, com ambos os candidatos crescendo, mas o peronista de forma
mais rápida que o ultraliberal. A consultora Inteligência Analítica apresenta o
ultradireitista com 33,9%, contra 33,1% do peronista, os dois muito à frente de
Bullrich (25,6%).
Já a Celag mostra Milei com 33,2%, Massa com 32,2%
e Bullrich com 28,1%.
A pesquisa do instituto Analogías aponta Milei com
31,1%, enquanto Massa fica com 28,1%, diferença ainda dentro da margem de erro.
Bullrich aparece mais atrás, com 21,2%
Outro tipo de cenário é o que mostra Milei com uma
vantagem pequena na liderança, porém acima da margem de erro, e Massa com uma
vantagem pequena e também acima da margem sobre Bullrich. Esse tipo de pesquisa
também indica um provável segundo turno entre Milei e Massa – lembrando que,
caso a eleição argentina tenha que ser decidida em um desempate, ele ocorreria
no dia 19 de novembro.
O Instituto Opina Argentina é um dos que apresenta
esse quadro. Em sua medição, Milei aparece com 34%, contra 29% de Massa e 25%
de Bullrich. Já a consultora Proyección mostra Milei com 33,7%, Massa com 29,1%
e Bullrich com 24,2%. A mais recente é a pesquisa da Aresco, onde Milei tem
35,5%, Massa tem 30,1% e Bullrich tem 23%.
Porém, há um terceiro tipo de cenário, esse mais
preocupante para o atual governo, já que indica que Milei teria chances de
vencer já no primeiro turno.
Na pesquisa do Instituto Aurelio, por exemplo,
Milei lidera com 37,7%, contra 32% de Massa e 24,4% de Bullrich. Outra medição
que mostra essa possibilidade é a da consultora Ágora, que dá uma vantagem
ainda maior à extrema direita, com Milei obtendo 38%, Massa com 30% e Bullrich
com 24%.
Vale recordar que há duas formas de se vencer as
eleições na Argentina no primeiro turno: uma delas é obtendo mais de 50% dos
votos válidos, independente da diferença de votos com o segundo colocado, como
no Brasil. A outra forma é obtendo mais de 40% dos votos válidos, desde que se
imponha uma vantagem de mais de 10% sobre o segundo colocado – essa situação
não estaria muito distante do cenário apresentado pelas duas últimas pesquisas
citadas.
Pesquisa 1: Opina
Argentina (período das entrevistas: 04-10/09)
Milei 34% / Massa 29% / Bullrich 25%
Pesquisa 2: Inteligencia
Analítica (11-17/09)
Milei 33,9% / Massa 33,1% / Bullrich 25,6%
Pesquisa 3: Hugo Haime
& Cía (13-18/09)
Milei 33% / Massa 29,6% / Bullrich 25,2%
Pesquisa 4: CELAG
(10-20/09)
Milei 33,2% / Massa 32,2% / Bullrich 28,1%
Pesquisa 5:
Equis/Proyección (16-21/09)
Milei 33,7% / Massa 29,1% / Bullrich 24,2%
Pesquisa 6: Analogías
(03-05/09)
Milei 31,1% / Massa 28,1% / Bullrich 21,2%
Pesquisa 7: Aurelio
(20-22/09)
Milei 37,7% / Massa con 32% / Bullrich con 24,4%
Pesquisa 8: Ágora
(15-17/09)
Milei 38% / Massa 30% / Bullrich 24%
Pesquisa 9: Aresco
(22/09)
Milei 35,5% / Massa 30,1% / Bullrich 23%
Referência: PASO (13/08)
Milei 29,9% / Massa 21,4% (+ Grabois 5,9% = 27,3%) / Bullrich 16,8% (+ Larreta
11,2% = 28%)
Fonte: Opera Mundi/Brasil 247
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