Vitamina popular é associada ao aumento de
doenças cardíacas
Até na hora de manter
uma alimentação saudável é preciso tomar cuidado. Tudo em excesso pode fazer
mal — como é o caso da niacina, uma vitamina B essencial, também conhecida como
vitamina B3, recentemente associada ao aumento do risco de doenças cardíacas.
Nova pesquisa
publicada na Nature Medicine mostra que altos níveis dessa vitamina podem ser
prejudiciais à saúde.
Uma forte associação
entre níveis elevados da vitamina e o risco de desenvolver ataque cardíaco,
acidente vascular cerebral ou outro evento cardíaco perigoso foi constatada no
ensaio.
O estudo também
revelou que o excesso de niacina pode afetar diretamente a saúde
cardiovascular, desencadeando inflamação vascular, o que pode causar
espessamento das paredes dos vasos sanguíneos, restringindo o fluxo sanguíneo e
gerando danos em tecidos e órgãos.
De acordo com os
pesquisadores, as pessoas devem tomar suplementos de niacina apenas em caso de
necessidade médica.
• Niacina na alimentação
A vitamina B essencial
é encontrada em alimentos como carnes, aves, pães e cereais fortificados e
bananas.
O objetivo do estudo é
estimular a conversa sobre a niacina ser eliminada de certos alimentos
fortificados, como farinha e cereais.
“A principal conclusão
não é que devemos cortar toda a ingestão de niacina – essa não é uma abordagem
realista ou saudável.
A niacina é uma
vitamina essencial para a nossa saúde, mas uma quantidade excessiva parece ser
uma preocupação”, disse Stanley Hazen à Health.
Saiba quando fazer a última refeição para
evitar doenças cardíacas
Com a agenda lotada de
tarefas, é comum negligenciar a alimentação e comer em horários não
recomendados. Apesar de ser algo rotineiro, jantar muito tarde prejudica a
saúde do organismo e pode desencadear doenças mais sérias.
De acordo um novo
estudo do boletim informativo Nature Briefing, refeições tardias podem estar
ligadas a problemas no coração. “O horário das refeições regula os relógios
biológicos que estão envolvidos em várias funções circadianas, como regulação
da pressão arterial, metabolismo e secreção hormonal”, disse Bernard Srour,
professor de epidemiologia e co- autor do estudo ao site Good Housekeeping.
Para entender se
existe ligação entre o horário de comer, a quantidade de comida e as doenças do
coração, a pesquisa analisou os hábitos de mais de 103 mil adultos. Os
resultados mostraram que fazer a primeira refeição depois das 9h e a última
depois das 21h provoca maiores riscos de problemas cardiovasculares,
principalmente entre mulheres.
Apesar dos resultados
das pessoas que começavam as refeições antes das 8h e terminavam antes das 20h
terem sido melhores, os pesquisadores ponderam que são necessários mais estudos
para terem mais conclusões sobre a ligação entre os padrões de alimentação e a
saúde do coração. “Nosso estudo mostra que pode ser benéfico comer de manhã
cedo e parar no início da noite para garantir uma duração noturna
suficientemente longa”, disse Srour.
Pessoas habituadas a
comerem tarde não devem dormir com fome, mas precisam estar atentas para a
quantidade e a qualidade dos alimentos ingeridos. Além de observar as
refeições, também é importante investigar se as refeições tardias são por fome
ou estão relacionadas ao cansaço, ansiedade, tédio e hábitos.
Getty
Images/gorodenkoff
Ainda conforme
informações do Good Housekeeping, é melhor optar por comidas saudáveis e
refeições menores, como frutas, pipoca, palitos de queijo, cereais, iogurtes,
vegetais e castanhas. Alimentos processados, como sorvete, biscoitos e
frituras, devem ser evitados.
Além de escolher as
melhores opções de comida, também é importante trocar bebidas com açúcar e
cafeína — café, chás cafeinados, energéticos e refrigerantes — por bebidas que
não interfiram na qualidade do sono, como água saborizada, água com gás e chás
sem cafeína.
Como a qualidade do
sono está muito associada a doenças cardiovasculares, é crucial planejar o
horário das refeições e também evitar estímulos e ruídos durante o período de
descanso.
Overdose de vitaminas: entenda quando
suplementos ameaçam a saúde
Por não serem
enquadrados como remédios, os suplementos alimentares e as vitaminas são
vendidos sem receita médica. E, não é incomum que as pessoas passem a
consumi-los sem qualquer orientação específica, apenas porque viram um anúncio
na internet, um amigo indicou ou funcionou para o caso do vizinho.
O problema aparece
quando a pessoa exagera na dose ou toma algo que não é adequado para as suas
necessidades. Em situações assim, o que era para ser benéfico pode fazer mal à
saúde. No final de fevereiro, chamou atenção a morte de um idoso por hipercalcemia
(excesso de cálcio no sangue) causado pelo consumo exagerado de vitamina D.
Consumir vitaminas e minerais sem a necessidade pode levar a disfunções no
fígado, nos rins e até à morte.
A endocrinologista
Marise Lazaretti Castro alerta que o maior risco está em fazer compras sem a
orientação de profissionais de saúde. “Muitas pessoas escolhem polivitamínicos
generalistas para suplementar uma falta identificada em exames. Para suplementar
vitamina D, por exemplo, acabam tendo excesso de vitamina A”, exemplifica a
professora da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).
• Quais são os sinais de excesso?
Os sintomas mais
comuns da intoxicação por vitaminas e suplementos são desconforto intestinal,
vômitos e fadiga.
O excesso de vitaminas
do complexo B também pode levar a formigamento e coceiras na pele, além do
aumento da pressão arterial.
O exagero de vitamina
C pode gerar cálculos urinários, sobrecarregando os rins. Em casos assim, a
ardência ao fazer xixi é um dos primeiros sintomas. Já o excesso de vitamina D,
leva a alterações no metabolismo do cálcio.
• O que fazer quando surgem sintomas?
Os especialistas
recomendam que, quando há desconforto, o uso dos suplementos seja interrompido
imediatamente. O médico deve ser procurado imediatamente para avaliar se o
quadro é consequência de uma superdosagem de vitaminas.
“Não é apropriado
atribuir automaticamente ao suplemento a origem do problema, Temos que fazer
uma análise mais aprofundada”, explica o toxicologista Alvaro Pulchinelli,
presidente da Sociedade Brasileira de Patologia Clínica e Medicina Laboratorial
(SBPC/ML).
Exames laboratoriais
simples de urina e de sangue podem indicar se houve excesso de ingestão.
• Quais são os suplementos mais
preocupantes?
Qualquer substância
ingerida em excesso pode ser prejudicial ao organismo, até mesmo a água,
portanto todos os suplementos são potencialmente nocivos.
Os suplementos que os
especialistas indicam para ter maior cuidado são os de vitamina D e vitamina C,
já citados aqui, e os de zinco e cálcio, que podem levar a desconfortos
gastrointestinais.
Fonte: Metrópoles
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