Câncer de mama:
estudo identifica novo fator de risco para a doença
Cientistas
da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, identificaram uma nova forma
de prever o risco de
uma mulher desenvolver câncer de mama no futuro. Eles sugerem que os
médicos avaliem a velocidade com que a densidade das mamas das pacientes é
alterada com o passar dos anos.
A
medicina já considera que a maior densidade do tecido mamário está relacionada
ao aumento do risco de desenvolvimento da doença. O novo estudo, publicado na
última quinta-feira (27/4), na revista JAMA Oncology, mostra agora
evidências de que um ritmo de declínio da densidade mais lento em uma das mamas
geralmente precede o diagnóstico do câncer.
Todos os contraceptivos hormonais
aumentam risco de câncer de mama, diz estudo
Os
exames de mamografia fornecem informações quanto a densidade das mamas, mas o
dado não faz parte do protocolo de avaliação sobre o risco do desenvolvimento
de tumores.
“Caso a novidade seja implementada, o risco de
uma mulher desenvolver câncer de mama pode ser atualizado toda vez que ela
fizer uma nova mamografia”, afirma a principal autora do estudo, Shu Jiang,
professora associada de Ciências da Saúde Pública na universidade
norte-americana, em entrevista ao jornal The New York Times.
·
Estudo
O
estudo liderado por Shu acompanhou aproximadamente 10 mil mulheres ao longo de
dez anos. Nenhuma delas tinha diagnóstico de câncer no início da pesquisa.
Durante uma década, os cientistas analisaram as mudanças na densidade das mamas
das participantes.
Ao
final do levantamento, 289 mulheres haviam sido diagnosticadas com câncer de
mama. Elas tiveram a densidade das mamas comparada com as de outras 658
pacientes com perfis semelhantes, mas que não desenvolveram a doença.
Os
pesquisadores observaram que todas as participantes do estudo sofreram uma
diminuição da densidade das mamas ao longo dos anos, mas aquelas que
desenvolveram câncer tiveram um declínio mais lento. Outro fator importante foi
que, ao analisar a densidade das mamas de uma mesma participante separadamente,
observou-se uma queda significativamente mais lenta no seio que desenvolveu
tumores no futuro.
Ø
Coceira
no bico do seio pode ser câncer de mama. Saiba mais
Uma
coceira persistente em um dos seios pode ter várias causas que, muitas vezes,
nem são preocupantes. No entanto, há um tipo raro de câncer de mama cujo
principal sintoma é um prurido entre o mamilo e aréola. Conhecido como doença
de Paget, esse tipo de tumor representa até 5% dos casos de câncer de mama.
A
doença de Paget é mais comum entre mulheres na faixa etária entre 50 e 70 anos.
O problema atinge os homens muito raramente. Esse tipo de câncer costuma surgir
nos canais por onde o leite é transportado (dutos) e, na sequência, chega à
superfície do mamilo e à aréola.
“Se a paciente apresenta coceira no bico do
seio, principalmente de forma unilateral, é importante buscar a ajuda de um
médico de confiança, de preferência um mastologista”, afirma o oncologista
Wesley Pereira Andrade, titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica
(SBCO).
Os
principais sinais da doença de Paget são:
- Vermelhidão no
mamilo e aréola;
- Coceira;
- Espessamento
da pele do mamilo e aréola;
- Descamação da
pele nessa região;
- Sensação de
queimação no mamilo e aréola;
- Sangramento do
mamilo.
Diagnóstico
e tratamento
Em
geral, o quadro é unilateral e, muitas vezes, ele pode ser confundido com dermatite
atópica,
que ocorre pelo contato com produtos químicos e produtos de limpeza utilizados
nas roupas. “Para o diagnóstico mais assertivo, é necessário realizar uma
biópsia”, diz o médico.
O
médico explica que o diagnóstico precoce aumenta as chances de remissão do
câncer. No tratamento, a primeira abordagem é a remoção do nódulo, que implica
a retirada apenas de uma parte da mama. A mastectomia é indicada
apenas para os casos mais avançados da doença.
Fonte:
Metrópoles
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